Ataques em Jerusalém são condenados por autoridades europeias

Autoridades da Europa se manifestaram através das redes sociais, o repúdio ao ataque a tiros que ocorreu em Jerusalém, deixando mortos e feridos em um ponto de ônibus. A violência, que atingiu civis em plena manhã de deslocamento, foi classificada como mais um episódio grave no ciclo de instabilidade que afeta a região. Nomes como Emmanuel Macron e Antonio Tajani, presidente da França e ministro da Itália, respectivamente, se manifestaram em suas redes, prestando condolências e dizendo basta à violência.

Apelos por cessar-fogo

Governos e representantes europeus ressaltaram a necessidade de interromper a escalada de confrontos entre israelenses e palestinos. Para eles, o atentado reforça a urgência de medidas concretas para conter a violência e abrir caminho para um cessar-fogo duradouro. As declarações destacaram também a importância de preservar vidas civis, que continuam sendo as maiores vítimas do conflito.


Postagem de Emmanuel Macron sobre o ataque (Foto: reprodução/X/@EmmanuelMacron)

Reforço da pressão diplomática

Os líderes europeus defenderam que o episódio deve acelerar os esforços internacionais de mediação. O discurso enfatiza que segurança só pode ser alcançada por meio de negociações e compromissos mútuos, e não pela intensificação dos ataques. A ideia central é de que cada novo ato de violência enfraquece ainda mais as possibilidades de diálogo e prolonga o sofrimento das populações locais. As reações vindas da Europa mostram uma linha unificada: condenar a violência e insistir em soluções diplomáticas. Para os líderes, enquanto não houver cessar-fogo e compromisso real de paz, novos episódios como este continuarão a colocar em risco a estabilidade regional e a vida de milhares de civis.

Contexto do ataque

O episódio ocorreu em Jerusalém, quando dois homens armados abriram fogo contra pessoas que aguardavam transporte em um ponto de ônibus movimentado. A ação resultou em diversas vítimas, com mortos confirmados e feridos em estado grave. As forças de segurança reagiram de imediato e neutralizaram os responsáveis, mas o impacto da tragédia reforçou o clima de medo e tensão na cidade.

Ataque a tiros em Jerusalém deixa seis mortos e dezenas de feridos, afirma autoridade

Um ataque a tiros em Jerusalém deixou seis mortos e mais de dez feridos na manhã desta segunda-feira (8). Segundo autoridades de Israel, dois homens armados invadiram um ônibus na região norte da cidade e atiraram contra passageiros e pedestres, sendo mortos em seguida por forças de segurança. Entre os feridos, ao menos seis estão em estado grave, segundo o serviço de emergência Magen David Adom (MDA).

O ataque aconteceu em uma área marcada por constantes tensões, nas proximidades das rodovias que conectam Jerusalém Oriental aos assentamentos judaicos da Cisjordânia. Testemunhas relataram momentos de pânico, com pessoas correndo em busca de abrigo e socorristas atendendo vítimas em condições críticas.

Identificação das vítimas e resposta imediata

O MDA informou que entre os mortos estão três homens de cerca de 30 anos, um homem e uma mulher na faixa dos 50, além de outra vítima que morreu a caminho do hospital. Outras 12 pessoas foram hospitalizadas em diferentes níveis de gravidade.


Ataque a tiros em ônibus em Jerusalém (Foto: reprodução/MENAHEM KAHANA/AFP/Getty Images Embed)

De acordo com a polícia de Israel, os agressores portavam armas automáticas, munições e uma faca. Equipes forenses permaneceram no local para recolher evidências, enquanto unidades antibombas e militares ampliaram operações de busca em Jerusalém e arredores de Ramallah, na Cisjordânia.

Aumento na tensão regional

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu visitou o local do ataque e afirmou que Israel enfrenta uma guerra contínua contra o terrorismo, tanto em Gaza quanto em Jerusalém e na Cisjordânia. Segundo ele, as forças de segurança devem adotar medidas mais duras para impedir novos atentados e perseguir possíveis cúmplices dos atiradores.

O grupo Hamas não reivindicou responsabilidade, mas elogiou a ação como ato de resistência. Para o governo israelense, no entanto, o episódio reforça os riscos de escalada na região, já marcada pela guerra em Gaza desde outubro de 2023 e pela pressão internacional contra a expansão dos assentamentos na Cisjordânia.

O ataque é considerado o mais grave em Jerusalém desde novembro de 2023 e se soma ao histórico recente de violência que, segundo dados da ONU, deixou quase mil palestinos mortos na Cisjordânia e em Israel desde o início do conflito.