As tarifas impostas pelo governo americano a vários países do mundo continua a dar o que falar. Na hora de decidir o valor das taxas, o presidente Trump tem mirado principalmente nos países que possuem superávit comercial com os Estados Unidos (ou seja, vendem mais do que compram), como a China, que recebeu uma tarifa total de 145%. 

Com isso, o governo brasileiro teme que os bens que seriam vendidos para os americanos passem a desembarcar em solo brasileiro devido ao alto valor dos impostos cobrados, o que poderia gerar uma competição desleal com os produtos nacionais.

Há uma preocupação com uma possível oferta excessiva de produtos importados

Segundo profissionais que atuam no Ministério da Fazenda e no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a guerra de tarifas tem potencial de deslocar parte da oferta de produtos chineses e dos demais países asiáticos para locais como o Brasil. Com uma produção maior do que a brasileira e, consequentemente, preços menores do que os da indústria nacional, há um temor de que isso gera uma competição desleal na economia do Brasil.

_{O presidente norte-americano Donald Trump (Foto: Reprodução/X/@areamilitarof)}

Essa desigualdade nos preços poderia até mesmo gerar disputas entre setores produtores da indústria, e a questão vem sendo monitorada de perto por autoridades do MDIC, comandado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

Negociações estão em andamento

A guerra comercial se concentra sobretudo entre Estados Unidos e China, com o presidente chinês Xi Jinping tendo inclusive já se manifestado publicamente, afirmando que o país asiático não tem medo de uma guerra comercial e destacando as décadas em que a China se desenvolveu de forma isolada do Ocidente. 

Apesar disso, países como o Brasil não devem ficar de fora. Em fevereiro, por exemplo, foi anunciado uma taxa adicional de 25% sobre as importações do México e do Canadá, e taxas adicionais de 10% devem ser aplicadas aos demais países.

Foto destaque: O vice-presidente e ministro do MDIC Geraldo Alckmin (Reprodução/X/@republiqueBRA)

Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, afirmou em um comunicado feito nesta sexta-feira (11) que o presidente norte-americano Donald Trump estaria otimista em relação à firmação de um novo acordo comercial com a China. A declaração veio em meio a uma crescente tensão econômica entre as duas maiores potências do mundo, em um momento crucial para a estabilidade global dos mercados.

A declaração vem após o país chinês contra-atacar os Estados Unidos e elevar tarifas sobre os produtos americanos para 125%, em resposta ao anúncio de que os produtos chineses passariam a ser taxados em 145%. Essa escalada nas tarifas comerciais acendeu um sinal de alerta entre economistas, investidores e líderes empresariais ao redor do mundo, que agora acompanham com cautela os próximos passos dessa disputa.

Afirmação ocorreu em coletiva de imprensa

Na Casa Branca, Leavitt disse que “o presidente deixou bem claro que está aberto a um acordo com a China, mas se a China continuar retaliando, isso não será bom para ela”. A fala de Leavitt buscou demonstrar abertura ao diálogo, mas também reforçou a postura firme de Trump. No entanto, o Ministro do Comércio chinês já deixou claro que o país não se deixará levar tão facilmente para uma guerra comercial.

Por meio da embaixada chinesa em Washington, ele afirmou que “ao usar tarifas como arma para exercer a máxima pressão em benefício próprio, os EUA estão se colocando contra o resto do mundo”, dando a entender que a postura americana estaria indo na contramão da tendência mundial de globalização e cooperação multilateral.

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_{Presidente chinês Xi Jinping (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Lintao Zhang)}

Presidente da China afirmou não ter medo das tarifas

O presidente chinês Xi Jinping fez seu primeiro comentário público sobre o “tarifaço” imposto por Trump nessa sexta, dia 11. Ele afirmou que o país asiático não tem medo de uma guerra comercial, e destacou as décadas em que a China se desenvolveu de forma isolada do Ocidente. 

Foto destaque: Donald Trump (Reprodução/X/@areamilitarof)

Os preços do atacado, ou seja, o valor em que um produto é vendido diretamente para o produtor, sofreram uma queda de 0,4% no último mês de março nos Estados Unidos. Esse índice é um dos principais indicadores utilizados para medir a inflação no estágio inicial da cadeia de produção. 

A redução no índice de preços ao produtor (Producer Price Index, ou PPIO) acontece em meio a uma queda considerável no custo dos produtos de energia, como petróleo, gás natural e derivados. 

Esses itens têm grande impacto nos custos logísticos e industriais, afetando diretamente o preço final dos produtos. No entanto, apesar dessa boa notícia para o momento atual, as tarifas de importações que constam no pacote de “tarifaço” de Donald Trump devem elevar a inflação nos próximos meses, trazendo preocupação para economistas e consumidores.

Queda é maior do que a esperada pelo mercado

A queda de 0,4% informada pelo Departamento do Trabalho nesta sexta-feira (11) surpreende, já que o mercado norte-americano esperava um aumento de 0,2%, baseado em análises econômicas recentes. O resultado final acabou indo na contramão das previsões, gerando certo alívio temporário. 

Essa queda chocou ainda mais porque no mês anterior, fevereiro, uma alta de 0,1% havia sido registrada, o que sinalizava uma possível tendência de aceleração inflacionária.

_{Donald Trump (Foto: Reprodução/X/@areamilitarof)}

Investidores ainda se preocupam com as tarifas de Donald Trump

Ainda que a queda tenha oferecido um alívio temporário, a inflação deve continuar preocupando investidores, economistas e a população americana, em geral, pois esse dado ainda não leva em consideração os efeitos da entrada em vigor das tarifas impostas pelo presidente americano Donald Trump.

 As taxas sobre produtos chineses são de 125%, e a China revidou com exatamente o mesmo valor sobre os produtos americanos. As medidas protecionistas visam favorecer a indústria nacional, mas a longo prazo podem causar alta nos preços e tensões comerciais.

Foto destaque: Mercado local (Reprodução/Unsplash/@Marie-Michèle Bouchard)

Após um jornalista do jornal The Atlantic, Jeffrey Goldberg, ter sido adicionado por engano a um grupo no aplicativo de mensagens Signal onde estratégias ultrassecretas sobre bombardeios no Iêmen estavam sendo discutidas, o Pentágono, sede do Departamento de Defesa americano, anunciou nessa quinta, dia 03, que irá abrir uma investigação sobre o caso. A inclusão acidental do jornalista no grupo expôs não somente os planos militares sigilosos, mas também levantou questionamentos sobre os cuidados com a segurança cibernética e os procedimentos internos adotados por membros do alto escalão do governo dos Estados Unidos.

Investigação irá analisar se os protocolos de segurança foram seguidos

Em um comunicado oficial, o inspetor-geral interino do Departamento de Defesa, Steven Stebbins, afirmou que “o objetivo desta avaliação é determinar até que ponto o secretário de Defesa e outros funcionários do Departamento cumpriram as políticas e procedimentos para o uso de um aplicativo de mensagens comerciais para assuntos oficiais”. O governo federal estadunidense dispõe de canais de comunicação próprios para que todas as informações sejam trocadas neles, e o Signal não é um canal autorizado. O uso de aplicativos não oficiais pode comprometer operações e causar o vazamento de dados e informações que o governo não deseja que se tornem públicos.

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_{O secretário de defesa Pete Hegseth (Foto: Reprodução/Getty Images Embed/Andrew Harnik)}

Membros do governo pedem a demissão do secretário de defesa

Quando o jornalista Jeffrey Goldberg divulgou em reportagem o vazamento de informações sigilosas que havia ocorrido, isso gerou uma crise no governo. Em carta conjunta, os congressistas americanos afirmaram que “se for verdade, esta reportagem levanta questões quanto ao uso de redes não classificadas para discutir informações confidenciais e classificadas, bem como o compartilhamento dessas informações com aqueles que não têm autorização adequada e precisam saber”. Além do secretário de defesa Pete Hegseth, outros nomes que integravam o grupo criado eram o vice-presidente J.D. Vance, o secretário de Estado Marco Rubio e a chefe de gabinete da Casa Branca Susie Wiles.

Foto destaque: O secretário de defesa Pete Hegseth (Reprodução/X/@RpsAgainstTrump)

Donald Trump, presidente norte-americano, concedeu mais 75 dias de prazo para a empresa chinesa ByteDance vender os ativos americanos do aplicativo TikTok para um comprador não chinês. Caso a venda não ocorra, a promessa é de que o aplicativo será bloqueado em todo o território estadunidense. A data inicial dada como prazo máximo era até o dia 05 de abril.

Em entrevista, Trump afirmou que “o acordo requer mais trabalho para garantir que todas as aprovações necessárias sejam assinadas”. Essa ação é uma promessa de campanha do presidente, e segue uma onda de restrições ao TikTok que vem acontecendo em outros países do mundo. 

Preocupação com espionagem é a principal motivação alegada

Figuras como os diretores do FBI (Departamento Federal de Investigação) e da NSA (Agência de Segurança Nacional) manifestaram forte preocupação com o TikTok, pois segundo eles o aplicativo pode ser usado para espionar cidadãos e ainda ser o impulsionador de narrativas capazes de criar ainda mais polarização entre a população norte-americana. 

O aplicativo está na mira de vários países do mundo. Canadá e Reino Unido, por exemplo, proibiram o uso do TikTok em dispositivos usados por oficiais do governo e recomendaram que funcionários públicos o desinstalem de seus aparelhos.

_{Elon Musk é citado como um dos possíveis interessados na compra dos aticos americanos do TikTok (Foto: reprodução/X/@musk_news13)}

A lista de possíveis compradores é grande

Vários potenciais compradores têm sido mencionados pela imprensa. De acordo com a emissora CBS, a gigante Amazon fez uma oferta de última hora à Casa Branca para adquirir o TikTok, mas a empresa se negou a comentar sobre o rumor. Além da empresa de Jeff Bezos, nomes como Larry Ellison, da Oracle, Alexis Ohanian, cofundador do Reddit, e até mesmo o de Elon Musk, empresário e membro do governo americano, tem sido apontados como interessados em adquirir os ativos americanos da ByteDance. 

Foto destaque: Donald Trump (Foto: reprodução/X/@NoLieWithBTC)

Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal, um passageiro brasileiro foi detido na última quarta-feira (28) após ter tentado abrir a porta de um voo comercial que vinha da França e tinha como destino final a cidade de Guarulhos. O caso ocorreu em pleno voo, causando tensão e exigindo uma ação rápida da tripulação para evitar uma situação ainda pior.

O homem teria viajado para a capital francesa no domingo (23), mas, ao desembarcar no país, teve sua entrada negada pelas autoridades locais. Sem permissão para permanecer na França, o brasileiro foi deportado e colocado em um voo de retorno ao Brasil. Durante a viagem de volta, provavelmente revoltado com a situação, ele tentou cometer a infração de abrir a porta da aeronave em pleno ar, colocando em risco a segurança de todos a bordo.

Homem teve que ser contido por passageiros e tripulantes

No momento em que o homem tentava abrir a porta do avião, a tripulação interveio imediatamente, e, com o auxílio de alguns passageiros, ele foi contido e algemado em seu assento até o pouso da aeronave. O comandante notificou a Polícia Federal, que efetuou a prisão do suspeito assim que o avião pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU).

O GRU é o maior e mais movimentado aeroporto do Brasil, operando voos nacionais e internacionais, conectando o país a destinos em todos os continentes.

_{O Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU) (Foto: Reprodução/Wikipédia/Arne Müseler)}

Polícia investigará o caso

O passageiro foi preso em flagrante e acusado de atentado contra a segurança do transporte aéreo. A pena para esse crime varia de 2 a 5 anos de prisão, podendo aumentar para até 12 anos em caso de desastre. A Polícia Federal continuará investigando para entender melhor os motivos do ato e verificar se houve algum agravante na conduta do detido.

Foto destaque: Polícia Federal (Reprodução/Instagram/@pfminasgerais)