Sobre Breno Campos

Redator do lorena.r7

Corinthians discute mudanças no estatuto e abre caminho para futura SAF

O Corinthians começa a se movimentar nos bastidores para modernizar sua estrutura e se preparar para o futuro do futebol brasileiro. O clube estuda alterações em seu estatuto social que podem abrir espaço para a criação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), mas sem abdicar do controle majoritário.

A proposta foi detalhada pelo presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, que defendeu um modelo de atualização institucional com responsabilidade e transparência. Segundo ele, as mudanças não significam vender o clube, e sim adaptá-lo à nova realidade econômica do futebol.

“O objetivo é adequar o Corinthians à legislação e às novas exigências do mercado, mas sempre preservando a essência associativa. A ideia não é entregar o clube, e sim fortalecê-lo”, afirmou Tuma.

Modernização sem perder a alma

Segundo o projeto, qualquer decisão sobre a criação de uma SAF precisará ser aprovada por ampla maioria dos conselheiros e sócios. O texto em discussão prevê que o clube mantenha ao menos 51% das ações de eventual empresa que administre o futebol profissional, garantindo que o controle permaneça no Parque São Jorge.

Essa salvaguarda reflete uma preocupação recorrente entre torcedores e dirigentes: como atrair investidores e recursos sem perder a identidade corintiana.

“Queremos um modelo sustentável, que proteja o patrimônio e a história do clube. A SAF é um instrumento, não um fim”, reforçou o dirigente.

Contexto e urgência

A discussão ganha força em um momento em que vários clubes brasileiros buscam novas formas de gestão. Mudanças legais previstas para os próximos anos devem aumentar a carga tributária sobre associações esportivas, tornando o modelo tradicional menos competitivo.

Para o Corinthians, mergulhado em dívidas e em um cenário financeiro desafiador, modernizar o estatuto é visto como passo essencial para evitar um colapso futuro.


Torcida do Corinthians pedindo Saf (Foto: reprodução/X/@elyelsccp)

Debate ainda em construção

Embora o tema desperte interesse, há cautela. Parte do Conselho defende que o processo seja conduzido com total transparência, com participação ativa dos sócios e ampla divulgação das propostas. O clube ainda não tem prazo definido para colocar o novo texto em votação, mas o debate já está em curso.

Enquanto isso, a diretoria reforça que não há negociação em andamento com investidores e que qualquer decisão sobre SAF só será tomada após o estatuto ser atualizado.

Mais do que uma mudança burocrática, a discussão sobre a SAF representa um divisor de águas na história do Corinthians. O desafio é encontrar o equilíbrio entre modernização e tradição, garantindo que o clube se mantenha competitivo sem perder o vínculo com suas origens populares.

Vini Jr. minimiza polêmica no clássico: “Jamais quisemos faltar com respeito”

O clássico entre Real Madrid e Barcelona terminou quente dentro e fora de campo. A vitória merengue por 2 a 1 garantiu festa para os madrilenhos, mas também rendeu discussões pelas provocações e empurra-empurra após o apito final. No centro da atenção, estava Vinícius Júnior, e o brasileiro fez questão de se pronunciar.

Em entrevista após o jogo, Vini adotou um tom conciliador e explicou que a reação dos jogadores do Real foi movida pela intensidade natural do confronto.

“Clássico é sempre emoção, é o jogo que todo mundo quer vencer. Às vezes, a gente se empolga, mas em nenhum momento quisemos ofender ninguém, nem os jogadores do Barça, nem a torcida”, disse o atacante.

Coração quente, cabeça fria

Conhecido por sua postura vibrante, Vini Jr. é frequentemente alvo de críticas por suas reações em campo. No entanto, o camisa 7 reforçou que entende a responsabilidade de ser uma das principais figuras do elenco e que sabe quando é hora de conter a emoção.

“Aprendi que o mais importante é ganhar jogando futebol. O resto faz parte da rivalidade, mas precisa ter limite. Nós respeitamos o Barcelona e queremos que eles também nos respeitem”, afirmou.

O peso do clássico e o papel de liderança

Com apenas 25 anos, Vinícius já se consolidou como uma das vozes mais influentes do vestiário do Real Madrid. Sua fala pós-jogo mostrou maturidade e senso de representatividade, tanto para o clube quanto para o futebol brasileiro.

Fontes próximas ao elenco destacam que o técnico Carlo Ancelotti elogiou a postura do atacante após o apito final, pedindo calma ao grupo e foco na sequência da temporada.


Vini jr na discussão com os jogadores do Barcelona (Foto: reprodução/x/@VJ7_insider)

Mais que rivalidade

A confusão, rapidamente abafada, ilustra a intensidade de um duelo que ultrapassa o campo. Real Madrid e Barcelona dividem mais do que pontos na tabela: disputam orgulho, história e hegemonia. E Vini Jr. parece entender que, nesse cenário, cada palavra pesa tanto quanto um gol.

“Quando a gente vence, quer comemorar. Mas também sabemos o tamanho do que representamos. Não se trata só de futebol, é sobre respeito e responsabilidade”, concluiu o brasileiro.

Que apesar da situação ocorrida, muitas pessoas elogiaram a postura do atleta, após um erro muito grave.

RFEF defende jogos fora da Espanha

A globalização do futebol espanhol voltou ao centro do debate recente. O presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Rafael Louzán, defendeu publicamente que realizar partidas oficiais da La Liga fora da Espanha é “fundamental” para o fortalecimento da marca e para a sustentabilidade econômica dos clubes.

A declaração surge após a polêmica em torno da tentativa de levar um jogo para Miami (EUA), ideia que acabou suspenso, mas reacendeu discussões sobre os rumos comerciais e esportivos do campeonato espanhol.

Para Louzán, a internacionalização não é apenas uma opção, mas uma necessidade estratégica. Ele lembrou que competições como a Supercopa da Espanha, disputada recentemente na Arábia Saudita, geraram milhões em receitas e aumentaram a visibilidade da liga fora da Europa.


O futebol espanhol precisa se abrir ao mundo para continuar crescendo”, afirmou o dirigente, destacando que a receita gerada em torneios internacionais tem permitido sustentar clubes menores e equilibrar as finanças do sistema esportivo.

A crise de identidade: tradição x expansão

A proposta, contudo, divide opiniões. De um lado, dirigentes e patrocinadores veem a expansão internacional como caminho natural diante da força global da Premier League e do avanço das ligas asiáticas e americanas. Do outro, técnicos e jogadores argumentam que disputar jogos oficiais fora da Espanha fere a essência da competição doméstica e cria desgaste logístico e físico desnecessário.

A questão, portanto, ultrapassa a esfera financeira. Trata-se de definir que tipo de La Liga a Espanha quer para o futuro, uma liga tradicional, com foco local, ou uma marca global, disposta a reinventar-se para conquistar novos públicos.


Imagem de reunião da empresa com integrantes da Laliga (Foto:reprodução/x/@rfef)

Um jogo de bastidores

Apesar da resistência inicial, a federação acredita que um acordo entre clubes, jogadores e organizadores ainda é possível. Louzán reforça que a intenção não é “exportar” o futebol espanhol, mas ampliar sua presença, levando a paixão da La Liga a novos torcedores e mercados fora da Europa.

Em meio às divergências, a RFEF tenta equilibrar os dois lados: manter o respeito à história e, ao mesmo tempo, garantir que a competição siga financeiramente saudável num cenário global cada vez mais competitivo.

O futuro do futebol espanhol

Se o plano avançar, LaLiga pode se tornar o primeiro grande campeonato europeu a ter partidas oficiais fora do continente de forma regular. Vale Ressaltar, que os jogo da Supercopa Espanhola já acontecem no exterior.

O movimento, embora arriscado, representaria uma virada de chave para o futebol espanhol, uma transição do nacional para o global, onde o jogo não se limita mais às quatro linhas, mas se transforma em um produto cultural e econômico de alcance mundial.

Fluminense aposta em leilão de R$ 10 milhões para aliviar dívidas e fortalecer caixa

O Fluminense decidiu transformar um dos maiores desafios de sua gestão, as dívidas trabalhistas, em uma oportunidade de reorganização financeira. O clube elaborou um plano que prevê um leilão judicial no valor de R$ 10 milhões, com o objetivo de reduzir parte dos débitos acumulados ao longo dos últimos anos.

A operação faz parte do Regime Centralizado de Execuções (RCE), programa que permite aos clubes quitar pendências trabalhistas de forma controlada e supervisionada pela Justiça. O Tricolor destina atualmente cerca de R$ 1,3 milhão por mês a esse fundo, além de uma parcela anual extra de R$ 4,8 milhões.

Dividindo para pagar mais rápido

O plano do Fluminense será executado em duas etapas:

Na primeira, serão liberados R$ 5 milhões para credores com valores de até R$ 1 milhão; Na segunda, outros R$ 5 milhões irão para credores com dívidas maiores, desde que aceitem um desconto mínimo de 30% no valor devido.


Imagem de matéria sobre leilão do Fluminense (Foto: reprodução/x/@nevesmarcello)

A ideia é atrair adesão de quem deseja receber rapidamente, mesmo com abatimento, e assim reduzir de forma significativa o passivo total, estimado em cerca de R$ 55 milhões.

Um passo estratégico para o futuro

Mais do que apenas uma medida contábil, o leilão é visto internamente como um movimento simbólico de responsabilidade e reconstrução. Após anos de desequilíbrio financeiro, o clube tenta mostrar solidez diante do mercado, da Justiça e de seus próprios torcedores.

O projeto foi bem recebido por representantes do Ministério Público do Trabalho e por parte dos credores, que enxergam na proposta uma alternativa viável de recebimento rápido e transparente.

Apesar do otimismo, o caminho ainda é longo. Mesmo com o leilão, a dívida tricolor continuará alta e exigirá rigor orçamentário para não comprometer investimentos esportivos. Ainda assim, especialistas apontam que o modelo adotado pelo clube é um sinal positivo de maturidade administrativa, especialmente em um cenário em que muitos times brasileiros ainda enfrentam desorganização financeira e atrasos judiciais.

Um novo Fluminense fora de campo

Enquanto o elenco luta dentro das quatro linhas, a diretoria tenta vencer um outro tipo de partida: a das finanças. Se conseguir executar o plano com sucesso e manter o equilíbrio entre as receitas e o pagamento de dívidas, o Fluminense poderá abrir uma nova fase de estabilidade, mostrando que é possível conciliar tradição, competitividade e gestão responsável.

Robôs à frente: área da robótica recebe altos investimentos

O futuro da robótica deixou de ser uma cena de ficção científica. Em poucos anos, máquinas inteligentes estarão movimentando um mercado estimado em US$ 100 bilhões até 2030, um avanço que promete transformar a economia mundial e o modo como vivemos e trabalhamos.

A projeção, feita por consultorias de inovação e indústria, reflete um fenômeno já visível: a integração cada vez maior entre robótica, inteligência artificial e automação em setores que vão da manufatura à saúde.

A nova era das máquinas inteligentes

Se antes os robôs estavam confinados a linhas de produção, hoje eles já se espalham por hospitais, armazéns, escritórios e até residências. A tendência é clara: os robôs estão se tornando colaboradores, não substitutos.


Imagem da empresa que fabrica robôs inteligentes (Foto: reprodução/x/@unitreerobotics)

Nos centros logísticos, por exemplo, robôs autônomos percorrem galpões inteiros sem intervenção humana, otimizando entregas e reduzindo custos. Em hospitais, braços robóticos realizam cirurgias de altíssima precisão, guiados por médicos e algoritmos de IA. E no ambiente doméstico, aspiradores e assistentes inteligentes já são uma prévia do que vem por aí.

Os motores dessa revolução

Três forças impulsionam o avanço global da robótica:

Demanda por produtividade: com escassez de mão de obra e pressão por eficiência, empresas buscam automação em larga escala; Barateamento da tecnologia: sensores, câmeras e chips ficaram mais acessíveis, permitindo robôs menores e mais versáteis; Integração com IA: robôs deixaram de executar tarefas repetitivas para aprender, adaptar-se e tomar decisões autônomas.

Esses fatores combinados criam um cenário de expansão sem precedentes. Especialistas acreditam que, até o fim da década, veremos uma “segunda revolução industrial digital”, com robôs atuando lado a lado com humanos em quase todos os setores.

Desafios no caminho

Apesar do otimismo, o avanço da robótica enfrenta barreiras importantes. O alto custo inicial, a resistência cultural e a falta de qualificação técnica ainda impedem uma adoção mais ampla, principalmente em países em desenvolvimento.

Além disso, há o debate ético: como equilibrar automação e emprego? A resposta parece estar na colaboração homem-máquina, em vez da substituição pura e simples. Robôs executam tarefas pesadas ou repetitivas, enquanto humanos assumem papéis estratégicos e criativos.

O papel do Brasil

O Brasil ainda engatinha nessa corrida. Embora a indústria nacional comece a investir em automação, o país está longe da densidade robótica observada em potências como China, Japão e Coreia do Sul.

Por outro lado, isso abre uma oportunidade rara: desenvolver soluções adaptadas à realidade local, robôs mais simples, de menor custo, voltados para pequenas e médias empresas. Startups brasileiras já começam a explorar esse nicho, unindo hardware acessível e software nacional.

Um mercado em transformação

Os próximos anos serão decisivos. À medida que a tecnologia se populariza, robôs deixam de ser luxo industrial e passam a ser infraestrutura básica, como computadores e internet foram um dia.

De fábricas inteligentes a robôs de entrega, o mundo se aproxima de uma era em que máquinas e humanos compartilham o mesmo espaço produtivo, redefinindo não apenas o trabalho, mas também o conceito de eficiência

Apple prepara lançamento-relâmpago do iOS 26.0.2

A Apple parece estar prestes a apertar o botão “enviar” em uma atualização surpresa: o iOS 26.0.2. Embora a empresa ainda não tenha confirmado oficialmente a data, indícios fortes apontam que o update pode ser liberado a qualquer momento, e deve chegar antes da versão maior, o iOS 26.1.

Segundo fontes ligadas a desenvolvedores, o novo pacote já está em fase avançada de testes internos, o que costuma significar que o lançamento é questão de dias. A estratégia é típica da Apple: liberar uma atualização menor, mas essencial, para corrigir falhas detectadas logo após a chegada de uma grande versão do sistema.

Pequena no nome, grande na importância

O sufixo “.0.2” indica uma atualização de emergência, algo que não traz novidades visuais ou recursos inéditos, mas resolve problemas urgentes de desempenho e segurança. Nas últimas semanas, usuários relataram bugs pontuais no iOS 26 e no iOS 26.0.1, como instabilidade no Face ID, lentidão no app de Mensagens e falhas na sincronização do iCloud.


Imagem de como ficara o hub do iPhone com a atualização (foto:reprodução/x/@minimalnerd1)

É provável que o novo update venha justamente para corrigir esses erros antes do lançamento do iOS 26.1, que trará melhorias maiores e novos recursos ainda sob sigilo.

Um lançamento fora do cronograma

O movimento pega muitos de surpresa porque a Apple normalmente concentra seus updates em datas alinhadas a lançamentos de hardware, e essa janela coincide com a chegada de novos produtos, como o iPad Pro M4, o MacBook Pro atualizado e o Vision Pro em novos mercados.

Com isso, há quem aposte que o iOS 26.0.2 será liberado discretamente, talvez entre 22 e 25 de outubro, para evitar sobreposição com outros anúncios.

O que esperar

Ainda sem um changelog oficial, a atualização deve incluir:

Correções de segurança de alto risco identificadas por pesquisadores independentes; Ajustes no desempenho de bateria em iPhones mais antigos; Soluções para bugs de conexão Bluetooth e Wi-Fi; Melhorias na estabilidade do sistema de câmeras, especialmente nos modelos iPhone 17 Pro.

Não há indícios de que o update trará novos ícones, animações ou recursos de interface, mas a promessa é entregar um sistema mais fluido e confiável.

Por que você deveria atualizar

Mesmo que pareça “mais do mesmo”, essas pequenas atualizações costumam ser cruciais. É nelas que a Apple corrige vulnerabilidades que hackers tentam explorar antes que a falha se torne pública.

Além disso, quem ficou receoso de instalar o iOS 26 logo após o lançamento, temendo bugs iniciais, agora encontra um ponto seguro para atualizar. O 26.0.2 deve servir como um “ponto de estabilidade”, aquele momento em que a Apple ajusta o sistema para o uso diário.

A pressa tem motivo

A rapidez no lançamento reforça um padrão recente: a Apple tem acelerado o ritmo de atualizações menores, mostrando uma postura mais proativa diante de falhas. Em vez de esperar a próxima grande versão, a empresa prefere resolver o problema imediatamente.

É uma estratégia que agrada desenvolvedores e usuários, especialmente após críticas de que o iOS 26 trouxe instabilidades para apps de terceiros e sistemas de automação.

O que fazer agora

Fique de olho em Ajustes, Geral, Atualização de Software. Quando o iOS 26.0.2 aparecer, é recomendável:

Fazer backup completo no iCloud ou no computador. Manter o iPhone com pelo menos 50% de bateria (ou conectado ao carregador). Instalar a atualização assim que possível.

Pode não ser uma revolução, mas é o tipo de update que garante que o iPhone continue rodando como se fosse novo, silenciosamente, sem alarde.

Atlético-MG promete ir à Justiça após polêmica com jogador do Cruzeiro

O clássico mineiro entre Atlético-MG e Cruzeiro ganhou um novo capítulo fora de campo. O Galo confirmou que vai acionar a Justiça Desportiva por conta da atitude do atacante Kaio Jorge, do rival, em um lance considerado desrespeitoso com o zagueiro Román, que atuava com proteção no punho devido a uma fratura.

Durante a partida, Kaio teria apertado a mão lesionada do defensor atleticano, gesto que, segundo o clube alvinegro, ultrapassa os limites da disputa esportiva. A diretoria classificou o ato como “covarde e antidesportivo” e encaminhou o caso ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Rivalidade que saiu do campo

Em campo, o duelo foi tenso do início ao fim, típico de um clássico que carrega décadas de rivalidade. Mas o episódio com Kaio Jorge elevou o clima para além das quatro linhas. A cúpula atleticana entende que não se trata apenas de um “lance de jogo”, e sim de uma atitude que fere o espírito esportivo e o respeito entre profissionais.


Imagem do gesto feito pelo Kaio Jorge (foto:reprodução/x/@oledobrasil)

O diretor de futebol Paulo Bracks destacou que o clube “não vai se calar diante de comportamentos que ultrapassem o limite do fair play”.

Possíveis desdobramentos

Com a representação já encaminhada, caberá ao STJD analisar as imagens e decidir se há base para abrir processo disciplinar contra o atacante. Caso a denúncia avance, Kaio Jorge pode ser enquadrado por conduta antidesportiva e até sofrer suspensão.

O Cruzeiro, por sua vez, deve apresentar defesa alegando que o episódio foi interpretado de forma exagerada e que não houve intenção de agressão.

Clássico à flor da pele

O incidente reforça como o clima entre os rivais segue quente em 2025. Mais do que o resultado em campo, o pós-jogo mostra que Atlético e Cruzeiro continuam disputando espaço também nos bastidores.

Com a bola ou com o protocolo judicial, o clássico mineiro segue fiel à sua tradição: intensidade, rivalidade e polêmica.

Pulgar renasce no Flamengo e transforma o meio-campo em campo de batalha

O retorno de Erick Pulgar ao Flamengo não foi apenas uma boa notícia médica, foi um recado em alto e bom som para quem pensava que sua vaga estava em risco. Recuperado de uma lesão que o tirou de combate por meses, o volante chileno voltou a vestir o manto rubro-negro com autoridade e reacendeu uma disputa que promete pegar fogo no meio-campo.

No clássico contra o Botafogo, Pulgar entrou no segundo tempo e parecia ter guardado toda a energia da recuperação para aqueles minutos. Distribuiu passes com precisão, se impôs nos duelos e deu um ritmo diferente à transição defensiva. A atuação, embora breve, foi suficiente para lembrar por que o técnico Filipe Luís o considera peça-chave na estrutura da equipe.

Um reforço que já estava em casa

Enquanto o Flamengo buscava alternativas, Pulgar assistia de fora à consolidação de nomes como Jorginho e Saúl Cabrera, que aproveitaram a ausência do chileno para ganhar espaço. Só que o retorno do camisa 5 muda completamente o tabuleiro. Ele não é apenas mais um volante, é um jogador que dita o tempo do jogo, organiza a marcação e oferece segurança na saída de bola.


Imagem postada por Erick Pulgar após seu retorno pelo Flamengo (foto:reprodução/instagram/@erickoficial)

Filipe Luís, pragmático, sabe que essa é a “dor de cabeça” que todo técnico quer ter: opções em alto nível. E o próprio Pulgar deixou claro, nas conversas internas, que não voltou para ser coadjuvante. Quer a titularidade — e vai lutar por ela.

 Experiência e competitividade

A diferença de Pulgar está na leitura tática. Ele antecipa jogadas, cobre espaços e dá liberdade para os meias criarem. Num elenco repleto de talento ofensivo, esse equilíbrio é vital. Sua presença permite que o Flamengo jogue com linhas mais adiantadas e assuma o protagonismo sem se expor tanto defensivamente.

Além disso, o chileno é uma voz ativa no vestiário. Líder silencioso, com postura exemplar, sua volta também fortalece o grupo fora de campo — algo que Filipe Luís valoriza desde os tempos em que era jogador.

O novo desafio

A recuperação de Pulgar cria um cenário empolgante: o Flamengo ganha profundidade e versatilidade. Se Filipe optar por escalar o chileno junto de Jorginho, a equipe pode adotar um meio mais técnico; se mantiver Saúl, o time tende a ser mais físico e combativo.
Em ambos os casos, o chileno promete ser protagonista.

O recado está dado: Erick Pulgar voltou inteiro, e disposto a reconquistar o espaço que sempre considerou seu. No Flamengo de Filipe Luís, quem quiser ser titular vai precisar provar dentro de campo. E Pulgar, ao que tudo indica, já começou a fazer isso.

Argentina será sede de mega data center da OpenAI

Enquanto o Brasil ainda discute reformas tributárias e gargalos energéticos, a OpenAI decidiu fincar bandeira tecnológica na Argentina. O país será sede de um dos maiores data centers do planeta, um investimento bilionário que promete transformar a região em um novo polo da inteligência artificial mundial.

Mas por que Buenos Aires e não São Paulo? A resposta envolve uma combinação de pragmatismo fiscal, energia barata e timing político, três fatores que o Brasil, por ora, não conseguiu alinhar.

O jogo da previsibilidade

A OpenAI, empresa que lidera a revolução da IA generativa, não escolhe endereços por acaso. Cada decisão é guiada por cálculos de risco, custo e estabilidade. A Argentina, sob o novo regime de investimentos (RIGI), ofereceu isenção fiscal agressiva, regras simples e horizonte previsível, algo raro em um continente conhecido por instabilidade regulatória.


Javier Milei com investidores da Open AI (Foto: reprodução/x/@techrepublic)

O Brasil, por outro lado, ainda é visto como um território de labirintos burocráticos. Licenças ambientais lentas, múltiplos tributos e tarifas imprevisíveis elevam o custo de qualquer projeto de infraestrutura digital.
Em um setor onde tempo é sinônimo de vantagem tecnológica, o atraso burocrático tem peso de derrota.

Energia limpa, mas não barata

Um data center da magnitude planejada pela OpenAI consome energia suficiente para abastecer uma cidade de médio porte. E não qualquer energia: é preciso que seja estável, limpa e barata.
A Argentina possui vasta capacidade eólica e solar na Patagônia, além de incentivos diretos à produção renovável. Isso reduz custos operacionais e torna o projeto mais “verde”, uma exigência estratégica num momento em que as big techs precisam exibir responsabilidade climática.

O Brasil até possui matriz energética exemplar, mas enfrenta gargalos de transmissão, tarifas elevadas e um emaranhado de regulações estaduais. Para um empreendimento global, cada centavo economizado em eletricidade representa milhões no balanço anual.

Conectividade e soberania digital

Outro ponto silencioso, mas crucial, é o posicionamento estratégico. A Argentina vem se posicionando como hub de dados entre o Atlântico e o Cone Sul, conectando novas rotas de cabos submarinos que ligam a América Latina à África e à Europa. Ter um data center ali não é apenas uma escolha econômica, é um movimento geopolítico.

O Brasil, apesar de ser líder regional em tecnologia, ainda depende de rotas de dados concentradas no Sudeste e de uma malha de infraestrutura desigual. No tabuleiro digital, isso o torna um gigante com pés de barro.

O fator político também conta. Javier Milei entendeu rapidamente o peso simbólico de atrair uma empresa como a OpenAI: é mais que um investimento, é uma declaração de soberania tecnológica. Ao se posicionar como “terra amiga da inovação”, o governo argentino transformou a política econômica em marketing global.

Enquanto isso, o Brasil segue dividido entre discursos sobre IA e falta de execução prática. A diferença é simples: a Argentina ofereceu um contrato; o Brasil, uma promessa.

A lição que o Brasil pode (e precisa) aprender

A decisão da OpenAI não deve ser lida como uma derrota isolada, mas como um alerta. O país que quer disputar a liderança em tecnologia precisa oferecer ambiente competitivo, fiscalmente claro, energeticamente eficiente e digitalmente conectado.
Não basta ter engenheiros brilhantes e universidades fortes; é preciso ter solo fértil para que a inovação floresça. Se a Argentina conseguiu se tornar o epicentro da IA no continente, é porque entendeu algo que o Brasil parece ter esquecido: o futuro não espera pela burocracia

Trump reacende temor de nova guerra comercial contra a China

Donald Trump voltou a empunhar seu tom mais conhecido: o da ruptura. Em declarações recentes, o ex-presidente americano afirmou considerar o fim de certos vínculos comerciais com a China, reacendendo uma tensão que parecia adormecida desde os anos mais intensos da guerra tarifária iniciada durante seu primeiro mandato.

A fala, feita em tom de ameaça, foi o suficiente para movimentar mercados e colocar novamente em pauta a relação entre as duas maiores economias do planeta, uma parceria tão indispensável quanto desconfiada.

O retorno da retórica nacionalista

Trump, que busca retomar a Casa Branca em 2025, vem reforçando sua narrativa de autossuficiência econômica. Ao sugerir um possível rompimento de acordos comerciais, ele tenta se reposicionar como defensor do trabalhador rural e da indústria americana, setores que sofreram com as variações de exportação de soja e derivados nos últimos anos.

A estratégia é política, mas também simbólica: apresentar a China não apenas como rival comercial, mas como ameaça direta à soberania dos EUA. O discurso apela ao eleitorado conservador e reacende a memória de 2018, quando Trump impôs tarifas bilionárias sobre produtos chineses sob o argumento de “proteger empregos americanos”.


Donald Trump para a capa da revista Time (Foto: reprodução/x/@time)

Dependência invisível

Apesar da retórica dura, o rompimento total é improvável. A interdependência entre as economias é profunda: boa parte da produção industrial americana depende de componentes, semicondutores e matérias-primas chinesas. Do outro lado, a China continua sendo um dos maiores compradores de bens agrícolas dos EUA.

“Cortar laços” teria, na prática, um efeito bumerangue, causando prejuízos mútuos e inflacionando cadeias globais. Mesmo assim, a ameaça cumpre um papel: pressiona Pequim e fortalece a imagem de Trump como negociador inflexível, um traço central de sua persona política.

Reflexos no agronegócio e no Brasil

A simples menção à medida já desperta preocupação entre produtores americanos de soja, enquanto países como Brasil e Argentina observam de camarote. A China vem ampliando sua preferência por fornecedores sul-americanos, o que pode se intensificar se as tensões com Washington crescerem.

Para o agronegócio brasileiro, um cenário de atrito entre as potências pode abrir novas oportunidades de exportação, mas também aumentar a volatilidade dos preços globais.

Um jogo de cena com efeito real

Trump domina como poucos a arte da pressão pública. Suas declarações raramente são casuais: funcionam como balões de ensaio para medir reações e pautar o debate internacional. Mesmo que não concretize a ameaça, o simples ato de anunciá-la já cumpre um propósito político, projetar força e testar limites da diplomacia.

Enquanto isso, Pequim reage com cautela, evitando comentários diretos, mas reforçando sua imagem de parceira comercial “confiável e estável”, em contraponto à instabilidade política americana.

Entre retórica e realidade

Com o mundo cada vez mais polarizado, cada palavra de Trump volta a ter peso estratégico. A ameaça de romper laços comerciais pode não sair do papel, mas serve como lembrete de que a disputa EUA x China vai muito além das tarifas, é uma batalha por influência, tecnologia e narrativa global.

Se concretizada, a medida provocaria uma nova onda de reajustes em mercados agrícolas e industriais. Mas, no campo político, a mensagem já foi enviada: os EUA, sob sua ótica, devem sempre negociar como quem está pronto para romper.