“Ainda Estou Aqui” se torna 1° filme brasileiro consagrado pela crítica internacional como melhor filme do ano

Junto ao Grand Prix FIPRESCI 2025, o longa-metragem atualmente acumula mais de 60 prêmios como um Globo de Ouro e um Oscar em Melhor Filme Internacional

21 set, 2025
Cartaz de "Ainda Estou Aqui" | Reprodução/Facebook/Sony Pictures Brasil
Cartaz de "Ainda Estou Aqui" | Reprodução/Facebook/Sony Pictures Brasil

Na passada sexta-feira (19), o filme nacional “Ainda Estou Aqui” foi eleito como Melhor Filme do Ano com o prêmio Grand Prix FIPRESCI 2025 recebido pelo diretor, Walter Salles. Concedido pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica, o longa teve 739 votos durante a abertura do 73° Festival de San Sebastián, na Espanha, todos vindos de críticos de cinema.

“Existem prêmios que tocam mais fundo no coração.” Discursou Salles, contando que o Grand Prix FIPRESCI faz parte dessa categoria. “Receber este prêmio de uma associação internacional tão prestigiada é uma honra para mim e toda a família de ‘Ainda Estou Aqui”, terminou ele em seu agradecimento.

Acumulando prêmios

Além do Grand Prix de Melhor Filme do Ano, conquistando assim o primeiro prêmio da FIPRESCI para uma obra brasileira, o longa-metragem ainda levou o primeiro Oscar do Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional.


Trailer oficial de "Ainda Estou Aqui" (Vídeo: reprodução/Youtube/

Por enquanto, “Ainda Estou Aqui” tem mais de 60 prêmios desde sua estreia no Festival de Veneza no ano passado, onde levou Melhor Roteiro. Fernanda Torres também levou algumas estatuetas, uma delas, um Globo de Ouro na categoria Melhor Atriz em Filme de Drama.

Sobre o filme

Baseado no livro homônimo, “Ainda Estou Aqui” conta a história de Eunice Paiva durante a ditadura militar na década de 1970 no Brasil. Após seu marido desaparecer ao ser levado por militares à paisana, Eunice tenta se reinventar junto aos cinco filhos enquanto busca a verdade e o paradeiro de seu Rubens, seu marido.

O livro autobiográfico foi escrito por Marcelo Rubens Paiva, um dos filhos de Eunice e foi publicado pela primeira vez em há dez anos atrás. Quando Eunice começou a ter sintomas e características de Alzheimer, Marcelo e sua mãe começaram uma jornada ao escrever as memórias da ditadura e o impacto em sua família após o desaparecimento de Rubens Paiva. Eunice faleceu em 2018, após conviver quinze anos com Alzheimer.

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