Oscar Piastri lidera segunda sessão de treinos livres no GP de Singapura

A McLaren voltou a dominar o ritmo da Fórmula 1 nesta sexta-feira (3), ao liderar o segundo treino livre do GP de Singapura. Oscar Piastri registrou o melhor tempo, com 1m30s174, superando Isack Hadjar e Max Verstappen. A atividade, no entanto, foi marcada por diversos incidentes, entre eles uma colisão curiosa entre Charles Leclerc e Lando Norris nos boxes. Gabriel Bortoleto terminou na 15ª colocação.

Saiba como foi o TL2 em Singapura

Com dificuldades para manter o carro no traçado, Gabriel Bortoleto iniciou o treino marcando o oitavo tempo com pneus médios, mas acabou perdendo posições conforme os rivais melhoravam seus tempos. Após as batidas de Russell e Lawson, caiu para 16º e depois para 19º. Já perto da bandeirada, conseguiu completar uma volta rápida com pneus macios e subiu para o 15º lugar, mesmo tendo sido atrapalhado por uma das Alpines.

Com o treino realizado em um horário semelhante ao da corrida (9h, no horário de Brasília), os pilotos iniciaram os testes com pneus médios — e Antonelli foi o mais veloz nesse início. Pouco depois, Norris assumiu a ponta com sua segunda tentativa, enquanto o jovem piloto da Mercedes rodava na curva 14. Em seguida, Piastri superou o tempo do britânico, sendo meio segundo mais rápido e ficando à frente de Hamilton.

Russell perdeu o controle entre as curvas 16 e 17, provocando bandeira vermelha que interrompeu a sessão entre os minutos 18 e 30. Quando o treino foi retomado, a 25 minutos do fim, Ocon foi um dos primeiros a calçar pneus macios e registrou o melhor tempo. Logo depois, Lawson bateu na curva 17, perdeu o pneu dianteiro direito e parou na entrada dos boxes.

Os incidentes continuaram até o fim: restando 12 minutos, Leclerc deixou os boxes em alta velocidade e atingiu Norris, que acertou o muro do pit lane e precisou trocar o bico da McLaren.


Incidente entre Charles Leclerc e Lando Norris (Foto: reprodução/Instagram/@f1)

Já nos instantes finais, Piastri anotou a volta mais rápida, à frente de Verstappen — mas o holandês acabou superado por Hadjar pouco antes da bandeirada.


Classificação do TL2 em Singapura (Foto: reprodução/Instagram/@f1)

Charles Leclerc sob investigação

Leclerc está sendo investigado pelo toque nos boxes. O incidente ocorreu a dez minutos do fim da sessão, quando o monegasco foi liberado pela Ferrari de forma precipitada, em meio ao tráfego, e acabou acertando a traseira da McLaren de Lando Norris. O episódio veio após outras duas batidas na pista, envolvendo George Russell e Liam Lawson, que também contribuíram para a redução do tempo útil de atividade em Singapura.

Ex-chefe da F1 propõe Bortoleto na Ferrari e adeus a Hamilton

Lewis Hamilton voltou a ter um fim de semana complicado e não conseguiu avançar para o Q3 no treino classificatório do último sábado (2). Enquanto isso, seu companheiro de equipe, o monegasco Charles Leclerc, garantiu a pole position. Na corrida do GP da Hungria, neste domingo (3), o heptacampeão mundial terminou na mesma posição em que largou, sem conseguir se destacar. Diante disso, Bernie Ecclestone demonstrou preocupação com o futuro de Hamilton na categoria e chegou a sugerir que ele considere se aposentar antes que enfrente situações mais complicadas.

“Hamilton devia parar”, diz Ecclestone

“Lewis é muito talentoso, era e provavelmente ainda é. Mas, como muitas personalidades do esporte, quando chegam ao topo, só há um caminho a seguir, e não é uma boa direção. É só para baixo. Ele pode não pensar, mas logo se acostumará a fazer outras coisas além do automobilismo na aposentadoria. Acho que ele deveria ter feito isso há um tempo. O cara não é trapaceiro. Mas estaria trapaceando consigo mesmo se continuasse. Ele deveria parar agora”, disse Bernie Ecclestone.

Depois do GP da Hungria, Hamilton se mostrou frustrado e chegou a dizer que a Ferrari “precisa trocar de piloto”. Apesar da declaração, ele não indicou que pretende sair da F1. Seu contrato com a equipe é de três anos, avaliado em cerca de 60 milhões de libras (R$ 440 milhões).

As novas regras da Fórmula 1 previstas para 2026 podem ajudar Hamilton a se adaptar melhor ao carro da Ferrari. Mesmo assim, Bernie Ecclestone acredita que o melhor caminho para o piloto é fora das pistas. O ex-dirigente da categoria aproveitou o momento para dar um conselho ao britânico.

“Se eu fosse o Lewis, diria à Ferrari que queria receber todo o meu salário integralmente. Eles o contrataram porque acharam que ele poderia fazer o trabalho. “Não está funcionando, então eu posso abrir caminho se vocês quiserem, mas esse é o acordo”, continuou.


Lewis Hamilton no GP da Hungria (Foto: reprodução/Instagram/@f1)

Hadjar e Bortoleto são apostas de Ecclestone

Quando perguntado sobre quem poderia substituir Hamilton, o ex-chefe da Fórmula 1 destacou dois jovens pilotos que estão estreando na temporada atual: Isack Hadjar e Gabriel Bortoleto. Ambos brigaram pelo título da Fórmula 2 no ano passado e vêm mostrando grande desempenho na principal categoria do automobilismo.

“Se eu pudesse ‘roubá-lo’, pegaria Isack Hadjar, da Racing Bulls. Ele se saiu muito bem no primeiro ano e é um cara ótimo. Também elogio o nosso amigo do Brasil. Ele é talentoso”, concluiu o ex-chefe da Fórmula 1.


Gabriel Bortoleto e Bernie Ecclestone (Foto: reprodução/ Kym Illman/ Getty Images Embed)

Na etapa mais recente, Bortoleto garantiu o sexto lugar, alcançando seu melhor resultado até agora. Mesmo avançando apenas uma posição em relação à largada, a performance agressiva e defensiva do brasileiro desde o início da corrida chamou atenção. O novato fez apenas uma parada nos boxes, o que foi suficiente para manter a posição e somar oito pontos importantes no campeonato.

Gabriel Bortoleto ignora críticas e celebra confiança da Sauber na F1

Mesmo sem o destaque de outros estreantes da Fórmula 1, Gabriel Bortoleto vem fazendo um começo de temporada firme e consistente com a Sauber em 2025. Em conversa com o portal “The Race”, o piloto admitiu que ainda não tem muita visibilidade, mas garantiu que a equipe reconhece seu progresso e o trabalho que vem realizando.

Bortoleto empata com Hülkenberg nas classificações

À primeira vista, os números de Gabriel Bortoleto podem parecer modestos: são apenas quatro pontos em 12 corridas, contra 37 do companheiro Nico Hülkenberg. No entanto, uma análise mais aprofundada revela outro cenário. Nas sessões de classificação, os dois estão empatados com sete vitórias cada, e a diferença média entre eles é mínima — apenas 0s029 a favor do piloto alemão, mais experiente.

“É fácil passar despercebido. Às vezes, tiro tudo do carro e consigo apenas um 16º ou 17º lugar. O que importa é que a equipe vê isso. Os pontos em Spielberg foram ótimos para a confiança de todos”, disse o brasileiro estreante da Sauber.

Gabriel Bortoleto afirmou que seu foco está no reconhecimento dentro da própria equipe. Segundo ele, desde o início da temporada, os integrantes da Sauber acompanham de perto sua evolução e acreditam no seu potencial. Para o piloto, o mais importante é ter o respaldo interno, independentemente da opinião externa.


Nico Hülkenberg e Gabriel Bortoleto (Foto: reprodução/Instagram/@stakef1team)

Gabriel Bortoleto destacou que, muitas vezes, os resultados em pista não traduzem com precisão o desempenho real de um piloto. Por isso, ele ainda não tem recebido o mesmo reconhecimento de outros novatos, como Andrea Kimi Antonelli e Isack Hadjar.

Com um carro menos competitivo, Bortoleto entende que sua performance pode passar despercebida, já que corre no fundo do pelotão. Ainda assim, o brasileiro demonstra maturidade ao reconhecer que está em fase de adaptação, buscando entender melhor o comportamento dos carros, com efeito, solo e os desafios aerodinâmicos que eles impõem. Apesar dos obstáculos, mantém o foco na evolução contínua e no aprendizado a cada etapa.

Em adaptação, Bortoleto mostra maturidade na F1

Bortoleto tem trabalhado para entender melhor o comportamento dos carros atuais, especialmente por conta do efeito solo, que exige muita sensibilidade. Ele busca encontrar o equilíbrio ideal entre velocidade e controle, já que, em alguns momentos, um pequeno ajuste na freada pode comprometer toda a entrada de curva. Apesar dos desafios, sente-se cada vez mais à vontade com seu estilo de pilotagem.


Gabriel Bortoleto no GP da Inglaterra (Foto: reprodução/ Andy Hone/ Getty Images Embed)

“Varia muito de pista para pista, curva para curva. Também tem o peso do estilo de pilotagem, não existe certo ou errado. Quero ser o piloto mais completo possível. Ser capaz de adaptar minha técnica a cada curva, cada condição. Vi poucos pilotos que conseguem isso — e todos são campeões mundiais”, finalizou Bortoleto.

Próxima etapa da temporada

A Fórmula 1 retorna suas atividades entre os dias 25 e 27 de julho, no Circuito de Spa-Francorchamps, para o Grande Prêmio da Bélgica.