Neste sábado (20), o Ministério da Saúde afirmou em nota que 12,5 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 serão distribuídas pelo país nos próximos 15 dias, após atraso na campanha nacional de vacinação. Os imunizantes estão atualizados para agir contra a nova cepa que circula no país.
Através de nota, o Ministério afirma que algumas cidades estão sem estoque das vacinas Pfizer e CoronaVac para adultos, mas que permanecem efetivas contra a forma mais grave da doença. O órgão enfatiza ainda que a campanha visa imunizar uma porcentagem maior do público infantil por conta da baixa adesão. A vacinação contra a COVID-19 é recomendada para a população geral a partir dos seis meses de idade.
Atraso por disputa judicial
Segundo o orgão, o atraso na campanha foi causado por um impasse entre as farmacêuticas Pfizer e Moderna, que brigavam na Justiça por divergências no pregão de compra. “Todo o processo de compra foi publicizado através do Sistema Comprasnet e houve uma economia de R$ 100 milhões, dada a diferença de preços entre as duas propostas apresentadas. A previsão é de que as doses sejam distribuídas aos estados em um intervalo de dez a doze dias”, afirmou a pasta em nota e que "o processo de compra respeitou a análise de recursos e contrarrazões apresentados pelas empresas que participaram da licitação”.
Vacinação contra a Covid-19 deve integrar o Plano Nacional de Vacinação a partir de 2025 (Foto: reprodução/Hakan Nural/Unsplash)
A vacinação dos grupos prioritários deveria ocorrer ainda em abril, mas devido ao imprevisto, foi adiada para o próximo mês a menores de cinco anos, idosos, imunocomprometidos, pessoas com comorbidades ou deficiências permanentes, gestantes e puérperas. Indígenas, ribeirinhos e quilombolas, detentos e trabalhadores da área da saúde também estão no grupo prioritário.
Mais mortal
A Covid-19 matou mais crianças e adolescentes do que a dengue em 2023 (Foto: Reprodução/Charlein Gracia/Unsplash)
Em 2025, a vacinação contra a COVID-19 passa a fazer parte do Programa Nacional de Imunização de forma efetiva, príncipalmente para o público infantil. A Fiocruz afirma que apenas 22,2% das crianças entre três e quatro anos foram vacinadas com duas doses anticovid no ano passo e que, mesmo com o surto de dengue vivenciado atualmente no país, a Covid matou mais crianças e adolescentes do que a infecção causada pelo Aedes Egypti em 2023.
Foto Destaque: falta de doses atrasa campanha de vacinação no país (Reprodução/Daniel Schludi/Unsplash)