Advogada de Diddy confirma conversas com governo Trump sobre perdão presidencial

A advogada Nicole Westmoreland, da equipe de defesa do rapper Sean “Diddy” Combs, confirmou à CNN que conversou com o governo de Donald Trump sobre a possibilidade de um perdão presidencial para seu cliente. Combs foi condenado em  2 de julho de 2025 por transporte de pessoas para fins de prostituição, embora tenha sido absolvido de acusações mais graves de tráfico sexual.

Trump já havia levantado a possibilidade de perdão antes da condenação de Combs, durante uma coletiva de imprensa no Salão Oval, em maio de 2025. A menção ao perdão foi interpretada como uma resposta às pressões de aliados do rapper, que já naquela época buscavam apoio para sua causa, e continuam, enquanto a sentença dele se aproxima.

Defesa busca clemência após condenação parcial

A condenação mantém o rapper detido desde setembro de 2024. A defesa, que já se considera vitoriosa por ter obtido a absolvição das acusações mais graves, tenta agora garantir a liberdade de Combs.


Nicole Westmoreland, advogada de Sean "Diddy" Combs, após a audiência de fiança (Foto: reprodução/Michael M. Santiago/Getty Images Embed)

Nicole Westmoreland declarou que a equipe está “muito esperançosa” e “otimista” sobre um perdão presidencial, que poderia extinguir os efeitos penais da condenação e libertá-lo imediatamente. No entanto, os advogados principais de Combs têm mantido silêncio sobre o assunto.

Relação com Trump

A busca por um perdão presidencial coloca em evidência a complexa relação entre Combs e Trump. Antigos amigos, o relacionamento azedou quando Combs apoiou Joe Biden em 2020. Apesar disso, o presidente se mostrou disposto a considerar um perdão, afirmando que analisaria o caso se achasse que Combs foi tratado de forma injusta. A pressão sobre a Casa Branca tem sido constante, com aliados do rapper se aproximando de figuras próximas a Trump.


50 Cent em imagem de IA ao lado de Trump com a legenda ironizando o pedido de perdão de Combs (Foto: reprodução/Instagram/@50cent)

Um perdão poderia ser visto como uma manobra política de Trump, que já usou a prerrogativa para beneficiar aliados e celebridades no passado. Com sua rivalidade de longa data com Diddy já sendo de conhecimento público, o rapper 50 Cent criticou a situação e se posicionou contra a possibilidade. Ele está produzindo uma série documental na Netflix sobre as acusações contra Combs e prometeu doar os lucros obtidos às vítimas de abuso sexual. A Casa Branca, por sua vez, tem se mantido reservada, afirmando que não comentará o caso. O julgamento de Combs está marcado para 3 de outubro de 2025. A decisão de Trump sobre um possível perdão, caso aconteça, só será confirmada com a assinatura do documento.

Possibilidade de perdão a Diddy é analisada por Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está considerando seriamente conceder um perdão presidencial ao rapper SeanDiddy Combs, que enfrenta condenação por transportar pessoas para fins de prostituição. Apesar de ainda não haver uma decisão formal, a possibilidade ganhou força nos bastidores da Casa Branca, onde fontes afirmam que o caso está sendo avaliado com atenção.

Trump vai olhar os fatos

Trump admitiu publicamente que não recebeu nenhum pedido oficial para o indulto, mas reconhece que a ideia tem circulado entre aliados de Combs. Em entrevista na Casa Branca, o chefe de estado americano, afirmou que “certamente olharia os fatos se achasse que alguém foi maltratado, gostando de mim ou não”, explicando que não seria uma questão de preferência pessoal, mas de justiça.

Julgamento de Diddy

O julgamento de Diddy em Nova York teve início em maio de 2025, no Tribunal Distrital do Distrito Sul de Nova York. Em 2 de julho, o júri o absolveu de acusações graves, como tráfico sexual e conspiração de organização criminosa, mas o condenou em duas acusações de transporte para fins de prostituição, com base na Lei Mann. A pena máxima prevista por cada conduta pode chegar a até dez anos de prisão, e a sentença deverá ser oficialmente proferida em outubro de 2025.

Apesar da condenação parcial, especialistas jurídicos ressaltam que um perdão presidencial pode ser concedido a qualquer momento—mesmo antes da sentença—o que colocaria Combs em liberdade quase imediatamente. Essa possibilidade tem gerado polêmica, inclusive entre outras figuras públicas do rap. O rapper 50 Cent, por exemplo, se posicionou publicamente contra o indulto, declarando que tentará convencer Trump a não concedê-lo.

Na entrevista, Trump também afirmou que não mantém contato com Combs há anos e que o relacionamento entre eles se esfriou quando entrou na política. “Ele gostava muito de mim, mas acho que, quando me candidatei, esse relacionamento acabou”, comentou o presidente.


Entrevista de Trump falando sobre perdão presidencial a Diddy (video;reprodução/Instagram/@metropoles)

E reforçou que independentemente de qualquer relação, sua decisão seria baseada nas circunstâncias do caso e não em lealdade pessoal.

O cenário político e cultural alimenta o debate sobre o uso do poder de clemência presidencial. Os comentários recentes de Trump ocorrem no contexto de um histórico de concessões polêmicas, como indultos previamente dados a celebridades e figuras ligadas à sua base de apoio. A possibilidade de um perdão a Combs, caso concretizada, poderia destacar ainda mais a polarização entre defensores da pena como forma de justiça e os que argumentam por uma revisão de possíveis excessos no sistema judicial.