Trump critica ONU e defende ação concreta para encerrar guerras
Em discurso na ONU, Trump afirma que apenas ação encerra conflitos e que palavras não bastam para garantir paz e prosperidade entre as nações

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez duras críticas à Organização das Nações Unidas (ONU) durante seu discurso na Assembleia Geral nesta terça-feira (23). Segundo ele, a instituição possui “muito potencial“, mas ainda está longe de alcançar a relevância prática que deveria ter no cenário global. Para Trump, o excesso de discursos não se traduz em soluções concretas.
Durante sua fala, o presidente ressaltou que “palavras vazias não encerram guerras”, afirmando que apenas ações efetivas podem mudar a realidade dos conflitos armados. Essa declaração foi feita diante de líderes mundiais, em um tom de cobrança direta ao papel da ONU na mediação de crises internacionais.
Trump buscou reforçar sua visão pragmática de política externa, sugerindo que a comunidade internacional precisa de medidas mais assertivas e não de discursos diplomáticos que se acumulam sem resultados tangíveis.
Ações e conquistas no governo
O presidente norte-americano aproveitou a oportunidade para destacar resultados de sua administração. De acordo com Trump, os Estados Unidos conseguiram encerrar sete conflitos armados apenas nos primeiros sete meses de seu segundo mandato. Sem citar diretamente os países envolvidos, ele argumentou que sua gestão prova como uma liderança firme pode gerar resultados rápidos.
Essas declarações foram vistas como uma tentativa de consolidar sua imagem como um líder que privilegia a ação em detrimento da retórica. Ao mesmo tempo, Trump reforçou o papel dos Estados Unidos como protagonistas globais, capazes de influenciar diretamente a estabilidade internacional.
No entanto, críticos apontam que o presidente omitiu detalhes sobre as negociações ou condições que levaram ao fim dos confrontos, levantando questionamentos sobre a veracidade ou durabilidade de tais conquistas diplomáticas.
Confira discurso completo de Donald Trump na Assembleia Geral da ONU (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)
Chamado à cooperação internacional
Apesar do tom crítico, Donald Trump também buscou abrir espaço para cooperação. Ele declarou estar disposto a “oferecer a mão da liderança e amizade dos Estados Unidos para qualquer ação nesta assembleia que esteja disposta a se juntar a nós para fazer um mundo mais seguro e mais próspero”.
O discurso combinou crítica e convite, uma estratégia que pode ser interpretada como pressão sobre os demais países para alinharem suas agendas às prioridades norte-americanas. Ao mesmo tempo, sinalizou abertura para parcerias em iniciativas que efetivamente promovam segurança global.
A fala repercute em um momento delicado, em que a ONU enfrenta questionamentos sobre sua capacidade de agir diante de crises internacionais prolongadas. Ao desafiar a instituição em seu próprio palco, Trump mais uma vez reforça sua postura de liderança assertiva e foco em resultados imediatos.