Rússia envia drones e mísseis contra a Ucrânia

A Rússia continuou as ofensivas contra a Ucrânia nesta quarta-feira (16), afirmam autoridades. Drones e mísseis atingiram áreas isoladas do país e deixaram duas pessoas mortas.

Em Kharkiv, cidade ucraniana, três civis ficaram feridos após um ataque de drones que durou 20 minutos e provocou ao menos 17 explosões, segundo o governador de Oblast de Kharkiv, Oleh Syniehubov.

Durante essa semana, a Rússia tem feito diversas agressões à Ucrânia. No domingo (13), o sistema de defesa aérea foi atingido.

Energia elétrica

Autoridades ucranianas afirmam que as investidas russas têm atingido os sistemas de fornecimento de água e energia. Na noite desta quarta-feira (horário local), cerca de 400 drones atingiram as regiões de Vinnytsia, Dnipro, Kharkiv e Odesada, e a infraestrutura energética em Kryvyi Rih, deixando pessoas sem acesso à energia.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse em seu perfil no X (antigo Twitter) que o fornecimento de energia será retomado durante o dia e que “Infelizmente, 15 pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança“. Ele afirmou que as forças de defesa do país abateram 200 drones e disse sobre a necessidade de fortalecer sistematicamente as defesas “mais sistemas de defesa aérea, mais interceptadores e mais determinação — para que a Rússia sinta nossa resposta.”

Para ele, a Rússia não está mudando sua estratégia.


Veja a publicação do presidente da Ucrânia (Foto: reprodução/X/@ZelenskyyUa)

Estados Unidos

Na segunda-feira (14), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que enviará armas para a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) como forma de apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia.

Ainda no mesmo dia, Trump ameaçou tarifar a exportação de seus produtos para a Rússia, se o conflito não obter um cessar-fogo em até 50 dias. Tarifas secundárias também serão formas de intensificar a pressão sobre o país, por meio de sanções aos países que possuem relações comerciais com a Rússia.

O confronto dura três anos, quando, em 2022, forças militares russas invadiram território ucraniano. Milhares de soldados já foram mortos, de ambos os países, além de civis.

Texas aciona drones militares em resgate após enchentes que deixaram mais de 80 mortos

Equipes de resgate intensificaram os esforços no centro do Texas, nos Estados Unidos, após uma série de inundações atingirem a região no fim de semana, provocando uma das maiores tragédias naturais da história recente do estado. Segundo autoridades locais, ao menos 82 pessoas morreram, entre elas 28 crianças, e outras 41 seguem desaparecidas desde sexta-feira (4). Com as chuvas persistindo e o solo saturado, equipes de resgate contam agora com o apoio de drones militares na tentativa de localizar possíveis sobreviventes ou recuperar corpos.

A Guarda Aérea Nacional do Texas confirmou o uso de aeronaves não tripuladas MQ-9 Reaper, geralmente empregadas em missões militares, para mapear áreas alagadas, gerar imagens de alta resolução e auxiliar no direcionamento das buscas. A tecnologia permite acesso aéreo a regiões isoladas, onde os estragos são mais severos e o acesso por terra é limitado.

Acampamento de verão foi um dos pontos mais atingidos

Entre os locais mais afetados está o acampamento de verão feminino cristão Mystic, às margens do Rio Guadalupe, onde estavam cerca de 750 crianças no momento da tragédia. Segundo o xerife do Condado de Kerr, Larry Leith, os corpos de 16 meninas de 8 a 9 anos já foram encontrados. Outras dez meninas e uma monitora seguem desaparecidas.


Acampamento no Camp Mystic após enchentes (Foto:reprodução/Ronaldo Schemidt/Getty Images Embed)

O governador do Texas, Greg Abbott, descreveu a destruição no acampamento como “sem precedentes”, afirmando que a força das águas foi tamanha que as cabanas ficaram completamente submersas. Já o vice-governador, Dan Patrick, relatou que um funcionário do local precisou quebrar janelas sob forte correnteza para ajudar um grupo de meninas a escapar. Algumas delas nadaram por cerca de 15 minutos até conseguirem se salvar, enfrentando galhos, pedras e lama no escuro.

Famílias continuam chegando à região na esperança de encontrar parentes vivos. Michael, de 40 anos, viajou de Austin para buscar informações sobre sua filha de oito anos, e relatou que ainda mantém viva a esperança de um milagre.

Chuvas persistem e aumentam risco de novos desastres

A previsão do Serviço Nacional de Meteorologia indica mais chuvas nos próximos dias, com alerta de risco de inundações repentinas, sobretudo na Bacia do Rio Guadalupe. Especialistas do NWS explicam que o volume e o local das precipitações serão determinantes para novos alagamentos, tendo em vista que o rio chegou a subir cerca de nove metros em aproximadamente duas horas na última sexta-feira.

A situação também expôs falhas estruturais. Documentos apontam que autoridades do Condado de Kerr chegaram a avaliar a implementação de um sistema de sirenes para alertar sobre enchentes, porém a iniciativa nunca foi concretizada.

Além disso, o quadro reduzido de funcionários da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) levantou questionamentos sobre a capacidade de resposta da agência diante de eventos extremos. Climatologistas também apontam que as mudanças climáticas vêm contribuindo para tornar episódios de chuva extrema e inundações mais frequentes e intensos, conforme demonstrado nos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Após conversa com Trump, Putin lança maior ataque aéreo à Ucrânia desde 2022

Em um dos episódios mais intensos desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, a Rússia realizou o maior ataque aéreo da guerra nesta semana, apenas algumas horas depois de uma conversa, sem resultados concretos, com o presidente americano Donald Trump. O ataque foi feito na madrugada desta sexta-feira (04). Segundo as Forças Armadas da Ucrânia, foram lançados 539 drones e 11 mísseis contra alvos civis e militares, deixando pelo menos 23 pessoas feridas e danos significativos em infraestrutura urbana. Parte dos artefatos foi interceptada pela defesa aérea ucraniana.


 23 mortos no último conflito entre Rússia e Ucrânia. (Vídeo: Reprodução/Instagram/@kyivindependent_official)

Escalada após conversa diplomática frustrada

De acordo com fontes do governo ucraniano e reportagens da BBC e Reuters, a ofensiva aconteceu menos de 24 horas após uma ligação entre Putin e Trump. Fontes do Kremlin afirmaram que a conversa abordou “a necessidade de negociações de paz”, mas terminou sem qualquer sinal de avanço diplomático. O governo dos Estados Unidos declarou que Trump pressionou por um cessar-fogo imediato, mas que Putin se manteve irredutível quanto às exigências territoriais russas.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky qualificou o ataque como “deliberadamente massivo e cínico”, afirmando que “mais uma vez, a Rússia demonstra que não tem intenção de pôr fim à guerra e ao terror”. Ele destacou que os primeiros alertas de ataque aéreo começaram quase simultaneamente ao término da ligação entre Trump e Putin, exigindo maior apoio internacional à Ucrânia.

Ainda nesta sexta-feira, Trump e Zelensky devem se comunicar por telefone para discutir o ataque russo, segundo autoridades ucranianas. O incidente piora o impasse diplomático e aumenta a pressão internacional sobre Moscou, enquanto o risco de escalada global cresce.

Reação internacional

A reação global foi imediata. Ex-secretária de Estado dos EUA e provável candidata nas eleições, Nikki Haley criticou duramente a ofensiva e declarou que “os Estados Unidos não hesitarão em fortalecer a defesa da Ucrânia contra agressões desumanas” .

Por sua vez, a União Europeia anunciou aceleração nos envios de sistemas antiaéreos para apoiar a Ucrânia, como parte de um esforço coordenado com a Otan, que convocou uma reunião extraordinária para avaliar a escalada .

Especialistas ouvidos pela CNN Internacional apontam que esse aumento na intensidade dos ataques pode enfraquecer as iniciativas diplomáticas em andamento e elevar o risco de uma escalada mais ampla do conflito .

A guerra na Ucrânia já ultrapassou 850 dias e, segundo o The Guardian, estima-se que mais de 500 mil pessoas tenham morrido ou ficado feridas no confronto. Apesar de tentativas diplomáticas, a violência tem se intensificado nos últimos meses, sinalizando um impasse perigoso para a estabilidade global.

 

Irã inicia novo ataque com mísseis e drones contra cidades de Israel

Conforme o veículo estatal Press TV e outras mídias de comunicação iranianos, uma nova série de ofensivas do Irã com mísseis e drones contra Israel iniciou nesta segunda-feira (16). As operações têm como alvo as cidades de Tel Aviv e Haif, segundo informações da agência de notícias semi-oficial Mehr News. Até o presente, não há relatos sobre os estragos, feridos ou interceptações em solo israelense relacionados a esses disparos.

Um representante da Guarda Revolucionária do Irã afirmou que os ataques prosseguirão até começo da manhã, no horário local.

Aviso à população de Israel

Pouco mais de uma hora após a divulgação dos ataques pela mídia estatal iraniana, as Forças de Defesa de Israel (FDI) comunicaram que detectaram mísseis disparados a partir do território do Irã.


Irã inicia ataque contra Israel/Reprodução/Youtube/TerraBrasil/

Os militares destacaram que seus sistemas de defesa estão ativos para deter os projéteis e alertaram aos moradores para buscar abrigo até novas orientações.

“As sirenes soaram em diversas regiões de Israel após a identificação de mísseis lançados do Irã em direção ao país”, comunicaram as FDI. “Neste momento, a Força Aérea de Israel está operando para interceptar e atacar onde for necessário para eliminar a ameaça”, acrescentaram. Contudo, aproximadamente 20 minutos após esse primeiro aviso, as autoridades permitiram que os residentes deixassem os locais protegidos.

Declarações de Netanyahu

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não rejeitou a possibilidade de ataque contra o líder supremo iraríamo, aiatolá Ali Khamenei, ao ser questionado pela ABC News sobre o tema. “Vejam, estamos fazendo o que precisamos fazer”, disse Netanyahu. E reiterou que o possível extermínio do líder supremo “encerraria o conflito”, ao contrário de agravá-lo.

Declarações de Pezeshkian

O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, declarou nesta segunda-feira (16) que o Irã não deseja ampliar o conflito com Israel, mas advertiu que responderá na mesma proporção aos ataques. Essas declarações foram feitas durante uma ligação telefônica com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, conforme a agência oficial iraniana. Segundo Pezeshkian, o Irã não iniciou a guerra, mas declarou que responderá proporcionalmente ao nível do ataque recebido.