Universidade da Pensilvânia limita atletas trans após pacto com gestão Trump
Acordo entre Universidade da Pensilvânia e governo Trump define restrição para atletas trans em equipes femininas e reacende debate sobre inclusão no esporte

A Universidade da Pensilvânia decidiu, nesta terça-feira (02), restringir a participação de atletas trans em times femininos. A medida faz parte de um acordo firmado com o governo do ex-presidente Donald Trump e encerra um processo federal que questionava a presença dessas atletas nas competições da instituição. Nos últimos meses, o caso ganhou destaque e foi alvo de uma investigação conduzida pelo Departamento de Educação dos Estados Unidos. Segundo as autoridades, a participação de mulheres trans em equipes femininas poderia violar regras que garantem competições justas, o que motivou a universidade a revisar suas políticas esportivas.
Regra pode causar impacto no esporte universitário
A partir desta nova regra, apenas atletas registradas como mulheres ao nascer poderão competir nas equipes femininas. O acordo prevê ainda a revisão de resultados anteriores, com a possível devolução de títulos e medalhas conquistados em competições questionadas. Além disso, a universidade deverá enviar pedidos formais de desculpas às atletas que se sentiram prejudicadas durante o período investigado. Todas essas medidas visam cumprir as exigências das autoridades e evitar possíveis cortes no financiamento da instituição.
Nadadores competindo (Foto: reprodução/Kathryn Riley /Getty Images Embed)
Essa mudança ocorre após meses de debates sobre a participação de atletas trans e a necessidade de preservar a competitividade justa no esporte feminino. Apesar da decisão, a universidade reforçou que continuará promovendo espaços inclusivos para atletas trans em outras modalidades, reafirmando seu compromisso com a diversidade e o diálogo.
Decisão provoca reações e debate sobre inclusão no esporte
Essa medida reacendeu o debate sobre inclusão e gerou reações variadas. Organizações que defendem os direitos LGBTQIA+ criticaram a decisão, classificando-a como um retrocesso que exclui atletas trans e dificulta a construção de ambientes esportivos acolhedores. Por outro lado, parte da opinião pública e representantes esportivos apoiaram a medida, argumentando que ela protege a competitividade justa entre as atletas femininas, garantindo regras equilibradas para todas. Esses especialistas indicam que a decisão pode influenciar políticas em outras universidades e organizações esportivas nos Estados Unidos. O tema segue em evidência e deve motivar a criação de novas regras e soluções, tanto no esporte universitário quanto em competições profissionais.