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O Vaticano encerrou oficialmente um dos debates teológicos mais antigos da Igreja Católica ao divulgar, nesta terça-feira (4), um novo decreto aprovado pelo Papa Leão XIV, no qual afirma que apenas Jesus Cristo é o Salvador da humanidade. A instrução, emitida pelo Dicastério para a Doutrina da Fé e aprovada pelo pontífice, orienta os 1,4 bilhão de católicos do mundo a não utilizarem o título de “corredentora” para se referir à Virgem Maria. Segundo o documento, o termo pode gerar “confusão e desequilíbrio na harmonia das verdades da fé cristã”.
Vaticano define limites para veneração
O decreto reafirma o papel de Maria como intermediária entre Deus e a humanidade, mas deixa claro que a redenção pertence exclusivamente a Cristo. O texto pontua que, ao dar à luz Jesus, Maria “abriu as portas da Redenção que toda a humanidade aguardava”, mas sua participação se limita à aceitação da vontade divina, não à obra redentora em si.
Papa Leão XIV se em Catequese de Audiência Geral (Foto: reprodução/Instagram/@vaticannewspt)
A decisão dá fim a um debate que perdurou por décadas e dividiu teólogos e líderes da Igreja. A discussão sobre a possibilidade de Maria ter colaborado na salvação da humanidade ganhou força e chegou a gerar divergências entre papas.
Encerramento de um impasse histórico
O novo decreto foi interpretado como uma reafirmação da doutrina cristã tradicional, que sempre reconheceu Cristo como o único redentor. Papas anteriores já haviam se manifestado sobre o tema: João Paulo II chegou a apoiar o uso do título de “corredentora”, mas recuou posteriormente; Bento XVI e Francisco se opuseram abertamente à ideia — o último chegou a chamá-la de “loucura”.
Com a decisão, o Papa Leão XIV põe fim a uma longa disputa interna e define uma nova diretriz para a fé católica, reforçando a centralidade de Jesus Cristo como único Salvador. O documento marca um posicionamento claro do Vaticano sobre os limites da veneração a Maria e deve servir de referência para orientações pastorais e catequéticas em todo o mundo.
Durante uma visita dos Bispos dos Estados Unidos ao Vaticano realizada nesta quarta-feira (8), o papa Leão XIV disse que eles devem ser firmes quanto como os imigrantes vêm sendo tratados pelo presidente americano Donald Trump e suas políticas.
O pontífice, recebeu diversas cartas que relatam o medo dos imigrantes de serem deportados diante das políticas do governo de Trump durante a reunião com os bispos, assistentes sociais da fronteira entre EUA e México.
O bispo de El Paso, Mark Seitz, citou que o Santo Padre está preocupado com essas questões e diz que ele deixou claro seu desejo de que a Conferência Episcopal dos EUA falasse com mais firmeza sobre estas questões.
Críticas do papa ao governo americano
Nas últimas semanas foi possível observar que a críticas de Leão XIV ao governo americano aumentou.
No dia 30 de setembro, o papa criticou as políticas de imigração do presidente Donal Trump, seu questionamento é se se as políticas anti-imigração seguem os ensinamentos pró-vida da Igreja Católica, em comentários que provocaram uma reação acalorada de alguns católicos conservadores proeminentes.
Papa Leão XIV critica tratamento de imigrantes nos EUA (Vídeo:reprodução/YouTube/@AgoraBrasilTVMeio)
A Casa Branca afirmou que a eleição de Trump se deu, em parte, por suas diversas promessas de campanha, entre elas a de deportar imigrantes ilegais com antecedentes criminais.
“Alguém que diz que é contra o aborto, mas concorda com o tratamento desumano de imigrantes nos EUA, não sei se isso é pró-vida”, disse o pontífice a jornalistas do lado de fora de sua residência nesta terça-feira (30).
Política migratória de Trump
Uma análise do Modelo Orçamentário da Penn Wharton, indica que a política de deportações em massa proposta pelo presidente dos Estados Unidos poderia reduzir os salários da maior parte dos trabalhadores, impactar negativamente o PIB e ampliar ainda mais o déficit federal.
Nova politica de imigração de Trump e seus impactos (Vídeo: reprodução/YouTube/@Itatiaiaoficial)
Segundo Kent Smetters, professor de economia empresarial e políticas públicas da Wharton School, a economia norte-americana sofreria com a saída de grande parte da força de trabalho, já que menos pessoas trabalhando resultariam em menor produção econômica.
Durante a campanha de 2024, Trump afirmou que pretende implementar o maior programa de deportação doméstica da história dos EUA, com a meta de expulsar milhões de imigrantes.
O papa Leão XIV expressou sua preocupação crescente com o avanço da violência política e da polarização ideológica em diferentes países. Durante uma reunião com o embaixador dos Estados Unidos no Vaticano, Brian Burch, o pontífice destacou a necessidade de reduzir a retórica agressiva e buscar mais diálogo. A fala ocorre dias após a morte do ativista conservador Charlie Kirk, baleado em um evento universitário em Utah.
Segundo a Santa Sé, o Papa ressaltou que “diferenças políticas não podem se transformar em justificativas para a violência.”. O encontro foi marcado por um tom de condolência e reflexão, reforçando a posição da Igreja sobre a importância de preservar a dignidade humana em meio às disputas públicas.
Ao lado do embaixador norte-americano, Leão XIV deixou claro que a escalada de discursos hostis contribui para ambientes sociais mais tensos, tornando provável a ocorrência de episódios trágicos. Para ele, somente um esforço coletivo poderá conter esse ciclo de radicalização.
Reações após a morte de Charlie Kirk
Charlie Kirk, fundador do movimento conservador Turning Point USA, morreu na última semana após ser baleado em um evento na Universidade de Utah Valley. O suspeito do crime declarou às autoridades que agiu motivado por discordar do ativista, a quem acusava de disseminar ódio. A confissão reacendeu o debate sobre os limites da liberdade de expressão e os riscos da intolerância.
O caso teve ampla repercussão internacional, especialmente nos Estados Unidos, onde Kirk era uma figura influente entre setores da direita. Diversos líderes políticos manifestaram repúdio ao assassinato e pediram por investigações rigorosas. Para analistas, o episódio é mais um sinal de como o clima de hostilidade política pode se transformar em tragédia.
A embaixada dos Estados Unidos na Santa Sé também se pronunciou nas redes sociais, reforçando as palavras do pontífice. Em mensagem publicada no X, destacou que “as diferenças políticas jamais poderão ser resolvidas com violência.”, ecoando a preocupação do Vaticano.
Erika Kirk fala a primeira vez após o falecimento do marido (Vídeo: reprodução/Instagram/@metropoles)
Vaticano reforça apelo por diálogo
O encontro entre o papa e o embaixador Brian Burch aconteceu no último sábado (13), quando o diplomata apresentou suas credenciais oficialmente ao Vaticano. Desde então, as declarações de Leão XIV ganharam repercussão internacional, colocando o tema da violência política em destaque.
O pontífice afirmou estar rezando por Kirk, sua esposa e seus filhos, em um gesto de solidariedade que vai além da política e se concentra na dimensão humana da tragédia. A Igreja Católica, sob sua liderança, tem reforçado o chamado para que líderes de diferentes países promovam iniciativas de reconciliação e respeito mútuo.
Especialistas em diplomacia vaticana apontam que a fala de Papa Leão pode ser entendida como um alerta preventivo, sobretudo em um cenário mundial marcado por tensões eleitorais, campanhas polarizadas e discursos de ódio. O papa sinaliza que a paz social depende de escolhas políticas orientadas pelo diálogo, e não pela imposição ou pela violência.
O Papa Leão XIV criticou, em entrevista divulgada neste domingo (14), os planos de remuneração de corporações que proporcionam aos executivos salários muito maiores que os dos demais trabalhadores. O líder religioso alertou para os impactos dessas disparidades na sociedade. Em entrevista, o pontífice abordou os salários oferecidos por grandes empresas. Ele destacou os elevados valores recebidos por executivos de alto escalão.
O pronunciamento do Papa Leão XIV
“Há 60 anos, líderes poderiam ganhar de quatro a seis vezes mais que os empregados; hoje, recebem 600 vezes mais”, declarou o pontífice.
“Ontem foi noticiado que Elon Musk se tornará o primeiro trilionário do mundo”, disse ele. “Mas o que isso realmente significa? Se esse for o único valor relevante, estamos diante de um grande problema”, acrescentou o Papa.
Na entrevista feita no final de julho para uma biografia que ainda não foi lançada, Leão XIV comentou sobre a Organização das Nações Unidas, seus muitos anos atuando como missionário no Peru, sua adaptação ao papel de pontífice e suas perspectivas de paz para o conflito entre Ucrânia e Rússia.
O papa adotou um estilo mais reservado do que o de seu antecessor, Francisco, que frequentemente concedia entrevistas, preferindo se comunicar por meio de textos preparados. Os trechos divulgados neste domingo foram publicados pelo site católico Crux.
Papa Leão XIV se pronuncia sobre desigualdade salarial (Foto: reprodução/Instagram/@pontifex)
O sucessor de Francisco
Eleito em maio pelos cardeais como o primeiro papa norte-americano, para suceder Francisco, Leão XIV criticou a ONU, afirmando que a organização já não consegue exercer uma diplomacia multilateral de maneira eficaz.
“A Organização das Nações Unidas deveria ser o local onde várias questões são discutidas”, afirmou. “Infelizmente, parece que atualmente é amplamente reconhecido que a ONU perdeu a capacidade de reunir os países em torno de assuntos multilaterais.”
Ao assumir o papado, ele disse se sentir mais preparado para conduzir espiritualmente os 1,4 bilhão de católicos do mundo, mas menos apto a desempenhar um papel relevante na diplomacia global.
“O aspecto totalmente novo deste cargo é ser colocado no nível de liderança mundial”, declarou. “Estou aprendendo muito e sendo desafiado, mas não me sinto sobrecarregado.”
Aniversário do Papa Leão XIV
Neste domingo (14), o papa completou 70 anos no Vaticano. Imagens divulgadas pela Igreja Católica mostram-no com um bolo, acompanhado por outros membros da Igreja, celebrando a data. Neste domingo, o papa celebrou uma missa na Praça de São Pedro para os fiéis que visitavam o Vaticano.
“Saúdo com carinho todos vocês, moradores de Roma e peregrinos da Itália e de outros países”, disse em italiano, recebendo reações do público. “Parece que sabem que hoje completo 70 anos. Agradeço a Deus, aos meus pais e a todos que se lembraram de mim em oração.”
Desafios que ele vai enfrentar
O mundo também observa com atenção para ver se ele seguirá os passos do papa Francisco. O posicionamento de Francisco contra a ostentação e seu tom mais moderado em questões sociais foram elogiados por alguns líderes ocidentais, mas parte da Igreja continua defendendo uma linha mais rígida em temas como sexualidade, gênero, casamento e imigração.
Ele também precisará agir com cautela ao decidir quando intervir em questões internacionais. Nos últimos anos, Francisco se envolveu cada vez mais na política, defendendo os direitos dos imigrantes, pedindo um cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas e sugerindo provocando insatisfação em Kiev que a Ucrânia levantasse “a bandeira branca” e fizesse concessões para encerrar a guerra com a Rússia.
A forma como Leão XIV lidará com os escândalos de abusos sexuais cometidos por membros do clero, que afetam a Igreja há décadas, também poderá marcar seu papado. Embora Francisco tenha tomado algumas medidas para enfrentar questões sistêmicas e tenha defendido seu histórico, ele foi criticado por grupos de sobreviventes por não responsabilizar bispos e cardeais acusados de encobrir os abusos.
Foi anunciado que neste domingo (7), em uma celebração presidida pelo novo pontífice, Papa Leão XIV, haverá a canonização do jovem Carlo Acutis, vítima de Leucemia, em 2006. Ele vai se tornar o primeiro santo da geração millenial. O rapaz já havia sido beatificado em 2020 após o reconhecimento da igreja como milagre a cura de uma criança. A cerimônia irá ter seu início às 5h (horário de Brasília), na Praça de São Pedro, sendo o primeiro evento de canonização do novo papa. Carlo faleceu aos 15 anos e era um grande padroeiro entre os fiéis na internet.
Sobre Carlo Acutis
Nascido em Londres em 3 de maio de 1991 e criado em Milão, Carlo Acutis se destacou por sua devoção desde a infância — frequentava missas diárias e se encantava pela Igreja, mesmo em meio a uma família pouco religiosa. Já na adolescência, desenvolveu habilidades impressionantes em programação, usando o talento não só para jogos ou estudos, mas como uma ferramenta de fé. Com apenas 15 anos, Carlo criou um site que registrava milagres eucarísticos ao redor do mundo, transformando a internet em um canal de evangelização. Graças a esse uso consciente da tecnologia, ele foi apelidado de “padroeiro da internet” e é considerado um símbolo da espiritualidade digital.
Carlo faleceu precocemente em 12 de outubro de 2006, aos 15 anos, vítima de leucemia aguda. Sua trajetória de fé e inovação rápida o conduziu ao processo de canonização. Em 10 de outubro de 2020, foi beatificado por Papa Francisco. Um segundo milagre atribuído à sua intercessão em 2024 acelerou sua jornada à santidade, e ele será oficialmente canonizado no dia 7 de setembro de 2025.
Vídeo sobre Carlo Acutis (Vídeo: reprodução/YouTube/@cnsamanaus)
Grande feito de Carlo Acutis
Um dos milagres reconhecidos pela Igreja e que impulsionou o processo de santificação de Carlo Acutis aconteceu com um menino no Brasil. Essa criança sofria de uma doença rara e grave no pâncreas, que causava dores intensas e dificuldades sérias de saúde. Durante uma celebração em uma paróquia dedicada a Carlo Acutis, a família levou o menino, que passou a rezar pedindo a intercessão do jovem italiano. Segundo relatos, logo após a oração, a criança teria ficado completamente curada. Médicos confirmaram que o problema no pâncreas havia desaparecido sem explicação científica.
Nessa segunda-feira (01/09) foi enviado ao Afeganistão um telegrama do Vaticano, assinado pelo secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, se trata de uma mensagem do Papa Leão XIV, lamentando o terremoto que atingiu o Afeganistão e deixa, até o momento mais de 800 vítimas fatais e cerca de 2.800 feridos.
A mensagem do Papa
Através da mensagem, o pontífice afirmou estar “Profundamente entristecido pela significativa perda de vidas” e complementou expressando “sincera solidariedade, em particular, àqueles que choram a perda de entes queridos e às equipes de emergência e autoridades civis envolvidas nos esforços de resgate e recuperação. Neste momento difícil para a nação”.
Leão XIV também disse rezar fervorosamente pelas almas dos falecidos, dos feridos e por aqueles que seguem desaparecidos, citando também o o pessoal de emergência e as autoridades civis envolvidas nos esforços de resgate e recuperação, ”confiando ao Senhor todos os atingidos pelo desastre”.
(Foto; reprodução/X/@hubofintel)
Durante a madrugada dessa segunda-feira (1º), um terremoto de magnitude 6,0, atingiu o leste do Afeganistão e deixou até o momento 812 mortos e mais de 2.800 feridos, além de um rastro de destruição que já o tornou um dos piores no país nos últimos anos.
Caos no Afeganistão
O governo afegão disse esperar que o número de vítimas aumente ainda mais, já que o tremor ocorreu em uma área extremamente montanhosa e com construções instáveis, com muitas casas feitas de argila. Tendo também a destruição de vilarejos completos.
O terremoto ocorreu entre as províncias de Kunar e Nangarhar, região de fronteira com o Paquistão e se localiza cerca de 200 quilômetros da capital Cabul. A área já estava sendo fortemente afetada por chuvas e enchentes nas últimas semanas.
As últimas atualizações são de que as buscas feitas pela equipe de resgate estão sendo feitas quase que exclusivamente por helicópteros, devido ao difícil acesso da área, pois como já foi dito, é muito remota, montanhosa e de difícil acesso.
O papa Leão XIV fez um apelo neste domingo (31) para que a “pandemia de armas” seja interrompida no mundo. A declaração foi feita durante a celebração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano, diante de milhares de fiéis. O pontífice, primeiro papa nascido nos Estados Unidos, mencionou em especial o ataque armado ocorrido em uma escola católica no estado de Minnesota, que deixou duas crianças mortas, e aproveitou para reiterar um chamado urgente pela paz na Ucrânia.
Repercussão após tragédia nos EUA
O Papa Leão XIV manifestou solidariedade às vítimas do tiroteio em Minneapolis em suas preces e ressaltou a importância de uma ação conjunta para conter a propagação do armamento. Segundo ele, tanto armamentos de pequeno porte quanto os de grande escala estão “infectando” o planeta e impedindo avanços rumo a sociedades mais seguras. O pontífice defendeu que é preciso silenciar o barulho das armas para que a voz da fraternidade e da justiça possa ser ouvida.
Papa Leão XIV (Foto:reprodução/ALBERTO PIZZOLI/AFP/Getty Images Embed)
O episódio da última semana, em que duas crianças morreram em uma instituição de ensino católica, provocou a discussão sobre a violência armada nos Estados Unidos. O papa, que costuma adotar um tom mais cauteloso em suas falas públicas, utilizou o inglês, sua língua nativa em parte da mensagem, um gesto considerado raro desde o início de seu pontificado em maio, quando foi eleito após o falecimento de Francisco.
Apelo pela paz na Ucrânia
Além de citar o ataque a tiros em Minnesota, o papa voltou a tratar do conflito no leste europeu. Ele expressou preocupação com os ataques mais recentes contra diferentes cidades ucranianas, incluindo Kiev, e destacou sua solidariedade ao povo do país. O papa também apelou para que a comunidade internacional continue a oferecer apoio real e não permita que a indiferença se sobreponha diante da duração do conflito.
Para Leão XIV, chegou o momento de abandonar a lógica das armas e buscar caminhos de negociação e paz. Ele ressaltou que somente por meio do diálogo e da cooperação entre as nações será possível construir um futuro que privilegie a vida em vez da destruição.
O Papa Leão XIV voltou a se manifestar neste domingo (27), sobre a escalada da crise humanitária na Faixa de Gaza. Durante sua participação no Angelus deste domingo, o Papa Leão XIV manifestou intensa inquietação diante da crise enfrentada pelos civis na Faixa de Gaza. Ele descreveu a população local como vítima de uma fome devastadora e de uma rotina marcada por violência e perda de vidas.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, ao menos 133 pessoas, entre elas 87 crianças, já morreram de desnutrição desde o início do conflito entre Israel e Hamas. A maioria das mortes foi registrada nas últimas semanas, sinalizando o agravamento das condições no território, onde vivem cerca de 2,2 milhões de pessoas.
Organizações humanitárias alertaram na última semana para uma fome generalizada em Gaza. O Papa, ao citar a gravidade do contexto, renovou seu apelo por um cessar-fogo imediato, pela libertação de todos os reféns e pelo respeito pleno às normas do direito humanitário internacional. Ele também pediu que os envolvidos no conflito reconheçam a dignidade de cada pessoa e priorizem o diálogo em busca de um futuro pacífico para todos os povos.
Pausas limitadas e impasse nas negociações
No mesmo domingo em que o Papa fez seu apelo pela paz, o governo israelense anunciou que irá suspender temporariamente suas ofensivas militares por 10 horas diárias em áreas específicas da Faixa de Gaza, para permitir o envio de ajuda humanitária. A medida, entretanto, foi recebida com reservas pela ONU, que criticou a ausência de rotas alternativas eficazes para os comboios de socorro. A organização alertou que as restrições de acesso continuam dificultando significativamente a chegada de insumos vitais à população palestina, comprometendo os esforços de assistência humanitária no território.
A chegada de auxílio internacional à Faixa de Gaza sofreu uma queda expressiva a partir de março, retomada somente em maio sob condições mais rigorosas, impostas como parte de novos protocolos de segurança. As autoridades israelenses afirmam estar comprometidas com o envio de suprimentos, mas defendem a necessidade de monitorar rigidamente a distribuição para evitar que alimentos e medicamentos sejam desviados pelo Hamas.
Israel e Estados Unidos abandonaram as negociações com o grupo palestino na última sexta-feira (25), alegando que o Hamas não demonstrou disposição para alcançar um acordo. O impasse agrava ainda mais a situação no território, onde a escassez de comida, água potável e remédios já coloca milhares de vidas em risco.
Pontífice estende solidariedade a outras regiões em conflito
Além de Gaza, o Papa Leão XIV também expressou solidariedade às vítimas de conflitos armados no sul da Síria e às populações deslocadas pelos recentes confrontos entre Camboja e Tailândia, no Sudeste Asiático. Ele pediu que os líderes das nações envolvidas se inspirem na paz e busquem soluções baseadas na reconciliação.
Papa Leão XIV (Foto:reprodução/Ernesto Ruscio/Getty Images Embed)
O pontífice reforçou a necessidade de que todos os esforços diplomáticos estejam voltados para a preservação da vida e da dignidade humana, especialmente de crianças e famílias que enfrentam o deslocamento forçado e a escassez de recursos essenciais.
O Papa Leão XIV fez neste domingo (20) um apelo contundente pelo fim da guerra em Gaza, ao comentar o ataque israelense que atingiu a única igreja católica da Faixa, a Paróquia da Sagrada Família, na Cidade de Gaza. Durante a oração do Angelus, o pontífice classificou a ofensiva como uma “barbárie” e pediu respeito ao direito humanitário, especialmente à proteção de civis e locais de culto.
O bombardeio ocorreu na última quinta-feira (17) e resultou na morte de três civis cristãos, além de deixar dez pessoas feridas, entre elas o padre Gabriele Romanelli, pároco da igreja. A estrutura do templo foi parcialmente destruída, o telhado foi atingido nas proximidades da cruz principal, janelas foram quebradas e a fachada ficou queimada.
O papa demonstrou solidariedade às famílias das vítimas e aos membros da comunidade cristã da região, afirmando que acompanha com preocupação os contínuos ataques militares contra civis e locais religiosos. Segundo o Vaticano, ele destacou o sofrimento dos cristãos no Oriente Médio, dizendo compreender o sentimento de impotência diante da escalada do conflito.
Continuam a chegar, nestes dias, notícias dramáticas do Médio Oriente, em particular de Gaza. Expresso a minha profunda tristeza pelo ataque do exército israelita contra a paróquia católica da Sagrada Família na cidade de Gaza; como sabeis, quinta-feira passada, causou a morte de…
Pronunciamento do Papa Leão XIV em português (Foto:reprodução/X/@Pontifex_pt)
Bombardeio atinge igreja católica e causa mortes entre civis em Gaza
A igreja Sagrada Família vinha sendo usada como abrigo por famílias que perderam suas casas desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023. Segundo autoridades palestinas, as vítimas foram levadas ao Hospital Al-Ahli, na mesma cidade. Os mortos foram identificados como Saad Issa Kostandi Salameh, Foumia Issa Latif Ayyad e Najwa Ibrahim Latif Abu Daoud.
Torre da Igreja Sagrada Família em Gaza após ataque que deixou 3 mortos (Foto:reprodução/OMAR AL-QATTAA/AFP/Getty Images Embed)
Israel lamentou o episódio e alegou, por meio do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que uma munição “perdida” teria atingido o local. O Ministério das Relações Exteriores israelense afirmou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) abriram uma investigação para apurar o ocorrido e que o país não tem como política atacar igrejas ou qualquer tipo de templo religioso.
Crescente número de civis mortos
No mesmo dia do pronunciamento do pontífice, a Defesa Civil local de Gaza informou que tropas israelenses teriam disparado contra palestinos que aguardavam ajuda humanitária, matando ao menos 93 pessoas. O episódio foi considerado um dos ataques mais letais contra civis que buscavam assistência desde o início da ofensiva militar.
Desde o início do conflito, acredita-se que cerca de mil cristãos viviam na Faixa de Gaza, uma região de maioria muçulmana. A paróquia atacada tinha forte ligação com o falecido papa Francisco, com quem mantinha contato frequente antes de sua morte.
De acordo com o Vaticano, o Papa Leão XIV deve retornar ao Vaticano nos próximos dias, após passar um período de descanso em Castel Gandolfo. Ele renovou o apelo por uma solução pacífica no Oriente Médio e reforçou a necessidade de interromper ações que, segundo ele, violam normas básicas do direito internacional humanitário.
O Papa Leão XIV, primeiro pontífice nascido nos Estados Unidos, deu seu primeiro passo público relevante no combate aos abusos sexuais no clero ao nomear o arcebispo francês Thibault Verny como presidente da Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores. A nomeação foi anunciada no sábado (5) e representa a primeira medida concreta do pontífice no enfrentamento ao escândalo que abala a credibilidade da Igreja Católica.
A comissão, originalmente criada pelo Papa Francisco em 2014, tem o objetivo de melhorar a proteção das crianças, coordenar ações preventivas e assessorar a Santa Sé. Verny, de 59 anos, manterá sua função como arcebispo de Chambéry, no sudeste da França, e sucede o cardeal Sean O’Malley, que liderava o grupo desde sua fundação e ultrapassava a idade tradicional de aposentadoria Papal, com 81 anos.
Novo comando semeia esperança, ainda que persistam críticas
Com a chegada de Verny, a expectativa é de que haja um reforço na atuação da comissão, sobretudo no compartilhamento de recursos e na uniformização de protocolos entre dioceses globais. Em comunicado, o arcebispo afirmou que pretende assegurar “os mais altos padrões de proteção” independentemente do contexto geográfico.
Papa Leão XIV nomeia novo chefe da comissão antiabuso (Vídeo: reprodução/YouTube/Itatiaia)
No entanto, o histórico de Verny em favor da proteção de menores, particularmente durante seu trabalho na França, e sua trajetória são vistos com reservas por parte de vítimas e ativistas. Alguns sobreviventes que participaram de comissões internacionais afirmam que esperam avanços mais substanciais, como a implementação de punições efetivas para padres e bispos coniventes.
Maior urgência por medidas rígidas e transparência
O anúncio de Leão XIV ocorre em um momento de intensas cobranças por parte de vítimas de abuso. Um importante grupo internacional defendeu criação de “lei de tolerância zero”, com sanções que incluam expulsão imediata de religiosos envolvidos em abusos, sem exceção para bispos ou cardeais.
Além disso, o pontífice americano foi alvo de repreensão por sua conduta passada, quando era bispo em Chicago e Peru, por permitir acolhida a padres suspeitos de abusos, episódios que muitos consideram contrários à seriedade exigida para sua função atual.