Renato Augusto encerra a carreira e abre espaço para novos sonhos fora das quatro linhas

Renato Augusto anuncia aposentadoria aos 37 anos, deixa legado técnico e planeja seguir no futebol em funções fora dos gramados daqui para frente

18 set, 2025
Renato Augusto em jogo pela última passagem pelo Corinthians | Reprodução/X/@pedrolorenzott
Renato Augusto em jogo pela última passagem pelo Corinthians | Reprodução/X/@pedrolorenzott

O futebol brasileiro se despede de um dos meio-campistas mais técnicos e inteligentes de sua geração. Aos 37 anos, Renato Augusto anunciou nesta quinta-feira (18) o fim de sua trajetória como jogador profissional. Mais do que um simples adeus, sua decisão simboliza uma transição planejada, que mistura gratidão ao esporte e vontade de redescobrir-se como ser humano e profissional.

O corpo falou, a mente decidiu

Depois de quase duas décadas em alto nível, Renato entendeu que o ciclo como atleta havia chegado ao fim. No Fluminense, seu último clube, ainda conseguiu contribuir em 2024, mas uma lesão no ombro em 2025 limitou sua sequência e acelerou reflexões sobre o futuro. O corpo pedia descanso, e a mente, novos desafios.

Renato deixa claro que não encara a aposentadoria como derrota, mas como etapa natural. “É hora de ser pai em tempo integral, marido em tempo integral”, afirmou. Palavras que revelam um desejo de resgatar papéis que a rotina de treinos, viagens e jogos sempre colocou em segundo plano.


Post do Corinthians time em que o jogador foi ídolo parabenizando ele por sua carreira (foto:reprodução/x/@Corinthians)

Entre a prancheta e a gestão

Ao contrário de muitos colegas que se aposentam sem saber o próximo passo, Renato Augusto já esboça planos. O ex-jogador não descarta seguir o caminho de treinador, mas também cogita assumir funções administrativas no futebol. Para isso, prefere começar com calma: acompanhar diretores, participar de estágios e entender como os bastidores funcionam.

Esse olhar estratégico mostra que sua visão de jogo vai além das quatro linhas. Assim como organizava o meio-campo em campo, Renato parece disposto a organizar ideias antes de assumir qualquer função definitiva.

Uma carreira marcada pela inteligência

Renato Augusto carregou a imagem de um jogador cerebral, dono de passes refinados e liderança discreta. Revelado pelo Flamengo, fez história no Corinthians e acumulou experiências internacionais no Bayer Leverkusen e no Beijing Guoan, além de vestir a camisa da Seleção Brasileira em momentos marcantes, como as Olimpíadas de 2016.

Seu legado não se mede apenas em títulos, mas também na forma como inspirou jovens atletas a jogarem com visão e leitura de jogo, algo que sempre o destacou em um futebol cada vez mais físico.

Um novo jogo começa

Renato Augusto encerra sua carreira sem amargura, com a serenidade de quem cumpriu sua missão como atleta. O próximo capítulo ainda é incerto, mas a lógica indica que o futebol não ficará distante. Seja na beira do campo, seja em cargos de gestão, o ex-meio-campista deve reaparecer em breve, agora como protagonista de uma nova fase.

Enquanto isso, o torcedor guarda na memória seus passes precisos, gols decisivos e a elegância em campo. O camisa 8 pode ter saído do gramado, mas certamente não sairá da história.

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