EUA oferecem recompensa milionária por informações que levem à prisão de Maduro

Nesta segunda-feira (28), em mais uma ofensiva contra o governo da Venezuela, o Departamento da Justiça dos Estados Unidos divulgou uma recompensa milionária, equivalente a R$ 140 milhões, para quem compartilhar informações que poderá levar à condenação e/ou prisão do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Divulgado nas redes sociais da DEA (Administração de Repressão às Drogas), o cartaz mostra o valor da recompensa, a foto do presidente e a informação onde Maduro é acusado de “conspiração com o narcoterrorismo, importação de cocaína, uso e transporte de armas e objetos destruidores de suporte ao tráfico de drogas.

Além do presidente, Diosdaldo Cabello Rondón, ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, e Vladimir Padrino López, ministro da Defesa da Venezuela, também estão na mira por busca de informações.

Acusação dos EUA

Na última sexta-feira (25), a administração do governo de Donald Trump classificou o suposto grupo criminoso chamado “Cartel de Los Soles”, que os Estados Unidos acusam Nicolás Maduro de ser um dos integrantes, como uma organização terrorista internacional desde 1999.

Segundo o Departamento de Tesouro dos EUA, o Cartel de Los Soles é um grupo criminoso venezuelano chefiado por Nicolás Maduro e outros membros que fazem parte do “alto escalão” do regime do presidente da Venezuela.

Ainda conforme o Departamento, o grupo oferece apoio material para organizações terroristas de outros países que ameaçam a segurança e a paz do país norte-americano, como o Tren de Aragua (organização criminosa venezuelana) e o Cartel de Sinaloa (grande sindicato mexicano do crime organizado).


EUA oferece recompensa (Vídeo: reprodução/YouTube/cnnbrasil)

Reajuste da recompensa

Anteriormente, a recompensa oferecida por informações sobre Maduro era de US$ 10 milhões, mas foi reajustada nesta sexta-feira (25) diante do pacote de novas sanções econômicas. O último reajuste tinha ocorrido em janeiro deste ano.

Segundo o governo dos Estados Unidos, a intensificação da ofensiva a Maduro se dá em função da manipulação do sistema eleitoral do país e da falsa legitimidade da reeleição do mesmo em julho do ano passado.

Desde 2020, Nicolás Maduro é procurado e investigado, juntamente com outros aliados, pelos Estados Unidos. Todos estão sob acusação de crimes transnacionais (múltiplos países).

Conforme o DEA, as autoridades buscam qualquer tipo de dado que possam levar Maduro à prisão. As informações e denúncias podem ser feitas de maneira anônima via e-mail.

Massacre em bar no Equador deixa 17 mortos

No último domingo (27), um grupo de homens armados deu fim à vida de pelo menos 17 pessoas e feriu outras 11 em um brutal ataque a um bar na cidade de El Empalme, que fica na província costeira de Guayas, no Equador. O ocorrido chocou o país e reforçou a alarmante violência ligada ao narcotráfico e ao crime organizado. Entre as vítimas está uma criança de 12 anos.

A procuradoria equatoriana recuperou mais de 40 peças de evidência balística no local, indicando o uso de pistolas e fuzis. A ação, que também resultou na morte de outras duas pessoas a poucos quilômetros do bar antes do ataque principal, sugere seletividade dos alvos, em um cenário de retaliação entre facções.

Território de disputas sangrentas

Localizado entre a Colômbia e o Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo, o Equador se tornou um corredor estratégico para o tráfico de drogas, gerando uma intensa disputa entre grupos criminosos. A província de Guayas, onde o ataque ao bar “La Clínica” aconteceu, é um epicentro dessa violência, com gangues como Los Choneros, Los Lobos e Los Pepes vivendo uma guerra territorial pelo controle do contrabando. A taxa de homicídios no país subiu de 6 para 38 a cada 100 mil habitantes de 2018 para 2024, com um pico de 47 em 2023. Em 2025, foram registrados 4.619 assassinatos nos primeiros seis meses, um aumento de 47% em relação ao ano anterior.


A polícia invade uma casa em busca de um membro de gangue em 13 de fevereiro de 2024 em Esmeraldas, Equador (Foto: reprodução/John Moore/Getty Images Embed)

O ocorrido se une ao rol de casos que ilustram a barbárie que assola o país, como o assassinato de 12 pessoas disfarçadas de militares em uma rinha de galos em abril, e os confrontos que mataram 15 pessoas em 12 horas em Manabí devido à extradição do traficante “Fito”, em julho. Ataques a velórios, cemitérios e massacres em prisões, que já vitimaram cerca de 500 detentos desde 2021, completam um cenário de profunda insegurança e desestabilização social.

Resposta do governo

Diante da crise, o presidente Daniel Noboa declarou “conflito armado interno” em janeiro de 2024, classificando 22 grupos criminosos como organizações terroristas. Medidas foram implementadas como estados de exceção, toques de recolher e o envio de 2.000 soldados a Manabí, em julho. O governo busca uma postura de linha-dura, inclusive com parcerias internacionais, como a “aliança estratégica” com Erik Prince, fundador da Blackwater, e um pedido de apoio de forças especiais de países aliados.

Em junho, a Assembleia Nacional aprovou a concessão de mais poderes legais ao governo, para desmantelar as redes de tráfico de drogas. No entanto, a violência persiste atingindo diretamente a vida dos equatorianos, que vivem com medo e são forçados a fechar seus comércios e restritos de circular em cidades como Guayaquil e Quito.

Sean Diddy Combs é inocentado de três das cinco acusações e família celebra

Nesta quarta-feira, 02, em Nova York, o Tribunal Federal de Manhattan emitiu o veredito sobre o julgamento de Sean Diddy Combs, o rapper foi inocentado de três das cinco acusações que vinha enfrentando na justiça. A mãe e os filhos do rapper comemoraram no tribunal com ele.

Combs responderá por crimes relacionados à prostituição, mas absolvido de acusações de extorsão e tráfico sexual. Caso tivesse sido condenado por todos os crimes, ele poderia enfrentar até prisão perpétua, porém, agora, está sujeito à pena máxima de dez anos de prisão.


Sean Diddy e familia no natal de 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@kingcombs)

Família está comovida

Ao jornal Daily Mail, a mãe de Combs, Janice Combs, de 85, comentou: “Estou me sentindo maravilhosa, graças a Deus”. O filho Justin Combs também celebrou: “É um grande dia. Estamos felizes”.

O outro filho, Christian Combs, de 27 anos, diz que a família estava ansiosa conforme o processo desenrolava, “A esperança nunca nos deixou, mas sempre há aquele frio na barriga”, e não escondeu a emoção, “Mal posso esperar para dar um abraço no meu pai”.

Detalhes do processo e próximos passos na Justiça

O tráfico de pessoas para fins de exploração sexual — crime pelo qual Diddy é acusado — é um delito estabelecido pela Lei Mann de 1910. Em um documento apresentado à Justiça, o promotor assistente Maurene Comey afirmou que, pelas regras de sentença aplicáveis, Diddy poderia pegar mais de quatro anos de prisão, tempo que seriam descontados dos dias nos quais o rapper ficou preso desde setembro de 2024, ao entrar em custódia.

Enquanto aguarda a sentença, Diddy fez o pedido por liberdade condicional ao juiz Arum Subramanian, que negou o pedido do rapper. No próximo dia 8, ocorrerá uma audiência na justiça que discutirá quais serão as penas que o rapper cumprirá.


Homenagem de Chance Combs e Sean Diddy para seu pai no dia dos pais (Foto: reprodução/Instagram/@chancecombs)

O júri que decidiu o caso era formado por oito homens e quatro mulheres, com perfis diversos em termos de etnia, idade e origem, vindos de diferentes bairros de Nova York. As deliberações começaram na segunda-feira, 30 de junho, e se estenderam por mais de 13 horas até quarta-feira.

O escândalo envolvendo Diddy veio à tona em novembro de 2023 e causou grande impacto em Hollywood, gerando tensão entre o público e os amigos e colegas do artista, além de alimentar uma série de teorias conspiratórias. O processo incluía acusações de tráfico sexual, extorsão e transporte de pessoas com fins de exploração sexual.