Chris Evans surpreende em “Honey, Não!” com reverendo nada convencional

Prepare-se para ver um lado de Chris Evans que ninguém esperava. Conhecido por viver o Capitão América na franquia “Os Vingadores”, o ator assume um papel totalmente diferente em “Honey, Não!” (Honey Don’t!), novo longa dirigido por Ethan Coen. No filme, Evans interpreta o reverendo Drew Devlin, um personagem envolto em mistério, segredos e um toque de caos. A estreia está marcada para 6 de novembro nos cinemas brasileiros, com distribuição da Universal Pictures e lançamento exclusivo na rede Cinesystem.

Um suspense excêntrico com humor ácido

A história acompanha Honey O’Donahue (Margaret Qualley), uma detetive particular que vive em uma pequena cidade e se vê diante de uma investigação nada comum. Ao mergulhar em uma sequência de mortes misteriosas, Honey descobre que todas elas parecem estar ligadas a uma igreja enigmática — comandada justamente pelo reverendo de Evans.


Cenas do filme "Honey, don't!", estrelada por Margareth Qualley e Chris Evans (Foto: reprodução /Instagram/@honeydontfilm)

Combinando suspense, comédia ácida, sedução e mentiras, a narrativa constrói um tom ousado e imprevisível, cheio de reviravoltas. O elenco ainda conta com Aubrey Plaza (Megalópolis) e Charlie Day (Super Mario Bros: O Filme), reforçando o clima de caos controlado que o filme promete entregar.

Ethan Coen retorna ao cinema com nova abordagem

Após anos de parceria com o irmão Joel Coen em clássicos como “Fargo” (1996), “O Grande Lebowski” (1998) e “Onde os Fracos Não Têm Vez” (2007), Ethan Coen retorna ao cinema com um projeto solo que marca uma nova fase em sua carreira. Com roteiro assinado ao lado de Tricia Cooke, a produção foi ovacionada por seis minutos no Festival de Cannes, chamando atenção pela mistura inusitada de tons, personagens excêntricos e estética ousada.


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Ethan Coen com elenco de "Honey, Don't" em Cannes (Foto: reprodução /Pascal Le Segretain/Getty Images Embed)

Com “Honey, Não!”, Coen traz um olhar fresco e experimental, equilibrando a mistura ousada de comédia sombria, personagens excêntricos e uma estética que brinca com o inesperado e o resultado é um filme que brinca com o imprevisível e promete surpreender o público a cada cena.

Margaret Qualley afirma que “A Substância” lhe ajudou a lidar com trauma

A atriz Margaret Qualley revelou que sua participação em “A Substância”, longa-metragem de terror, foi mais do que um desafio artístico. Em entrevista à revista Cosmopolitan, a atriz afirmou que o trabalho lhe permitiu enfrentar traumas profundos e antigos, presentes não apenas em sua trajetória pessoal, mas também na de sua família.

“Foi como entrar no olho do furacão”

Durante a conversa, Qualley destacou que o filme serviu como uma espécie de catarse emocional. “Fazer A Substância foi como entrar no olho do furacão. Foi como lidar com todas as minhas coisas, as coisas da minha mãe, gerações de traumas”, disse.

A trama do longa, que continua em exibição na plataforma MUBI, explora temas como identidade, envelhecimento e a obsessão por juventude. A protagonista interpreta Sue, uma versão rejuvenescida e idealizada de Elisabeth — personagem vivida por Demi Moore. Elisabeth, uma celebridade em declínio, recorre a uma substância misteriosa que replica células e cria uma versão mais jovem de si mesma.



Margaret Qualley, atriz de 'A Substância', em divulgação para o longa (Foto: reprodução/Instagram/ @isimostar)

Feminilidade sob uma lente distorcida

Qualley, além disso, comentou sobre o impacto da narrativa na sua percepção de feminilidade. “Foi um pesadelo ser essa mulher-robô idílica e jovem. Ninguém se considera assim. O filme não é um bom exemplo do que é feminilidade — é bastante masculino em muitos aspectos”, afirmou.

Essa dualidade — entre o que se espera da mulher e como ela se enxerga — é um dos pilares do enredo. E, segundo a atriz, interpretar uma versão artificial e hipersexualizada de alguém mexeu com suas próprias referências sobre o corpo, a vaidade e a pressão social.

Parceria com Demi Moore vai além das telas

Por fim, além das reflexões internas, Margaret destacou a parceria com Demi Moore como um dos grandes legados da experiência. Ela descreveu Moore como alguém única, ao mesmo tempo, forte e cheia de sabedoria, mas também sensível e receptiva. A atriz afirmou ter aprendido bastante com a colega e destacou que a relação entre as duas se transformou em uma amizade profunda.

O trabalho conjunto entre as duas atrizes também foi essencial para o resultado do longa, que aposta na tensão entre suas personagens para provocar o público. A química em cena se estendeu para fora das câmeras, criando laços que, segundo Qualley, seguem firmes mesmo após as filmagens.