O Atlético-MG atualmente se encontra em um paradoxo financeiro. No mesmo tempo que estima ter uma dívida de R$ 1 bilhão, o clube mineiro faz contratações de investimentos e salários altos como dos craques Hulk, Nacho Fernández e o mais recente o atacante Diego Costa. É normal que torcedores atleticanos e rivais se perguntem "De onde vem todo esse dinheiro?". E a resposta? Investidores que são torcedores fanáticos pelo time e fizeram uma aposta em um projeto que será um sucesso gigante ou um fracasso inesperado.
Diego Souza, última contratação de peso do Atlético-MG. (Foto: Reprodução/Pedro Souza/Atlético)
Os 4 R's são os empresários Rafael e Rubens Menin (MRV Engenharia, Banco Inter), Ricardo Guimarães (Banco BMG) e Renato Salvador (Hospital Mater Dei) investiram R$ 400 milhões e em entrevista Menin disse que os quatro não estão com pressa de receber o valor. "Colocamos R$ 400 milhões. Não é que não queiramos receber de volta, nós queremos receber quando for possível, isso está no planejamento. Quando puder e sem juros. O mais importante é sem juros. Esses R$ 400 milhões custariam aproximadamente R$ 50 milhões por ano (de juros em bancos). Essa dívida não tem juros, e só de não ter juros é muito bom para o Atlético-MG", disse em entrevista a Rádio Bandeirantes.
O mais conhecido da torcida atleticana, é Rubens Menin, chamado carinhosamente de 'Papai Menin'. Além da ajuda para contratações, o empresário doou um terreno avaliado em R$ 50 milhões para o estádio. Mas afinal, de onde vem o dinheiro do conselheiro do Atlético-MG? Além de ser um dos fundadores da MRV Engenheira, o engenheiro é presidente do Conselho do Banco Inter, LOG Commercial Properties, CNN Brasil, Urbamais Desenvolvimento Urbano, Menin Douro Estates, conselheiro na Abarinc e mais recentemente comprou a famosa Rádio Itatiaia. O valor de mercado juntando todas as suas empresas ultrapassa os R$ 25 milhões.
Rubens Menin, investidor do Atlético-MG. Foto: Rerodução/Rodrigo Fonseca
Em 2019, o Galo acabou o Campeonato Brasileiro em 13º lugar. Sette Câmara, presidente na época, tentava diminuir o grave endividamento do clube e como consequência não investia muito no futebol. Após a chegada do quarteto R, o Atlético teve um salto de produção e como primeiro movimento a contratação de Jorge Sampaoli, que chegou com salário de R$ 1,2 milhões por mês e com isso terminando o Brasileirão de 2020 em 3º lugar, atrás apenas de Internacional e Flamengo.
Com um maior investimento dos empresários, a resposta no futebol foi imediata. Hoje, o clube mineiro está na primeira colocação do Campeonato Brasileiro, nas quartas de final da Copa do Brasil e na semifinal da Libertadores. Atualmente, o Atlético-MG almeja transformar a equipe em uma espécie de novo Flamengo. Até mesmo a inauguração do Estádio MRV, que para ser erguido tem a expectativa de valer R$ 1 bilhão de reais, tornando o time cada vez mais forte.
(Foto destaque: De onde vem o dinheiro do Atlético-MG mesmo devendo valor astronômico?. Reprodução/Pedro Souza/Atlético)