Vinicius Junior foi convocado como líder de uma nova comissão da Fifa para combater o racismo. Isso porque, no jogo do Real Madrid contra o Valencia, no dia 21 de maio, o jogador saiu de campo após indicar que estava sendo xingado de “macaco” pela torcida rival no estádio Mestalla.
Nesta quinta-feira, Gianni Infantino, presidente da Fifa, afirmou que o comitê discutirá propostas dos jogadores para punições mais graves sobre o racismo no futebol. Para isso Vini, vai liderar os outros atletas nas reuniões.
"Pedi a Vinícius que liderasse esse grupo de jogadores que apresentará punições mais rigorosas contra o racismo, que mais tarde serão implementadas por todas as autoridades do futebol em todo o mundo", afirmou Infantino para a agência de notícias Reuters.
Vini Jr sobre agressão contra rival. (Foto: Reprodução/ Jose Jordan- AFP)
A comissão ainda não tem previsão para acontecer, mas o presidente já afirmou também ter conversado com a seleção brasileira de futebol. Esse é o primeiro passo das autoridades após o acontecimento em Mestalla, quando Vini Jr. foi expulso de campo, após atingir sem querer o rosto do adversário tentando sair de uma chave de braço feita contra ele.
O brasileiro foi criticado pelo presidente da La Liga, a primeira divisão de futebol espanhola, Javier Tebas. Onde Vinicius foi ao Twitter comentar sobre as atitudes de Javier: “Mais uma vez, em vez de criticar racistas, o presidente da LaLiga aparece nas redes sociais para me atacar. Por mais que você fale e finja não ler, a imagem do seu campeonato está abalada. Veja as respostas do seus posts e tenha uma surpresa... Omitir-se só faz com que você se iguale a racistas. Não sou seu amigo para conversar sobre racismo. Quero ações e punições. Hashtag não me comove.”
Vini não se pronunciou sobre o novo comitê, mas teve o apoio de figuras brasileiras, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por fim, a polícia espanhola já identificou os torcedores que proferiram palavras racistas contra o jogador.
Foto destaque: Vini Jr. apontando torcedores racsitas. Reprodução/ Jose Jordan- AFP.