Papa Leão XIV criticou a desigualdade nos salários e fez referência a Elon Musk

O Papa Leão XIV criticou, em entrevista divulgada neste domingo (14), os planos de remuneração de corporações que proporcionam aos executivos salários muito maiores que os dos demais trabalhadores. O líder religioso alertou para os impactos dessas disparidades na sociedade. Em entrevista, o pontífice abordou os salários oferecidos por grandes empresas. Ele destacou os elevados valores recebidos por executivos de alto escalão.

O pronunciamento do Papa Leão XIV

“Há 60 anos, líderes poderiam ganhar de quatro a seis vezes mais que os empregados; hoje, recebem 600 vezes mais”, declarou o pontífice.

“Ontem foi noticiado que Elon Musk se tornará o primeiro trilionário do mundo”, disse ele. “Mas o que isso realmente significa? Se esse for o único valor relevante, estamos diante de um grande problema”, acrescentou o Papa.

Na entrevista feita no final de julho para uma biografia que ainda não foi lançada, Leão XIV comentou sobre a Organização das Nações Unidas, seus muitos anos atuando como missionário no Peru, sua adaptação ao papel de pontífice e suas perspectivas de paz para o conflito entre Ucrânia e Rússia.

O papa adotou um estilo mais reservado do que o de seu antecessor, Francisco, que frequentemente concedia entrevistas, preferindo se comunicar por meio de textos preparados. Os trechos divulgados neste domingo foram publicados pelo site católico Crux.


Papa Leão XIV se pronuncia sobre desigualdade salarial (Foto: reprodução/Instagram/@pontifex)

O sucessor de Francisco

Eleito em maio pelos cardeais como o primeiro papa norte-americano, para suceder Francisco, Leão XIV criticou a ONU, afirmando que a organização já não consegue exercer uma diplomacia multilateral de maneira eficaz.

“A Organização das Nações Unidas deveria ser o local onde várias questões são discutidas”, afirmou. “Infelizmente, parece que atualmente é amplamente reconhecido que a ONU perdeu a capacidade de reunir os países em torno de assuntos multilaterais.”

Ao assumir o papado, ele disse se sentir mais preparado para conduzir espiritualmente os 1,4 bilhão de católicos do mundo, mas menos apto a desempenhar um papel relevante na diplomacia global.

“O aspecto totalmente novo deste cargo é ser colocado no nível de liderança mundial”, declarou. “Estou aprendendo muito e sendo desafiado, mas não me sinto sobrecarregado.”

Aniversário do Papa Leão XIV

Neste domingo (14), o papa completou 70 anos no Vaticano. Imagens divulgadas pela Igreja Católica mostram-no com um bolo, acompanhado por outros membros da Igreja, celebrando a data. Neste domingo, o papa celebrou uma missa na Praça de São Pedro para os fiéis que visitavam o Vaticano.

“Saúdo com carinho todos vocês, moradores de Roma e peregrinos da Itália e de outros países”, disse em italiano, recebendo reações do público. “Parece que sabem que hoje completo 70 anos. Agradeço a Deus, aos meus pais e a todos que se lembraram de mim em oração.”

Desafios que ele vai enfrentar

O mundo também observa com atenção para ver se ele seguirá os passos do papa Francisco. O posicionamento de Francisco contra a ostentação e seu tom mais moderado em questões sociais foram elogiados por alguns líderes ocidentais, mas parte da Igreja continua defendendo uma linha mais rígida em temas como sexualidade, gênero, casamento e imigração.

Ele também precisará agir com cautela ao decidir quando intervir em questões internacionais. Nos últimos anos, Francisco se envolveu cada vez mais na política, defendendo os direitos dos imigrantes, pedindo um cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas e sugerindo provocando insatisfação em Kiev que a Ucrânia levantasse “a bandeira branca” e fizesse concessões para encerrar a guerra com a Rússia.

A forma como Leão XIV lidará com os escândalos de abusos sexuais cometidos por membros do clero, que afetam a Igreja há décadas, também poderá marcar seu papado. Embora Francisco tenha tomado algumas medidas para enfrentar questões sistêmicas e tenha defendido seu histórico, ele foi criticado por grupos de sobreviventes por não responsabilizar bispos e cardeais acusados de encobrir os abusos.

Lula diz que seu salário de R$46 mil “não é muito” ao defender reforma tributária

Nesta terça-feira (5) durante reunião do Conselhão no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez declarações que geraram repercussão. Em um tom descontraído, comentou que seu salário bruto de R$46 mil “não é muito”, já que após os descontos de Imposto de Renda e a contribuição de R$4 mil que faz ao Partido dos Trabalhadores (PT), o valor líquido restante seria de R$21 mil.

A fala foi usada para reforçar sua defesa por uma reforma tributária, na qual os mais ricos paguem mais impostos, e criticar as isenções fiscais concedidas a grandes fortunas. Além do salário presidencial, Lula também recebe uma aposentadoria como anistiado político, que em 2024, estava no valor de R$12.530,72 conforme apuração da Agência Lupa e da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom).

Críticas a privilégios fiscais

Lula aproveitou a ocasião para criticar o modelo tributário atual, afirmando que “o pobre não pode pagar imposto como se fosse rico”. Ele reiterou sua promessa de isentar o Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil mensais e defendeu a tributação de altas rendas, como as que superam R$1 milhão anual.


Presidente Lula usa seu salário como base para abordar o assunto de reforma tributária (Vídeo: reprodução/X/@Metropoles)

O presidente também voltou a criticar as isenções fiscais, argumentando que o Brasil concede cerca de R$860 bilhões em benefícios fiscais a setores abastados, um montante que ele comparou ao orçamento do Bolsa Família. Em sua visão, esse é um “gasto” do governo que não recebe o mesmo escrutínio que os programas sociais, vistos como despesas.

Defesa da progressividade

O presidente ainda mencionou que as propostas de reforma tributária e de taxação de dividendos já foram enviadas ao Congresso, visando uma distribuição de carga mais justa. Ele defende que a valorização do salário mínimo é uma política intocável e que não fará “ajuste em cima dos pobres” para equilibrar as contas públicas.

Brincando, Lula disse que não recebe reajustes salariais, destacando que está sujeito às mesmas regras e negociações que os demais funcionários públicos. Ele disse que não pode pedir aumento para si porque “a Esther não determina quanto eu tenho que ter de aumento”, se referindo a Esther Dweck, Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, já que o ajuste salarial dos ministros e do próprio presidente precisa passar por aprovação legislativa e administrativa.

Rodrigo De Paul chega ao Inter Miami com salário milionário

O Inter Miami continua reforçando seu elenco com nomes de destaque do futebol internacional. Após acertar as contratações de Lionel Messi, Luis Suárez, Sergio Busquets e Jordi Alba nas últimas temporadas, agora, segundo o jornalista Fabrizio Romano, o clube negocia a chegada de De Paul, do Atlético de Madrid, por cerca de 15 milhões de euros — aproximadamente R$ 97 milhões na cotação atual.

Meio-campista de 31 anos sai da Europa

Aos 31 anos, o jogador deixa a Europa após ter atuado por Valencia, Udinese e Atlético de Madrid. Sob o comando de Diego Simeone, tornou-se peça fundamental no meio-campo e, por isso, está entre os atletas com os maiores salários do clube espanhol.


Rodrigo de Paul em campo pelo Atlético de Madrid (Foto: reprodução/Instagram/@rodridepaul)

Salário de De Paul no Atlético é destaque

Segundo o portal “Capology”, especializado em finanças no futebol, Rodrigo De Paul recebe cerca de 6,67 milhões de euros anuais (aproximadamente R$ 43,3 milhões), sendo o quinto jogador mais bem pago do Atlético de Madrid. Sua remuneração fica atrás apenas de Oblak, Gallagher, Marcos Llorente, Julián Álvarez e Saúl Ñíguez — este último a caminho do Flamengo.

A carreira de De Paul até chegar ao Inter Miami

Rodrigo de Paul começou sua trajetória no futebol em 2013, fazendo sua estreia pelo Racing na elite do Campeonato Argentino. Com apenas 19 anos na época, ele entrou em campo substituindo Mauro Camoranesi, que havia sido titular da seleção italiana campeã da Copa do Mundo de 2006.

Aproximadamente, um ano após a sua estreia, o craque argentino foi transferido para o Valencia pelo valor de 4,7 milhões de euros. A contratação do clube espanhol, ficou aquém de suas expectativas. Após dois anos, De Paul retornou ao Racing por empréstimo, mas também não conseguiu repetir boas atuações.

Em 2016, logo após retornar ao Racing, o argentino foi vendido à Udinese, da Itália. Com suas boas atuações, ele se tornou uma peça chave, o que ocasionou em suas primeiras convocações para a Seleção Argentina. Já em 2021, após conquistar o título da Copa América, foi contratado pelo Atlético de Madrid por 35 milhões de euros.


De Paul em campo pela Seleção Argentina (Foto: reprodução/Instagram/@rodridepaul)

Além de suas ótimas atuações na equipe espanhola, de Paul ganhou grande destaque com a camisa da Albiceleste, conquistando a Copa do Mundo em 2022 e outra Copa América em 2024.