Voos de carros aéreos devem começar até o final de 2027
Empresa brasileira Revo assina um contrato com a Eve da Embraer para uma aquisição de 50 eVTOLs com uma previsão de início das operações entre 2027 e 2028

A Revo firmou um negócio gigante com a Eve, parte da Embraer que faz os eVTOLs. Segundo um dos chefes da Revo, o teste de verdade deve acontecer para o final de 2027 ou no começo de 2028.
O acordo, que representa um investimento de aproximadamente R$ 1,4 bilhão, prevê a aquisição de 50 aeronaves elétricas pela Revo. O contrato, firmado também com a Omni Helicopters International (OHI), controladora da Revo, posiciona a empresa como uma das pioneiras no Brasil a operar esse tipo de tecnologia. A Eve, por sua vez, avança para uma nova etapa, saindo da fase de desenvolvimento para o início da execução comercial de sua frota.
Testes iniciais antes da operação comercial
Welsh mencionou que a expectativa é receber a primeira aeronave no último trimestre de 2027. A empresa planeja efetuar diversos testes práticos antes de começar os voos regulares, visando avaliar como a nova tecnologia se comporta e suas particularidades no dia a dia da cidade.
“Os primeiros voos serão dedicados ao aprendizado interno sobre a aeronave. Não queremos acelerar o processo sem garantir total segurança e eficiência”, afirmou o CEO durante uma coletiva de imprensa. A expectativa é que, uma vez finalizada essa fase de ajustes e validações, a operação comercial possa começar, oferecendo voos a preços mais acessíveis que os praticados atualmente pelo serviço tradicional de helicópteros.
Lançamento de projeto de taxi voador Foto: (Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)
Desafios logísticos e tecnológicos no horizonte
A Revo está bem empolgada com a ideia dos carros voadores, mas sabe que ainda tem um longo caminho pela frente. Existem algumas barreiras importantes que precisam ser derrubadas para que essa tecnologia realmente pegue. Uma delas é treinar uma galera especializada para pilotar esses veículos, além de criar toda uma estrutura em terra com lugares para guardar e carregar os carros. E, claro, ter energia suficiente para dar conta de tudo isso.
O Welsh também chamou a atenção para a bagunça que pode virar o céu das grandes cidades, tipo São Paulo, que já sofre com o tanto de helicóptero que voa por lá. Para resolver isso, a Revo e a Eve estão pensando juntas em como organizar o espaço aéreo para que tudo funcione ao mesmo tempo, sem virar um caos e, principalmente, com segurança.
Além disso, um estudo global divulgado pela Eve projeta uma demanda de até 30 mil unidades de eVTOLs até 2045, reforçando o potencial de crescimento da mobilidade aérea urbana no Brasil e no mundo.