Walter Salles recebe homenagem da Academia do Oscar

O cinema brasileiro brilhou em Los Angeles. O diretor Walter Salles foi um dos grandes homenageados do Academy Museum Gala 2025, evento promovido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas a mesma responsável pelo Oscar. Realizada no último sábado (18), a cerimônia concedeu ao cineasta o prêmio “Luminary”, reconhecimento dedicado a artistas cuja obra transformou a linguagem cinematográfica em escala global e segue influenciando novas gerações com sensibilidade e profundidade narrativa.

Um tributo à trajetória e às parcerias marcantes

Em seu discurso, Salles emocionou o público ao relembrar momentos decisivos de sua carreira. O cineasta agradeceu ao ator e diretor Robert Redford, falecido recentemente, por ter sido um dos primeiros a acreditar no sucesso internacional de Central do Brasil (1998) longa indicado ao Oscar e vencedor do Urso de Ouro em Berlim. Também dedicou a homenagem às atrizes Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, protagonistas de alguns de seus filmes mais importantes e símbolos da força da atuação brasileira no exterior.

Além do brasileiro, a noite contou com homenagens à atriz Penélope Cruz, ao ator Bowen Yang e ao músico Bruce Springsteen, celebrando diferentes vertentes da arte e da cultura contemporânea. A presença de Salles no evento reforça a representatividade do cinema latino-americano no cenário internacional, marcando um momento de reconhecimento histórico e emocional para o país.


Diretor Walter Salles chega ao tapete vermelho do Academy Museum Gala 2025 onde foi homenageado (Vídeo: Reprodução/X/@reasonczuchry)

Um nome essencial do cinema contemporâneo

Autor de obras como Diários de Motocicleta (2004), Linha de Passe (2008) e o recente Ainda Estou Aqui (2024), Walter Salles consolidou-se como um dos nomes mais respeitados da cinematografia mundial. Sua filmografia reflete uma busca constante por humanidade, deslocamento e pertencimento, temas que atravessam fronteiras, conectam gerações e revelam um olhar poético sobre o real e sobre as transformações do mundo moderno.

Com essa homenagem, a Academia reforça o valor do olhar sensível e universal de Salles, que segue inspirando cineastas, contando histórias com alma e fortalecendo a presença brasileira no cinema mundial.

“Ainda Estou Aqui” se torna 1° filme brasileiro consagrado pela crítica internacional como melhor filme do ano

Na passada sexta-feira (19), o filme nacional “Ainda Estou Aqui” foi eleito como Melhor Filme do Ano com o prêmio Grand Prix FIPRESCI 2025 recebido pelo diretor, Walter Salles. Concedido pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica, o longa teve 739 votos durante a abertura do 73° Festival de San Sebastián, na Espanha, todos vindos de críticos de cinema.

“Existem prêmios que tocam mais fundo no coração.” Discursou Salles, contando que o Grand Prix FIPRESCI faz parte dessa categoria. “Receber este prêmio de uma associação internacional tão prestigiada é uma honra para mim e toda a família de ‘Ainda Estou Aqui”, terminou ele em seu agradecimento.

Acumulando prêmios

Além do Grand Prix de Melhor Filme do Ano, conquistando assim o primeiro prêmio da FIPRESCI para uma obra brasileira, o longa-metragem ainda levou o primeiro Oscar do Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional.


Trailer oficial de "Ainda Estou Aqui" (Vídeo: reprodução/Youtube/

Por enquanto, “Ainda Estou Aqui” tem mais de 60 prêmios desde sua estreia no Festival de Veneza no ano passado, onde levou Melhor Roteiro. Fernanda Torres também levou algumas estatuetas, uma delas, um Globo de Ouro na categoria Melhor Atriz em Filme de Drama.

Sobre o filme

Baseado no livro homônimo, “Ainda Estou Aqui” conta a história de Eunice Paiva durante a ditadura militar na década de 1970 no Brasil. Após seu marido desaparecer ao ser levado por militares à paisana, Eunice tenta se reinventar junto aos cinco filhos enquanto busca a verdade e o paradeiro de seu Rubens, seu marido.

O livro autobiográfico foi escrito por Marcelo Rubens Paiva, um dos filhos de Eunice e foi publicado pela primeira vez em há dez anos atrás. Quando Eunice começou a ter sintomas e características de Alzheimer, Marcelo e sua mãe começaram uma jornada ao escrever as memórias da ditadura e o impacto em sua família após o desaparecimento de Rubens Paiva. Eunice faleceu em 2018, após conviver quinze anos com Alzheimer.

“Ainda Estou Aqui” conquista prêmio da crítica internacional e marca história para o cinema brasileiro

O longa “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, ganhou o reconhecimento da crítica ao vencer o prêmio de “Melhor Filme de 2025” do “FIPRESCI Grand Prix”, derrotando rivais de peso em uma votação que contou com a participação de 739 críticos de 75 nações. O cineasta receberá a premiação na abertura do “73° Festival de San Sebastián”, no dia 19 de setembro, ocasião em que o filme será apresentado ao público pela primeira vez no festival.

Reconhecimento global

Com direção de Walter Salles, o filme recebeu o prêmio de Melhor Filme de 2025 do FIPRESCI Grand Prix, uma distinção concedida pela Federação Internacional de Críticos de Cinema. A produção brasileiro-francesa supera concorrentes, como “O Brutalista”, “O Agente Secreto” e “Pecadores”, numa votação que envolveu 739 críticas de 75 países.

O prêmio será dado a Salles durante a cerimônia de abertura do 73° Festival de San Sebastián, no dia 19 de setembro. Nesse dia, o longa-metragem será mostrado para o público.


Ainda Estou Aqui | Trailer Oficial (Vídeo: Reprodução/YouTube/Sony Pictures Brasil)

Primeiro Oscar brasileiro

O filme também marcou a história ao conceder ao Brasil seu primeiro Oscar, vencendo na categoria de Melhor Filme Internacional. “Anora” foi o grande vencedor da noite, conquistando cinco estatuetas, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção para Sean Baker e Melhor Atriz para Mikey Madison. Baker estabeleceu um novo recorde ao ganhar quatro Oscars pelo mesmo filme, um feito inédito.

Situado no Brasil de 1971, o longa-metragem apresenta o país em meia a uma época de crise e repressão política. A trama segue a realidade de Eunice Paiva, mãe de cinco filhos, que se vê obrigada a se reestruturar como ativista após o sequestro do seu marido pela Polícia Militar e seu desaparecimento sob custódia. O roteiro é baseado nas lembranças de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice e Rubens Paiva. A obra cinematográfica está disponível no Globoplay.

“Ainda Estou Aqui” é eleito melhor filme do ano pela crítica internacional

Um ano após ser aclamado pelo público no Festival de Veneza de 2024, “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, continua a acumular feitos inéditos no cinema mundial. O filme alcançou o Grand Prix da Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci), que o elegeu o melhor filme do ano. 

Criado em 1999, o prêmio é considerado um dos mais prestigiados do circuito internacional e, pela primeira vez, foi entregue a uma produção brasileira.

Reconhecimento histórico

A escolha foi feita por meio de votação entre 739 críticos de cerca de 75 países. O cineasta Walter Salles receberá a homenagem com o troféu durante a cerimônia de gala que marca a abertura do Festival de San Sebastián, no dia 19 de setembro.


"Ainda Estou Aqui" alcança  Grand Prix IPRESCI (Foto:reprodução/Instagram/@fipresci)

A lista de cineastas já premiados pelo Grand Prix inclui nomes notórios como Terrence Malick e Yorgos Lanthimos, o que reforça o peso da conquista para Walter Salles e o cinema brasileiro.

Sucesso internacional e nacional

Com Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro no elenco, o filme é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. A história retrata o desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva durante a ditadura militar e a batalha da família para lidar com a ausência de Rubens.

Ainda Estou Aqui” já havia marcado época ao conquistar o Oscar de Melhor Filme Internacional e garantir o Globo de Ouro de Melhor Atriz para Fernanda Torres. No Festival de Veneza, o longa foi premiado com o Leão de Prata de Melhor Roteiro e têm reconhecimento em festivais internacionais e aclamação crítica mundial.


Fernanda Torres conquista Globo de Ouro como Melhor Atriz (Foto:reprodução/ROBYN BECK/AFP/Getty Images Embed)

No Brasil, o filme também entrou para a história ao dominar o Prêmio Grande Otelo, conquistando 13 das 16 categorias, entre elas Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator (Selton Mello) e Melhor Atriz (Fernanda Torres).

Com a vitória do Grand Prix Fipresci, “Ainda Estou Aqui” consolida seu nome como um dos filmes brasileiros mais premiados de todos os tempos, fortalecendo sua presença no panorama internacional.

Fernanda Torres revela maior desejo após Oscar e ‘Ainda Estou Aqui’

Após conquistar Hollywood e ser consagrada uma das melhores atrizes do ano, Fernanda Torres brincou com Ana Maria Braga ao ser perguntada qual era sua maior vontade após o “turbilhão na vida” com a temporada de premiações de Ainda Estou Aqui, filme de Walter Salles. O vídeo foi divulgado pela apresentadora nesta quinta-feira (10). O encontro aconteceu no Prêmio Faz Diferença, no Rio de Janeiro.

A resposta nada convencional de Torres levou a apresentadora às gargalhadas. “Ah, eu vou dormir, né? Eu só penso nisso, só quero dormir e parar de me maquiar”, brincou a filha de Fernanda Montenegro.

“Ainda Estou Aqui” ganha prêmio

O filme Ainda Estou Aqui foi premiado na cerimônia do Prêmio Faz Diferença, premiação do jornal O Globo. No mesmo vídeo, Torres fez um comentário sobre a honra de receber um prêmio no Rio de Janeiro, cidade retratada no longa: “Dei uma longa volta […] e tenho a sensação de um ciclo completo. Por ser no Rio, onde o filme foi feito, ao lado de Walter, tive a sensação de voltar pra casa”.


Fernanda Torres e Ana Maria Braga (Vídeo: reprodução/Instagram/@anamariabragaoficial)

Ao receber o prêmio de “Personalidades do Ano” junto de Fernanda, Walter Salles citou a importância do filme: “Para a democracia existir, é preciso justiça”.

O filme foi indicado nas principais premiações do cinema ao redor do mundo, levando um Oscar de Melhor Filme Internacional e um Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama. O longa brasileiro foi o primeiro da história a ser indicado na categoria principal do Oscar, Melhor Filme.

Próximo filme de Fernanda Torres

Apesar da brincadeira com Ana Maria Braga, Fernanda Torres já tem um compromisso marcado nas telonas: “Os Corretores”, filme dirigido por Andrucha Waddington, seu marido, será uma comédia que narra uma tragédia imobiliária. Fernanda Torres também será a roteirista.

A estrela de Tapas & Beijos recentemente foi convidada a se tornar membro da Academia do Oscar, podendo assim participar das votações que elegem os próximos vencedores.

“Ainda Estou Aqui” lidera indicações ao Grande Otelo

O refinado silêncio da ditadura ecoa nos corações ao som dos aplausos: Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, tornou-se o protagonista da temporada cinematográfica nacional ao liderar as indicações ao Prêmio Grande Otelo, anunciado hoje pela Academia Brasileira de Cinema. São impressionantes 15 nomeações, que ressaltam seu impacto visceral e valor artístico no cinema brasileiro deste ano.

Resistência e memória em tempos de repressão

Tocado por uma narrativa potente e repleto de poesia sob o olhar de Walter Salles, “Ainda Estou Aqui” retrata a saga de mãe e filho em tempos de repressão (Eunice Paiva, vivida por Fernanda Torres, e Rubens Paiva, por Selton Mello). Ganhador do Oscar de Melhor Filme Internacional e celebrado em Veneza por seu roteiro, o longa é um retrato de resistência e memória.

Cartaz do filme divulgado no perfil de Walter Salles Foto: reprodução/ Instagram/@waltersallesfc)

Disputas previstas e merecidas

Além de concorrer nas principais categorias, como Melhor Filme e Melhor Direção, assinada por Walter Salles, “Ainda Estou Aqui”, também se destaca pelo conjunto de atuações. Fernanda Torres foi novamente indicada por sua performance como Eunice, marcada por profundidade emocional. Selton Mello recebeu indicação como Melhor Ator por seu papel comovente como Rubens Paiva, marido e pai ausente sob o peso da repressão. Entre os coadjuvantes, Humberto Carrão e Bárbara Luz se sobressaem, demonstrando versatilidade em personagens secundários, mas de grande densidade dramática.

O reconhecimento ao longa também se estende às categorias técnicas, com indicações para Fotografia (Adrian Teijido), Montagem, Efeitos Visuais, Direção de Arte, Figurino, Maquiagem, Som e Trilha Sonora — um verdadeiro retrato da excelência do cinema brasileiro contemporâneo.


Post do filme” Ainda Estou Aqui” (Foto: reprodução/Instagram/@waltersallesfc)

Barra da Tijuca recebe cerimônia de premiação

A cerimônia da 24ª edição do Prêmio Grande Otelo será realizada no dia 30 de julho, na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro. Um júri composto por profissionais da indústria cinematográfica já definiu os vencedores das categorias principais. O público, por sua vez, poderá votar na categoria “Grande Otelo de Melhor Filme”, na qual “Ainda Estou Aqui” está entre os concorrentes.

Além do favorito absoluto, outras produções indicadas reforçam a diversidade e o vigor do cinema brasileiro, como “Baby”, “Malu”, “Motel Destino” e “Kasa Branca”.

Mais do que um filme indicado, “Ainda Estou Aqui” é uma obra que dialoga com o presente, atravessando gerações, emoções e memórias. O reconhecimento nas categorias artísticas e técnicas evidencia um cinema que vai além da estética — é um cinema que comunica, emociona e provoca. Resta saber se, no dia 30 de julho, o drama dirigido por Walter Salles confirmará seu papel como grande vencedor da noite.