Translado do corpo de Preta Gil passa por processo burocrático

A cantora Preta Gil morreu no último domingo (20), em Nova York, Estados Unidos, enquanto buscava novo tratamento contra um câncer no intestino a qual lutava desde 2023. Até o momento da publicação desta matéria, não se tem uma previsão do translado do corpo para o Brasil. O desejo da cantora era ser velada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A família, que tem cuidado de todos os trâmites, enfrentam desafios para a repatriação do translado dos EUA para o Brasil.

Buscando outra chance

Após diversos tratamentos e cirurgias, Preta foi em busca de uma nova chance com opções fora do país. Em 2023 ela enfrentou quimioterapia, retirada de órgãos e do tumor, mas em 2024 ela anunciou a volta do câncer e revelou que buscaria tratamentos fora do Brasil que não possuía os estudos e medicamentos necessários.
Em sua rede social, a cantora compartilhava cada etapa da sua batalha contra a doença, desde as menores conquistas até os desafios enfrentados. No dia do falecimento, ela chegou a compartilhar um momento descontraído antes de embarcar numa ambulância que a levaria para uma UTI aérea. A artista tinha acabado de descobrir que seu estado era irreversível, mas terminou indo a óbito no meio do caminho.

Uma das últimas fotos compartilhadas do tratamento de Preta Gil (foto:reprodução/Instagram/@pretagil)

Burocracia com o translado

O processo pode ser demorado, já que há algumas burocracias para transportar um corpo de uma nação a outra. Artistas como Gugu Liberato e Ayrton Senna também enfrentaram esse problema, ambos faleceram também nos Estados Unidos.
Para a abertura do processo, é necessário emitir um atestado de óbito, em seguida é exigido um atestado de médico com a causa do falecido, e na sequência esse segundo atestado é levado ao consulado do Brasil onde acontece a legalização.
Após essas etapas, se inicia o processo de registro consular do óbito e a preparação do corpo para o transporte internacional, o que inclui cuidados sanitários, acondicionamento conforme normas do país de origem e do país de destino, e a emissão da documentação necessária para embarque e desembarque“, revela Regina Célia Alves Diniz, da OSSEL Assistência, empresa especializada nesse processo.

Processo ainda pode ter um custo de R$10 mil

A especialista diz que sem apoio profissional, o translado pode chegar a meses pra acontecer, e que serviço custa geralmente a parir de R$ 10 mil, podendo reduzir ou variar dependendo do país, ou se a família possui um plano funerário. Mas com a ajuda de profissionais, o serviço pode acontecer em 15 dias até que consiga as documentações exigidas.

O legado da cantora

Preta Gil foi homenageada por diversos artistas e amigos, uma artista que sempre desafiou padrões e defendia liberdade e amor, deixa um legado para a cultura brasileira.
Em sua homenagem, prefeitura do Rio de Janeiro cria um circuito em seu nome, a cantora que arrastava multidões no carnaval em seu bloco chamado “Bloco da Preta”. Além disso, a novela Vale Tudo iniciou em sua homenagem, a trilha foi na canção “Brasil” com a voz de Preta Gil. Jornais compartilham a brilhante trajetória dela, que lutou pela vida, e será sempre eternizada na música brasileira.

Corpo de Juliana Marins será levado para autópsia em Bali

A informação, nesta quinta-feira (26), anunciou que o corpo da jovem Juliana Marins passará pela autópsia em Bali. A vice-governadora da província de West Nusa Tenggara, Indah Dhamayanti Putri, foi quem confirmou a notícia.

Durante seu discurso, a vice-governadora disse que “Os preparativos do corpo serão realizados em Bali. Como a autópsia em Sumatra não pôde ser realizada, pois só há uma unidade disponível, buscamos a opção mais próxima”.

Informações do acidente

A jovem publicitária e dançarina de pole dance, natural de Niterói, no Rio de Janeiro, sofreu uma queda de mais ou menos 300 metros, durante uma trilha na última sexta-feira (20). Ela estava em um mochilão pela Ásia que iniciou em fevereiro, passando por Filipinas, Tailândia e Vietnã, quando fazia a trilha no vulcão Rinjani, local do acidente.




Última foto publicada por Juliana na Indonésia (Foto: reprodução/Instagram/@ajulianamarins)

Negligência no resgate

Juliana foi vista após a queda ainda com vida por turistas que imediatamente gravaram e enviaram o vídeo com a localização para a família, que assim que recebeu a notícia, mobilizou a internet durante as buscas. Familiares criaram uma página para repercutir e informar sobre o ocorrido e envolvidos no acidente, que em poucas horas ganhou milhares de seguidores, chegando a atingir a marca de 1,2 milhão.

A família disse que Juliana passou 4 dias desamparada aguardando resgate enquanto “escorregava” montanha a baixo. A jovem foi vista por drones várias vezes em pontos diferentes, antes de ser encontrada sem vida, foi avistada cerca de 500 metros penhasco abaixo, em seguida foi encontrada já morta a cerca de 650 metros do local da queda.

Prefeitura de Niterói assume translado do corpo

A prefeitura de Niterói, Rio de Janeiro, assumiu os custos do translado do corpo após impasse com o governo federal. Ministério das relações informou que, segundo artigo 257 do decreto 9.199/2017, não está autorizado a custear translado ou sepultamentos de brasileiros fora do país, a não ser em caso de natureza humanitária, condição que órgão disse não se enquadrar ao caso de Juliana.

O prefeito da cidade formalizou o compromisso com a família e em nota disse que assumiu o compromisso com o translado do corpo da Indonésia para a cidade de Niterói, onde será velada e sepultada.