Brasil enfrenta apagão noturno em 25 estados e no Distrito Federal

Na madrugada desta terça-feira (14), um blecaute afetou o Distrito Federal e ao menos 24 estados, deixando várias regiões do país sem energia por um período. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a causa foi um incêndio em uma subestação no Paraná. O fornecimento já foi totalmente restabelecido.

Apagão se espalha pelo país

Usuários relataram nas redes sociais falta de energia no Distrito Federal e em pelo menos dez estados, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Ceará, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Santa Catarina.

A queda de energia teria sido provocada por um incêndio em um reator da Subestação de Bateias, no Paraná, por volta de 0h30, que levou ao desligamento completo da estrutura de 500 kV e à interrupção da conexão entre duas regiões. As causas do incidente seguem sob investigação e ainda não foram oficialmente confirmadas.


Linhas de transmissão de energia em Brasília (Foto: reprodução/infomoney/Ueslei Marcelino)

O incêndio desligou a subestação de 500 kW e interrompeu o fluxo de energia entre as regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste, gerando uma contingência grave. Para evitar danos maiores, foi preciso cortar 10 MW de carga de forma controlada, segundo o Ministério de Minas e Energia.

Sistema elétrico volta ao normal

O apagão causou queda de carga em várias regiões: 1.600 MW no Sul, 1.900 MW no Nordeste, 1.600 MW no Norte e 4.800 MW no Sudeste. O ONS acionou medidas emergenciais e restabeleceu a energia em até 1h30 no Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste. No Sul, a normalização total foi por volta das 2h30. Segundo o ministro Alexandre Silveira, a falha foi pontual e ligada à transmissão, sem relação com falta de energia.

Uma reunião sobre o apagão será realizada hoje, e o ONS já iniciou a análise técnica do caso, com previsão de relatório até sexta-feira (17). A Aneel vai enviar equipes à subestação afetada para investigar a causa da falha. Segundo o Ministério de Minas e Energia, toda a carga elétrica já foi restabelecida. Os efeitos variaram: em alguns locais, a queda durou segundos; em outros, mais de uma hora.

Rolls-Royce avança com reatores nucleares compactos e dá passo decisivo rumo à transição energética no Reino Unido

A Rolls Royce acaba de conquistar um marco histórico no setor de energia. A empresa britânica recebeu sinal verde do governo do Reino Unido para dar início ao processo regulatório dos seus reatores nucleares modulares, conhecidos como SMRs (Small Modular Reactors). A iniciativa é estratégica para garantir energia, reduzir emissões e impulsionar a economia verde do país.

Energia limpa em escala industrial

Os SMRs representam uma nova geração de usinas nucleares. Diferentemente dos grandes reatores tradicionais, essas unidades compactas podem ser fabricadas em série, transportadas por caminhões e montadas diretamente no local de operação. Cada unidade projetada pela Rolls Royce tem capacidade para abastecer até um milhão de residências, com uma pegada de carbono praticamente nula.

“A transição energética passa pela diversificação das fontes. E os reatores modulares podem preencher uma lacuna crucial entre renováveis intermitentes e a demanda constante por eletricidade”, afirmou um porta-voz da Rolls Royce SMR.


Vídeo falando sobre esse possível investimento da empresa britânica (Vídeo: reprodução/YouTube/Olhardigital)

Investimento Bilionário e potencial exportação

Desde 2024, o projeto já atraiu mais de meio bilhão de dólares em investimentos públicos e privados. O governo britânico vem posicionando os SMRs como uma solução estratégica para substituir gradualmente o gás natural, especialmente após os choques de preço gerados pela guerra na Ucrânia.

Além do impacto ambiental, o projeto tem um claro apelo econômico. Estima-se que a cadeia produtiva associada aos SMRs pode gerar até 40 mil empregos diretos e indiretos no Reino Unido, com potencial de exportação para países da Europa, Ásia e América Latina.

Rumo a uma nova matriz energética

O avanço dos SMRs marca um novo capítulo na política energética do Reino Unido. Em vez de grandes megaprojetos com décadas de construção, os reatores compactos oferecem uma alternativa mais ágil, escalável e segura. Com essa decisão, o Reino Unido se junta a uma corrida global liderada também por países como Canadá, Estados Unidos e França, todos investindo em reatores nucleares de nova geração como parte de suas metas climáticas.

Ainda foi anunciado, que será investido 14,2 bilhões de libras para construir uma usina de uma escala ainda maior, Sizewll C, na parte leste britanica, como parte da “maior implantação nuclear da geração”, como estão chamando.

Resumo em números:

  • US$ 546 milhões já investidos no projeto

  • 1 milhão de residências por reator

  • Até 40 mil empregos projetados

  • 2030: previsão de início das operações