Grokipedia: a enciclopédia de Elon Musk que promete reescrever o saber

Elon Musk voltou a mirar em um novo alvo, e, desta vez, é a Wikipedia. O bilionário lançou a Grokipedia, uma plataforma de conhecimento totalmente gerada por inteligência artificial, criada pela sua empresa xAI. A proposta é ousada: substituir a maior enciclopédia colaborativa do planeta por uma versão “mais inteligente, menos enviesada e totalmente automatizada”.

Uma IA que quer saber tudo

A Grokipedia nasce como uma extensão direta do Grok, o chatbot desenvolvido pela xAI e integrado à rede social X (antigo Twitter). Segundo Musk, o sistema seria capaz de produzir artigos, revisar fatos e “corrigir” conteúdos considerados distorcidos em outras plataformas, uma alfinetada clara à Wikipedia, que ele acusa frequentemente de “viés político e cultural”.

A plataforma afirma contar com centenas de milhares de verbetes escritos por IA, que cruzam dados em tempo real e são revisados por algoritmos internos. Musk a define como “uma enciclopédia viva”, capaz de aprender e se atualizar automaticamente.

A briga com a Wikipedia

A relação entre Musk e a Wikipedia é antiga, e conturbada. Em 2023, ele chegou a ironizar o pedido de doações da fundação Wikimedia, dizendo que “com uma fração do que a Wikipedia arrecada, daria para armazenar toda a verdade do mundo”.
Agora, com a Grokipedia, o empresário dá forma à provocação: uma plataforma sem editores humanos, sem doações e sem filtros ideológicos (segundo ele).


Imagem de Elon Musk anunciando essa nova medida do Grok (Foto: reprodução/X/@bycoinvo)


Só que há um detalhe: análises iniciais apontam que muitos textos da Grokipedia parecem adaptações automáticas da própria Wikipedia, levantando dúvidas sobre originalidade, direitos autorais e, ironicamente, imparcialidade.

A promessa e o risco

A ideia de uma enciclopédia gerada por IA é tentadora. Ela elimina o trabalho voluntário, atualiza-se sozinha e pode integrar dados instantaneamente. Em teoria, é o sonho de quem acredita que o conhecimento pode ser puramente técnico e objetivo.

Mas o risco é igualmente grande: quem programa a IA, programa o que ela considera “verdade”. E se a Grokipedia for alimentada por fontes filtradas ou enviesadas, o resultado será apenas uma máquina de repetir opiniões, com aparência de neutralidade científica.

O que está em jogo

Mais do que uma disputa entre sites, o embate entre Musk e a Wikipedia simboliza uma batalha muito maior:

A Grokipedia não é apenas um projeto de tecnologia, é um experimento social em escala global, que testa os limites da confiança na inteligência artificial como fonte única de informação.

No fim das contas

Musk já reinventou carros, foguetes e redes sociais, agora quer reinventar o próprio conceito de saber. Se a Grokipedia der certo, poderá mudar a forma como o mundo aprende, pesquisa e ensina. Se der errado, será apenas mais um alerta sobre o perigo de substituir editores humanos por algoritmos sem alma.

Elon Musk investe US$ 20 bilhões em sua nova startup de inteligência artificial

O bilionário Elon Musk, além de ser possuir as empresas Space X e Tesla, fundou em março deste ano, a sua startup de inteligência artificial, a xAI Holdings. E para competir no mercado, o empresário decidiu investir pesado no setor.

Segundo informações divulgadas pelo portal Bloomberg, a empresa multinacional Nvidia investirá US$ 2 bilhões do montante previsto por Musk. A companhia é responsável pela fabricação de unidades de processamentos gráficos e sistema de unidade de chips para computadores.

Investimento pesado

A manobra de Elon Musk para investimento em inteligência artificial está sendo vista como uma das mais audaciosas da história. O enorme esforço de financiamento, que inclui capital e dívida, sublinha a ambição da xAI de fortalecer a sua infraestrutura de IA e competir com gigantes da indústria como a OpenAI.

No total, os valores serão divididos em aproximadamente US$ 7,5 bilhões em capital próprio de Musk e até US$ 12,5 bilhões em dívida por meio de uma sociedade anônima. E esta sociedade anônima comprará os processadores da Nvidia diretamente e os arrendará para a xAI por cinco anos, com a dívida garantida pelas próprias GPUs, e não por ativos corporativos.

Os fundos serão usados ​​principalmente para adquirir os chips avançados de inteligência artificial da Nvidia para o próximo data center Colossus 2 da xAI, localizado em Memphis, estado americano do Tennessee.

O supercomputador Colossus 1 já está em operação, com cerca de 200 mil chips da Nvidia, sendo este o centro da Grok, a inteligência artificial utilizada no X (antigo Twitter). O objetivo de Musk com Colossus 2 é que ele possua aproximadamente 500 mil chips, chegando futuramente a marca de 1 milhão.

Para suprir o altíssimo consumo de energia do supercomputador, o empresário planeja construir uma mega usina, com capacidade para gerar o equivalente a 1 gigawatt de eletricidade. O valor é capaz de abastecer aproximadamente 800 mil casas.


Elon Musk e o fundador da Nvidia, Jensen Huang (Foto: reprodução/X/@DimaZeniuk)

Outros investidores

Com o grande investimento de Musk no mercado de inteligência artificial, outras empresas demonstraram interesse. A Apollo Global Management e a Diameter Capital Partners decidiram participar da parcela da dívida, com a Valor Capital liderando a parte de investimento.

Esse modelo permite que os investidores sejam reembolsados ​​ao longo do tempo, ao mesmo tempo, em que transfere o risco de depreciação do balanço patrimonial da xAI, um alívio crucial para uma empresa que está queimando caixa em um ritmo histórico. Analistas do setor observaram que a estrutura poderia se tornar um modelo para outros projetos de inteligência artificial com alto consumo de capital.

Elon Musk se torna a pessoa mais rica do mundo

O dono da Space X, Tesla e da rede social X (antigo Twitter), Elon Musk, se tornou a pessoa mais rica do mundo. A informação é da revista Forbes, que possui um rastreador de bilionários em tempo real. O marco foi alcançado na última quarta-feira (1º).

O patrimônio líquido do empresário agora está avaliado em US$ 500 bilhões (o equivalente a R$ 2,66 trilhões). Ele havia alcançado a marca de US$ 400 bilhões em dezembro de 2024. O segundo lugar no ranking é Larry Ellison, co-fundador da empresa de software Oracle Corporation e, atualmente, seu diretor de tecnologia. Sua fortuna é avaliada em US$ 350,7 bilhões.

Ações em alta

Após o anúncio da revista Forbes, as ações da Tesla subiram quase 4%, adicionando cerca de US$ 9,3 bilhões à fortuna de Musk. O preço das ações já havia alavancado em abril, quando o empresário anunciou sua saída do cargo no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) para dedicar mais tempo aos negócios.

Musk tomou esta decisão após uma queda de 71% dos lucros da companhia no primeiro trimestre deste ano. As ações da empresa já haviam caído em 50% desde o dia 17 de dezembro de 2024.

Com o valor de mercado da Tesla de volta a 10% do recorde atingido em dezembro, a participação de 12% de Musk na empresa agora vale US$ 191 bilhões.


Fachada da Tesla na Alemanha (Foto: reprodução/Jeremy Moeller/Getty Images Embed)

Fatias do bolo

Além dos 12% da Tesla, Elon detém uma participação estimada de 42% na SpaceX, avaliada em US$ 168 bilhões. A companhia consolidou seu domínio no setor espacial comercial, operando a maior rede de satélites do mundo por meio da Starlink e, ao mesmo tempo, conquistando a maioria dos contratos de lançamento nos Estados Unidos.

Outra fatia do bolo que compõe a riqueza do empresário é a startup de inteligência artificial xAI Holdings, fundada em março deste ano, na fusão com o X (antigo Twitter), em um acordo que avaliou a empresa combinada em US$ 113 bilhões. Musk detém uma participação estimada de 53% na xAI Holdings, avaliada em US$ 60 bilhões.


Anúncio da Revista Forbes (Foto: reprodução/X/@Forbes_MENA_)

Primeiro trilionário

Se o patrimônio de Elon Musk continuar aumentando nesta proporção, ele poderá se tornar o primeiro trilionário antes de março de 2033. Isso porque estará próximo da primeira das duas datas de aquisição de seu pacote salarial de US$ 1 trilhão da Tesla.

O conselho da companhia havia proposto em setembro um plano de remuneração de US$ 1 trilhão para Musk. Contudo, o empresário deve cumprir as metas financeiras propostas pelo conselho, ao mesmo tempo, em que atende às suas demandas por uma participação maior na empresa.

Elon Musk processa Apple e OpenAI e pede indenização bilionária

A empresa de inteligência artificial de Elon Musk, XAI, entrou na justiça contra a Apple e a OpenAi no tribunal federal dos Estados Unidos, no estado do Texas, nesta segunda-feira (25). A XAI diz que as empresas processadas tramaram ilegalmente para não permitirem sua companhia de concorrer em inteligência artificial.

O processo

Musk afirma que a Apple e a OpenAI bloquearam mercados para impedir que suas empresas X e a XAI não concorram. Ele afirma que a Apple e OpenAi se uniram para colocar o ChatGPT no seu sistema operacional no iPhone, iPads e Macs.  Essa operação fez com que os aplicativos X e Grok não se destaquem no App Store. A XAI pediu uma indenização que chegou a casa de bilhões de dólares.


Segundo Musk sua empresa X perdeu destaque no App Store (Foto:Reprodução/site/Cheng Xin/Getty Images)

Defesa

A OpenAI disse que vem sofrendo vários assédios por parte de Elon Musk e que essa ação movida por ele é mais um exemplo de um comportamento inadequado. A Apple não respondeu sobre o processo movido pelo empresário, que desde o início do mês já ameaçava a entrar com essa ação.

Uma das concorrentes da OpenAI é a XAI, que comprou a X por 33 bilhões em março desse ano e melhorou seus recursos de treinamento de chatbots. A XAI tem quase dois anos de existência e a OpenAI tem quase três anos e é apoiada pela Microsoft, e se tornou um aplicativo que cresceu muito rápido logo nos primeiros meses de sua existência.

O que dizem especialistas

Especialistas no assunto dizem que a posição que a Apple esta no mercado de smartphones podem reforçar as alegações de Elon Musk, sobre a dificuldade de sua empresa XAI crescer no mercado, pois a união dessas empresas soa estranho a partir do momento em que as empresas vinculas a Apple tem se destacado e outras que não são, não tenha o mesmo destaque.

E que a maneira da Apple tem de se defender dessa situação é dizer que essa parceria com a OpenAI foi mais uma decisão de negócios para manter um ambiente competitivo e que ela não tem obrigação de ajudar seus rivais a manter a mesma competição de mercado. Além de dizer que ela só fez essa parceria por motivos operacionais.

X denuncia restrições digitais no Brasil e ações do STF

O X (ex-Twitter) enviou comentários ao Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR), acusando o Brasil de adotar regras que ameaçam a liberdade de expressão e prejudicam o comércio digital. O documento foi publicado nesta terça-feira (19), em resposta à investigação sobre supostas práticas desleais no comércio internacional.

O órgão realiza uma investigação sob a Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA de 1974, analisando  as práticas comerciais do Brasil a pedido do presidente Donald Trump.

Reclamações da plataforma

Nos documentos enviados ao USTR, a empresa expressa “sérias preocupações” sobre a proteção da liberdade de expressão e a aplicação justa das regras no Brasil, afirmando que tais práticas impactam diretamente os provedores de serviços digitais dos EUA.

“O ambiente regulatório brasileiro tem se deteriorado de forma significativa, com medidas que extrapolam os limites da jurisdição nacional e criam incertezas jurídicas para provedores de serviços digitais sediados nos EUA”, escreveu a rede social de Elon Musk.

O X afirma que decisões do Judiciário brasileiro enfraquecem as garantias do Marco Civil da Internet. A empresa cita, por exemplo, a decisão do STF em junho, que alterou o artigo 19 e permite a responsabilização de plataformas em alguns casos mesmo sem ordem judicial prévia. 

Segundo eles, a medida aumenta a incerteza jurídica e os custos de conformidade, estimula ações judiciais contra empresas norte-americanas de aplicativos e “cria fortes incentivos para que as plataformas removam conteúdos preventivamente, o que pode afetar discursos legais, inclusive de cidadãos dos Estados Unidos”.

A plataforma acusa diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, de adotar medidas sem base legal, incluindo a suspensão da rede social no país, a apreensão de recursos de empresas sem relação com os processos e a desativação de contas, inclusive de políticos e jornalistas. A empresa afirma que grande parte dessas decisões ocorreram sob sigilo, impedindo a defesa nos processos.


Governo Lula solicita aos EUA reavaliação de investigação sobre o Brasil (Reprodução/YouTube/Metrópoles)

O que é Seção 301

A Seção 301 é uma ferramenta da legislação comercial dos EUA que permite ao governo investigar práticas de outros países consideradas prejudiciais ao comércio americano. O processo exige que o país investigado apresente sua defesa e geralmente dura cerca de 12 meses.

Se as práticas forem confirmadas, o USTR (Representante Comercial dos EUA) pode recomendar sanções, como tarifas extras ou restrições de mercado. Além da investigação, Trump aplicou sobretaxa de 50% a diversos produtos brasileiros e sancionou financeiramente o ministro Alexandre de Moraes.

Tesla sofre em julgamento e vê ambições com robotáxis ameaçadas

Um júri federal da Flórida decidiu que a Tesla, empresa de Elon Musk, é parcialmente responsável por um acidente fatal ocorrido em 2019 envolvendo seu sistema Autopilot. A empresa foi condenada a pagar cerca de US$ 243 milhões em indenizações, incluindo US$ 200 milhões em danos punitivos e aproximadamente US$ 43 milhões em compensação. Essa é uma das primeiras vezes em que a empresa foi condenada criminalmente por falhas em sua tecnologia de assistência ao motorista.

Detalhes do caso

O acidente ocorreu em Key Largo, na Flórida, quando o veículo Model S, com o Autopilot ligado, avançou um cruzamento e atingiu um casal. A vítima foi Naibel Benavides León, de 22 anos, que morreu e seu namorado, Dillon Angulo, sofreu ferimentos graves. Embora o motorista tenha admitido que se distraiu ao procurar seu celular, o júri entendeu que o sistema Autopilot falhou ao não alertar nem impedir o avanço perigoso.

Repercussões para os planos de Elon Musk

O veredicto final foi representado por um sério obstáculo aos planos de expansão dos robotáxis da Tesla. Elon Musk pretendia lançar um serviço de táxis autônomos que iria colocado em prática neste ano. No entanto, alguns especialistas alertam que essa condenação aumentará a pressão e poderá atrasar ou impossibilitar as aprovações instituídas por autoridades estaduais nas áreas regionais mais importantes, como Califórnia, Arizona, Nevada e Flórida.


Autopilot em funcionamento(Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Essa condenação ocorre em meio a uma investigação relacionada à segurança do Autopilot e do software FSD (Full Self-Driving), o que já vinha afetando a reputação da empresa.

Argumentos e o desenrolar do caso

O advogado da família das vítimas que está cuidando do caso, Brett Schreiber, utilizou o argumento de que a Tesla criou uma expectativa irrealista sobre as capacidades do Autopilot por meio de declarações públicas de Elon Musk. Os documentos exibidos no tribunal sugerem que a empresa tinha conhecimento de usos indevidos do sistema e não tomou medidas adequadas.

A Tesla, por sua vez, anunciou que irá recorrer da decisão, afirmando que a culpa seria exclusivamente do motorista e que essa decisão prejudica os avanços em segurança automotiva e de sua tecnologia.

Missão Crew‑11 da SpaceX chega à Estação Espacial com quatro astronautas

Nesta tarde do dia 1º de agosto de 2025, quatro astronautas sendo eles, Zena Cardman, Mike Fincke, Kimiya Yui e Oleg Platonov, saíram da Estação de Lançamento 39A da NASA no Cabo Canaveral a bordo do foguete Falcon 9, com a cápsula Endeavour da SpaceX. A equipe decolou às 11h43 e em menos de 16 horas, conseguiram acoplar autonomamente ao porto Harmony da ISS por volta das 2h26, marcando um dos voos mais rápidos no espaço, concluído tudo em apenas cerca de 15 horas desde o seu lançamento iniciar. As escotilhas foram abertas aproximadamente às 4h45, marcando o final da acoplagem.

Objetivos científicos e importância da missão

A missão Crew‑11, tem uma duração prevista entre seis a oito meses e se destaca porque irá realizar simulações de pouso lunar, observará como a microgravidade impacta a pilotagem de futuras naves.

Eles buscam estudar efeitos biológicos como a divisão de células vegetais e o comportamento de vírus em microgravidade. Também serão analisadas células-tronco humanas e produção de nutrientes sob condições espaciais. Além de avaliar os riscos e testar contramedidas como suplementos de vitamina B e a utilização de braçadeiras compressivas.

Significado do ponto de vista estratégico

A missão é o êxito do programa Commercial Crew Program, que permite que se mantenham voos regulares a ISS por meio de parcerias com a empresa privada de Elon Musk, a SpaceX, esta foi a 11ª rotação operacional feita pela Dragon, e o 12º voo tripulado por humanos com sucesso desde 2020.


Foguete das missões tripuladas da SpaceX (Foto: reprodução/MIGUEL J. RODRIGUEZ CARRILLO/Getty Images Embed)

Tem um grande destaque também a cooperação internacional entre Estados Unidos, Japão e Rússia, em meio às últimas tensões geopolíticas que o mundo enfrenta. O voo ocorreu no mesmo momento em que os líderes da NASA e da Roscosmos se encontravam pessoalmente pela primeira vez desde 2018, reafirmando o compromisso com a ISS até sua desativação, que está planejada para ser realizada em 2030.

A chegada da Crew‑11 da SpaceX marca mais do que uma simples mudança de tripulação, ela é um símbolo da capacidade da exploração espacial moderna. Unindo a experiência com a inovação, com objetivos alinhados aos programas Artemis e pesquisas para beneficiar a Terra, esta missão também reforça que o espaço continua sendo um local de cooperação pacífica, sem o envolvimento político.

Tesla firma acordo de US$ 16,5 bilhões com Samsung para fornecimento de chips IA

O empresário e presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, confirmou na última segunda-feira (28), que a Samsung Electronics irá produzir chips de inteligência artificial (IA) para a Tesla em uma nova fábrica da empresa sul-coreana no Texas, Estados Unidos. 

Samsung irá fabricar chip AI16

Em sua rede social X, Musk divulgou o acordo de produção com a Samsung. A companhia irá produzir o chip AI16, de próxima geração, para a montadora de veículos elétricos americana Tesla. 

Segundo o empresário, atualmente a Samsung produz o chip AI14 e sua rival no setor, TSMC, irá fabricar o AI15. A produção anunciada será destinada para robôs humanoides, carros autônomos e centros de dados de IA. 

No anúncio, Musk destacou a importância estratégica da parceria. Em uma postagem em sua rede social, o empresário destacou que a Samsung concordou em permitir que a Tesla potencialize a eficiência da produção. Musk disse também que acompanhará o caso para acelerar o ritmo da evolução.

O número de US$ 16,5 bilhões é apenas o mínimo necessário. É provável que a produção real seja várias vezes maior”, destacou. O contrato firmado entre as duas empresas terá vigência até o fim de 2033.


Publicação de Elon Musk sobre o contrato com a Samsung (Foto: reprodução/X/@elonmusk)

Respiro para empresa sul-coreana 

O contrato multibilionário, de US$ 16,5 bilhões, representou uma conquista para a multinacional, que havia reportado em junho uma queda de 56% em seu lucro operacional. Essa baixa foi um reflexo do aprofundamento das perdas de participação da Samsung no mercado e as perspectivas da fabricante naquele momento, frente a chips de memória IA. 

Em outubro de 2024, a Agência Reuters informou que a Samsung havia adiado o recebimento de material da empresa ASML (maior fornecedora global de equipamentos para fabricação de chips) em sua fábrica no Texas. A justificativa dada foi de que a empresa sul-coreana ainda não tinha encontrado nenhum cliente importante para o projeto de fabricação de chips por contrato. 

Após a notícia do acordo nesta segunda-feira, as ações da Samsung subiram quase 7% na Bolsa de Seul. O gigante da tecnologia vem sofrendo pressões em meio a corrida de produção de chips de IA, em que rivais como TSMC e a SK Hynix estão na liderança.

Trump critica Elon Musk por criação de novo partido: “Desastre total”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez críticas no último domingo (6) à decisão de Elon Musk de fundar um novo partido político no país, o chamado “Partido América”. Em postagens na Truth Social e em conversas com jornalistas, Trump avaliou que Elon Musk vem agindo de maneira instável nas últimas semanas e que sua iniciativa de fundar um novo partido não tem viabilidade dentro da política dos Estados Unidos, podendo até prejudicar a estrutura já existente.

Na avaliação do presidente, as atitudes imprevisíveis do empresário o transformaram, em suas próprias palavras, num “desastre total”.

Trump também afirmou que a ideia de fundar um terceiro partido é historicamente ineficaz e que esse tipo de iniciativa só serviria para provocar ainda mais instabilidade política. Segundo ele, os Estados Unidos já enfrentam turbulências suficientes causadas pelos democratas, a quem acusa de ter perdido o bom senso.

Bilionário rompe com Trump e lança “Partido América”

A declaração de Trump foi uma reação direta ao anúncio feito por Musk no último sábado (5), quando o empresário comunicou, por meio de sua rede social X, que estaria formando o “Partido América” após consultar seus seguidores sobre a criação de uma nova legenda. 


Declaração de Elon Musk no X (Foto: reprodução/X/@elonmusk)

Musk argumentou que, diante do que vê como uma falsa polarização entre republicanos e democratas, os Estados Unidos funcionam, na prática, como um sistema de partido único. Ele disse ainda que o novo partido seria uma resposta à corrupção e ao desperdício de recursos públicos.

O bilionário decidiu dar andamento ao projeto um dia depois da aprovação, no Congresso, de um pacote de cortes e medidas econômicas proposto por Trump, um texto que impacta diretamente os negócios da Tesla, empresa comandada por Musk, ao acabar com o mandato federal de venda obrigatória de veículos elétricos.

Apesar de já ter integrado a equipe do governo responsável por discutir a redução de gastos públicos, Musk rompeu publicamente com Trump após a votação e chegou a ameaçar financiar campanhas contra parlamentares que apoiaram a medida. A pesquisa informal promovida por ele teve mais de 1,2 milhão de votos, e cerca de 65% dos participantes se mostraram favoráveis à criação de um novo partido. Ainda não há, no entanto, registro oficial da nova sigla junto à Comissão Eleitoral Federal.


Enquete publicada por Musk no X (Foto: reprodução/X/@elonmusk)

Trump questiona alianças e postura política de Musk

Em sua publicação, Trump afirmou ter ficado surpreso com a indicação feita por Musk, anos atrás, de um amigo próximo para o comando da NASA. Ele disse que, apesar de reconhecer a competência técnica do indicado, achou inadequado nomear alguém tão ligado pessoalmente a Musk, especialmente por se tratar de alguém alinhado ao Partido Democrata e sem histórico de contribuição com os republicanos.


Declaração de Trump na Truth Social (Foto: reprodução/Truth Social/@realDonaldTrump)

Trump também comentou que, mesmo durante a campanha presidencial de 2024, quando recebeu apoio financeiro de Musk, deixou claro que era contrário ao mandato federal de veículos elétricos. Segundo ele, Musk não demonstrou objeções naquele momento, o que lhe causou estranhamento.

O atual presidente voltou a defender o Partido Republicano como uma estrutura sólida e eficiente, em contraste com o que vê como a desordem causada por partidos emergentes e iniciativas individuais. Por outro lado, o Partido América, idealizado por Musk, sugere concentrar esforços em 2 ou 3 disputas por cadeiras no Congresso para maximizar sua influência legislativa, mas não há ainda planos formais ou candidaturas oficiais detalhadas.

Briga entre Trump e Musk pode afetar financeiramente a Tesla

O presidente americano Donald Trump e o bilionário sul-africano Elon Musk têm protagonizado uma briga pública há alguns dias. O empresário, que até pouco tempo, era forte aliado do republicano, se afastou do comando do DOGE (Departamento de Eficiência Governamental) e iniciou uma batalha contra as políticas econômicas do governo.

Contudo, o confronto pode trazer severas consequências para a Tesla, uma das empresas de Musk. Trump decretou a retirada dos incentivos fiscais da montadora a partir de setembro e analisa encerrar o apoio do governo para o serviço de recarga dos veículos da empresa.

Queda nas vendas

A Tesla atravessa um processo delicado economicamente desde quando Musk assumiu o cargo no DOGE. A associação do empresário ao governo direitista conservador de Trump provocou protestos de uma parcela de consumidores da companhia.

A empresa teve queda de 13% nas vendas no primeiro trimestre de 2025. Na última segunda-feira (01), as ações da montadora caíram 5,4%. Somente neste ano, a quada foi de 26%.


Elon Musk, ao lado de Donald Trump, quando comandava o DOGE (Foto: reprodução/Kevin Dietsch/Getty Images Embed)

Prejuízos para Tesla

Donald Trump postou em seu perfil no Truth Social que utilizará o DOGE para fiscalizar as empresas de Musk e sugeriu que o empresário pode estar sendo mais beneficiado do que qualquer outra pessoa no mundo com os subsídios concedidos às suas empresas.

Trump foi severo ao dizer que o empresário teria que fechar suas empresas e regressar para a África do Sul sem os subsídios. Para ele, isso economizaria uma fortuna para os cofres públicos do contribuinte americano. Para rebater a provocação, Musk respondeu: “Estou literalmente dizendo CORTE TUDO. Agora.”

Analistas, porém, advertem que, caso Trump cumpra a ameaça, a Tesla teria um prejuízo estimado em US$ 1 bilhão. Em consequência, os veículos fabricados não apresentariam valor atrativo no mercado, levando o consumidor a adquirir o produto dos concorrentes. Diante da situação delicada no mercado de ações, especialistas de Wall Street recomendam que investidores não adquiram ações da companhia.


Uma estação de carregamento de baterias para veículos elétricos Tesla, na Califórnia (Foto: reprodução/Robert Alexander/Getty Images Embed)

Robotaxis sob ameaça

Musk havia anunciado no dia 10 de junho o lançamento de veículos autônomos que seriam utilizados para transporte de passageiros, chamados de robotáxis. A cidade de Autsin foi a escolhida para o início dos testes.

Porém, caso Trump decida cortar os subsídios, o projeto de Musk seria drasticamente afetado. O serviço de robotáxis é um setor que a Tesla planejava explorar após a quedas nas vendas.