Verstappen e engenheiro reprovam atitude de Russell no Canadá

A Mercedes dominou o GP do Canadá de Fórmula 1, com George Russell conquistando a vitória. No entanto, o fim de semana não passou sem controvérsias — envolvendo principalmente a Red Bull. A equipe austríaca apresentou um protesto, acusando o piloto do carro #63 de comportamento antidesportivo por manter distância excessiva do safety car durante a fase de bandeira amarela nas voltas finais da corrida.

Batida de Norris causa safety car

Após o toque de Lando Norris em Oscar Piastri, o safety car foi acionado. Em um dos momentos sob bandeira amarela, já na reta anterior à última curva, George Russell — que liderava o grupo — reduziu bruscamente a velocidade, pegando Max Verstappen de surpresa. O holandês chegou perto de realizar uma ultrapassagem, o que é proibido durante o período de safety car.

“O que ele está fazendo?”, perguntou Max Verstappen.

Os comissários, porém, não deram atenção ao ocorrido e optaram por não abrir investigação que pudesse resultar em punição ao piloto britânico.


Batida de Lando Norris, causou safety car no GP do Canadá (Vídeo: reprodução/Instagram/@f1)

Conversa no rádio entre Max e seu engenheiro

Verstappen, após a curva 10, na volta 68: O safety-car está muito devagar, o que ele está fazendo? George freou bruscamente de repente

Lambiase: Entendido, obrigado. Vamos verificar se há alguma irregularidade. Podemos ver isso em nosso fluxo de dados também, Max. Obrigado pela informação.

Já na volta 69, Russell diminui a distância do safety-car, acelera e Verstappen diz: Isso também dá mais de 10 carros de distância…

Lambiase: Ok, vamos verificar isso também, obrigado. É, aquele incidente com Russell agora está sendo mostrado, Max. Bem descarado. Só não caia no joguinho dele, ok? Obrigado.

Lambiase: Safety-car na reta dos boxes, Max.

Na volta 70, Russell recua e acelera novamente. Verstappen: De novo, mais de 10 carros de distância. O que ele está fazendo? Muito mais de 10, olha isso!

Lambiase: Sim, obrigado, Max. Vamos dar uma olhada. Valeu, cara.

FIA rejeita protesto da Red Bull

A Red Bull optou por formalizar um protesto contra o piloto da Mercedes. Foram apresentadas duas queixas: uma alegando conduta inadequada atrás do safety car e outra acusando Russell de ter aberto uma distância excessiva em relação ao carro de segurança.

Pouco depois, porém, a equipe austríaca retirou a segunda reclamação ao constatar que o carro #63 estava, na verdade, respeitando uma norma sobre o limite de velocidade sob bandeira amarela. A FIA (Federação Internacional de Automobilismo), acabou rejeitando o protesto restante. A iniciativa da Red Bull gerou críticas de Toto Wolff, chefe da Mercedes, que classificou a ação como “ridícula”.

Próxima etapa da temporada

A próxima etapa da Fórmula 1 será disputada entre os dias 27 e 29 de junho, com o Grande Prêmio da Áustria marcando a 11ª corrida da temporada 2025. O circuito é marcado pela forte presença da torcida de Max Verstappen, conhecida como “Orange Army”.

Mercedes cobra McLaren por regras após toque entre pilotos

O contato entre os pilotos da McLaren na corrida do Canadá reviveu a discussão sobre rivalidade interna nas equipes. Para a Mercedes, o episódio ressalta a necessidade imediata de definir regras claras para manter a harmonia e os resultados no campeonato.

Lando Norris e Oscar Piastri, que têm mostrado um bom rendimento nas recentes corridas da Fórmula 1, viveram um instante de tensão no GP do Canadá ao colidirem durante a prova. Apesar de o contato ter sido superficial e sem consequências significativas, despertou a atenção da Mercedes. O chefe da equipe, Toto Wolff, declarou que esse tipo de situação pode sair do controle se a McLaren não tomar medidas internas.

Rivalidade entre companheiros exige gestão cuidadosa

A trajetória da Fórmula 1 revela que parcerias competitivas podem ser uma vantagem ou um desafio. A situação da própria Mercedes com Hamilton e Rosberg exemplifica isso, com uma relação conturbada que culminou em intensas disputas e tensão nos bastidores. Para Wolff, é justamente esse cenário que deve servir de lição à McLaren.

O dirigente acredita que, sem uma estratégia clara de gerenciamento, a convivência entre Norris e Piastri pode se deteriorar. Ele destacou que o ideal é antecipar conflitos em vez de reagir a eles. “Nós já passamos por isso, sabemos onde pode chegar”, afirmou Wolff, recomendando que a equipe britânica defina regras claras de atuação em pista.

McLaren confia no bom senso dos seus pilotos

A McLaren, por outro lado, não demonstrou preocupação com o toque no Canadá. Segundo Andrea Stella, os pilotos têm liberdade para disputar entre si, desde que com respeito. Ele minimizou o episódio, reforçando que o relacionamento entre Norris e Piastri continua positivo e baseado em profissionalismo.


Lando Norris e Oscar Piastri em acidente no GP do Canadá (Vídeo: Reprodução/Instagram/@diariodelaf1)

Ainda assim, há um debate nos bastidores sobre até quando essa liberdade será mantida. À medida que a equipe briga por mais posições no grid, a pressão pode aumentar, e qualquer erro interno pode custar caro. Manter o equilíbrio será fundamental para que a McLaren continue evoluindo sem prejudicar sua performance com conflitos internos.

O recado da Mercedes chega como um sinal de alerta: manter a competitividade saudável entre os pilotos é essencial, mas é preciso estar preparado para gerenciar disputas mais duras. A McLaren tem entre mãos uma dupla talentosa e promissora — agora, o desafio é garantir que essa parceria não se transforme em rivalidade destrutiva.

George Russell mantém mistério sobre futuro na Mercedes para 2026 na F1

George Russell segue com o futuro indefinido na Fórmula 1 e evitou dar declarações conclusivas sobre uma possível saída da Mercedes em 2026. Tanto ele quanto o chefe da equipe, Toto Wolff, demonstram confiança em renovar o contrato antes da pausa de verão da categoria. No entanto, a continuidade da parceria após 2025 ainda não está garantida.

Futuro indefinido

A tentativa da Aston Martin de contratar Max Verstappen acabou frustrada, já que o piloto, quatro vezes campeão, demonstra forte tendência a permanecer na Red Bull com a chegada do novo regulamento. Com isso, segundo informou o jornal The Times no último fim de semana, a equipe chefiada por Andy Cowell passou a direcionar seu interesse para o experiente piloto da Mercedes, que soma 111 pontos até o momento e ocupa o quarto lugar no campeonato.

Enquanto isso, Toto Wolff nunca escondeu o desejo de contar com Verstappen na Mercedes — cenário que poderia ameaçar a posição de George Russell, especialmente porque a equipe não pretende abdicar do jovem talento Kimi Antonelli. Apesar das especulações que circulam no paddock, Russell aparenta manter a tranquilidade e não demonstra preocupação com o andamento das negociações.


George Russel como piloto da Mercedes (Foto: reprodução/Instagram/@georgerussel63)

Russel demonstra tranquilidade quanto a permanência na Mercedes

Durante uma entrevista ao portal alemão Motorsport-Total, enquanto refletia sobre quanto tempo ainda levaria para alcançar um título na Fórmula 1, George Russell deu sinais de que acredita na continuidade de sua trajetória com a Mercedes para a temporada de 2026.

“Este já é o meu quarto ano na Mercedes, no próximo ano será o meu quinto”, disse o piloto britânico.

O entrevistador mudou rapidamente o foco da conversa e perguntou se a permanência de Russell na Mercedes já estava confirmada. O piloto, no entanto, foi direto ao dizer que ainda não há garantias. Ele ressaltou que, caso continue na equipe, 2026 marcará sua quinta temporada com o time.

“Ninguém sabe quando sua hora vai chegar. Você só precisa garantir que continue tendo um bom desempenho, continue entregando resultados. E o que acontecer depois disso, só o tempo dirá”, concluiu Russel.

Próxima etapa da temporada

A cidade de Montreal recebe neste fim de semana, entre os dias 13 e 15 de junho, a décima etapa da temporada 2025 da Fórmula 1: o Grande Prêmio do Canadá.