Realizações de Trump em 9 meses segundo o “Projeto 2025”

O que é o “Projeto 2025”, quem o propõe e por que gera polêmica? Trata-se de um plano elaborado por grupos conservadores ligados a Donald Trump que prevê concentrar poderes nas mãos do presidente, encerrar políticas voltadas à diversidade e enfraquecer medidas ambientais, mudanças que, segundo analistas, ameaçam a democracia nos Estados Unidos.

O projeto do governo Trump

Em apenas nove meses de mandato, Donald Trump já colocou em prática quase metade (47%) das propostas do “Projeto 2025”, um plano de viés ultraconservador que ganhou destaque no debate eleitoral americano de 2024. Os dados são de um estudo recente do Centro para a Reforma Progressista, instituição dos Estados Unidos voltada à análise de políticas públicas.

Idealizado pela Fundação Heritage em parceria com outras organizações conservadoras, o projeto foi desenvolvido antes mesmo da confirmação da candidatura de Trump, com o objetivo de oferecer um roteiro político para um futuro governo republicano.

Mais de 350 figuras ligadas ao conservadorismo colaboraram na formulação do plano, com a meta de tornar o governo americano mais alinhado aos valores da direita.


Presidente Donald Trump anunciando acordo de paz (Foto: reprodução/ Instagram/ @realdonaldtrump)


O eixo principal do projeto é o livro “Mandate for Leadership” (“Diretrizes para a Liderança”, em tradução livre), lançado em 2023, que reúne 532 propostas distribuídas em mais de 900 páginas.

O documento defende ampliar os poderes presidenciais, restringir políticas progressistas associadas ao movimento “woke” como ações voltadas à comunidade LGBTQIA+ e reduzir iniciativas ambientais, compondo uma agenda de forte caráter ideológico.

De acordo com dados do Centro para a Reforma Progressista, até 30 de setembro, o governo de Donald Trump já havia colocado em prática 251 das 532 propostas descritas no plano elaborado pela Fundação Heritage, média equivalente a uma implementação por dia desde o início do mandato, em 20 de janeiro.

Um dos setores que mais aplicou diretrizes inspiradas no Projeto 2025 foi o Escritório de Administração e Orçamento, chefiado por Russel Vought, considerado um dos principais idealizadores do plano.

Ações em sintonia com Projeto 2025

Ampliação da autoridade presidencial: Trump recorreu com frequência às ordens executivas, instrumentos equivalentes a decretos, para tomar decisões que normalmente exigiriam aval do Congresso, como a imposição de tarifas comerciais a outros países.

Endurecimento das políticas migratórias: foram realizadas deportações em massa e autorizadas prisões em locais antes considerados seguros, como igrejas e escolas, mesmo sem indícios concretos de irregularidade.

Uso político de órgãos de investigação: o ex-presidente pediu que o Departamento de Justiça abrisse inquéritos contra opositores, incluindo uma procuradora que o acusou de fraude e um congressista democrata que conduziu seu processo de impeachment.

Retrocesso ambiental: os Estados Unidos deixaram o Acordo de Paris, e o governo suspendeu diversas políticas ecológicas, incluindo limites de emissão e estímulos à produção de veículos elétricos.

Desmonte de políticas de diversidade: a administração Trump determinou a remoção de referências à comunidade LGBTQIA+ dos canais oficiais da Casa Branca e extinguiu órgãos responsáveis por programas de inclusão social e equidade.

Na avaliação de James Goodwin, diretor de políticas do Centro para a Reforma Progressista, a forma como Donald Trump tem colocado em prática as diretrizes do Projeto 2025 revela a vulnerabilidade das instituições democráticas dos Estados Unidos. Ele explica que a velocidade na execução das propostas está diretamente ligada ao uso intenso de mecanismos que contornam os processos tradicionais de controle.

“O ritmo das mudanças foi surpreendente, até para nós. Isso mostra como a estrutura de fiscalização do governo pode ser frágil. É quase impossível cobrar responsabilidade de alguém que atua sem compromisso com a boa-fé ou com o Estado de Direito. Trump tem se aproveitado disso de forma implacável”, observa Goodwin.

Já o pesquisador Uriã Fancelli, mestre em Relações Internacionais pelas universidades de Estrasburgo e Groningen, considera que o Projeto 2025 serve como alicerce da atual administração Trump, guiando grande parte de suas decisões. Entretanto, ele alerta que as ações inspiradas no plano colocam em risco os princípios fundamentais da democracia norte-americana.

Formação de médicos no Brasil ganha reforma focada no SUS, qualidade e inclusão

O Ministério da Educação (MEC) homologou nesta semana as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para os cursos de graduação em Medicina. O documento, que atualiza a formação após quase dez anos, é a resposta do governo à crescente preocupação com a qualidade do ensino médico no país, especialmente após a rápida e desordenada expansão do número de escolas e vagas nos últimos anos.

As mudanças são abrangentes, reforçando o compromisso com o Sistema Único de Saúde (SUS), a inclusão de temas contemporâneos como saúde mental e inteligência artificial, e, crucialmente, a implementação de um novo mecanismo nacional de avaliação da qualidade.

Fortalecimento do SUS e novo percurso prático

​As novas DCNs buscam alinhar o perfil do egresso com as necessidades reais de saúde da população, conforme já previsto na legislação anterior (2014), mas com maior rigor.

​Prática desde o início: as diretrizes reforçam que os estudantes devem ter experiências práticas desde os primeiros anos do curso, começando pela Atenção Primária à Saúde (APS) e progredindo gradualmente até as áreas de alta complexidade.

Formação generalista: a nova regulamentação visa garantir que o futuro médico tenha competência para atuar em todo o espectro da atenção, da prevenção à reabilitação, fortalecendo a formação generalista, humanista, crítica e reflexiva exigida para o profissional do SUS.

O Enamed e a busca por qualidade

​A grande novidade e principal ferramenta para garantir a qualidade é a criação do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed).

Prova obrigatória no 4º ano: o Enamed será uma prova nacional obrigatória, aplicada ao final do quarto ano da graduação, antes do início do internato. O objetivo é padronizar a avaliação de conhecimentos, habilidades e competências essenciais.

Mecanismo de fiscalização: cursos com desempenho insuficiente no Enamed serão submetidos a acompanhamento especial e visitas in loco pelo MEC Cursos mal avaliados, a partir de 2026, poderão sofrer penalidades, incluindo o fechamento, caso não se adequem às exigências.


Esfigmomanômetro sobre a mesa de um médico (Foto: reprodução/Adam Berry/Getty Images Embed)

​Inclusão, tecnologia e saúde mental

​Em sintonia com as transformações da sociedade e as demandas do mercado, as DCNs incorporaram temas que não estavam presentes ou eram incipientes na resolução anterior.

​Diversidade e apoio psicossocial: as faculdades terão a obrigatoriedade de políticas de inclusão, bem como a implementação de núcleos de apoio psicossocial e programas de mentoria e saúde mental para os alunos.

​Temas contemporâneos: o currículo passa a integrar formalmente a discussão sobre Inteligência Artificial, análise de dados em larga escala, mudanças climáticas e sustentabilidade, preparando os médicos para os desafios do século XXI.

Exigências de infraestrutura

​Para sustentar a qualidade de ensino e a formação prática, as novas diretrizes também ampliaram as exigências de infraestrutura e corpo docente das instituições.

Simulação clínica e capacitação: as faculdades deverão investir em laboratórios de simulação clínica de alta qualidade e estabelecer programas permanentes de capacitação docente, garantindo que os professores estejam aptos a aplicar as novas metodologias e integrar os temas atuais.

A aprovação das novas DCNs, após um processo de revisão que incluiu consultas públicas e diálogo com entidades médicas, é vista como “um grande salto” pelo Ministério da Saúde e um passo fundamental para equilibrar a expansão quantitativa dos cursos com a necessária melhoria da qualidade da formação médica no Brasil.

Virginia Fonseca revela detalhes da reforma milionária em mansão de Goiânia

Virginia Fonseca deu um novo passo em direção à construção do lar dos sonhos. A influenciadora digital, publicou um vídeo revelando detalhes da reforma milionária em sua mansão em Goiânia. O projeto é ambicioso e inclui desde novas suítes até espaços exclusivos para atividades de bem-estar e lazer, “Aqui são as suítes. Tá vendo? A gente vai ter que subir lá na porta da academia, que também está em obra. Tudo em obra essas partes aqui”, comenta a influenciadora em vídeo.

Novas comodidades

A residência, que já impressionava pelos seus amplos cômodos e decoração moderna, agora está sendo expandida graças à aquisição do terreno ao lado. Uma das mudanças mais marcantes é a ampliação da academia, que agora contará com uma lareira e um espaço exclusivo para a câmara hiperbarica. No andar de cima, Virginia também idealizou uma sala de balé pensada com carinho para suas filhas, Maria Alice e Maria Flor.


Virginia mostra aos seguidores como anda a reforma em sua mansão (Vídeo: Reprodução/X/@whatwouldlbdo)

A influenciadora também revelou a demolição do antigo refeitório, que dará lugar a um jardim com vista para a mansão principal. A intenção é integrar melhor os ambientes internos e externos, criando uma atmosfera de relaxamento e sofisticação.

Mansão terá lago artificial, quadra de beach tennis e seis novas suítes

Além dos espaços já mencionados, a nova área construída abrigará um lago artificial, uma quadra de beach tennis e uma área gourmet completa, com deck, vestiário e espaço para confraternizações. Virginia contou que seis novas suítes para hóspedes estão sendo erguidas, com previsão de entrega até setembro de 2025. Já a conclusão total da reforma está prevista para meados de 2026.

Com a obra, Virginia deixa claro que quer construir um espaço confortável para a família e, ao mesmo tempo, funcional para receber amigos e desfrutar de luxuosos cômodos, que são a sua cara.