Nesse domingo (28), o programa de televisão Fantástico entrevistou Emma Heming Willis, a esposa do astro do cinema Bruce Willis, que enfrenta uma condição rara chamada demência frontotemporal desde 2022. Passando por todo o processo ao lado dele, assumindo um papel de cuidadora e, também, lançando seu primeiro livro, ela contou como tem sido os últimos anos de sua vida.

Diagnóstico, sintomas e cuidado

Emma contou que a doença se mostrou visível aos poucos, conforme os anos passavam. Quando criança, Bruce tinha um caso de gagueira que seria tratado futuramente, para que pudesse seguir a carreira de ator. Em 2015, quando estava em cartaz com uma peça, o astro precisou usar um ponto no ouvido no qual repetiam suas falas, pois ele não conseguia as gravar.

Além disso, durante seu primeiro filme de sucesso em 1988, “Duro de Matar”, sua audição também teria sofrido um dano irreparável quando ele atirou em cena sem protetores no ouvido, o que tornou o processo ainda mais difícil.

 Emma falando sobre a doença do marido (Vídeo: reprodução/X/@tvglobo)

Quando questionada pelo Fantástico sobre como Bruce Willis está hoje, sua esposa diz: “É uma doença muito agressiva, mas no geral, acho que ele está se saindo bem.”. Em seguida, diz que ouviu de diferentes neurologistas que a que seu marido enfrenta é a pior das demências, chamando-a de incerta, pelos sintomas virem aos poucos e os sinais serem de difícil identificação: “É como um longo adeus”, comenta.

Relato corajoso

Emma lançou este mês seu mais novo livro, intitulado “Um Rumo Inesperado” (The Unexpected Journey), onde abriu seu coração para contar sua visão dos últimos anos e, também, inspirar outras pessoas que estejam passando pela mesma situação. Por nunca ter lidado com alguém com demência antes, ela precisou de um tempo para assumir o papel de cuidadora: “No começo, queria resolver tudo sozinha. Era muito resistente em aceitar ajuda.”, diz.

Em seguida, a mesma faz uma comparação sobre quando aeromoças dizem no avião que, em caso de emergências, todos os passageiros são instruídos a colocar as máscaras de oxigênio em si, antes de ajudar outra pessoa. Essa analogia lhe abriu os olhos para entender que, para ajudar seu marido, também precisava ajudar a si mesma e aceitar a ajuda de outras pessoas.

 Mais detalhes sobre seu livro (Vídeo: reprodução/X/@tvglobo)

Segundo ela, além disso, uma conversa que teve com alguém próximo também lhe abriu os olhos, quando lhe disseram que cuidadores que não se cuidam, tendem a partir antes daqueles que amam: “Não queria que nossas filhas perdessem um pai e uma mãe”. Por ter aceitado ajuda, ela também compartilha seus relatos na intenção de ajudar os demais que se sintam da mesma forma.