Tesla sofre em julgamento e vê ambições com robotáxis ameaçadas

Empresa de Elon Musk pode ter suas ambições tecnológicas ameaçadas após condenação em caso envolvendo Autopilot por falta de segurança automotiva

07 ago, 2025
Empresa da Tesla | Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed
Empresa da Tesla | Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed

Um júri federal da Flórida decidiu que a Tesla, empresa de Elon Musk, é parcialmente responsável por um acidente fatal ocorrido em 2019 envolvendo seu sistema Autopilot. A empresa foi condenada a pagar cerca de US$ 243 milhões em indenizações, incluindo US$ 200 milhões em danos punitivos e aproximadamente US$ 43 milhões em compensação. Essa é uma das primeiras vezes em que a empresa foi condenada criminalmente por falhas em sua tecnologia de assistência ao motorista.

Detalhes do caso

O acidente ocorreu em Key Largo, na Flórida, quando o veículo Model S, com o Autopilot ligado, avançou um cruzamento e atingiu um casal. A vítima foi Naibel Benavides León, de 22 anos, que morreu e seu namorado, Dillon Angulo, sofreu ferimentos graves. Embora o motorista tenha admitido que se distraiu ao procurar seu celular, o júri entendeu que o sistema Autopilot falhou ao não alertar nem impedir o avanço perigoso.

Repercussões para os planos de Elon Musk

O veredicto final foi representado por um sério obstáculo aos planos de expansão dos robotáxis da Tesla. Elon Musk pretendia lançar um serviço de táxis autônomos que iria colocado em prática neste ano. No entanto, alguns especialistas alertam que essa condenação aumentará a pressão e poderá atrasar ou impossibilitar as aprovações instituídas por autoridades estaduais nas áreas regionais mais importantes, como Califórnia, Arizona, Nevada e Flórida.


Autopilot em funcionamento(Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Essa condenação ocorre em meio a uma investigação relacionada à segurança do Autopilot e do software FSD (Full Self-Driving), o que já vinha afetando a reputação da empresa.

Argumentos e o desenrolar do caso

O advogado da família das vítimas que está cuidando do caso, Brett Schreiber, utilizou o argumento de que a Tesla criou uma expectativa irrealista sobre as capacidades do Autopilot por meio de declarações públicas de Elon Musk. Os documentos exibidos no tribunal sugerem que a empresa tinha conhecimento de usos indevidos do sistema e não tomou medidas adequadas.

A Tesla, por sua vez, anunciou que irá recorrer da decisão, afirmando que a culpa seria exclusivamente do motorista e que essa decisão prejudica os avanços em segurança automotiva e de sua tecnologia.

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