Na tarde de ontem (31), Marinho foi apresentado oficialmente no Flamengo para a felicidade de seu pai, seu Zé Carlos. Muito antes do jogador ser especulado no clube rubro-negro, Marinho já tinha comentado que o sonho do seu pai era vê-lo com a camisa do Flamengo. Feliz da vida, seu Zé contou para todos os seus vizinhos de Penedo, bairro localizado no interior de Alagoas. Na apresentação de seu filho, ele ainda comentou que teve um jogo do Flamengo contra o Santos, que comemorou um gol do time carioca, e que sua esposa não gostou dessa sua atitude.
Marinho ao lado do seu pai. (Foto: Reprodução/Gilvan de Souza/Flamengo)
"Teve um dia de um jogo entre Santos e Flamengo e achei de falar que torceria pelo Flamengo. Quando saiu um gol, eu pulei e minha esposa não gostou. Foi para o quarto dormir com raiva. Chegou o momento. É uma grande honra", disse Zé Carlos.
A sua empolgação era tão grande, que ele não atendeu as ligações de seu filho, pois estava ele não parava em casa. Seu Zé só conseguiu falar com Marinho na última sexta-feira, quando o jogador ligou para o pai, convidando para vir para o RJ.
"Quando acertou, Marinho ligou para minha esposa, e ela disse: "Painho não tá aqui". Ou meu celular estava desligado ou eu estava na rua contando para os vizinhos. Quando de manhã veio a de certeza que ele iria para o Flamengo, na sexta o Marinho me ligou e falou: "Pai, preciso da identidade do senhor. O senhor vai vir para o Rio, eu quero que o senhor venha porque é o seu sonho. O senhor não queria que eu fosse para o Flamengo? Pois eu vou realizar o sonho do senhor". Eu não sabia se pulava, se gritava ou chorava".
Marinho também falou da influência dos seus pais no processo de ser jogador de futebol. O jogador alega que eles foram muito importantes nessa sua caminhada.
"Não tem como eu só falar do meu pai, tenho que falar da minha mãe também. Os dois sempre cuidaram muito disso. Mesmo sem ter condição de jogar no clube da cidade, que tinha que pagar, minha mãe na época não tinha muita condição. E tem a história do passarinho que eu tinha. Minha mãe me colocou um mês na escolinha falando que era para brincar e depois não teria condição. E eu não tinha chuteira. Acabei vendendo um passarinho por 50 reais, entrei no clube, passei um mês e o professor Juquinha disse que a partir do mês seguinte não precisava mais pagar, que eu receberia uma bolsa. Foi muito bacana. Só agradecer ao meu pai e minha mãe por todo esforço que fizeram por mim", disse o jogador.
Marinho pode ser relacionado nessa quarta-feira, contra o Boavista. Será também a estreia do treinador Paulo Sousa.
Foto destaque: Marinho e Zé Carlos Imagem: Reprodução/Gilvan de Souza/Flamengo)