JP Morgan diz que não há possibilidade do fim das tarifas de Trump

Informação foi divulgada pelo Centro de Geopolítica na última quarta-feira (6); documento mostra que tarifas devem permanecer mesmo após mandato de Trump

07 ago, 2025
Logo do Banco Internacional JP Morgan | Reprodução/Cheng Xin/Getty Images Embed
Logo do Banco Internacional JP Morgan | Reprodução/Cheng Xin/Getty Images Embed

O banco JP Morgan criou recentemente o Centro para Geopolítica, cujo objetivo é auxiliar empresas a lidar com a instabilidade econômica global. A instituição divulgou um relatório na última quarta-feira (6), revelando que a possibilidade do retrocesso das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é praticamente nula, mesmo após o seu mandato.

Conforme publicado no documento, há consenso no setor político americano de que as tarifas são importantes para a economia do país, especialmente no setor industrial. Esse fator faz com que o recuo ao modelo anterior seguido pelos Estados Unidos não seja visto com bons olhos.

Tarifa estabilizada

O Centro de Geopolítica divulgou que o valor das tarifas de importação para os Estados Unidos deve se estabilizar na faixa dos 22%. Um das razões apontadas são os diversos acordos comerciais realizados até o momento.

Com o tarifaço estável, uma reversão ao modelo anterior é tratada como quase que impossível de acontecer. Segundo aponta o documento, “Seria um erro supor que os Estados Unidos retornem a uma era de tarifas baixas e à busca de acordos abrangentes de livre comércio”.

O valor arrecadatório também pesa na decisão de não extinguir o tarifaço no futuro. O JPMorganChase Institute publicou um relatório onde aponta que a implementação das taxas do Liberation Day, anunciadas 2 de abril, chegaria a US$ 187,7 bilhões (o equivalente a R$ 1,02 trilhão)em custos de importação para média-empresas.


Donald Trump comemora início da implementação do tarifaço (Foto: reprodução/Instagram/@whitehouse)

Bilhões de dólares fluindo

Na última quarta-feira (6), Trump anunciou, de modo efusivo, que “bilhões de dólares em tarifas estão agora fluindo para os Estados Unidos da América”. O republicano declarou em postagem no Truth Social. Produtos que já estavam nos navios e em direção ao país estarão isentos da nova tarifa, caso cheguem até o dia 5 de outubro.

Os países com as maiores tarifas são Brasil (50%), Suíça (39%), Canadá (35%) e Índia (25%). Recentemente, Trump renegociou as tarifas com o Japão e a União Europeia, estabelecendo o valor de 15% em seus produtos.


Donald Trump e o CEO da Apple, Tim Cook, em anúncio de investimento da empresa nos Estados Unidos (Foto: reprodução/Win McNamee/Getty Images Embed)

Taxa de 100%

Nesta última quarta-feira (6), o presidente americano fez novo anúncio sobre mais tarifas. Desta vez, o alvo é a importação de chips. Segundo declaração de Trump, somente estarão isentas as empresas que estiverem fabricando seus produtos nos Estados Unidos. A declaração aconteceu no Salão Oval da Casa Branca.

Trump realizou esta citação após aceno da Apple de investir mais U$ 100 bilhões no país nos próximos quatro anos, além dos US$ 500 bilhões que a gigante da tecnologia havia prometido anteriormente.

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