Nepal e Índia enfrentam inundações com inúmeros desaparecimentos e mortes

Na estação das Monções período que ocorre entre junho e setembro, no verão do Nepal, acontecem muitas chuvas com intensas precipitações que podem ocorrer a qualquer momento. Na capital Katmandu o rio Bagmati que nasce as colinas do Himalaia está muito poluído e transbordou provocando inundações e desabrigados.

Posicionamento dos representantes de governo

Segundo informou à AFP – Agência de notícias líder global, a Santhi Mahat porta-voz da autoridade nacional de gerenciamento de riscos e desastres no Nepal, informou que até o momento faleceram 47 pessoas. Na Índia que é bem próxima ao  Nepal, a situação foi bem parecida e a deputada Harsh Vardhan Shringla da Câmara Alta informou que até o momento a um número de mais de 20 pessoas que faleceram e também houve desabamentos de pontes e muitos desabrigados. As informações foram confirmadas neste domingo (05-10). Esses tipos de intempéries climáticas ocorrem há décadas nas duas regiões muito acelerado por questões climáticas.

Entendendo a Estação das Monções

As monções descrevem um padrão climático onde a direção dos ventos muda drasticamente com as estações do ano em determinadas regiões da Ásia. Essa inversão é gerada pela diferença de temperatura e pressão atmosférica entre a massa continental e as águas oceânicas durante o verão e o inverno. Este fenômeno é particularmente marcante nas regiões costeiras do Oceano Índico, como a Índia e chega ao Nepal  mesmo sendo um país sem litoral por conta da zona de baixa pressão que atrai o ar úmido do Oceano Índico.


Cenas da tragédia ocorrida no Nepal (Vídeo:reprodução/YouTube/@CNNbrasil)

Monte Everest a mais alta montanha

Localizada na fronteira entre o Nepal e o Tibete (China) o Monte Everest “Maior Montanha do Mundo” tem altitude de 8.849 metros (29.032 pés), acima do nível do mar. No Tibete é chamada de “Chomolungma”, que significa “Deusa Mãe do Mundo”. A montanha é muito visitada, se tornando um dos principais pontos turísticos entre os dois países.

Mais de mil mortos após deslizamento de terra no oeste do Sudão

Após dias de chuvas intensas, um deslizamento de terra atingiu uma vila nas Montanhas Marrah, no oeste do Sudão, no domingo (31), deixando mais de mil mortos. O desastre é considerado uma das maiores tragédias naturais da região.

A informação foi divulgada na segunda-feira (1º) pelo Movimento/Exército de Libertação do Sudão, liderado por Abdelwahid Mohamed Nour, que relatou que apenas uma pessoa sobreviveu à tragédia.

A avalanche destruiu por completo a aldeia e atingiu uma área reconhecida pela produção de frutas cítricas, ampliando os impactos econômicos e sociais na região. Diante da tragédia, o grupo solicitou apoio da ONU e de outras entidades internacionais para ajudar na recuperação dos corpos.

O Sudão vive há três anos um conflito armado entre o Exército nacional e as Forças de Apoio Rápido (FAR), milícia paramilitar, o que agravou ainda mais a crise humanitária no país, especialmente na região de Darfur, onde a fome se intensificou.


Sudão vive sofrimento em “muitos sentidos”

 

Sudão vive sofrimento em “muitos sentidos” (Foto: Reprodução/Getty images/AFP)

Desastre natural agrava crise em Darfur

Boa parte de Darfur, incluindo as Montanhas Marrah, está praticamente isolada para a ONU e organizações humanitárias, em razão das intensas restrições e dos embates entre as forças armadas do Sudão e a RSF.

O Movimento/Exército de Libertação do Sudão, com base nas Montanhas Marrah, atua em Darfur e Kordofan, mas permanece fora dos combates da guerra civil.

As Montanhas Marrah, cordilheira vulcânica de difícil acesso, se estendem por 160 km ao sudoeste de El-Fasher e abrigam famílias deslocadas pela violência na região.

Fome avança onde a ajuda não chega

A fome se agrava em Darfur, onde o acesso de organizações humanitárias é severamente limitado por confrontos armados e restrições impostas pelas forças em disputa.

O conflito civil que começou em abril de 2023, motivado pela rivalidade entre o general Abdel Fatah al Burhan e Mohamed Hamdan Daglo, comandante das Forças de Apoio Rápido (FAR), agravou a situação no Sudão, mergulhando o país em uma crise marcada por níveis alarmantes de fome.

Embora o Exército tenha retomado o controle do centro do país, as FAR permanecem dominando grande parte de Darfur e áreas do sul de Kordofan, dificultando a chegada de alimentos e assistência à população vulnerável.

 

Chuvas intensas no RS elevam alerta para novas enchentes e deslizamentos

O Rio Grande do Sul entrou em estado de atenção máxima neste domingo (29) em razão da previsão de chuvas volumosas, associadas a um sistema ciclônico extratropical que já vinha se formando desde sábado (28). As precipitações devem ultrapassar 100 mm em algumas regiões, e podem alcançar o dobro disso, em apenas 24 horas.

Na metade norte do estado, incluindo regiões como Serra Gaúcha, Vale do Taquari, Vale do Rio Pardo e a Região Metropolitana de Porto Alegre, os acumulados previstos, entre 150 mm e 200 mm, superam a média total do mês de junho. O solo, já saturado pelas chuvas anteriores, amplia consideravelmente o risco de alagamentos, transbordamentos e deslizamentos, especialmente em encostas sujeitas a instabilidade.

Rios em alerta e evacuações preventivas

A Defesa Civil estadual emitiu avisos para diversas bacias, como Jacuí, Taquari, Sinos, Caí, Gravataí e o lago Guaíba, que já apresentam níveis críticos. Municípios como Eldorado do Sul aparecem na lista das áreas mais vulneráveis: quase 6,000 pessoas já foram deslocadas, e há orientação para não retornarem até a normalização das condições.


Chuva aumenta risco de novas enchentes no Rio Grande do Sul (Video:Reprodução/Youtube/G1)

O governo montou gabinetes de crise em cidades estratégicas, Santa Cruz do Sul, Caxias do Sul e Lajeado, e mobilizou mais de 400 bombeiros, 150 policiais militares, cinco aeronaves e dezenas de viaturas para apoiar ações preventivas e resgates. Eduardo Leite, governador do estado, pediu que moradores de áreas de risco evacuem temporariamente, visando evitar perdas irreparáveis.

Risco de chuva relâmpago e condições severas

Especialistas alertam para a formação de chuva intensa em curtíssimo período, o que pode causar inundações rápidas e cheias repentinas em áreas planas e urbanas. A Climatempo e o INMET destacaram que acumulados entre 100 mm e 200 mm podem ocorrer no intervalo de apenas 12 horas, sobretudo durante a madrugada e manhã de domingo.


Chuvas intensas deixam 4 mortos no Rio Grande do Sul (Vídeo: reprodução/YouTube/SBT News)

Além disso, ventos com rajadas superiores a 70 km/h estão previstos, e podem alcançar até 100 km/h em áreas costeiras e serranas, elevando o risco de quedas de árvores e danos à infraestrutura urbana.

Como agir diante do alerta

O recomendado pelos órgãos de defesa é que moradores de áreas baixas e encostas busquem abrigos fornecidos pelos municípios e fiquem próximos aos familiares ou em locais seguros. Afirmam que os sistemas de drenagem estão saturados e não comportarão a chuva prevista, e que até o muro do Cais Mauá pode ficar sobrecarregado por conta do alto nível do Guaíba.

A nota oficial da Defesa Civil enfatiza a necessidade de evitar deslocamentos desnecessários, desligar equipamentos elétricos durante tempestades e seguir orientações emergenciais divulgadas pelos canais oficiais.