Margaret Qualley afirma que “A Substância” lhe ajudou a lidar com trauma

Margaret Qualley conta como atuar em ‘A Substância’ a fez confrontar traumas antigos e familiares; atriz destaca parceria com Demi Moore

04 ago, 2025
Margaret Qualley | Reprodução/Pascal Le Segretain/Getty Image Embed
Margaret Qualley | Reprodução/Pascal Le Segretain/Getty Image Embed

A atriz Margaret Qualley revelou que sua participação em “A Substância”, longa-metragem de terror, foi mais do que um desafio artístico. Em entrevista à revista Cosmopolitan, a atriz afirmou que o trabalho lhe permitiu enfrentar traumas profundos e antigos, presentes não apenas em sua trajetória pessoal, mas também na de sua família.

“Foi como entrar no olho do furacão”

Durante a conversa, Qualley destacou que o filme serviu como uma espécie de catarse emocional. “Fazer A Substância foi como entrar no olho do furacão. Foi como lidar com todas as minhas coisas, as coisas da minha mãe, gerações de traumas”, disse.

A trama do longa, que continua em exibição na plataforma MUBI, explora temas como identidade, envelhecimento e a obsessão por juventude. A protagonista interpreta Sue, uma versão rejuvenescida e idealizada de Elisabeth — personagem vivida por Demi Moore. Elisabeth, uma celebridade em declínio, recorre a uma substância misteriosa que replica células e cria uma versão mais jovem de si mesma.


Margaret Qualley, atriz de 'A Substância', em divulgação para o longa (Foto: reprodução/Instagram/ @isimostar)
Margaret Qualley, atriz de 'A Substância', em divulgação para o longa (Foto: reprodução/Instagram/ @isimostar)

Feminilidade sob uma lente distorcida

Qualley, além disso, comentou sobre o impacto da narrativa na sua percepção de feminilidade. “Foi um pesadelo ser essa mulher-robô idílica e jovem. Ninguém se considera assim. O filme não é um bom exemplo do que é feminilidade — é bastante masculino em muitos aspectos”, afirmou.

Essa dualidade — entre o que se espera da mulher e como ela se enxerga — é um dos pilares do enredo. E, segundo a atriz, interpretar uma versão artificial e hipersexualizada de alguém mexeu com suas próprias referências sobre o corpo, a vaidade e a pressão social.

Parceria com Demi Moore vai além das telas

Por fim, além das reflexões internas, Margaret destacou a parceria com Demi Moore como um dos grandes legados da experiência. Ela descreveu Moore como alguém única, ao mesmo tempo, forte e cheia de sabedoria, mas também sensível e receptiva. A atriz afirmou ter aprendido bastante com a colega e destacou que a relação entre as duas se transformou em uma amizade profunda.

O trabalho conjunto entre as duas atrizes também foi essencial para o resultado do longa, que aposta na tensão entre suas personagens para provocar o público. A química em cena se estendeu para fora das câmeras, criando laços que, segundo Qualley, seguem firmes mesmo após as filmagens.

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