Sobre Josiane Martins

Jornalista no site Lorena R7.

Mudanças climáticas favorecem aumento doenças infecciosas no mundo todo

Não são apenas as catástrofes ambientais, como tempestades, alagamentos e deslizamentos de terra, as consequências das mudanças no clima no planeta. O aumento exacerbado da temperatura, além das mortes causadas pelo próprio calor, também favorece a proliferação de inúmeros vírus, assim como a alteração de sua própria genética, segundo cientistas.

Incontroláveis

O acúmulo de água parada, desleixo do próprio homem e, que leva a proliferação de vários mosquitos responsáveis por doenças, já é um problema que se tenta controlar há muito tempo, principalmente no verão, normalmente a época mais quente do ano. Porém, essa afirmação de “época mais quente do ano” não cabe mais. Com as questões climáticas sérias que o planeta vem enfrentando, as estações do ano já não são mais base para a definição do clima.

O chamado “calor fora de época” vem sendo cada vez mais comum com o passar dos tempos. E assim, passamos ou por longos períodos de seca, ou por longos períodos de chuvas que, em algumas regiões, quase “dilúvios”, levando a impossibilidade de controlar os focos de águas paradas, dependendo, muitas vezes, do próprio clima para resolver a questão. 

Outra questão, além do volume de água, é o aumento de sua temperatura, que propicia um ambiente mais favorável a proliferação de microrganismos, responsáveis por inúmeras doenças.


Mosquito da malária (Foto: reprodução/Pixabay)


Doenças que preocupam

Desta forma, doenças como a dengue, por exemplo, causada pelo mosquito que se reproduz através da proliferação de suas larvas justamente em água parada, aumenta de uma forma quase incontrolável.

Segundo números levantados pelos órgãos responsáveis, o aumento de focos do mosquito da dengue chegou a 94% dos municípios do Rio Grande do Sul – que sofre com inúmeros alagamentos devidos às tempestades que assolam o estado e elevam muito o volume das chuvas. Assim como em países onde quase não se ouvia falar em dengue como Itália, França e Espanha, que já contam com casos de infecção na própria região, autóctones.

Nos Estados Unidos, é a disseminação da malária, dentro do próprio território, que preocupa os pesquisadores, que afirmam isso nunca ter ocorrido antes. Segundo os estudiosos, antes, os casos da doença que ocorriam no país se davam devido à transmissão por pessoas que haviam viajado para fora, a países onde era comum a malária. Hoje não, hoje, os focos da doença se dão dentro do próprio território.

Alteração genética

Segundo pesquisadores do Laboratório de Virologia da USP, já são evidentes as alterações na cadeia genética de vírus como o da gripe, por exemplo, causadas pelas mudanças climáticas. Determinados vírus tinham maior incidência em determinadas épocas do ano, como é o caso do RSV, responsável pela bronquiolite, porém, agora, isso deixou de ser regra, levando a possibilidade de casos da doença o ano todo, segundo Edison Luiz Durigon, chefe do laboratório, em entrevista para o Jornal Nacional, da Rede Globo.

Solução

Infelizmente, a “luz no fim do túnel” parece cada vez mais longe, afinal, a situação só está como está por conta da irresponsabilidade do homem que, mesmo com todos os avisos da classe científica, continuou a depredar o planeta. Segundo Durigon, mais que políticas públicas, campanhas de conscientização, é preciso realmente que o ser humano tenha “bom senso” e entenda, que só ele pode remediar a situação, porque reverter, impedir, isso já não é mais possível. A conta já começou a chegar, e não está nem perto do fim, só deve cada vez mais aumentar se nada for feito hoje.

 

Foto Destaque: planeta Terra doente (Reprodução/Pixabay)

O que fazer se você não tiver ido tão bem no primeiro dia do Enem 2023

Especialistas no assunto chamam a atenção para a necessidade de manter a calma neste momento, mesmo que o aluno/a julgue que não foi tão bem na prova do Enem deste domingo (5), pois ainda é preciso se preparar para o segundo momento do exame, e também descansar.

Não fui bem na prova

O aluno/a não deve se preocupar em demasia com o resultado que acredita ter tido na prova de ontem simplesmente porque não há como se ter certeza da nota, principalmente, por conta do modelo complexo de correção. O número de acertos não quer dizer nada, uma vez que as notas finais são calculadas através da Teoria de Resposta ao Item – que avalia a habilidade do aluno/a.


Garota triste (Foto: reprodução/Notícias R7)


Segundo informações disponíveis no site do Ministério da Educação, a TRI mede tal habilidade a partir de três parâmetros: a capacidade de um item de determinar quais candidatos têm a competência necessária; o grau de dificuldade de cada questão; e a possibilidade de se acertar a resposta “chutando”. 

Sendo assim, relaxar e continuar com seu ritmo de estudo é o melhor caminho, assim como confiar em seu preparo, garantido pelo seu tempo de dedicação aos estudos.

Ainda não acabou

Por isso, não se pode permitir que o desanimo tome conta, ainda tem mais um dia, e ainda há tempo para a revisão dos conteúdos para a prova do próximo domingo. É preciso tomar cuidado também com a cobrança exagerada que se coloca em si mesmo, mas, manter o foco. Continuar revisando os conteúdos, principalmente os que sente mais dificuldade. Buscar sanar dúvidas, não deixar para depois, e se atentar as inúmeras dicas disponíveis, tanto sobre o processo, quanto sobre os conteúdos.

A partir da observação das questões realizadas no primeiro dia, já é possível perceber que além de saber as matérias, é preciso saber interpretar. A base para a resolução de toda a prova é a interpretação textual. Por isso a necessidade de manter a calma e ler atentamente todos os enunciados e textos presentes, fazer anotações e buscar por palavras-chave.

Exaustão não leva a nada

Mas também é preciso descansar, porque exausto, ninguém consegue fazer nada direito mesmo. Para quem se dedicou a preparação para este momento, agora é hora de relaxar e confiar em sua dedicação. Revisar, sim, mas sem se preocupar tanto, afinal, você está preparado.

Agora, para quem deixou tudo para última hora, a hora é sim de correr atrás do prejuízo, mas também, sem excessos. Não se pode esquecer que é preciso dormir e também se alimentar bem.


Amigos (Foto: reprodução/UOL)


Para manter o equilíbrio agora, e se manter bem, é preciso também evitar muita análise sobre o primeiro dia, evitar falar sobre o tempo todo; afastar-se das redes sociais; ficar próximo a pessoas que lhe fazem sentir bem, evitando conflitos e desgostos desnecessários.

E lembrar, caso tudo de “errado”, o Enem não é a única forma de entrar em uma universidade, sendo assim, o estudante tem que ter em mente que essa não é sua única oportunidade, então o pensamento de que “tudo está perdido” não deve existir.

 

Foto Destaque: Prova do primeiro dia do Enem de 2023 (Reprodução/UOL)

Hamas lançam foguetes contra Israel novamente

Em meio a negociações na tentativa de um cessar-fogo humanitário, Hamas volta a atacar Israel com lançamento de foguetes, diretamente na região central do território, neste domingo (5). E, a força militar israelense bombardeia intensamente a cidade de Gaza, ato que deve ser seguido de invasão por terra, com prazo máximo de dois dias para ocorrer, segundo relatam representantes de Israel.

Resposta de Israel

Após a região central de Israel sofrer com inúmeros foguetes lançados pelo grupo terrorista neste domingo, militares israelenses responderam com o bombardeio da cidade de Gaza – o mais intenso desde o início da guerra – que chegou a atingir Al-Maghazi, um campo de refugiados.  Até a noite deste domingo, contavam pelo menos 52 pessoas mortas na região, entre elas, mulheres e crianças.


Al-Maghazi, um campo de refugiados atingido pelo bombardeio de Israel no dia 05/11 (Foto: reprodução/Mahmud HAMS/AFP)


Segundo o porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari, o Hamas vem utilizando a região próxima a hospitais para o lançamento de mísseis, assim como tuneis sob os prédios para movimentação dos terroristas, e que isso “tem que acabar”.

Hagari também declarou que uma “operação significativa” ocorreria na noite deste domingo ainda em busca dos líderes do grupo terrorista.

Saída da população em Gaza

Segundo o embaixador brasileiro, Alessandro Candeas, há dois dias o Egito suspendeu a liberação para a saída pelo Rafah de estrangeiros que continuam na Faixa de Gaza. Nenhum brasileiro conseguiu sair até então e, mesmo com a promessa do primeiro-ministro de Israel de até a próxima quarta, todos os 34 brasileiros na lista poderem voltar para casa. Diante desta nova decisão do Egito, não se sabe como, ou se, isso ainda ocorrerá. 


Antony Blinken e Mahmoud Abba (Foto: reprodução/Jonathan Ernst/Pool/Reuters)


Insegurança dos vizinhos

Por receio de que a guerra avance para os territórios vizinhos a Israel e Gaza, representantes dos países árabes já haviam se encontrado com o secretário de estado americano, Antony Blinken, para exigir dos EUA que conseguissem um cessar-fogo e o fim imediato da guerra. Blinken também se reuniu, posteriormente, com o presidente da autoridade nacional palestina, Mahmoud Abbas, que lhe cobrou o mesmo.

Porém, a resposta americana continua a mesma: que Israel tinha direito a se defender; o Hamas precisa ser eliminado de uma vez; e que está sendo feito todo o possível para que a ajuda humanitária chegue a quem precisa em Gaza.

A resposta do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi de que não haverá nenhum cessar-fogo enquanto o Hamas mantiver reféns em seu poder.

 

Foto Destaque: Mísseis lançados pelo Hamas a Israel (Reprodução/Abed Khaled/Sicnotícias)

Líderes árabes querem que Estados Unidos convençam Israel sobre o cessar-fogo em Gaza

Líderes árabes, reunidos com autoridade americana na Jordânia, o secretário de Estado, Antony Blinken, pedem pela interferência dos Estados Unidos junto a Israel em prol de um cessar-fogo na região do conflito entre Israel e Hamas.

Discordância entre as partes

Antony Blinken, esteve com o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, e com os ministros de Relações Exteriores da Jordânia,  Ayman Safadi, da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan Al-Saud, dos Emirados Árabes, Abdullah bin Zayed Al Nahyan, e do Egito, Sameh Shoukr, para discutir sobre os rumos da guerra entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza, e Ayman Safadí, representando os outros líderes árabes, exigiu não só “um cessar-fogo imediato” mas também “o fim dessa guerra”. E ainda declarou que todos rejeitam a afirmação de que se trata de “autodefesa” por parte de Israel. 


Caminhões com ajuda humanitária (Foto: reprodução/Agência Brasil)


Porém, o representante americano insistiu na afirmação de que, para os Estados Unidos, cessar com a guerra, neste momento, seria como permitir que o grupo terrorista se reorganize para um novo grande ataque, no próximo dia 7.

Solução, segundo os EUA

Para o Estado Americano, o que deve ser feito é uma pausa humanitária, ou seja, um cessar-fogo mais curto e específico em determinadas áreas, para a entrada de suprimentos para os civis que se encontram ainda em Gaza, e para a saída de estrangeiros e refugiados palestinos, sem beneficiar o Hamas. 

Porém, segundo comunicado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na última sexta (3), não haverá cessar-fogo, de espécie alguma, enquanto não houver a libertação total dos reféns mantidos pelo Hamas.

Atitudes já tomadas

Segundo David Satterfield, representante americano para Assuntos Humanitários no Oriente Médio, o prédio da ONU no local do conflito, reservado para que os refugiados tenham acesso a combustível e outros suprimentos, já recebeu uma carga para ser usada nos caminhões de ajuda humanitária, também já houve descarregamento em hospitais e em estações de dessalinização da água do mar. Satterfield declarou ainda, que não há notícias de que o Hamas tenha tentado usurpar os suprimentos que chegaram a gaza pela passagem de Rafah – ao contrário do que afirma Israel.

Foto Destaque: Antony Blinken (Reprodução/EPA/WILL OLIVER/Sapo 24)

Alvo de fake news, Janja cobra diretora do Google sobre situação

Após ser vítima de várias fake news na internet, em entrevista ao GLOBO, a primeira-dama, Janja, contou que pediu satisfação à diretoria do Google, mas que ficou sem obter resposta, e ressaltou a gravidade desse tipo de situação.

Fake news

No ano de 2022, quando ocorreram as últimas eleições para a Presidência da República no Brasil e Luiz Inácio Lula da Silva pôde voltar a ser candidato, durante a campanha política para o pleito, recém-casado com Rosângela Silva, a Janja, hoje primeira-dama, ele foi alvo de inúmeras notícias falsas em toda a internet. Mesmo agora, com a eleição já resolvida, em pleno andamento do primeiro ano do novo mandato de Lula, as mentiras continuam.

Ainda no início da campanha, a notícia que surgiu como sendo “bombástica” seria de que Janja seria fugitiva da justiça brasileira. Em meados de outubro, véspera do pleito, circulou um vídeo na internet onde a esposa do então candidato, Lula, estaria ao lado de MC Dourado dançando e incitando a morte do, também candidato e presidente em exercício, Jair Bolsonaro.


Mulher confundida com a primeira-dama (Foto: reprodução/Rebu Magnesio/Mídia Ninja)


No segundo mês como primeira-dama, Janja teve sua imagem associada a vários posts nas redes que traziam uma mulher de lingerie vermelha, no dia da posse do presidente Lula, segurando cartazes que defendiam o direito à prostituição. Algo que seria impossível, uma vez que a primeira-dama não é onipresente e não consegue estar em dois lugares ao mesmo tempo: junto ao presidente e no meio do povo.


Adriana Gagliardi (Foto: reprodução/Estadão)


Em março deste ano, a foto sensual de uma mulher, Adriana Gagliardi, representante comercial, de robe e aparecendo parte dos seios, foi replicada com a afirmação de se tratar da esposa do presidente. Posteriormente, o Estadão confirmou que se tratava de uma notícia falsa.

Recentemente, em setembro, quando o presidente Lula anunciou que faria uma cirurgia no quadril, o comentário que surgiu foi de que Janja é quem assumiria a presidência. Quando, na verdade, o próprio presidente já havia comunicado que iria continuar despachando em Brasília, só não iria poder viajar. E, caso realmente o presidente necessitasse de afastamento de suas obrigações, seu vice, Geraldo Alckmin, é quem assumiria, como manda a lei.

Estas são apenas algumas das acusações falsas contra a primeira-dama, Janja, que afirmou que, ao ter conversado diretamente com uma das diretoras da Google sobre questões acerca do empreendedorismo feminino, tocou no assunto e comentou que ao se digitar “Janja prostituta” na plataforma de pesquisa, inúmeras “notícias” surgem sobre, e que ficou no “vácuo”. A primeira-dama também declarou que entende o fato da empresa não tomar nenhuma atitude, afinal, “eles ganham dinheiro com isso”, mas que é um ultraje e um perigo, não apenas para ela, mas para todos que sofrem com a violência gerada pela disseminação de fake news. 

Por mais mulheres no Congresso

A esposa do presidente também falou ao GLOBO sobre o incômodo que sente com a presença maciça de homens na política brasileira, que acredita que é necessário um aumento significativo da presença feminina na vida pública, trabalhando pelo país. 

Ela também expôs que sentiu pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva já ter demitido três mulheres com cargos importantes: Daniela Carneiro, do Ministério do Turismo, Rita Serrano, da presidência da Caixa Econômica Federal, e Ana Moser, do Ministério dos Esportes, para homens, indicados por questões políticas, assumirem.

Janja ainda deixou claro que não é por ser a esposa do presidente que não irá dizer o que pensa, e apenas falar de banalidades.

 

Foto destaque: Janja, primeira-dama do país (Reprodução/Joédson Alves/Agência Brasil)

Uso de IA poderá evitar novas epidemias de gripe

Cientistas desenvolvem nova arma para ajudar a definir antecipadamente quais vacinas a Organização Mundial da Saúde (OMS) poderá usar para combater a gripe daqui por diante, uma inteligência artificial que examina e diz quais linhagens do vírus poderão circular em maior número a cada ano.

Inovação

A partir de pesquisas realizadas em um banco de dados com amostras de vírus já existentes no mundo desde 1980, os cientistas já são capazes de antecipar quais variantes irão continuar evoluindo.


Cientista e vírus Influenza (Foto: reprodução/El Comercio)


Estudo

A iraniana Maryam Hayati, cientista de computação da Universidade Simon Fraser, de Vancouver (Canadá), explicou para a revista Science Advances, na edição desta semana, como foi possível obter sucesso em teste realizado por sua equipe.

Através da análise dos dados coletados até 2020,  Hayati e sua equipe foram capazes de “prever” as características genéticas de uma cepa que circulou no ano de 2021. Com a ajuda de um algoritmo que estuda a “/árvore de família”/ do patógeno, os cientistas puderam reproduzir qual foi a decisão da OMS quanto ao uso de determinada vacina naquele ano.

Os dados utilizados na pesquisa foram de amostras de vírus obtidas no hemisfério norte, desta forma, os pesquisadores acreditam que, é provável que por enquanto, o algoritmo possa estar limitado a análise de epidemias de gripe boreais. Segundo eles, ainda há pouco material para o trabalho da IA referente ao hemisfério Sul, o que limita a produção de métodos como o utilizado para o trabalho com o Influenza neste hemisfério.

Ainda, segundo A Hayati, o padrão de circulação do vírus da gripe sofreu mudanças após a epidemia do Corona-Vírus, o que tornou mais complicada a prevenção, e essa ocorrência pode ter afetado, de alguma forma, o total sucesso das pesquisas – o que leva a necessidade de ainda mais estudos.

Futuro próximo

Ainda em fase inicial, o estudo da utilização da IA poderá ser uma ferramenta para auxiliar no processo de tomada de decisões rápidas em casos de possíveis epidemias, segundo os pesquisadores do projeto.

 

Foto Destaque: Vírus da Gripe (Reprodução/Journal Med)

Israel permite o retorno de brasileiros até quarta-feira, segundo Mauro Vieira

Mauro Vieira, representante do Itamaraty, Ministério das Relações Exteriores do Brasil, afirmou nesta sexta-feira (3) que Eli Cohen, chanceler de Israel, deu garantias de que os brasileiros, ainda em Gaza, terão passagem por Rafah para entrar no Egito, e então retornar ao país até quarta-feira (8).

Conversa de Mauro Vieira com Eli Cohen

Segundo o ministro brasileiro, os dois tiveram uma quarta conversa telefônica, no mesmo dia de sua declaração, onde ficou não só acordado, como garantido pelo chanceler israelense que até quarta-feira da próxima semana (8), todos os brasileiros presos em Gaza poderão voltar para casa, e que Cohen ainda prometeu tentar antecipar a saída.

Finalmente a passagem por Rafah, que leva até o Egito, onde os aviões da FAB estão a espera dos cidadãos brasileiros, foi liberada por Israel. E as embaixadas brasileiras em Ramallah, na Palestina, e no Egito, é que ficarão responsáveis pelo embarque. 


Mapa da região do conflito. (Foto: reprodução/The Conversation)


A única saída de Gaza

Após os primeiros ataques do Hamas a Israel, soldados israelenses fecharam as duas passagens que davam acesso a Faixa de Gaza, para tentar conter os ataques e impor um cerco ao grupo terrorista, bloqueando a chegada de suprimentos a região, restando apenas uma passagem de entrada e saída, pelo Rafah, que dá no Egito.

Desde então, Israel e Egito são pressionados pelas forças humanitárias a liberarem a passagem pela região, tanto para entrada de suprimentos, como para a saída de refugiados. Porém, o Egito se preocupa que, com a liberação da passagem, acabasse por permitir aos palestinos a criação de um Estado no seu território, mesmo que negue o impedimento do acesso a Rafah.


Portões de Rafah (Foto: reprodução/Said Khatib/AFP )


Em pronunciamento, o Egito afirmou que, solidário aos vizinhos, permite que a passagem seja utilizada, tanto para entrada de suprimentos em Gaza, quanto para saída da população civil, que Israel é que precisa garantir a segurança na região, constantemente atacada por suas forças militares, mas salientou que sua ajuda “tem limites”, que não podem suportar que muitos “fiquem”, para que não lhes falte o necessário, uma vez que já acolhem cerca de 9 milhões de migrantes, e que por isso, irão encaminhar os chegados de Gaza ao Sinai. Também colocou que, a seu ver, a saída de toda a população da região Palestina pode pôr fim a “sua causa”, e que deveriam permanecer “de pé em sua terra” ou, o mais próximo dela, uma vez que já a perderam para Israel e já são refugiados na Faixa de Gaza.

Cerca de 1500 estrangeiros já saíram da região até sexta-feira (3), e mais 571 já têm seus nomes na última lista liberada, porém, nenhum brasileiro ainda foi autorizado a sair até então.

 

Foto Destaque: Estrangeiros deixando a Faixa de Gaza rumo ao Egito pela passagem de Rafah (Reprodução/MOHAMMED ABED/AFP)

Como fica a saúde mental das crianças que estão no meio do conflito entre em Israel e o Hamas

O Fantástico apresentou neste domingo (29) uma reportagem feita com especialistas na área de saúde mental para entender como fica o psicológico de crianças e adolescentes que se encontram na região do conflito entre Israel e o grupo terrorista, Hamas. A conclusão é de que o abalo psicológico já causa danos também a saúde física dos “pequenos”.

O que dizem os especialistas

Segundo o psicólogo uruguaio, residente em Israel há mais de 40 anos, Leo Wolmer, a grande maioria dos menores, desde os mais pequenos, que estão sendo atendidos nos hospitais da região, já apresentam sintomas de ansiedade: distúrbios do sono, medo da hora de dormir, assim como constante estado de alerta, sabendo até diferenciar o som de alarmes e sirenes.

Os efeitos dos traumas já causados pelos 22 dias de conflito irão perpetuar por muito tempo ainda a existência dessas crianças, assim como comprometer várias áreas de desenvolvimento, não só psicológicos, como emocionais e físicos. Conforme esclarece Ionara Rabelo, psicóloga dos Médicos Sem Fronteiras, tais fatos vividos podem comprometer desde a capacidade de aprender, como o desenvolvimento de habilidades simples como a fala. Além de “prepará-las” para o revide em qualquer situação de conflito.

Yasser Abujamei, chefe do maior centro de saúde mental na Faixa de Gaza, contou que há uma necessidade constante de se afirmar para os pequeninos que tudo vai ficar bem, que ele vão “sobreviver”, e salientou que esse período de sofrimento, os traumas por ele causados, irão acompanhar a todos por toda vida. 

E Rabelo ainda coloca que, do futuro dessas crianças também depende a saúde mental dos adultos com quem convivem, abalados com a mesma intensidade.


Crianças na Faixa de Gaza. (Foto: reprodução/Liberacittadinanza)


Efeitos da Guerra

Um cérebro em formação é suscetível a toda e qualquer experiência vivida, que afeta de forma duradoura todo o desenvolvimento psíquico da criança, assim como o cognitivo e o emocional. A vivência da violência extrema, presente na guerra, é capaz de alterar a química do cérebro, assim como o funcionamento de diversas áreas, como as relacionadas à memória e ao raciocínio lógico, levando ao atraso do desenvolvimento.  Entre os efeitos de convivência interpessoal estão problemas relacionados a fala: algumas crianças têm dificuldade em desenvolver esta habilidade, e outras, simplesmente a anulam, deixam de se comunicar verbalmente. Muitas vezes também passam a apresentar comportamento agressivo e antissocial, uso de abusivo de álcool e drogas ilícitas, como comportamento suicida.

Assim como o físico da criança também responde aos traumas vividos, não é difícil encontrar reclamações de dores no corpo, febre e incontinência urinária.

Como lidar com a situação 

Segundo Helen Mavichian, psicoterapeuta especializada em crianças e adolescentes e mestre em Distúrbios do Desenvolvimento, em um artigo para a Revista Exame, os adultos precisam estar preparados para atender a estes pequenos e poder lhes fornecer algum conforto e, pelo menos, sensação de segurança.

Mavichian afirma que a verdade tem que ser constante, as crianças precisam saber exatamente tudo que acontece, assim como é preciso tentar esclarecer todas as dúvidas, os questionamentos que apresentarem. Que é preciso que se sintam seguras para expor seus sentimentos e emoções, e serem acolhidas em suas angústias. 

A psicoterapeuta também alerta que aqueles que apenas testemunham os fatos pelas mídias também devem ter suporte, ser esclarecidos quanto a suas questões, e ter suas reações observadas, para que se possa atender, de forma satisfatória para a criança, o comportamento e as fragilidades que por ventura venham a apresentar.

Assim como se pode usar da situação para trabalhar, através do diálogo, com os pequenos questões que envolvam o respeito às diferenças, tolerância e empatia.

 

Foto Destaque: Uma menina observa do lado de fora de uma casa danificada, no sul da Faixa de Gaza, em 9 de maio de 2023.  (Reprodução/REUTERS/IBRAHEEM ABU MUSTAFA)

Conselho de Segurança da ONU tem nova reunião marcada para esta segunda-feira

Nesta segunda-feira (30), em Nova York, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reúne pela sétima vez, desde o início do conflito, no dia 07 de outubro, entre o grupo terrorista, Hamas, e Israel. A intenção é discutir o andamento da guerra instaurada na Faixa de Gaza e tentar um acordo entre os presentes quanto a uma resolução humanitária.

Negociações no Conselho de Segurança da ONU

Nem mesmo os 15 países que compõe a mesa do Conselho atualmente, sendo China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia de forma permanente, e Brasil, Albânia, Equador, Emirados Árabes, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça que ocupam as vagas rotativas (não-permanentes) conseguem chegar a um acordo quanto a uma resolução humanitária do conflito que já fez mais de 8.000 (número não oficial) mortos na Faixa de Gaza. O Conselho já se reuniu seis vezes -sendo esta a sétima – desde o início da guerra entre o Hamas e Israel, e os participantes não conseguem se entender quanto aos rumos que o conflito deve tomar, mesmo diante de atrocidades que vem ocorrendo na região. Sendo que, o que decidirem, será meramente uma sugestão aos envolvidos sem garantia alguma de que as medidas acordadas serão colocadas em prática, porque tanto Hamas quanto Israel, têm autonomia para continuar fazendo o que bem entenderem.

O avanço das tropas de Israel, agora por terra, que amplia a área de ataque e coloca mais civis entre o fogo cruzado, fez com que a reunião, que ainda será presidida pelo ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, fosse convocada de forma emergencial na semana passada por apelo dos Emirados Árabes Unidos. Desde o dia 18 o Brasil, representado por Vieira, chanceler do presidente Lula, tenta aprovar um texto de caráter humanitário, como uma tentativa de encontrar uma forma diplomática de resolver o conflito, porém, sem sucesso. O veto veio, primeiramente, da embaixadora americana, Linda Thomas-Greenfield, que colocou que a proposta deixava de fora o direito que Israel tem de se defender.

O texto buscava a aprovação de uma pausa imediata no conflito na região, para que as pessoas que ainda estão em Gaza pudessem ter acesso a ajuda humanitária. Também pedia pelo libertação de todos os reféns, e a garantia ao acesso a suprimentos de primeira necessidade como, gás, eletricidade, alimentos e suprimentos médicos. Desde então, vários outros textos foram apresentados por outras delegações, porém, também sem sucesso. Um impasse tomou conta do órgão, que imerge em tentativas frustradas de aprovar algo que beneficie os civis que estão no meio do conflito.

Mesmo tendo sido aprovada na última sexta-feira (27) uma resolução simbólica sobre uma trégua no conflito, ainda há a necessidade de muita discussão, assim, mesmo sem o indício de que possa haver uma nova votação nesta reunião de hoje, o Brasil segue na construção de um novo texto junto a outros representantes diplomáticos no Conselho com intuito de conseguirem chegar a um acordo unanime.


Retrato da Guerra entre Israel e Hamas. (Foto: reprodução/Omar El-Qattaa/AFP)


Como segue a guerra

O conflito entra em uma nova fase, como afirma o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com o início de uma ofensiva por terra dentro do território palestino, neste sábado (28).

Foram bombardeados cerca de 150 alvos subterrâneos comandados pelo Hamas só na madrugada, desestruturando os espaços privilegiados de combate do grupo em Faixa de Gaza, além da eliminação de vários terroristas.

Daniel Hagari, porta-voz das forças militares de Israel, declarou que o exército israelense irá permitir e proteger a entrada de suprimento, como, alimentos, remédios e água, pelo sul de Gaza.

 

Foto Destaque: Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. (Reprodução/ONU)

 

Vitão e Whindersson Nunes declaram que não há rivalidade entre os dois

Neste sábado (28), seguidores do cantor Vitão e de Whindersson Nunes começaram a dizer que os dois estão “de bem”, e que os rumores de rivalidade não condizem com a verdade exposta pelas duas celebridades. 

Mensagens trocadas

Um internauta publicou um vídeo na rede X onde o cantor comenta que não está bem, que está adoecendo, e o autor da publicação dá a entender que a causa dos problemas de Vitão seria Whindersson Nunes e o desentendimento entre os dois.

O comediante reponde à publicação afirmando que nunca desejou mal ao cantor, e Vitão, logo em seguida, comenta agradecendo, chamando Whindersson de “irmão”. Segue tecendo elogios a Nunes, afirmando que nunca tiveram problemas um com o outro e que quando as pessoas entenderem isso, irão parar de falar sobre, jogando, na verdade, a culpa dos comentários maldosos sobre a relação dos dois no público.


Whinderson Nunes responde internauta no X (Foto: reprodução/X/@Whindersson)


Fatos

Porém, é de conhecimento de todos que Whindersson Nunes, após se separar de Luisa Sonza, com quem foi casado, deu algumas indiretas na internet que deixavam implicito que a ex e Vitão, amigo do comediante, tiveram um caso enquanto o casamento ainda existia, e que este teria sido o motivo da separação entre Whindersson e Sonza.

Mesmo a cantora e Vitão tendo desmentido a história e Whindersson Nunes ter negado tal acusação quando confrontado sobre, o fato é que os dois amigos se afastaram e passaram a “trocar farpas” nas redes sociais.

O comediante passou por uma fase, pós-divórcio, de um grande baixo-astral e uma depressão severa. Mas já parece bem e se casou novamente.

Vitão e Sonza viveram um romance declarado pouco tempo depois, mas logo terminaram a relação. Ambos já tiveram vários outros relacionamentos depois. O cantor, hoje, após passa por um processo de comprovação de paternidade, declarou nesta sexta (27), que finalmente pode afirmar que não é o pai da filha de Suelen Gervásio.

Foto Destaque: Vitão e Whindersson Nunes (Reprodução/Instagram/@vitão/@whindersonnunes)