Flamengo ganha ‘embalo’ e conta com retornos em semana decisiva pela Libertadores

Após bater o Internacional por 3 a 1 pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Flamengo deixou o Beira-Rio com grandes motivos para comemorar. Além da manutenção da liderança do Brasileirão e futebol convincente, o clube carioca pôde contar com jogadores que estavam no departamento médico.

O clube carioca quebrou uma seca de quase 4 anos sem vencer o Colorado em Porto Alegre e conquistou três pontos importantíssimos visando o título brasileiro. O time comandado pelo técnico Filipe Luis vinha sendo cobrado de atuações mais convincentes, principalmente no segundo tempo.

Quebra de tabu e boa atuação

Com começo avassalador e superior nos 90 minutos, o Flamengo fez 2 a 0 em 12 minutos de jogo e administrou o resultado durante o resto da partida. Com grandes oportunidades e volume imposto durante o duelo, o rubro-negro teve chances para ampliar ainda no primeiro tempo, porém voltou a estufar as redes aos 17 minutos do segundo tempo com Plata, que saiu do banco de reservas e entrou no lugar de Pedro.


Pedro o grande destaque da partida (Foto: Reprodução/X/@flamengo)

Com noite artilheira do camisa 9, que balançou as redes duas vezes, o rubro-negro alcançou um feito que não fazia desde junho: três gols numa mesma partida, o que não acontecia desde a vitória heroica em cima do Chelsea, também por 3 a 1, pela fase de grupos do Mundial de Clubes.

Retornos vindos do Departamento Médico

O pacote de boas notícias veio cheio na noite de ontem (17) na capital gaúcha. Isso porque Filipe Luis teve retornos importantíssimos: do meia De La Cruz e do zagueiro Danilo, que voltaram a campo após um bom tempo afastados dos gramados. Ambos os jogadores entraram aos 22 minutos do segundo tempo, nos lugares de Arrascaeta e Léo Ortiz, respectivamente.

Próximo de esvaziar o DM, o Flamengo conta com apenas 2 jogadores em seu plantel médico. O principal deles é Erick Pulgar, que ainda se recupera de lesão grave na perna direita-sofrida contra o Bayern e tem previsão de retorno aos treinos em setembro. Outra incógnita é Emerson Royal, que sofreu entorse no tornozelo esquerdo no jogo de ida pela Libertadores e é dúvida para o grande jogo da volta da Libertadores. Apesar disso, o lateral-direito está integrado com a equipe em Porto Alegre.

Próximos compromissos

O Flamengo volta a campo nesta quarta-feira (20), para enfrentar novamente o Internacional no, Beira-Rio, só que desta vez em jogo válido pelas oitavas de final da Libertadores. O rubro-negro venceu a ida no Maracanã por 1 a 0 e tem a vantagem do empate. Pelo Brasileirão, o Urubu com 43 pontos, retorna na segunda (25), contra o Vitória no Maracanã, pela 21ª rodada. 

Coritiba vence Vila Nova em Goiânia e reassume liderança da Série B

A 20ª rodada (ou 1ª do returno) da Série B do Campeonato Brasileiro começou nesta quinta-feira (31) e já consagrou um novo líder. Com um homem a menos desde os 30 minutos da primeira etapa, o Coritiba superou o Vila Nova por 2 a 1, no estádio OBA, em Goiânia, e assumiu a ponta da tabela de forma parcial, com 38 pontos (podendo ser ultrapassado pelo Goiás, que tem 37, na rodada).

Os gols do Coxa foram marcados por Tiago Pagnussat (contra) e Jacy. Dodô (em cobrança de pênalti) marcou o gol de honra dos donos da casa. Filipe Machado acumulou dois cartões amarelos em um intervalo de 4 minutos e foi expulso, deixando a equipe paranaense com um a menos ainda no primeiro tempo.

Escalações

Jogando em casa, Luizinho Lopes escalou o Vila Nova no 4-2-3-1, com: Halls; Elias, Walisson Maia, Tiago Pagnussat e João Vieira (Vinicius Paiva); Arilson (Gabriel Poveda), Willian Formiga (Higor), Dodô, Igor Henrique e Guilherme Parede (Gustavo Pajé); André Luis (Todinho).

Já o Coritiba foi à campo no 4-3-3, escalado pelo técnico Mozart com: Pedro Morisco; Alex Silva, Maicon, Jacy e Zeca; Filipe Machado, Josué (Vini Paulista) e Sebastian Gomez; Lucas Ronier (Walisson Luiz), Dellatorre (Gustavo Coutinho) e Iury Castilho (Tiago).

Primeiro tempo

A primeira etapa começou muito equilibrada, com as duas equipes buscando o jogo, se expondo e a primeira falha defensiva foi letal. Após tabela de Josué com Lucas Ronier, o camisa 10 da equipe paranaense cruzou rasteiro e Tiago Pagnussat, na tentativa de afastar, acabou colocando a bola no próprio gol: 1 a 0 Coritiba.

A resposta do Vila não demorou. Aos 22 minutos, Guilherme Parede foi derrubado por Jacy dentro da área e o árbitro assinalou pênalti. Na cobrança, Dodô cobrou no canto esquerdo de Pedro Morisco, que chegou a tocar na bola, mas não evitou o gol de empate do Tigre: 1 a 1.

Aos 27 minutos, a partida ganhou novos rumos. Filipe Machado cometeu falta em André Luis e recebeu cartão amarelo. Apenas 4 minutos depois, o volante reclamou acintosamente com o árbitro Gustavo Ervino, recebeu o segundo amarelo e foi expulso, deixando o Coxa Branca com um jogador a menos.

Mesmo em desvantagem numérica, o Verdão foi valente e não se restringiu apenas a defender. Aos 47 minutos, após belo passe de Alex Silva, Jacy (que havia cometido o pênalti) apareceu de surpresa na área do Vila, completou para o fundo da rede de Halls e desempatou o jogo antes do intervalo: 2 a 1 para os visitantes.

Segundo tempo

Luizinho Lopes voltou do intervalo com duas substituições para buscar o empate. Higor e Gabriel Poveda entraram nas vagas de Willian Formiga e Arilson. Por sua vez, Mozart manteve a mesma equipe que terminou a primeira etapa (com apenas a mudança de Tiago por Iury Castilho, após a expulsão de Filipe Machado, no primeiro tempo).

Com prejuízo no placar, o Vila Nova se lançou ao ataque. Aos 19 minutos, Elias recebeu passe de Dodô na grande área, mas cabeceou para fora.

O Coritiba também teve seus bons momentos na metade final. Alex Silva e Josué levaram perigo ao gol de Halls com chutes que passaram próximos da trave.

O técnico do Tigre partiu para o tudo ou nada aos 27 minutos, com as entradas de Vinicius Paiva e Gustavo Pajé nos lugares de João Vieira e Guilherme Parede, respectivamente. Mas a segunda etapa do sistema defensivo do Coritiba foi extremamente segura e mesmo em desvantagem numérica, a baliza defendida por Pedro Morisco não foi muito ameaçada.

No apito final, muitas vaias da torcida da casa, que viu o Vila perder pela segunda vez seguida na Série B e estacionar nos 27 pontos, em 9º lugar. Do outro lado, festa da torcida visitante, que compareceu em bom número e comemorou a vitória e liderança parcial da segunda divisão nacional, com 38 pontos.


Vila Nova 1X2 Coritiba melhores momentos (Vídeo: Reprodução/YouTube/ESPN Brasil)

Calendário

O Vila Nova tem agora 12 dias sem jogos para se preparar para o próximo duelo. No próximo dia 11, o Tigre vai até Belém visitar o Paysandu.

Já o Coritiba, volta à campo três dias antes e enfrenta um adversário do G-4. O Verdão recebe, no Couto Pereira, a Chapecoense.

Ali Khamenei: conheça o líder supremo do Irã

Os ataques que aconteceram no Irã nesta segunda-feira (16), mataram pessoas importantes para o regime, dentre eles, generais como Hossein Salami, comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irã, e Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, segundo homem mais poderoso na linha de comando do país.

Mas o primeiro nome da lista é o iraniano Ali Khamenei, que recebeu o título de aiatolá, uma patente dada a alguém que chega ao mais alto nível de estudiosos religiosos, conhecimento em jurisprudência islâmica e teologia. Uma das emissoras americanas, a CBS News, revelou que três autoridades ligados ao presidente Donald Trump, orientou Israel a não matar o líder, que tem 86 anos.

No cargo há quase 36 anos, ele é o líder religioso e político do Irã e dita o que pode ou não fazer sobre políticas públicas no país. Além disso, ele já ficou cinco anos sem fazer uma aparição ao público e só voltou à mídia no final do ano passado, quando falou em uma mesquita de Teerã após militares de Israel matarem seu antigo aliado Hassan Nasrallah, que liderava uma milícia libanesa chamada Herzbollah por mais de 30 anos.

Ali Khamenei sempre mostrou controle da máquina pública e já enfrentou diversas crises no Oriente Médio.

Como Khamenei virou líder

Ele nasceu na cidade de Mashhad, no leste do Irã, em 1939. Formou-se em teologia e política nos anos 60, e sempre esteve envolvido em movimento que questionava o regime de xá Mohammad Reza Pahlevi. xá era um título dado aos monarcas antes da revolução islâmica de 1979.

Ao estudar teologia em Qom, foi influenciado pelos pensamentos do aiatolá Ruhollah Khomeini, que liderava a oposição conservadora do exílio. Se sentindo atraído pelas ideias de Khomeini, começou a ajudar seu amigo a montar missões dentro do Irã.

Nessa época, Khamenei se influenciou pelas teorias anticoloniais e antiocidentais e traduziu livros do egípcio Sayyid Qutb, um influente intelectual do fundamentalismo islâmico, segundo uma publicação do jornal The Guardian.

Ele participou dos protestos de 1978 antes da revolução iraniana e se tornou muito próximo de Khomeini. Em 1980, quando Khomeini já era líder supremo do Irã, ele o escolheu para ser o imã que faria a tradicional oração de sexta-feira em Teerã.

Khamenei ganhou a presidência do Irã com 95% dos votos, assim que sofreu um ataque de bomba que fez com que seu braço ficasse sem movimentos para sempre. Naquele ano de 1981, somente quatro pessoas puderam se candidatar e três deles eram apoiadores de Khamenei, e foi o primeiro clérigo a assumir o cargo consolidando o domínio da Igreja sobre o Estado, onde ficou até 1985 quando morreu de ataque cardíaco com 89 anos.

Quem assumiria seu posto seria o aiatolá Hussein Ali Montazeri, mas meses antes da morte de Khomenei criticou publicamente violações de direitos humanos cometidas pelo regime iraniano, o que não foi visto com bons olhos.

Quem escolheu um novo líder foi a Assembleia dos Peritos, onde todos aceitaram que Khamenei servia para o cargo, existem relatos que Khomeini o havia escolhido como sucessor.

Para tornar Khamenei em aiatolá, foi feita uma manobra. Na época, ele não tinha o grau de marja, reservado aos grandes aiatolás e exigido pela Constituição para ser líder supremo.

Então, ele foi nomeado de forma temporária, a Assembleia dos Peritos alterou a Constituição e, em seguida, o confirmou no cargo.

Em 2018, um vídeo da reunião secreta de 1989, que mostra a forma como foi escolhida a nova liderança, vazou para a imprensa, mostrando Khamenei sem acreditar e inseguro com a escolha.


Ali Khamenei ao lado da foto do seu aliado e antecessor Ruhollah Khomeini (Foto: reprodução/AFP/Getty Images Embed)

Chegada ao poder e repressão a opositores

Ao chegar ao poder, ele neutralizou oponentes, combateu o liberalismo e a influência dos Estados Unidos e o que ele via como desvios dos costumes islâmicos. Por muitos anos, influenciou a execução de políticas públicas no país.  Além disso, ele também esteve envolvido em uma série de polêmicas, dentre elas, se destaca uma reportagem de 2018 da agência Reuters, a qual afirmou que Khamenei confiscava propriedades que pertenciam a civis iranianos.

Contudo, a investigação não encontrou provas de que ele usava o dinheiro para luxos pessoais, mas sim para financiar suas atividades dentro da política. Após as investigações, a assessoria de Khamenei disse que tudo que a imprensa havia falado não era verdade.

A matéria gerou vários protestos contra a liderança de Khamenei, e, como resposta, o líder mandou reprimir todos que participaram do ato com violência. Ele também foi acusado de matar seus adversários que estavam exilados e censurou jornalistas e todos que não aceitavam seu governo.