Jornalistas estão em risco após corte de entrada de alimentos em Gaza

Foi divulgado pela BBC,  Reuters, Agence France-Press e a Associated Press, um anúncio das emissoras em conjunto, que seus jornalistas estão vulneráveis com a possibilidade de morrerem de fome em Gaza se Israel não liberar a entrada da comida necessária na região.

Principais preocupações

Durante o comunicado, eles relataram os desafios: “Estamos simplesmente apreensivos com nossos jornalistas em Gaza, que estão cada vez mais incapacitados de alimentar a si e às suas famílias. Por vários meses, esses jornalistas independentes têm sido os olhos e ouvidos do mundo em Gaza. Atualmente, eles suportam as mesmas situações horríveis”, compartilhou no anúncio.


Jornalistas em Gaza(Foto:reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)

As agências de notícias destacaram que os jornalistas sofrem com diversos problemas em zonas de guerra, mas afirmaram estar intensamente assustados com o fato da fome ser uma possível ameaça. Foi solicitado pelo comunicado para que Israel autorize a passagem de jornalistas em Gaza e proporcione “abastecimento de alimentos apropriados” aos habitantes.

Conflito

Israel e Gaza estão em um conflito tenso. No momento, Israel segue mandando fortes ataques na Faixa de Gaza, que começou no final do ano em 2023, depois do grupo terrorista Hamas ter disparado um ataque terrorista enviado ao país.

Durante o período do conflito entre 7 de outubro de 2023 e 13 de julho de 2025, o Ministério da Saúde de Gaza divulgou que ao menos 58 mil cidadãos palestinos perderam a vida enquanto o número de pessoas feridas ultrapassa 138 mil. Isso contém mais de 7.200 mortos desde que acabou a trégua em 18 de março no primeiro trimestre do ano.


Jornalista Bashar Taleb em Gaza(Foto:reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)

O Ministério da Saúde de Gaza não realizou a separação entre civis e soldados do Hamas em sua apuração, mas confirma que a maioria dos que faleceram são crianças e mulheres. Israel alega que no mínimo 20 mil são soldados. A ONU compartilhou em 11 de julho deste ano que 798 pessoas acabaram falecendo enquanto estavam à procura de comida desde o final de maio.

Chikungunya tem capacidade para se tornar risco global, aponta OMS

Durante uma coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou o alerta global que doenças arbovirais, transmitidas por mosquitos Aedes, representam.

Com a possibilidade de uma epidemia de chikungunya, cerca de 5,6 bilhões de pessoas estão em risco, isto porque os transmissores não estão mais presentes apenas em territórios tropicais. Países como França e Itália já registram casos da doença e de dengue, seja por casos importados (de viajantes) ou transmissão local.

No início de 2025, ilhas do Oceano Índico relataram surtos de chikungunya. Há 20 anos, esse cenário era realidade na região.

Como principal fator da proliferação dos mosquitos no planeta Terra, a OMS atribui às mudanças climáticas, mas também à urbanização e ao aumento das viagens.

Medidas

O vírus chikungunya, que causa a doença transmitida através dos mosquitos, provoca sintomas semelhantes à dengue e zika e, por isso, seu diagnóstico pode ser dificultado.

A OMS recomenda que os médicos sejam capazes de diferenciar e diagnosticá-las para tratar de forma correta, com base nas orientações atuais, baseadas em evidências, pesquisas e ciência. Para o atendimento e gerenciamento clínico, a organização lançou, em julho de 2025, um material chamado “Diretrizes da OMS para o manejo clínico de doenças arbovirais: dengue, chikungunya, zika e febre-amarela”, com orientações para a identificação e tratamento dessas quatro infecções.

O documento está disponível para download de forma gratuita no site da OMS.

Segundo a agência, não há tratamento antiviral para essas doenças, apenas medicamentos que aliviam os sintomas e reduzem a febre. As vacinas disponíveis para a chikungunya, por exemplo, não estão aprovadas em uso geral, apenas são recomendadas para populações de risco.

No Brasil, a vacina da dengue está disponível pelo SUS para apenas alguns públicos, porém com o governo federal pretende ampliar a produção a partir de 2026. Conforme divulgado, 60 milhões de doses serão destinadas às pessoas de 2 a 59 anos.


 Vídeo da Fiocruz sobre sintomas (Vídeo: reprodução/Instagram/@oficialfiocruz)

Sintomas

Entre os sintomas provocados pela chikungunya estão:

  • Febre;
  • Dores articulares;
  • Dores musculares;
  • Inchaço nas articulações;
  • Dor de cabeça;
  • Náusea;
  • Fadiga;
  • Vermelhidão e coceira na pele.

O Ministério da Saúde recomenda que, para se prevenir da doença, é necessário usar repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de Icaridina, sempre seguindo as instruções do fabricante. É apropriado se vestir com calças e camisas de mangas compridas, além de não deixar água parada em casa. Em caso de sintomas, procurar orientação médica.

Israel realiza nova ofensiva aérea em território iraniano e alerta população local

Nesta quinta-feira (19), forças israelenses intensificaram uma ofensiva aérea contra o Irã, atingindo áreas estratégicas como Teerã, Arak, Natanz e Isfahan. Os ataques, voltados principalmente para instalações nucleares e infraestruturas militares, ocorrem em meio a uma escalada de tensões entre os dois países iniciada no início do mês.

Além dos bombardeios, as autoridades israelenses emitiram ordens de retirada imediata para civis nas regiões afetadas, alegando risco direto à segurança da população.

Israel intensifica ações no Irã e pede evacuação de civis

As Forças de Defesa de Israel iniciaram, nesta quinta-feira (19), uma nova série de ofensivas aéreas em diferentes regiões do Irã, incluindo a capital, Teerã. As operações foram confirmadas pelas autoridades militares israelenses, que classificaram a ação como parte de uma estratégia contínua para atingir alvos militares do regime iraniano.

Entre os locais sob risco está a região de Arak, situada no oeste iraniano, que abriga uma instalação nuclear composta por um reator e uma central de produção de óxido de deutério. Essa substância pode ser utilizada na produção de plutônio, que representa uma alternativa técnica na construção de armamentos nucleares. Além de Arak, a cidade de Khandab também está sob alerta.

As autoridades israelenses emitiram mensagens diretas aos civis que habitam essas regiões, instruindo-os a deixarem imediatamente suas casas. O comunicado alerta que a permanência nesses locais representa uma ameaça direta à segurança da população.

Fontes do governo israelense indicam que os bombardeios são parte de uma campanha mais ampla de ações militares no território iraniano, realizada nos últimos dias, visando neutralizar capacidades estratégicas ligadas à infraestrutura militar do Irã.

Conflito iniciou em 13 de junho

A atual fase do confronto iniciou-se na sexta-feira (13). Nesse dia, Israel lançou a operação “Rising Lion” contra mais de cem alvos no Irã, entre eles centros nucleares e militares. Em resposta, o Irã lançou centenas de mísseis e drones contra cidades israelenses como Tel Aviv e Jerusalém, incluindo ataques que causaram danos residenciais e atingiram a embaixada norte-americana. 


Episódio de podcast que explica o início do conflito (Áudio: reprodução/Spotify/ O Assunto)

Na quarta-feira (18), um míssil iraniano atingiu o hospital Soroka, em Be’er Sheva, no sul de Israel, provocando ao menos 40 feridos e danos extensos. Desde então, a reação israelense tem incluído novos bombardeios, sobretudo contra instalações nucleares, com o objetivo declarado de desmantelar a estrutura de comando iraniana considerada uma ameaça existencial.