Aposentados e pensionistas poderão aderir acordo de ressarcimento a partir de sexta-feira

Acordo proposto pelo governo para ressarcir os beneficiários do INSS que foram vitimas de descontos indevidos em seus salários será feito ainda esta semana

10 jul, 2025
Prédio Previdência social | Reprodução/Pinterest/ coalizerh
Prédio Previdência social | Reprodução/Pinterest/ coalizerh

A adesão do acordo de ressarcimento proposto pelo governo aos aposentados e pensionistas que tiveram seus salários afetados por descontos indevidos nos últimos cinco anos poderá ser feita a partir da próxima sexta-feira (11).

O plano poderá ser aderido pelos beneficiários que já contestaram os descontos, mas ainda não tiveram respostas das entidades responsáveis.

Como aderir à proposta

Segundo o governo, aposentados e pensionistas que tiveram prejuízos entre março de 2020 e março de 2025 poderão reaver os valores sem que seja preciso entrar na justiça.

A proposta pode ser aderida através do aplicativo Meu INSS ou de modo presencial nas agências dos Correios de forma gratuita e sem a precisão do envio de documentos adicionais. Após a adesão os valores serão automaticamente depositados diretamente na conta que o beneficiário já recebe o salário.

Caso o beneficiário já tenha obtido respostas das entidades competentes, não será incluído no cronograma de ressarcimento no momento, sendo necessário aguardar a análise.

Já para quem utilizou ação judicial, mas ainda não foi ressarcido, a opção é o acordo administrativo.
Os pagamentos terão início em 24 de julho, seguirá ordem cronológica da adesão e será feito com lotes diários com parcela única até que todos sejam concluídos. O INSS já recebeu 3,8 milhões de pedidos de contestação.


Ressarcimento de beneficiários do INSS (Vídeo: reprodução/YouTube/@radiobandeirantesoficial)

Fraude no INSS

Em abril deste ano, uma operação da Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União descobriu um esquema bilionário de fraudes que ocorreram entre 2019 e 2024 no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Estima-se que o valor desviado pode chegar a R$ 6,3 bilhões.
O esquema utilizava supostas associações que ofereciam serviços como planos de saúde e descontos em academia que eram fraudados após as assinaturas dos beneficiários serem falsificadas “autorizando” o desconto indevido.

Cerca de 97% dos aposentados e pensionistas que sofreram este golpe afirmam nunca terem autorizado nenhum tipo de desconto em seus benefícios.

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