Operação conjunta no Alemão e Penha resulta em 76 vítimas entre mortos e presos

Confrontos armados entre forças de segurança e suspeitos ligados ao Comando Vermelho deixaram ao menos 18 mortos nesta terça-feira (28), durante uma megaoperação realizada em comunidades do Rio de Janeiro. A ação, que mobiliza cerca de 2.500 agentes, tem como objetivo capturar cerca de 100 integrantes da facção criminosa. Até o momento, 56 pessoas foram presas. Há relatos de policiais mortos, mas o número exato ainda não foi divulgado pelas autoridades estaduais.

Operação Contenção avança no Rio

Nesta fase da operação, os agentes se dirigiram aos complexos do Alemão e da Penha, que reúnem 26 comunidades na Zona Norte do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, esses locais têm sido utilizados como abrigo por lideranças do Comando Vermelho, tanto do estado quanto de outras regiões do país.

A ação faz parte de uma estratégia contínua do governo para conter o avanço da facção em áreas dominadas pelo tráfico.


Complexos do Alemão e da Penha sob cerco policial (Vídeo: reprodução/R7)

Logo nas primeiras horas da operação, a presença das forças policiais provocou intensos tiroteios nas comunidades. Para impedir o avanço das viaturas, criminosos montaram barricadas em diversas vias, mas os agentes conseguiram remover os bloqueios em áreas estratégicas e seguir com a ação.

Resumo da operação

Até o momento, 18 suspeitos morreram em confronto com as forças de segurança — entre eles, dois eram oriundos da Bahia e um do Espírito Santo. Nove agentes foram baleados durante a operação, e ao menos dois não resistiram aos ferimentos.

Três civis também foram atingidos: um homem em situação de rua, ferido nas costas por uma bala perdida; uma mulher que estava em uma academia, já liberada após atendimento; e um homem que se encontrava em um ferro-velho.

Além das mortes e feridos, 56 pessoas foram presas, sendo cinco delas hospitalizadas sob custódia no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. As equipes policiais também apreenderam 25 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas durante a ação. O balanço ainda é parcial e pode ser atualizado pelas autoridades nas próximas horas.

Donald Trump dobra recompensa para captura de Nicolás Maduro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não esconde seu desejo de “conseguir a cabeça” de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. Nesta semana, Trump dobrou a recompensa oferecida para quem capturar Maduro, elevando o valor para US$ 50 milhões.

O líder venezuelano já vinha sendo criticado por antecessores de Donald Trump, mas é neste mandato do republicano que Maduro tornou-se um alvo ainda maior de acusações por parte do governo americano.

Conflito Maduro vs Governo Americano

Embora a administração venezuelana liderada por Maduro já tenha sido alvo de críticas durante os governos anteriores dos Estados Unidos, como nas gestões de Barack Obama e Joe Biden, a postura do governo Trump trouxe uma nova intensidade ao conflito. A atual administração americana tem reforçado acusações contra o governo chavista, principalmente relacionadas ao tráfico internacional de drogas na América Latina.

Antes de aumentar a recompensa, o governo dos EUA reiterou diversas acusações contra Maduro, acusando-o de comandar organizações criminosas envolvidas com o narcotráfico. É importante destacar que essas acusações não são acompanhadas por provas concretas até o momento, gerando controvérsias no cenário internacional.


Noticiário espanhol anuncia o novo valor da recompensa para quem capturar Nicolás Maduro (Vídeo/Reprodução/Instagram/@informativostele5)

O interesse estratégico de Trump

Logo após assumir seu segundo mandato, Donald Trump classificou os grupos ligados ao tráfico internacional de drogas como organizações terroristas, abrindo espaço para operações militares em países estrangeiros sob o pretexto de “luta contra o terrorismo”. Essa estratégia é semelhante à intervenção norte-americana na Síria, no início da década de 2010, durante o combate ao Estado Islâmico (ISIS).

Chegou a ser cogitada uma intervenção militar contra o governo chavista da Venezuela, inclusive confirmada por Marco Rubio, chefe da diplomacia da administração Trump, aumentando ainda mais a tensão entre os dois países.

Em entrevista à rede EWTN, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que a suposta conexão do presidente venezuelano com cartéis, agora classificados como organizações terroristas, cria fundamentos para a utilização de recursos tecnológicos e militares nas regiões onde esses grupos atuam. Para Rubio, os EUA não podem continuar tratando “esses caras” como se fossem gangues locais, já que são grupos que possuem armas como terroristas ou membros do exército, que, em alguns casos, controlam territórios.