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Com direito a recorde mundial, Yeltsin Jacques fatura a 100ª medalha de ouro do Brasil nas Paralimpíadas

Ao vencer a prova dos 1.500m T11, Yeltsin Jacques conquista seu segundo ouro no atletismo dos jogos de Tóquio com o tempo de 3min57s60. O atleta já havia faturado o primeiro na prova dos 5.000m T11.

31 Ago 2021 - 11h00 | Atualizado em 31 Ago 2021 - 11h00
Com direito a recorde mundial, Yeltsin Jacques fatura a 100ª medalha de ouro do Brasil nas Paralimpíadas   Lorena Bueri

Em pleno Estádio Olímpico de Tóquio, Yeltsin Jacques fez história na natação brasileira. Na noite desta segunda-feira (30), o brasileiro faturou o 100º ouro do país na história das Paralimpíadas após vencer a prova dos 1.500m T11, destinada a atletas cegos, e com direito a recorde mundial, para pôr aquela cereja no bolo.

Yeltsin, junto ao seu guia Antônio Carlos dos Santos, o Bira, dominou a prova do início ao fim e terminou com o tempo de 3min57s60, uma diferença discrepante para o japonês Shinya Wada, segundo colocado, que fez a marca de 4min05s27. Para se ter uma noção, Yeltsin foi tão veloz que mal se conseguia enxergar Wada e os demais competidores pela transmissão da TV. A medalha de bronze ficou com Fedor Rudakov, do Comitê Olímpico Russo, pelo tempo de 4m05s55.


Yeltsin Jacques e seu guia Antônio Carlos Santos, durante a prova dos 1.500m T11 (Reprodução: Kiyoshin Ota/Getty Images)  


"Hoje de manhã o Bira me falou isso, e me deu motivação: "Ó, a gente tem chance de fazer história mais uma vez, centésimo ouro do Brasil na história das Paralimpíadas". Eu falei: "É por duas coisas. Primeiro, para subir o Brasil no quadro de medalhas; e segundo, é para construir essa história", contou Yeltsin após a prova, em entrevista concedida ao SporTV.

"E ele me segurou!", revelou Yeltsin, se referindo em tom bem humorado a Bira.

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A marca apenas consolida ainda mais o talento, desempenho e trabalho dos atletas paralímpicos. Essa foi a segunda medalha de ouro de Jacques, pois já havia conseguido o primeiro ouro em Tóquio na prova dos 5000m T11. Foi a 13ª medalha conquistada pelo atletismo brasileiro nesses jogos: seis ouros, três pratas e quatro bronzes.

O Brasil chegou a Tóquio contabilizando 87 medalhas em sua galeria, o 100º não estava tão longe das expectativas tendo em vista que as últimas quatro edição das Paralimpíadas o país saiu com mais de 13 ouros: 14 em Atenas 2004, 16 em Pequim 2008, 21 em Londres 2012 e 14 na Rio 2016. Dessas cem medalhas douras, 78 foram adquiridas nessas últimas 5 edições dos jogos, já contando as 13 conquistadas agora, em Tóquio, número que ainda poderá aumentar até o final das competições no dia 5 de setembro.

Curiosidades das 100 medalhas douradas

A primeira e centésima medalha do Brasil nas Paralimpíadas foram conquistadas pelo atletismo. Marcia Malsar nos 200m rasos C6, em 1984, e Yeltsin agora, na edição 2020. Ademais, das 100 medalhas, 87 se concentram somente entre o atletismo e a natação: 47 para o atletismo e 36 para a natação. A natação, inclusive, que foi o palco do campeão paralímpico brasileiro, Daniel Dias, fez o hino nacional tocar por 14 vezes na história dos jogos.  

 

(Foto destaque: Yeltsin Jacques e Antônio Carlos ao lado da placa demarcando o novo recorde mundial paralímpico. Reprodução: Kyyoshi Ota/Getty Images)

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