A partir do dia primeiro de maio, o Departamento de Trânsito (Detran), passará a multar motoristas profissionais com exames toxicológicos vencidos em todo o país. A decisão foi anunciada neste domingo (28), depois da medida ficar inativa poe dois anos. Omotorista de categoria C, D ou E que não passar pelo procedimento até terça-feira (30) estará sujeito a uma multa de R$ 1.467,35 e sete pontos na CNH, conforme o artigo 165-D do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Em caso de não atuantes na profissão 

_{Os motoristas das categorias C, D e E precisam fazer novo exame toxicológico (Foto: Reprodução/pvproductions/Freepik)}

O motorista que possui a CNH na categoria C, D ou E mas que não atua na profissão precisa agendar atendimento na agência do Detran para solicitar o rebaixamento de categoria, deste modo não sendo necessário o exame toxicológico. Assim, o Detran registrará uma ocorrência para controle e automaticamente registra na base de dados que a categoria foi rebaixada, para que se possa abrir um processo de renovação nessa nova categoria. Com isso, o condutor então passará pelo exame médico e psicológico, sendo então avaliado para o novo grupo solicitado e a emissão da CNH atualizada. O rebaixamento somente é efetivado no sistema nacional após a emissão da nova CNH.

Categorias

_{O exame pode identificar substâncias utilizadas em até 90 dias antes da realização (Foto: reprodução/Jr Manolo /Fotoarena/Folhapress)}

O exame toxicológico precisa ser feito a cada dois anos e meio em laboratórios credenciados pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), utilizando cabelo ou pêlos para identificar substâncias utilizadas em até 90 dias (três meses) antes da realização do exame. O exame é obrigatório para motoristas das categorias C, D e E — que dirigem veículos como caminhões, vans e ônibus — com habilitações novas ou renovadas a partir de 3 de setembro de 2017 e um alerta será disparado através do aplicativo da Carteira Digital de Trabalho, cujos exames devem ser feitos até o dia 30 de abril, nesta terça feira.

A consulta do exame está disponível na Central de Serviços do site do Detran-CE https://www.detran.ce.gov.br/, na opção habilitação e, para verificar a validade de seu último teste, basta verificar no aplicativo do Detran.

Foto Destaque: prazo para exames toxicológicos para CNH C, D e E se encerra essa semana (Reprodução/rafapress/shutterstock)

Na última quinta-feira (18), em novo episódio do conflito Irã-Israel, o governo israelense lançou um ataque aéreo no território iraniano em represália à ofensiva do Irã, no último dia 13 – esta, por sua vez, em resposta a um ataque à embaixada iraniana na Síria, que vitimou  o comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã, embora Israel não tenha reinvindicado o ato. 

A tensão no Oriente Médio aumenta conforme o conflito avança e se aprofunda, enquanto o mundo observa a guerra e teme por sua expansão entre os demais países da região. No entanto, para o professor de Relações Internacionais da UFF e pesquisador de Harvard, Vitelio Brustolin, em entrevista cedida ao site g1, os dois países possuem grande diferença entre seu arsenal, o que pode significar uma grande vantagem ou desvantagem entre os dois lados. Israel, como o maior aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio, domina o espaço aéreo ao utilizarem aeronaves de última geração importadas do país norte-americano enquanto o Irã utiliza modelos já obsoletos, como caças do período da Guerra Fria. 

Poderio militar

“Israel controla os céus do Oriente Médio desde a Guerra dos Seis Dias [conflito entre Israel e países árabes em 1967]. O país não tem profundidade territorial, então precisa ter uma estratégia em caso de ataque iminente, e a aviação é muito importante para isso”, afirmou Brustolin.

Porém, o Irã possui tem o segundo maior efetivo militar da região, com 610 mil militares na ativa, orçamento militar anual de US$ 44 bilhões (R$ 232,6 bilhões) em 2022, mísseis poderosos — como o Sejil e o Kheibar — e 13 vezes mais veículos de artilharia e lançadores de mísseis que Israel, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês). O Irã tem um programa nuclear avançado e pode estar próximo de ter uma bomba nuclear.

O conflito 

_{Irã ataca Israel no último dia 18 (Foto: Reprodução/Issam Rimawi/Anadolu/Getty Images)}

Em 7 de outubro de 2023, após um ataque terrorista coordenado por vários grupos militantes palestinos contra cidades israelenses, passagens de fronteira, instalações militares adjacentes e colonatos civis nas proximidades da Faixa de Gaza, Israel realizou ataques contra a Palestina, inciando uma guerra que já perdura por quase sete meses. O conflito já vitimou 15.900, e forçou outras milhares a se refugiarem em outros países do Oriente Médio e na Europa. Os governantes iranianos apoiam a Palestina e consideram Israel o “pequeno Satanás”, o aliado no Oriente Médio dos Estados Unidos, que chamam de “grande Satanás”, e querem que ambos desapareçam da região. Ao mesmo tempo, Israel acusa o país vizinho de apoiar o terrorismo anti-semita entre seus vizinhos.

Foto destaque: conflito entre Irã e Israel aumenta tensão no Oriente Médio (Reprodução/Legion-media.ru/Bihlmayerfotografie)

Na noite deste sábado (13), milhares de mísseis foram disparados em direção a Israel, em represália ao ataque à embaixada do Irã na Síria, vitimizando nove pessoas, sendo três delas, comandantes do alto escalão do exército iraniano. A ofensiva, no entanto, foi interceptada em sua maior parte pelo sistema antimísseis de Israel, o Domo de Ferro. 

Domo de Ferro

_{Os mísseis israelenses lançados têm mais de 92% de eficácia para interceptar foguetes inimigos (Foto: reprodução/Anas Baba/Getty Images Embed)}

Construído em 2011, a partir de capital investido pelos Estados Unidos, o Domo de Ferro é um equipamento altamente preciso, que possui até 92% de eficácia em interceptar mísseis inimigos disparados contra o território israelense. 

O sistema consiste nas seguintes etapas: um radar que monitora toda a faixa de Gaza, identifica qualquer ataque do tipo, quase de imediato, calculando com uma precisão praticamente milimétrica, a área que será atingida. O artefato entra em ação somente se a região a ser atingida for habitada e, se for o caso, dois foguetes intereceptadores são lançados para cada míssil atacante. O sistema calcula ainda, uma rota segura para que o abate do equipamento inimigo ocorra em uma região desabitado. No entanto, mesmo com uma eficácia quase completa, o governo israelense recomenda que, ao se ouvirem as sirenes, espalhadas pelo país para alertar sobre os ataques, a população deve procurar refúgio em abrigos, e aguardar pelas instruções.

De acordo com Israel, oito pessoas ficaram feridas durante o ataque, enquanto corriam para os abrigos. Não há informações sobre o estado de saúde das vítimas. 

O conflito

_{Casas e predios destrúidos por bombardeios israelenses na Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Anas al-Shareef/Reuters)}

Em 7 de outubro de 2023, após um ataque terrorista coordenado por vários grupos militantes palestinos contra cidades israelenses, passagens de fronteira, instalações militares adjacentes e colonatos civis nas proximidades da Faixa de Gaza, Israel realizou ataques contra a Palestina, inciando uma guerra que já perdura por seis meses. O conflito já vitimou 15.900, e forçou outras milhares a se refugiarem em outros países do Oriente Médio e na Europa. Os governantes iranianos apoiam a Palestina e consideram Israel o “pequeno Satanás”, o aliado no Oriente Médio dos Estados Unidos, que chamam de “grande Satanás”, e querem que ambos desapareçam da região. Ao mesmo tempo, Israel acusa o país vizinho de apoiar o terrorismo anti-semita entre seus vizinhos.

Foto Destaque: Sistema antimissil de Israel intercepta misseis em 2021 (Reprodução/Amir Cohen/Reuters)

Nesta sexta-feira (12), os Estados Unidos teriam observado a movimentação suspeita de mísseis, drones e outros artefatos de guerra no território iraniano, em preparação para atacar pontos israelenses, segundo o jornal CNN. O objetivo da situação, no entanto, ainda não foi confirmado. 

As tensões na área não são novas, mas diante de recentes acontecimentos, o “barril de pólvora” na região parece prestes a explodir. Em 5 de março, a embaixada do Irã na Síria foi bombardeada, matando um dos comandantes da Guarda Revolucionária do Irã, e outras seis pessoas, dentre as quais, três eram membros de alta patente do exército iraniano. Em resposta, o presidente do país afirmou que haveria uma retaliação, sem especificar, no entanto, como a faria.

_{Equipe de resgate atua no local do ataque á embaixada iraniana (Foto: Reprodução/Por Steve Holland e Kanishka Singh/UOL)}

O general Michael E. Kurilla, dos Estados Unidos, se reuniu com autoridades de Israel depois de Biden reafirmar seu apoio ao país, no caso de um ataque iraniano, apesar das críticas pontuais de Washington à campanha militar em Gaza. Desde a última sexta-feira (12), a tensão em Israel à espera do suposto ataque tem feito os israelense estocar água e comida, enquanto os Estados Unidos se prepara militarmente na região para responder a qualquer ofensiva. 

Irã e Iraque

_{A entrada do Irã no conflito entre Israel e Hamas pode piorar a tensão na região (Foto: Mohammed Salem/CBC)}

Embora duradoura, os dois países do Oriente Médio se tornaram rivais somente em 1979, quando a Revolução Islâmica derrubou a monarquia, os chamados xás, do governo do Irã. Para Teerã, Israel não tem o direito de existir. Os governantes iranianos consideram o país o “pequeno Satanás”, o aliado no Oriente Médio dos Estados Unidos, que chamam de “grande Satanás”, e querem que ambos desapareçam da região. Ao mesmo tempo, Israel acusa o país vizinho de apoiar o terrorismo anti-semita entre seus vizinhos. Segundo especialistas, o objetivo do Irã é aumentar seu poder na região e acabar com a influência de Israel, contra o qual, muitos líderes de outros territórios lutaram e foram derrotados. No entanto, se o ataque for concretizado, poderia significar uma “nova” Guerra Fria.

Ponto de ebulição

Em 7 de outubro de 2023, após um ataque terrorista coordenado por vários grupos militantes palestinos contra cidades israelenses, passagens de fronteira, instalações militares adjacentes e colonatos civis nas proximidades da Faixa de Gaza, Israel iniciou ataques contra a Palestina, iniciando uma guerra que já perdura por cinco meses. O conflito já vitimou 15.900 e forçou outras milhares a se refugiarem em outros países do Oriente Médio e na Europa.

Foto Destaque: EUA entra em alerta com movimentação de armas no território iraniano (Reprodução/Max Matza e Will Vernon/CNN)