Whalemate recebe investimento de R$ 6 milhões da Parceiro Ventures e prepara expansão no Brasil

A “Whalemate”, startup argentina de cibersegurança fundada por Mateo Bovio e Federico Joel Hombre, anunciou a captação de US$ 1 milhão (cerca de R$ 6 milhões) liderada pela “Parceiro Ventures”, fundo brasileiro de investimentos. O investimento marca não somente uma injeção financeira, mas também o fortalecimento da presença da empresa em um dos mercados digitais mais competitivos da América Latina: o Brasil.

A companhia já conta com tecnologia validada por grandes nomes da região, como “Mercado Livre” e “Rappi”, e agora acelera sua estratégia de expansão regional.

Cibersegurança com foco no fator humano

Segundo os fundadores, 90% dos ataques cibernéticos começam com falhas humanas, e foi a partir dessa ideia que a “Whalemate” desenvolveu a sua plataforma. O sistema integra neurociência, gamificação, psico-cibersegurança e inteligência artificial para transformar a conscientização em segurança digital prática e eficiente.

A startup oferece campanhas automatizadas contra diferentes tipos de ataques, como phishing, smishing, QR-shing e advanced attacks, adaptando conteúdos a cada país e monitorando resultados em tempo real. A proposta é tornar o aprendizado personalizado e próximo do cotidiano de cada usuário, reforçando a prevenção como ferramenta central da cibersegurança.


 Startup oferece campanhas automatizadas contra ataques cibernéticos (Foto: Reprodução/Akub Porzycki/Getty Images Embed)

Expansão no Brasil e estratégia regional

O Brasil ocupa papel estratégico no plano de crescimento da empresa. Além de ser um dos maiores mercados digitais da América Latina, a conexão é também pessoal: Bovio, um dos fundadores da empresa, tem vínculos familiares com o país. Esse laço afetivo fortalece a determinação da startup em consolidar operações locais.

Com o novo investimento, a “Whalemate” planeja atuar em três frentes: aprimorar a personalização dos conteúdos de treinamento, ampliar a capacidade tecnológica para simulações realistas e formar uma equipe dedicada no Brasil, estruturando estratégia comercial própria.

A meta de longo prazo é transformar a empresa na principal plataforma de conscientização em cibersegurança da América Latina, construindo uma nova cultura digital.

 

OpenAI busca vender US$ 6 bilhões em ações para investidores estratégicos

Atuais e ex-funcionários da OpenAI, criadora do ChatGPT, estão em negociações para vender cerca de US$ 6 bilhões em ações da empresa, de acordo com fontes ouvidas pela Reuters na última sexta-feira (15). Entre os investidores que podem participar da oferta, estão empresas que já têm participação na companhia como SoftBank, Thrive Capital e Dragoneer Investment Group.

O movimento surge em um contexto de crescimento acelerado da OpenAI, que está sendo avaliada em US$ 500 bilhões, significativamente acima dos US$ 300 bilhões estimados anteriormente. A valorização reflete tanto o aumento expressivo de usuários quanto a receita da companhia, além da crescente competição por talentos no setor de inteligência artificial.

Segundo a Bloomberg, as negociações continuam em estágio inicial, e o tamanho final da venda pode ser ajustado. A oferta de ações secundária também reforça a posição do SoftBank na liderança da rodada de financiamento primária de US$ 40 bilhões da OpenAI.

Crescimento acelerado impulsionado pelo ChatGPT

O principal motor do crescimento da OpenAI continua sendo o ChatGPT, que atraiu cerca de 700 milhões de usuários ativos semanais em seus produtos até agosto deste ano, um aumento expressivo em relação aos 400 milhões registrados em fevereiro. A receita da empresa também registrou forte expansão: nos primeiros sete meses de 2025, a receita anualizada atingiu US$ 12 bilhões, e a expectativa é que o faturamento alcance US$ 20 bilhões até o fim do ano, segundo dados apurados pela Reuters.


ChatGPT atraiu cerca de 700 milhões de usuários até agosto de 2025 (Foto:reprodução/alexsl/Getty Images Embed)

O apoio financeiro da Microsoft continua sendo um fator estratégico importante, consolidando a posição da OpenAI como líder em inteligência artificial generativa. O interesse de investidores como SoftBank e Thrive Capital demonstra a confiança do mercado no potencial de crescimento da empresa, além de indicar que a demanda por participação em companhias de tecnologia de ponta permanece alta.

Oferta reflete valorização do setor de IA

A venda de ações secundárias não envolve emissão de novas ações, mas permite que funcionários e investidores originais realizem parte de seus ganhos. O movimento também destaca a valorização das startups de inteligência artificial no mercado global, com empresas buscando capturar capital para expansão, recrutamento e desenvolvimento de tecnologias emergentes.

Ainda sem data definida para fechamento do acordo, a transação da OpenAI reforça o cenário de investimento intenso em IA e o interesse contínuo de fundos estratégicos em companhias líderes do setor.