Depois de fazer a melhor campanha na história das Olimpíadas, apenas cinco anos após sediar o evento, o Brasil traz um sentimento de missão cumprida mas ao mesmo tempo uma responsabilidade gigante. Mesmo com a queda de investimento no último ciclo e uma crise econômica no país, a delegação conseguiu totalizar 21 pódios, sendo 7 ouros, 6 pratas e 8 bronzes.
O que pode ser comemorado é que o recorde de medalhas e a melhor posição no quadro de medalhas (12°) vieram apesar de resultados ruins em modalidades que consideramos como “medalhas certas”, como o Vôlei, que teve apenas uma medalha de prata, e com ausências no pódio como a de Gabriel Medina, no Surf, e Pâmela Rosa, no Skate, ou seja, não foi uma edição perfeita para o Brasil mas o resultado foi muito eficiente.
Vôlei feminio conquista a medalha de prata em tóquio 2020 - Foto: Manu Fernandez/AP
Para o objetivo de novos recordes seguir vivo, é essencial que o número de chances de medalhas de medalhas siga grande. Para os Jogos de Tóquio, às 21 medalhas só foram possíveis, pois a delegação de 300 atletas chegou ao Japão com chances de pelo menos 80 medalhas, e essa é a proporção para cada pódio conquistado: a cada quatro chances, uma medalha.
E a sequência para Paris 2024 precisa ser grande, mas ainda tem algumas questões pontuais em esportes que o Brasil ainda depende de poucos nomes como por exemplo a esgrima, o ciclismo, o tênis de mesa e o tiro com arco, que dependem totalmente de apenas um ou dois nomes.
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Após cada conquista de medalha, a pergunta para os heróis olímpicos era inevitável: “E Paris 2024?”, a maioria não sabia responder, mesmo sabendo que o ciclo é menor, são pouco mais de 1000 dias até uma nova cerimônia de abertura. A incógnita ainda é grande, mas a verdade é que o trabalho já começou, são três anos para preparar centenas de atletas para conseguirem um audacioso objetivo: quebrar pela terceira vez seguida, o recorde de medalhas do país.
Foto de Destaque: Delegação brasileira na abertura dos Jogos de Tóquio 2020 - Foto: Odd Andersen / AFP