O Brasil conquistou a medalha de ouro no futebol masculino das Olimpíadas de Tóquio 2020 após vencer a seleção da Espanha por 2 a 1 neste sábado, no estádio Yokohama International, estádio esse onde a seleção brasileira está acostumada a ganhar títulos. Os gols no tempo regulamentar foram marcados por Matheus Cunha, no primeiro tempo, Oyarzabal no segundo tempo. O camisa 10 Richarlison ainda desperdiçou um pênalti no tempo normal. Na prorrogação, Malcom foi o herói do jogo com o gol do ouro.
O Brasil, com a medalha de ouro de hoje, ganhou a quarta medalha consecutiva na modalidade, alcançando uma marca histórica do futebol masculino nos Jogos Olímpicos e que ninguém chegava há quase 50 anos. A última seleção a conseguir quatro medalhas seguidas na modalidade foi a Hungria, nas edições de Roma-1960 (bronze), Tóquio-1964 (ouro), Cidade do México-1968 (ouro) e Munique-1972 (prata).
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Na primeira etapa, como era esperado, a Espanha tentou impor o seu jogo de posse de bola e marcação alta, algo que rendeu a primeira chance aos espanhóis, com Diego Carlos lembrando David Luiz na final da Copa das Confederações de 2013, contra os mesmo espanhóis, tirando em cima da linha aos 16 minutos. Após o susto, aos 18 minutos, o Brasil conseguiu sua primeira chance com Douglas Luiz fazendo a marcação pressão no campo do adversário e roubando a bola no ataque.
O Brasil equilibrou o jogo com o bom chute de Richarlison por fora da rede após cruzamento de Arana aos 26. Aos 36 minutos, o camisa 10 teria outra chance de marcar um gol na final, quando o árbitro foi consultar o VAR e decidiu como pênalti a saída agressiva do goleiro Unai Simón em Matheus Cunha. Richarlison errou o pênalti batendo por cima do gol. O Brasil não se abalou após o pênalti perdido e seguiu sendo mais perigoso, conseguindo o gol em belo drible curto de Matheus Cunha depois de cruzamento de Daniel Alves, que se esforçou muito para não deixar a bola ir pela linha de fundo. Golaço da seleção brasileira.
Matheus Cunha comemora gol do Brasil sobre a Espanha na final das Olimpíadas de Tóquio-2020, em Yokohama. - Alexander Hassenstein/Getty Images
No segundo tempo, mais solto e com o adversário vindo mais para cima e consequentemente mais aberto, o Brasil ficou confortável nos contra-ataques e em um desses contra-ataques, Richarlison mandou uma bola na trave no início da etapa aos seis minutos, após cruzamento de Antony. No entanto, sempre dando perigo na área brasileira, a Espanha empatou aos 15 minutos com Oyarzabal, que pegou um belo chute de primeira com a esquerda no ar depois de cruzamento de Soler. Sem chances para o goleiro Santos.
Oyarzabal comemora o gol da Espanha na final das Olimpíadas de Tóquio-2020. - Abbie Parr/Getty Images
O Brasil recuou após o gol espanhol, mas logo equilibrou. Foram minutos de jogo um pouco amarrados, com bastante catimba e reclamações dos dois lados. No fim, a Espanha assustou quando colocou duas bolas na trave. Uma em um cruzamento errado de Óscar Gil e outra em um chutaço de fora da área de Bryan Gil. No entanto, o jogo acabou com um gol para cada lado e foi mesmo para a prorrogação.
Antes de voltar para a prorrogação, Jardine fez a primeira alteração que definiria a medalha do Brasil, com Malcom no lugar de Matheus Cunha. O ex-jogador do Corinthians passou a jogar na esquerda e Claudinho foi para o meio. Foi o que bastava para o Brasil dominar a prorrogação e criar algumas chances com a dobradinha Malcom e Arana pela esquerda. E a redenção aconteceu logo aos dois minutos do segundo tempo da prorrogação com Malcom, que dominou bem um lindo lançamento de Anthony, tirou o marcador, bateu cruzado a bola que ainda tocou no pé do goleiro espanhol e o gol da medalha de ouro.
Malcom faz gol decisivo na prorrogação que deu medalha de ouro para o Brasilnas Olimpíadas de Tóquio 2020. - Francois Nel/Getty Images
Escalações
Brasil: Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana; Antony (Gabriel Menino 6' 2ºT PR), Douglas Luiz, Bruno Guimarães e Claudinho (Reinier INT PR); Matheus Cunha (Malcom 0' PR) e Richarlison (Paulinho 8' 2ºT PR). Técnico: André Jardine.
Espanha: Unai Simón; Óscar Gil (Vallejo 0' PR), Eric García, Pau Torres e Cucurella (Miranda 0' PR); Merino (Soler INT), Zubimendi (Moncayola 6' 2ºT PR) e Pedri; Asensio (Bryan Gil INT), Oyarzabal (Rafa Mir 13' 1ºT PR) e Dani Olmo. Técnico: Luis de La Fuente.
(Foto destaque: Com muita emoção, Brasil vence Espanha, conquista ouro e feito histórico - Lucas Figueiredo/CBF