Brasil sofre virada histórica e perde para o Japão em amistoso

Em um amistoso que marcou negativamente a trajetória recente da Seleção Brasileira, o time comandado por Carlo Ancelotti perdeu de virada para o Japão por 3 a 2, após abrir dois gols de vantagem no primeiro tempo. O resultado representa a primeira derrota da história do Brasil para os japoneses e acende um alerta sobre as fragilidades defensivas e a queda de rendimento da equipe na segunda etapa.

Equilíbrio inicial e domínio brasileiro

Os primeiros minutos foram equilibrados, com o Japão ocupando bem os espaços e pressionando a saída de bola brasileira. A primeira grande chance do jogo foi japonesa: aos 22 minutos, Doan fez bela jogada individual e encontrou Minamino, que cruzou para Ueda quase empurrar para o gol vazio. A bola passou rente à trave, com Hugo Souza já batido.

O susto despertou o Brasil. Três minutos depois, Vini Jr iniciou jogada pela esquerda e inverteu para Paulo Henrique, que tabelou com Bruno Guimarães e Paquetá antes de finalizar no canto esquerdo e abrir o placar. O segundo gol veio logo em seguida, aos 31, quando Paquetá encontrou Martinelli em belo passe por cobertura. O atacante finalizou de esquerda para ampliar.


Melhores momentos de Japão 3 x 2 Brasil (Vídeo: reprodução/YouTube/ge tv)

Mesmo com a vantagem, o Japão manteve postura ofensiva e impôs dificuldades na transição do Brasil, que controlava a posse, mas era obrigado a circular a bola com paciência para escapar da pressão.

Apagão e virada japonesa

O cenário mudou completamente no segundo tempo. Aos 6 minutos, Fabrício Bruno falhou ao tentar afastar uma bola simples, e Minamino aproveitou para diminuir. O Japão cresceu e empatou aos 17, após cruzamento de Ito que Nakamura completou para o gol. Sem reação, o Brasil se desorganizou e cedeu a virada aos 24 minutos: Ueda subiu mais alto que a defesa e cabeceou para o em cima de Hugo Souza que não consegue segurar com a bola terminando no fundo da rede, marcando o terceiro gol do Japão e a virada frente ao Brasil.


Minamino diminui com falha de Fabrício Bruno (Vídeo: reprodução/Instagram/@ge.globo)

Foi a primeira vez que o Brasil sofreu uma virada após abrir 2 a 0 em um jogo e, também, a primeira derrota para o Japão na história dos confrontos entre as seleções.

Reflexões e alerta para Ancelotti

As substituições promovidas por Ancelotti com as entradas de Rodrygo, Matheus Cunha, Joelinton, Estêvão e Richarlison não surtiram efeito. O time perdeu intensidade e teve dificuldades para criar. O Japão, ao contrário, manteve o ritmo e demonstrou maturidade tática, com destaque para as atuações de Ito, Minamino e Ueda.

A derrota serve como importante lição para o Brasil, que viu uma atuação segura se transformar em uma virada dolorosa por desatenção e falhas individuais. Para Ancelotti, o amistoso deixa claro que o trabalho ainda requer ajustes significativos, especialmente no sistema defensivo e na manutenção do foco durante toda a partida.

Vasco acelera recuperação para decisão contra Botafogo

O Vasco corre contra o tempo para ter jogadores de volta antes do duelo decisivo contra o Botafogo, válido pelo jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil. A partida acontece nesta quinta-feira (11), no estádio Nilton Santos, e pode definir o futuro da equipe na temporada.

Retornos esperados

Entre os atletas mais próximos de retornar estão Paulo Henrique e Tchê Tchê, peças frequentes no time de Fernando Diniz. Ambos já participam de treinos parciais e têm boas chances de estarem à disposição. O meia Paulinho, ausente nas últimas rodadas por dores lombares, também apresentou evolução e voltou a trabalhar em campo com os companheiros.

Situação preocupante

Por outro lado, Thiago Mendes segue em recuperação de dores na panturrilha direita e ainda não foi liberado para treinar com o elenco. Além disso, o clube recebeu uma má notícia durante a pausa: Jair sofreu ruptura parcial no joelho e não atuará mais em 2025. Adson, em tratamento de fratura na tíbia, também não tem previsão de retorno nesta temporada.


Rayan no treino de reapresentação (Foto: reprodução/Instagram/@vascodagama)

Diniz terá apenas três dias de preparação com o elenco completo antes da partida contra o Botafogo. A sequência de jogos promete ser desafiadora, já que após o clássico o Vasco enfrentará uma maratona de cinco compromissos em apenas 16 dias, exigindo ainda mais do elenco.

Momento do rival

O Botafogo chega para o confronto com retrospecto irregular nos últimos nove jogos: foram cinco vitórias, um empate justamente contra o Vasco e três derrotas, duas delas para os líderes do Brasileirão, Cruzeiro e Palmeiras, e outra diante da LDU. O desempenho recente mostra a força do time, mas também expõe oscilações que podem pesar em um duelo equilibrado.

Com a pressão por resultados e a necessidade de avançar na Copa do Brasil, o Vasco aposta no retorno de peças fundamentais para aumentar suas chances diante do rival. A presença de jogadores-chave pode ser decisiva para manter a equipe competitiva em meio a um calendário apertado.