Sobre Lina Ruiz

Redatora do lorena.r7

Pfizer ganha disputa fechando acordo por US$ 10 bilhões

Numa disputa acirrada com a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, a empresa norte-americana Pfizer adquiriu uma desenvolvedora de medicamentos para obesidade por 10 bilhões de dólares, que em conversão para o real, passa dos R$ 53 bilhões. Após longas semanas de ofertas e contrapropostas movimentando o setor de biotecnologia, a Pfizer agora comanda a empresa Metsera.

O acordo foi concluído na noite de sexta-feira (7) quando líderes da Metsera aceitaram a proposta melhorada da Pfizer ao citar riscos antitruste nos Estados Unidos referente à oferta feita pela Novo Nordisk, fabricante do Ozempic e Wegovy, que até então, era considerada superior. No dia seguinte, a companhia dinamarquesa saiu oficialmente da disputa.

“Antitruste” junta várias políticas e leis governamentais a favor da concorrência justa em mercados econômicos, tentando impedir práticas anticompetitivas (monopólios) garantindo a proteção dos consumidores. Como referência, no Brasil existe o Cade, Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

Acordo fechado

Divulgando um comunicado ao fim da disputa, a Metsera publicou que a farmacêutica norte-americana concordou em pagar US$ 86,25 (cerca de 460 reais) por ação em dinheiro, formando um prêmio de 3,69% sobre o valor de fechamento nas ações finalizadas na mesma sexta-feira. Na proposta também conta 65,60 dólares (ou R$ 349,65) por ação em pagamento direito, junto a um direito de valor contingente, sendo possível a criação de pagamentos adicionais de até US$ 20,65 por ação, cerca de 110,05 reais na conversão atual.


CEO da Pfizer comenta grande estratégia com Metsera (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNBCtelevision)


Riscos legais

A Metsera citou uma notificação da Comissão Federal de Comércio (FTC) mostrando que a proposta da empresa dinamarquesa envolvia riscos legais e regulatórios muito altos para as leis estadunidenses. Com o alerta para possíveis violações das leis antitruste, mesmo dizendo acreditar que sua oferta estava em total conformidade, a Nova Nordisk desistiu.

No sábado (8), a farmacêutica também publicou um comunicado confirmando que a oferta não seria aumentada pela empresa para adquirir o empreendimento, afirmando que continuará expandindo seu portfólio de tratamentos para a obesidade, avaliando novas oportunidades de negócios e aquisições fora da disputa e alinhas à sua estratégia.

Estratégias da Pfizer

Assegurando uma nova rota de entrada em lucros pelo mercado global de medicamentos focados contra a obesidade, a empresa estadunidense tinha praticamente fechado o negócio já em setembro, mesmo que os produtos da Metsera ainda estejam a alguns anos do lançamento comercial. Quando a Novo Nordisk abriu novamente a competição, criou-se mais uma tentativa da Pfizer para se consolidar no mercado após o desenvolvimento de terapias para perda de peso que não tiveram bons resultados.

Com ativos promissores, os medicamentos experimentais da desenvolvedora podem, juntos, alcançar cerca de 5 bilhões de dólares (mais de R$ 26 bilhões) nas vendas anuais. Declarando estar satisfeita com o acordo após a revisão, a Pfizer espera concluir a fusão das empresas ainda esta semana, na reunião de acionistas dia 13 de novembro.

Modelo Tesla tem para-brisa derretido por possível meteorito

Um morador de Whyalla, Austrália, passava a cerca de 140 quilômetros da cidade quando algo atingiu o para-brisa de seu carro, um Tesla Model Y, estilhaçando o vidro em formato circular além de derreter boa parte do local.

O susto aconteceu na parte da noite na rodovia Augusta, quando o veterinário de Whyalla, Andrew Melville-Smith e sua esposa passavam por uma estrada relativamente remota. Entre cinco a dez segundos depois que um caminhão havia passado pelo carro, um estrondo deixou o casal em desespero ao ver fumaça branca por toda parte além do cheiro de algo queimado, “minha esposa achou que o carro estava pegando foto”, contou Andrew.

Operando no piloto automático, o veículo continuou seu trajeto, os estilhaços atingiram Andrew ao ponto de sangrar, mas ele retomou o controle de seu carro logo depois. A polícia de Port Germein, uma cidade costeira da Austrália Meridional, registrou o ocorrido suspeitando que alguns destroços haviam caído do caminhão ou uma bala perdida colidiu com o Tesla, mas as hipóteses foram deixadas de lado quando Melville-Smith contatou o South Australian Museum para investigar a ocorrência.

Impacto raro

Kieran Meaney, minerologista do museu e líder das pesquisas, ressaltou que a possibilidade de ser mesmo um meteorito, são bem baixas, principalmente pela raridade imprevisível da situação, se o veículo estivesse a dez quilômetros mais rápido ou mais devagar, o meteorito teria passado raspando, despercebido.


Museu investiga se meteorito atingiu carro na Austrália (Vídeo: reprodução/Youtube/@abcnewsaustralia)


Ainda assim, o objeto não apenas fez o vidro rachar, mas estava em uma temperatura tão elevada no momento de impacto que amoleceu e fundiu levemente a laminação do para-brisa, algo que não aconteceria se algo escapasse de um caminhão em movimento ao lado do veículo atingido.

Sem registros de tempestades ou outro evento que traria uma explicação para o incidente, a equipe de análise busca possíveis partículas incrustadas para encontrar a origem espacial do meteorito ou o que quer seja o objeto.

Detritos espaciais

De acordo com estudos astronômicos e geoquímicos, cerca de 5,2 mil toneladas de detritos espaciais caem na Terra ao longo do ano, mas a maioria são formados por um material em partículas muito pequenas, grãos de poeira cósmica, que queimam pela atmosfera antes mesmo de estar próximo ao solo.

Gerando um calor intenso na travessia atmosférica, até corpos e objetos espaciais maiores se fragmentam ou evaporam no processo, criando momentos como a queda de um meteorito, algo raro. Com procedimentos complexos para confirmar a existência do meteorito, os resultados provavelmente levarão algumas semanas e até meses para trazer uma conclusão.

Porém, se realmente for um meteorito, o caso traz uma coincidência até cômica. Enquanto vestígios de um corpo espacial atingindo um Tesla são investigados na Terra, outro veículo da marca, um Roadstar vermelho lançado pela SpaceX, orbita o Sol a quilômetros longe enquanto toca sem parar a música “Space Oddity” de David Bowie.

O Agente Secreto supera filme popular e chega ao 1° lugar na bilheteria brasileira

Escolhido como o representante brasileiro no Oscar 2026, “O Agente Secreto” estreou nos cinemas nacionais na última quinta-feira (6) após muitos meses de espera com entusiastas ansiosos pelo longa. Batendo de frente com Predador: Terras Selvagens, um filme blockbuster (popular e de uma franquia de sucesso), a produção nacional levou mais de 100 mil pessoas ao cinema com seu lançamento.

Mesmo estando em cartaz em menos lugares, “O Agente Secreto” entrou na casa do milhão com mais de R$ 1,35 milhões na bilheteria brasileira em seus primeiros dias graças às sessões antecipadas nos últimos meses que aumentaram a animação do público pelo filme.

Com Wagner Moura como o protagonista, o longa-metragem vem sendo elogiado desde sua exibição do Festival de Cannes e segue sendo indicado, bem como trazendo prêmios de grandes eventos para o Brasil.

A trama

Recife, 1977. O longa-metragem acompanha Marcelo, um especialista em tecnologia decide voltar à Recife procurando paz, até descobrir que sua cidade natal esconde perigos e segredos inquietantes.

O suspense político é uma obra retratando momentos complicados no Brasil dos anos 1970, traçando um panorama da sociedade e da política no país, utilizando dos temas como repressão política, restrição de direitos e o uso da tecnologia como ferramenta do controle totalitário.


Trailer Oficial de “O Agente Secreto” (Vídeo: reprodução/Youtube/@vitrine_filmes)


Junto a Wagner Moura estão Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Roberto Diogenes, Hermila Guedes, Udo Kier, Carlos Francisco entre outros atores no elenco. Cuidando da direção e do roteiro, Kleber Mendonça já havia participado de outro sucesso, o filme Bacurau.

Prêmios

Na última edição do Festival de Cannes, O Agente Secreto levou o prêmio de Melhor Direção e de Melhor Ator, trazendo enormes conquistas para o cinema brasileiro. Na mesma época, a produção teve a Premiação de Cinema e Arte e o prêmio da crítica da FIPRESCI.

Recentemente, foram divulgadas as indicações para o Gotham Awards, premiação de peso que entre a lista, inclui o diretor do longa na categoria de “Melhor Roteiro Original” e “Melhor Performance de Protagonista” para Moura.

Zara Larsson se emociona com primeira indicação ao Grammy

A “Midnight Sun Tour” vem acontecendo desde a última semana de Outubro e durante um dos shows na Irlanda, Zara Larsson ficou emotiva e fez um discurso ao comentar sua primeira indicação ao Grammy, com seu novo álbum “Midnight Sun” na categoria Best Dance Pop Recording.

Zara mostrou ao público sua gratidão ao destacar que seu maior propósito na carreira é se conectar com os fãs e como essa conquista representa tantos anos de dedicação e paixão pela música. Vivendo momentos únicos e criando memórias em cada show que faz, a cantora também trouxe à tona a importância de seu reconhecimento internacional e o privilégio que tem de levar sua turnê pelo mundo. Independente de tudo, sua maior motivação sempre será cantar. Sua turnê segue até abril do ano que vem com shows confirmados por enquanto pelos Estados Unidos, Canadá e Europa.

Sol da meia-noite

A inspiração para o título “Midnight Sun” veio da terra natal da cantora. Na Suécia, durante o inverno, os dias são muito curtos e as noites muito longas, mas durante o verão, a luz se mantém por tanto tempo que em algumas regiões pelo norte do país, um fenômeno raro pode ser visto: o sol da meia-noite ou midnight sun.


Clipe Oficial de “Midnight Sun” (Vídeo: reprodução/Youtube/@ZaraLarssonOfficial)


Além da faixa-título o disco apresenta mais nove músicas com quase 32 minutos de duração. Com influências do pop, dance e eletrônico, duas das canções também carregam um jeitinho brasileiro.

Zara e o Brasil

Influenciada pelo funk brasileiro, a artista de 27 anos lançou uma versão remix de Ammunition em parceria com DJ Dennis na sua passagem pelo Brasil no Rock in Rio no ano passado. Desde a visita, em suas apresentações, Zara usa a versão remix em suas setlists.

Ela diz amar o funk brasileiro e ter ficado muito inspirada durante o evento que participou aqui no país. “Passe um tempo com Dennis e ouvimos muitas músicas brasileiras. Eu amo a festa, a comida, as pessoas, a música. Tem algo sobre o ritmo que só me faz querer dançar” declarou a cantora. Ainda sobre sua vinda ao Brasil, Zara contou que se sentiu muito acolhida pelo público há mais tempo do que imaginam e que quer muito trazer seus shows solos pra cá. O álbum “Midnight Sun” está disponível em todas as plataformas digitais além de versões em disco e vinil na loja oficial de Zara.

Ferramentas de Inteligência Artificial podem se prejudicar com conteúdos digitais

Diversos estudos envolvendo tipos de inteligência artificial vem surgindo nos últimos tempos e uma pesquisa recente, tenta refletir sobre a possibilidade das IAs sofrerem com “Brain Rot” ao serem treinadas com os mesmos conteúdos que os usuários consomem constantemente na internet.

O termo brain rot significa “apodrecimento cerebral” e é usado para explicar como o consumo incessante de conteúdo online afeta o cérebro humano, prejudicando seriamente a cognição humana: o foco, a memória, disciplina e até o discernimento social de alguém vai definhando pouco a pouco. Ano passado, a Oxford University Press chegou a eleger brain rot como “palavra do ano” com o crescimento dos obcecados por telas.

A tese sobre IAs deteriorando suas funções veio de pesquisadores da Texas A&M University em parceria com a Universidade Purdue de West Lafayette, Indiana. Os estudos começaram com a preocupação de que, se as ferramentas de IA “aprendem” com a mesma enxurrada de lixo digital que os humanos se viciam, como fica a construção lógica da programação dessas ferramentas?

Testando a hipótese

Obviamente, modelos de IA não conseguem pensar ou compreender, mas são desenvolvidos para seguir uma lógica e manter a coerência de acordo com suas funções específicas direto em seu código. Se expostos a conteúdos de baixa qualidade, o resultado traz prejuízos em contextos mais longos e principalmente mais complexos, criando “falhas de raciocínio” e inconsistências na resposta dada pela IA.

“Quando expostos a textos de baixa qualidade, os modelos não apenas soam piores, eles começam a pensar pior” Junyuan Hong e Atlas Wang, coautores do estudo, sobre a base do projeto.


Esboço de Hong e Wang (Foto: reprodução/GitHub/LLMs Can Get “Brain Rot”!)


Os pesquisadores testaram sua hipótese com um amontoado de dados “ruins” tirados da plataforma X, o antigo Twitter, com um grande arquivo cheio de publicações “caça-cliques”, comentários reciclados, postagens feitas para causar brigas e uma chuva de textos feitos por bots, os famosos algoritmos programados.

Treinando modelos com esse conteúdo (Llama 3, do Meta e Qwen LLm da Alibaba, ambos IAs de linguagem), houve um declínio cognitivo considerável, causando um impacto duradouro onde as ferramentas parecem fluentes, mas raciocinam de uma forma superficial e confusa.

Vozes sobre a pesquisa

Os resultados não surpreenderam pesquisadores da área, até os que não participaram do projeto. Ilia Shumailov, ex-cientista, afirmou que o brain rot das IAs estão alinhados com a literatura acadêmica sobre envenenamento de modelos, um termo que explica o que acontece quando agentes mal-intencionados manipulam dados de treinamento de IA, trazendo vulnerabilidades e o próprio fim dos modelos.

Gideon Futerman, um associado do Center for AI Safety, também comentou sobre o uso seguro da inteligência artificial e que a melhoria de dados no pré-treinamento delas pode garantir que os sistemas de IA sejam melhores com o tempo.

Higiene Cognitiva

Junyuan e Atlas apelidaram as avaliações de treinamento de IA como “higiene cognitiva” explicando que o futuro da segurança desses modelos depende da integridade dos dados que estão moldando cada ferramenta, ainda mais se até a primeira base delas, é gerada por uma IA.

Para eles, à medida que o conteúdo online fica cada vez mais sintético e focado apenas no engajamento, é um grande risco para os modelos da inteligência artificial herdarem distorções de raciocínio. Uma prévia da pesquisa “Hipótese do Apodrecimento Cerebral das LLMs” está disponível na plataforma arXiv e passa por uma revisão de pares atualmente.

Confira tudo que aconteceu no Festival Global Citizen Amazônia

Abrindo simbolicamente a Conferência das Nações Unidas sobres as Mudanças Climáticas (COP 30) com o objetivo de reunir 1 bilhão de dólares para investimentos na defesa da Amazônia, o Festival Global Citizen recebeu Regina Casé para o início da programação enquanto uma chuva grossa cobria o local, o estádio Mangueirão, em Belém do Pará. O evento ocorreu no sábado, primeiro dia de novembro.

Artistas do mundo da música, ativistas, políticos e representantes de povos indígenas dividiram o mesmo palco por uma noite mobilizando fundos para ações de plantio, restauração e renaturalização da Amazônia antes que a COP 30 se inicie.

Entre os dias 10 e 21 deste mês, a COP 30 reunirá líderes de vários países para discutir sobre as crises das mudanças climáticas e o bem da floresta amazônica.

Abertura

A primeira atração da noite foi Gaby Amarantos que familiarizada com sua terra natal, apresentou pela primeira vez ao vivo seu novo álbum “Rock doido” que carrega a cultura paraense com o gênero musical tecnobrega, comum nas periferias de Belém. “Foguinho”, “Abraço” e “Crina negra” foram algumas das músicas apresentadas com muito carinho pela cantora.


Gaby Amarantos do palco do Festival Global Citizen (Vídeo: reprodução/Instagram/@multishow)

Charlie Puth veio logo depois e com uma apresentação curta de camisa social e gravata, o estadunidense de 33 anos recebeu comentários brincalhões nas redes sociais. “Parece um estagiário” ironizou um dos internautas durante as três músicas que Puth cantou, incluindo “See you again” sua canção mais famosa, feita em parceria com Wiz Khalifa para Velozes e Furiosos 7 em tributo ao falecimento de Paul Walker na época.

As aparições rápidas seguiram-se com Gilberto Gil que apresentou “Palco”, “Tempo rei” e “Toda menina baiana” trazendo de volta o astral da plateia. Aos 83 anos, o artista baiano cantou ao lado de uma banda de baixo, bateria e guitarra.

Arriscando um português

Chris Martin, vocalista do Coldplay, subiu ao palco preparado com os maiores sucessos de sua banda nas mãos. Descalço e com um violão, Chris cantou “Paradise”, “Viva la vida” e “A sky full of stars”.

“Boa noite meus amigos, muito bom estar aqui com vocês” disse o cantor britânico em português, lendo em um papelzinho. A tentativa fofa foi o suficiente para cativar o público.

Martin continuou no evento com muita empolgação. Durante a apresentação de Seu Jorge, que tocou “Mina do condomínio”, “Burguesinha” e “Felicidade”, Chris permaneceu na percussão ao lado do carioca de 55 anos.


Melhores momentos do Global Citizen Amazônia (Vídeo: reprodução/Youtube/@MusicaMultishow)

Encerrando no baile funk

Quem estava no festival pôde ver Anitta sendo convidada para cantar “Viva la vida” ao lado do líder do Coldplay, mas sua volta foi mais tarde como headliner do evento. Com cores e aparelhagens de som típicas de Belém, Anitta abriu seu com em uma releitura de “Show das poderosas” com uma versão no tecnobrega.

O festival foi encerrado com baile funk com “Joga pra lua”, “Savage funk” e a parceria entre Anitta e Pedro Sampaio, “No chão novinha”. Antes mesmo do fim, o Global Citizen havia reunido as doações por volta de US$ 1 bilhão necessários para as causas da Amazônia.

Com fraca recepção comercial, iPhone Air não conquista consumidores

Informações divulgadas pela Nikkei Asia, um jornal diário econômico famoso no Japão, o novo projeto da Apple, o iPhone Air, obrigou a empresa a reduzir drasticamente a produção do aparelho com a demanda caindo cada vez mais, chegando a níveis “comparáveis ao fim de um ciclo de vida de um produto”, afirmou a publicação.

O modelo lançado recentemente tinha apostas da Apple para ser um marco em termos de design com sua carcaça tendo apenas 5,6 mm de espessura, mas para a surpresa da companhia multimilionária, o apelo estético não é mais suficiente para subir as vendas de um produto que não garante melhorias substanciais.

Além dos problemas com o iPhone Air, logo após o lançamento oficial do iOS 26, a empresa precisou correr para a produção de uma atualização emergencial ao encontrarem vulnerabilidades no sistema, podendo comprometer a segurança de seus usuários.

Inovação baixa, valor alto

Mesmo com o design ultrafino, sem avanços em desempenho, câmera ou bateria, o iPhone Air acabou taxado apenas como uma variação estética e sequer foi visto como uma inovação tecnológica. Outros lançamentos como o iPhone 17, com melhor desempenho de tela e armazenamento, chamaram mais atenção ao custo-benefício de acordo com suas especificações.


Introdução ao iPhone Air (Vídeo: reprodução/YouTube/Apple)

Planejado para um nicho premium focado na parte visual de um produto, com o design e a leveza do aparelho, o novo smartphone acabou misturado em outros celulares da própria Apple que já cumpriam o mesmo papel. Quem busca melhores performances migraram para os modelos Pro enquanto os mais baratos ganharam consumidores que viabilizam os preços acima de tudo, fazendo com que o iPhone Air ficasse sem um público específico, prejudicando ainda mais com o desinteresse nas vendas.

Demanda regional

Junto as falhas de estratégia comercial, a demanda regional trouxe limitações para o produto logo de cara. A China até mostrou um pouco de entusiasmo pelo smartphone finíssimo, mas não o suficiente para cobrir as vendas escassas nos Estados Unidos ou em qualquer outro mercado estratégico para a marca.

Enquanto falhas ocorrem no esperado sucesso do iPhone Air, a Apple ainda ganha e se atualiza com o lançamento da linha 17, atraindo consumidores pelo equilíbrio entre preço e inovação. Assim, é garantido os esforços diminuindo para a produção do ultrafino.

A famosa maçã tecnológica não é a única empresa de computadores e dispositivos móveis que vem enfrentando dilemas no mercado. Ultimamente, com os preços subindo, estética, peso e cores não alavancam vendas de smartphones ou qualquer outro aparelho para o dia-a-dia. Agora, a Apple e outras marcas precisam se redescobrir encontrando um consenso entre funcionalidades inovadoras, valor e estética.

Com recorde de doações, fundo patrimonial de Harvard passa dos US$ 56 bilhões

Estabelecida como a universidade mais rica dos Estados Unidos e do mundo todo, Harvard cresceu quase US$ 4 bilhões no ano fiscal de 2025 com fortes retornos de investimentos, chegando aos 56,9 bilhões de dólares. Os valores aumentaram mesmo com os cortes e congelamentos financeiros exercidos pelo governo Trump.

Durante meses, Donald Trump vem acusando a universidade de promover antissemitismo contra estudantes judeus no campus e decidiu congelar 2,2 bilhões de dólares em bolsas de pesquisas além de US$ 60 milhões em contratos com instituição.

Independente, a companhia de investimentos da universidade, a Harvard Management Co, divulgou na última quinta-feira (16) que obteve um retorno de 11,9% no ano fiscal que foi encerrado há quatro meses.

Batalha judicial contra Trump

Sediada em Cambridge, Massachusetts, Harvard vem sendo o foco central do governo Trump para alavancar o financiamento federal e forçar mudanças nas instituições de ensino dos Estados Unidos que na visão do presidente estadunidense, estão dominadas por ideologias antissemitas e de “esquerda radical”.


Presidente de Harvard responde ameaças de Trump (Vídeo: reprodução/Youtube/@wsj

Além de cancelar bolsas para pesquisadores, afirmando que a universidade não fazia o suficiente para prevenir o assédio contra estudantes judeus, Trump segue tentando impedir que estudantes estrangeiros frequentem Harvard, ameaçando ainda mais cortes de verbas alegando violação da lei federal de direitos civis.

Em seu pronunciamento, a universidade garantiu ser acolhedora para os estudantes judeus e israelenses.

Diferentes investimentos

Superando a meta de longo prazo da universidade com o retorno de 11,9% no ano fiscal, o relatório anual de Harvard mostrou 8% a mais nos valores referentes ao ano anterior. Junto a isso, Harvard atingiu o recorde de doações da instituição com 600 milhões de dólares em doações irrestritas de ex-alunos e amigos.

O fundo patrimonial de Harvard alocou em grande número dois tipos de investimentos além de permanecer com 14% de alocação em ações públicas. Com a segunda maior porcentagem, a universidade tem 31% em fundos de hedge, conhecido no português como “cobertura” ou “limite”, os investimentos em hedge são parecidos com seguros, sendo um instrumento para garantir valores de ativos para compra e vendas futuras. Outros 41% em ativos da instituição são com investimentos de private equity, uma estratégia de participação em empresas privadas como compra sem ser listados na bolsa, recebendo lucro pela valorização pós-venda.

Em uma carta, o presidente-executivo da Harvard Management, N. P. Narvekar e Alan Garber, presidente da faculdade, contaram que a instituição continua se adaptando às incertezas e ameaças “às fontes de receita”, mas em nenhum momento citam Trump.

Bette Midler conta novidades sobre a produção de “Abracadabra 3”

Bette Midler participou do programa Watch What Happens Live (Veja O Que Acontece Ao Vivo), apresentado por Andy Cohen, na última sexta-feira (17) e contou durante a entrevista que recebeu o roteiro para “Abracadabra 3”.

A atriz é muito conhecida em Hollywood e já foi indicada ao Oscar duas vezes: uma pelo filme “A Rosa” (The Rose) de 1979 e outra por “Para Eles, com Muito Amor” (For The Boys) de 1991. Porém até hoje, Midler conquista corações com a bruxa Winnie ao lado de Sarah Jessica Parker e Kathy Najimy na produção infanto-juvenil da Disney “Abracadabra” ou “Hocus Pocus”.

Conversando com Cohen, Bette contou que enviaram o roteiro do terceiro filme deixando-a muito animada, “grande parte [do roteiro] é brilhante” contou ela. O filme segue em fase inicial, com o script finalizado, a próxima etapa tem haver com detalhes logísticos, set de gravações, custos entre outras coisas.

O clássico “Hocus Pocus” é de 1993 e 29 anos depois, ganhou uma sequência com as três irmãs Sanderson com as atrizes originais e quebrou recordes de streaming na Disney+, com 2,7 bilhões de minutos assistidos em uma semana.

O original

No início do século XVII, as irmãs bruxas Winifred Sanderson (Bette Midler), Sarah Sanderson (Sarah Jessica Parker) e Mary Sanderson (Kathy Najimy) lançam uma maldição por Salem ao serem queimadas na fogueira. Muito tempo depois, já no século XX, o trio de feiticeiras são ressuscitadas quando Max (Omri Katz) invade a antiga cabana das irmãs e acende uma Vela da Chama Negra, sem saber seu verdadeiro poder.


As irmãs Sanderson no passado em cena de "Abracadabra 2" (Foto: reprodução/X/@DisneyPlus)

De volta a Salem, as irmãs Sanderson planejam ficar pela eternidade e para isso, precisam sugar a alma de crianças para recuperar sua juventude e magia.

A sequência

Continuando 29 anos após os acontecimentos de “Abracadabra”, por acidente, Becca (Whitney Peak) traz de volta a vida Winnie, Sarah e Mary Sanderson no dia de seu aniversário ao acender uma vela em um ritual com sua melhor amiga, Izzy (Belissa Escobedo).

Além das confusões para impedir que as três bruxas controlem Salem, o longa-metragem conta um pouco sobre o passado das irmãs, quando elas ainda eram jovens e viviam há muitos séculos atrás.

Jen D’Angelo, a roteirista, acredita que “Abracadabra” termine nesta trilogia com o último longa explorando um pouco mais sobre a personagem “Bruxa Mãe” introduzida em “Abracadabra 2”. Ainda sem previsão de lançamento, se o encerramento da franquia seguir os outros dois filmes, é possível que chegue ao Disney+ em época de Dia das Bruxas.

Novo recurso da Meta traz traduções em áudio para vídeos em Hindi e Português

Informações sobre uma nova ferramenta de tradução foram divulgadas na última quinta-feira (9) para uma nova atualização que incluirá vídeos do Facebook e publicações do Instagram Reels, com inteligência artificial, criações na plataforma poderão ser “dubladas” automaticamente para hindi ou português. O recurso parte da tradução inicial em inglês-espanhol lançada em agosto pela Meta.

A empresa mira diretamente nos mercados mais engajados com o Reels, adicionando português e hindi, dois idiomas falados por milhões de pessoas em todo o mundo, uma estratégia que aproxima criadores de conteúdo com seus espectadores, ao mesmo tempo que afina ainda mais a divisão entre autenticidade real e produções artificiais.

É possível que o engajamento nas plataformas Meta aumente o tempo gasto dos usuários acompanhando seus feeds, recebendo conteúdos que antes eram ignorados ou excluídos pela barreira entre idiomas tão distintos.

Sintetização e sincronização

Com a ferramenta, criadores de conteúdo podem ativar uma função que imitará o som e o tom de voz da pessoa presente no vídeo a ser publicado, traduzindo totalmente o áudio para outro idioma. Para evitar um estranhamento com as vozes sintéticas, entre as configurações da tradução, existe a sincronização labial, onde um escaneamento combinará o áudio traduzido com o movimento da boca do locutor, parecendo mais “natural”.


Mark Zuckerberg anunciando a nova ferramente Meta (Vídeo: reprodução/Instagram/@zuck)

Para aqueles que não desejam conviver com o recurso, na aba de controles do Instagram “Traduzido com Meta AI” é possível desativar as novas traduções e trocá-las pelo áudio original. Traduções em áudio também estão disponíveis no TikTok.

Perigos cibernéticos

Por um lado, a nova ferramenta de tradução diminui barreiras linguísticas, permitindo que criadores tenham um maior alcance e seguidores conheçam novos conteúdos, porém, quanto mais filtros de inteligência artificial comandam o mundo digital pouco a pouco, esvaindo as partes humanas do material, mais próximo chegam os usuários de precisarem de novas proteções em relação à atribuição e consentimento.

Vale lembrar que áudios artificiais estão começando a serem indistinguíveis da realidade e que antes mesmo de serem tão “perfeitos” muitos golpes foram aplicados utilizando ferramentas IA e não apenas em áudio, mas também com imagens, como o deep fake, para arrancar dinheiro de desavisados. Embora haja lados positivos, no mundo virtual com o comando de recursos programados, há mais perigos cibernéticos à espreita.