Dois homens suspeitos de roubo de joias no Louvre são presos

A polícia francesa prendeu dois homens, em uma operação de emergência realizada na noite de sábado (25), suspeitos por participarem do roubo no Museu do Louvre, na semana passada. Um deles, de dupla cidadania francesa e argelina, foi preso ao tentar embarcar em um voo para a Argélia, no aeroporto Charles de Gaulle. O outro suspeito já era conhecido pelas autoridades por outros roubos.

A dupla foi localizada após uma operação, onde foram recolhidas mais de 150 amostras de DNA e impressões digitais no museu. Eles estão sob custódia, podendo responder por furto organizado e conspiração criminosa.

O roubo no Museu do Louvre

No dia 19 de outubro de 2025, por volta de 9h30 (horário de Paris), um grupo de criminosos invadiu o museu, roubando oito joias da Galeria de Apollo. O grupo estava disfarçado de trabalhadores do local, utilizaram um elevador móvel para chegar até a janela do primeiro andar do museu, onde entraram e quebraram as vitrines que continham as joias da coroa francesa e depois fugiram de moto. Toda a ação durou por volta de quatro minutos.

As joias roubadas estão avaliadas em aproximadamente €88 milhões (aproximadamente R$550 milhões). Entre os itens estão tiaras, colares e brincos da rainha Maria Amélia e das imperatrizes Maria Luísa, esposa de Napoleão Bonaparte e Eugênia, esposa de Napoleão III.


Dois suspeitos presos por roubo ao Museu do Louvre (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)

A história do museu

Começou como uma fortaleza militar no final do século XII, no reinado de Filipe II, para defender Paris de ataques, principalmente de vikings, perdeu sua função militar no século XIV, se tornando um palácio renascentista no século XVI, com o rei Francisco I.

Em 1793, na Revolução Francesa, o palácio se transformou em um museu para exibir obras-primas da França. Foi inaugurada no dia 10 de agosto daquele ano, com a exibição de 537 pinturas, sendo a maioria de propriedade real e confiscada da Igreja Católica.

No século XIX, sob o governo de Napoleão Bonaparte, o acervo foi expandido e o museu mudou o seu nome para Museu Napoleão, onde muita das obras confiscadas foram devolvidas aos seus verdadeiros donos.

Em 1989, a famosa Pirâmide de Vidro, projetada por I.M. Pei, foi inaugurada, se tornado mais um símbolo do museu.

O local conta com obras de artes mais famosas do mundo, como a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci; a Vênus de Milo e Vitória Samotrácia, esculturas gregas, o Código de Hamurábi, uma das leis mais antigas do mundo, entre outros.

Suspeito de matar ex-delegado em SP é identificado pela polícia

Nesta terça-feira (16), Guilherme Derrite, Secretario de Segurança Pública do estado de São Paulo, divulgou que um dos suspeitos por matar o ex-delegado Ruy Ferraz Fontes foi identificado por meio da coleta de material dentro do veículo utilizado na emboscada do crime.

A informação foi divulgada em entrevista durante o velório do ex-delegado nesta manhã. A cerimônia, que estava marcada para se encerrar às 15h, aconteceu na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Linha investigativa

Segundo o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio Costa de Oliveira, as forças de segurança já estavam cientes das ameaças ao ex-delegado desde 2019, incluindo ameças feitas a tiros. Para ele, a morte de Ruy Ferraz Fontes foi motivada por vingança. Porém, autoridades afirmam que não há exclusão de nenhuma hipótese e nenhuma linha de investigação será descartada.

No momento há entre três e quatro alternativas de investigação sendo trabalhadas ao mesmo tempo, pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em conjunto com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Dentre as linhas investigativas, a principal é a de vingança das facções criminosas, especialmente o PCC (Primeiro Comando da Capital). De acordo com Osvaldo Nico, secretário-executivo da Segurança Pública de São Paulo, o ex-delegado estava sendo “caçado” e o crime tinha um “nome certo”.


Suspeito é identificado (Vídeo: reprodução/YouTube/@SBTnews)

O crime

Na última segunda-feira (15), Ruy Ferraz Fontes foi assassinado em Praia Grande, litoral paulista.

Câmeras de segurança registraram o momento em que um veículo persegue o carro da vítima que acaba batendo em um ônibus e capotando. Logo após, três criminosos desembarcam do automóvel e disparam mais de 20 tiros de fuzil.
Um dos veículos utilizados na emboscada foi encontrado abandonado e trancado, pois os criminosos não conseguiram queimá-lo a tempo, o que permitiu a identificação de um dos suspeitos após coleta de material no interior do veículo.

De acordo com Derrite, o suspeito já havia sido preso diversas vezes por roubo e tráfico, além de também ter sido preso quando era adolescente.

Quem era Ruy Ferraz Fontes

Ruy Ferraz Fontes tinha 63 anos e era delegado de polícia desde 1988. Durante sua trajetória profissional, trabalhou em uma delegacia especializada em roubo a bancos por 15 anos.

O ex-delegado era reconhecido como pioneiro e um dos maiores especialistas no país ao combate da facção criminosa PCC.

Em 2006, ele e sua equipe indiciaram todos os principais líderes da facção relacionados a uma série de ataques que ocorreram no estado de São Paulo naquele ano, deixando mais de 500 civis e 50 agentes públicos mortos. Por está ação, no ano seguinte Ruy recebeu da Câmara Municipal de São Paulo a medalha Tiradentes.

Diante de sua medidas contrárias ao PCC, o ex-delegado tornou-se alvo da facção criminosa, chegando a ter sua morte ordenada por Marcola, líder máximo do PCC, em 2019.

Durante sua carreira, Ruy ocupou diferente posições no seu cargo e entre 2019 e 2022 foi delegado geral da Polícia Cívil de São Paulo, onde se aposentou. Em janeiro de 2023, Ruy Ferraz Fontes assumiu o cargo na Secretaria de Administração em Praia Grande, litoral paulista.