Saúde

Novas doses de vacinas contra a Covid-19 chegam na próxima semana, diz Ministério

Segundo o Ministério da Saúde, o atraso na vacinação, que deveria começar ainda este mês, foi provocado por embate judicial entre as farmacêuticas Pfizer e Moderna

20 Abr 2024 - 14h11 | Atualizado em 20 Abr 2024 - 14h11
Novas doses de vacinas contra a Covid-19 chegam na próxima semana, diz Ministério Lorena Bueri

Neste sábado (20), o Ministério da Saúde afirmou em nota que 12,5 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 serão distribuídas pelo país nos próximos 15 dias, após atraso na campanha nacional de vacinação.  Os imunizantes estão atualizados para agir contra a nova cepa que circula no país. 

Através de nota, o Ministério afirma que algumas cidades estão sem estoque das vacinas Pfizer e CoronaVac para adultos, mas que permanecem efetivas contra a forma mais grave da doença. O órgão enfatiza ainda que a campanha visa imunizar uma porcentagem maior do público infantil por conta da baixa adesão. A vacinação contra a COVID-19 é recomendada para a população geral a partir dos seis meses de idade. 

Atraso por disputa judicial 

Segundo o orgão, o atraso na campanha foi causado por um impasse entre as farmacêuticas Pfizer e Moderna, que brigavam na Justiça por divergências no pregão de compra. “Todo o processo de compra foi publicizado através do Sistema Comprasnet e houve uma economia de R$ 100 milhões, dada a diferença de preços entre as duas propostas apresentadas. A previsão é de que as doses sejam distribuídas aos estados em um intervalo de dez a doze dias”, afirmou a pasta em nota e que "o processo de compra respeitou a análise de recursos e contrarrazões apresentados pelas empresas que participaram da licitação”.


Vacinação contra a Covid-19 deve integrar o Plano Nacional de Vacinação a partir de 2025 (Foto: reprodução/Hakan Nural/Unsplash)


A vacinação dos grupos prioritários deveria ocorrer ainda em abril, mas devido ao imprevisto, foi adiada para o próximo mês a menores de cinco anos, idosos, imunocomprometidos, pessoas com comorbidades ou deficiências permanentes, gestantes e puérperas. Indígenas, ribeirinhos e quilombolas, detentos e trabalhadores da área da saúde também estão no grupo prioritário.

Mais mortal


A Covid-19 matou mais crianças e adolescentes do que a dengue em 2023 (Foto: Reprodução/Charlein Gracia/Unsplash)


Em 2025, a vacinação contra a COVID-19 passa a fazer parte do Programa Nacional de Imunização de forma efetiva, príncipalmente para o público infantil. A Fiocruz afirma que apenas 22,2% das crianças entre três e quatro anos foram vacinadas com duas doses anticovid no ano passo e que, mesmo com o surto de dengue vivenciado atualmente no país, a Covid matou mais crianças e adolescentes do que a infecção causada pelo Aedes Egypti em 2023.

Foto Destaque: falta de doses atrasa campanha de vacinação no país (Reprodução/Daniel Schludi/Unsplash)

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