Riscos do procedimento “Ceratopigmentação” que altera a cor do olho

Maya Massafera e Andressa Urach realizam o procedimento chamado Ceratopigmentação proibido no Brasil para fins estéticos por grandes riscos à saúde visual

26 jun, 2025
Influencer Maya Massafera/Reprodução/Pinterest/@MiMustaf
Influencer Maya Massafera/Reprodução/Pinterest/@MiMustaf

Recentemente, as influenciadoras Andressa Urach, 37, e Maya Massafera, 44, chamaram a atenção na internet, após realizarem uma cirurgia que muda a cor do olho. O novo procedimento estético foi feito no exterior pelas duas, a Maya mudou a cor dos olhos para verde e a Andressa alterou para o azul.

Método

O procedimento se chama ceratopigmentação, a cirurgia não é permitida para olhos saudáveis, pois pode trazer efeitos negativos a longo prazo, além de ter lesões irreversíveis. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) em conjunto com o Conselho Federal de Medicina (CFM) explicaram que o método tem um grande risco e só deve ser utilizado em casos especiais, por exemplo, pacientes com cegueira ou baixa visão, e com manchas na região da córnea.


Maya Massafera depois do procedimento (Foto: reprodução/Instagram/@mayamassafera)

A ceratopigmentação é um procedimento no qual é necessário fazer uma introdução de micropigmentos nos níveis internos da córnea para modificar sua coloração. A técnica é realizada em dois estágios: no primeiro, um laser é inserido na região da superfície da córnea durante dez segundos para produzir uma nova íris artificial. Logo em seguida, começa a fase da coloração.

Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor-executivo do Instituto Penido Burnier, a ceratopigmentação é indicada para disfarçar leucomas (cicatrizes brancas na córnea), ocultar deformidades congênitas (que possuem desde o nascimento) da íris e cobrir olho branco resultado da perda da visão por trauma.

Risco para a saúde

O procedimento não é aconselhado para pessoas que queiram realizar para fins estéticos pelo CBO, no Brasil, e pela Academia Americana de Oftalmologia (AAO), nos Estados Unidos, também não é recomendado.


Andressa Urach falando sobre procedimento (Vídeo: reprodução/Instagram/@aandresaurach)

Conforme a Wanessa Carneiro, oftalmologista especialista em cirurgia refrativa, o método pode causar riscos como perfurações, infecções na área interior do olho, aumento da pressão intraocular, e podendo acarretar um glaucoma, inflamações crônicas, catarata, dificuldade em fazer mapeamentos de retina e cirurgias futuras, por exemplo, transplante de córnea ou catarata.

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