Nesta sexta-feira (31), a Holanda escreve um novo capítulo na história de seu país. Rob Jetten, líder do partido centrista D66, venceu as eleições do país contra a extrema-direita e será o primeiro premiê mais jovem, com 38 anos de idade, e abertamente gay a estar no comando da Holanda. O resultado foi confirmado apenas dois dias após uma votação muito apertada, que aconteceu na quarta-feira (29), apesar do anúncio oficial ser nesta segunda (3). A vitória foi em cima do Partido da Liberdade, liderado por Geert Wilders, que não pode mais alcançar o D66.

Rob Jetten assume protagonismo

Líder do D66, Rob Jetten, de 38 anos, se configura como o provável próximo primeiro-ministro. Ele traz no currículo o cargo de ministro do Clima e da Política Energética e será o mais jovem a ocupar o posto. Além disso, Jetten representa uma guinada moderada no cenário político neerlandês, abrindo caminho para um governo de coalizão mais amplo, tendo agora uma missão que tem um processo que levará meses para conseguir o resultado final.

Em discurso, afirmou que pretende construir um executivo voltado à moradia, transição energética e reformas econômicas que estimulem crescimento e contenham pressões inflacionárias. E abertamente homossexual, quando teve um vídeo viralizado no TikTok, em 2021, Rob pede cooperação dos partidos para enfrentar esses tipos de temas polêmicos no país.

Rob Jetten reagindo aos resultados (Foto: reprodução/ROBIN UTRECHT/Getty Images Embed)

Contexto político

A vitória do D66 ocorre em meio a crescente rejeição aos partidos extremistas e à fragmentação do Parlamento. O resultado mantém o modelo neerlandês de governo de coalizão e indica que a formação do próximo Executivo demandará diálogo entre várias legendas centristas e de centro-direita. A derrota do PVV (Partido da Liberdade) evidencia uma queda no apoio à agenda mais radical.

Desafios e prioridades à frente

O novo governo, agora liderado pelo D66, herda desafios como a crise habitacional, a transição energética e a política migratória. Rob Jetten já sinalizou que pretende levar adiante uma agenda centrada em sustentabilidade, redução da burocracia e integração de imigrantes. Para governar, precisará formar alianças que permitam a maioria parlamentar e conduzam reformas estruturais.