Botafogo e Eagle: Montenegro garante permanência do clube em meio a incertezas

Montenegro garante Botafogo seguirá na Eagle com ou sem John Textor e descarta mudanças estruturais ou entrada de novos investidores

08 set, 2025
Botafogo quando foi campeão da Libertadores  | Reprodução/x/@botafoguiga
Botafogo quando foi campeão da Libertadores | Reprodução/x/@botafoguiga

O futuro societário do Botafogo ganhou novos capítulos após a divulgação de um áudio do ex-presidente Carlos Augusto Montenegro. Com discurso firme, o dirigente histórico assegurou que o clube permanecerá sob o guarda-chuva da Eagle Football Holdings, independentemente da permanência ou não de John Textor no grupo.

Segundo Montenegro, o temor de que o Botafogo fosse transferido para estruturas paralelas, como empresas registradas em paraísos fiscais, está descartado. “Não existe Botafogo nas Ilhas Cayman. Nunca aceitamos e não aceitaremos esse tipo de manobra. A ligação é com a Eagle, e a ideia é continuar assim”, destacou.

Crise entre os sócios

O impasse gira em torno das divergências entre John Textor, acionista majoritário da SAF, e outros investidores da Eagle, como o fundo Ares. Textor chegou a propor alterações societárias que levantaram resistências dentro e fora do grupo, acendendo o sinal de alerta entre torcedores e dirigentes sobre possíveis impactos no controle do clube.

Montenegro, no entanto, minimizou o risco de rupturas. Para ele, o Glorioso seguirá ancorado na Eagle, independentemente de quem esteja no comando do conglomerado. “Se Textor permanecer, seguimos com ele. Se ele sair, seguimos com a Eagle. O que não vai acontecer é inventarem novo dono de última hora”, reforçou.

Descartando novos parceiros

Outro ponto levantado pelo ex-presidente foi a possibilidade de entrada de investidores externos, como o empresário grego Evangelos Marinakis, cogitado recentemente. Montenegro foi categórico ao negar qualquer chance de negociação: “Não vai ter grego nenhum, nem aventureiro. O Botafogo precisa de estabilidade, não de apostas arriscadas.”


John Textor com o goleiro John quando assinou com o Forrest, time do empresário grego (Foto: reprodução/x/@maisbfr)

O cenário evidencia como o Botafogo, pioneiro no modelo de SAF no Brasil, vive um momento de consolidação e disputa política ao mesmo tempo. Enquanto Textor tenta preservar espaço e influência, a Eagle busca reafirmar o controle do projeto. A Justiça já determinou que mudanças estruturais só podem ocorrer com consenso entre as partes, o que mantém a situação em suspenso.

Apesar da turbulência, Montenegro transmitiu uma mensagem de tranquilidade: o caminho institucional do clube não será alterado. “Nosso compromisso é com a Eagle. Isso não muda”, concluiu.

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