Sean Diddy Combs é inocentado de três das cinco acusações e família celebra

Nesta quarta-feira, 02, em Nova York, o Tribunal Federal de Manhattan emitiu o veredito sobre o julgamento de Sean Diddy Combs, o rapper foi inocentado de três das cinco acusações que vinha enfrentando na justiça. A mãe e os filhos do rapper comemoraram no tribunal com ele.

Combs responderá por crimes relacionados à prostituição, mas absolvido de acusações de extorsão e tráfico sexual. Caso tivesse sido condenado por todos os crimes, ele poderia enfrentar até prisão perpétua, porém, agora, está sujeito à pena máxima de dez anos de prisão.


Sean Diddy e familia no natal de 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@kingcombs)

Família está comovida

Ao jornal Daily Mail, a mãe de Combs, Janice Combs, de 85, comentou: “Estou me sentindo maravilhosa, graças a Deus”. O filho Justin Combs também celebrou: “É um grande dia. Estamos felizes”.

O outro filho, Christian Combs, de 27 anos, diz que a família estava ansiosa conforme o processo desenrolava, “A esperança nunca nos deixou, mas sempre há aquele frio na barriga”, e não escondeu a emoção, “Mal posso esperar para dar um abraço no meu pai”.

Detalhes do processo e próximos passos na Justiça

O tráfico de pessoas para fins de exploração sexual — crime pelo qual Diddy é acusado — é um delito estabelecido pela Lei Mann de 1910. Em um documento apresentado à Justiça, o promotor assistente Maurene Comey afirmou que, pelas regras de sentença aplicáveis, Diddy poderia pegar mais de quatro anos de prisão, tempo que seriam descontados dos dias nos quais o rapper ficou preso desde setembro de 2024, ao entrar em custódia.

Enquanto aguarda a sentença, Diddy fez o pedido por liberdade condicional ao juiz Arum Subramanian, que negou o pedido do rapper. No próximo dia 8, ocorrerá uma audiência na justiça que discutirá quais serão as penas que o rapper cumprirá.


Homenagem de Chance Combs e Sean Diddy para seu pai no dia dos pais (Foto: reprodução/Instagram/@chancecombs)

O júri que decidiu o caso era formado por oito homens e quatro mulheres, com perfis diversos em termos de etnia, idade e origem, vindos de diferentes bairros de Nova York. As deliberações começaram na segunda-feira, 30 de junho, e se estenderam por mais de 13 horas até quarta-feira.

O escândalo envolvendo Diddy veio à tona em novembro de 2023 e causou grande impacto em Hollywood, gerando tensão entre o público e os amigos e colegas do artista, além de alimentar uma série de teorias conspiratórias. O processo incluía acusações de tráfico sexual, extorsão e transporte de pessoas com fins de exploração sexual.

“Diddy” é considerado culpado em duas das cinco acusações

Após semanas de um julgamento intenso e amplamente noticiado, Sean “Diddy” Combs, o lendário magnata do hip-hop, foi considerado culpado em duas das cinco acusações que pesavam contra ele. Este desfecho, embora o absolva dos crimes mais severos, ainda representa um golpe significativo para sua carreira e imagem. As acusações iniciais contra Diddy incluíam conspiração para extorsão, duas acusações de tráfico sexual por força, fraude ou coerção, e duas acusações de transporte para fins de prostituição.

Entenda o veredito misto

O júri, composto por oito homens e quatro mulheres, deliberou por dias antes de anunciar seu veredito. Diddy foi considerado culpado em:

Transporte para fins de prostituição (referente a Cassandra Ventura): essa acusação se baseia em alegações de que Combs transportou sua ex-namorada, Cassie Ventura, através de fronteiras estaduais ou internacionais para fins de prostituição. A pena máxima para essa acusação é de 10 anos de prisão.

Transporte para fins de prostituição (referente a uma segunda vítima, conhecida como “Jane”): similar à acusação anterior, esta envolveu o transporte de outra mulher para os mesmos fins. A pena máxima para esta acusação também é de 10 anos de prisão.

Por outro lado, Diddy foi absolvido das três acusações mais graves:

Conspiração para extorsão (Racketeering Conspiracy): esta era a acusação mais abrangente e complexa, alegando que Combs operava uma “empresa criminosa” que utilizava para cometer crimes como sequestro, incêndio criminoso e suborno, além de tráfico sexual. A pena máxima para esta acusação era de prisão perpétua.

Tráfico sexual por força, fraude ou coerção (referente a Cassandra Ventura): esta acusação implicava que Combs forçou ou coagiu Cassie Ventura a atividades sexuais. A pena para essa acusação tinha um mínimo obrigatório de 15 anos e máximo de prisão perpétua.

Tráfico sexual por força, fraude ou coerção (referente a “Jane”): similar à acusação anterior, também com pena mínima de 15 anos e máximo de prisão perpétua.



Sean Diddy é absolvido em três de cinco acusações criminais (Foto: reprodução/X/@AP4Liberty)

Futuro ainda incerto

Apesar de não ter sido condenado pelas acusações que poderiam resultar em prisão perpétua, as duas condenações por transporte para fins de prostituição significam que Sean Combs ainda pode enfrentar até 20 anos de prisão (somando as penas máximas de 10 anos para cada acusação). A sentença final será determinada pelo juiz, levando em conta diversos fatores.

Julgamento de Diddy entra em fase final com dúvidas do júri sobre substâncias controladas

O julgamento do rapper Sean “Diddy” Combs avançou para a etapa final nesta segunda-feira (30), quando o júri iniciou as deliberações sobre as acusações que incluem conspiração para  extorsão, tráfico sexual e transporte para prostituição. Após cinco horas de debates, os jurados encaminharam questionamentos ao juiz, indicando dúvidas sobre a caracterização da distribuição de substâncias controladas e sobre a conduta de um dos integrantes do grupo.

Júri questiona definição de distribuição de drogas

Durante o primeiro dia de deliberação, os jurados enviaram ao juiz federal Arun Subramanian duas comunicações escritas. A primeira tratava da interpretação legal sobre substâncias controladas. Os jurados buscaram esclarecimento sobre uma situação específica: se, no caso de uma pessoa solicitar uma substância controlada e outra entregá-la, esta segunda pessoa pode ser legalmente considerada distribuidora, mesmo sem estar formalmente associada à cadeia de fornecimento.

Em resposta, o juiz solicitou que as equipes de acusação e defesa se reunissem para decidir conjuntamente como responder ao questionamento. O júri foi dispensado ao final da tarde, com previsão de retomar as deliberações às 10h desta terça-feira (1º), pelo horário de Brasília.


Trailer do documentário sobre trajetória e acusaões de P.Diddy (Vídeo: reprodução/YouTube/Peacock)

O painel de jurados atua sob instruções detalhadas emitidas pelo juiz, que incluem orientações sobre as acusações e os critérios para avaliação das provas. Cada membro do júri recebeu uma cópia impressa das instruções, que deverão ser consultadas ao longo do processo decisório.

Preocupação com a conduta de um dos jurados

Além da dúvida jurídica, outra nota foi enviada ao tribunal durante a tarde, levantando preocupações quanto à conduta de um dos jurados, identificado apenas como número 25. A mensagem, escrita à mão e entregue inicialmente à promotoria e posteriormente à defesa, informava que esse jurado poderia não estar seguindo as instruções do juiz de maneira adequada.

O próprio acusado, Sean Combs, retornou ao tribunal e leu o conteúdo do bilhete, que ocupava cerca de um terço de uma folha pautada. A denúncia sobre possível irregularidade na atuação de um dos jurados ainda deverá ser analisada antes da retomada dos trabalhos.

O caso de Combs ganhou atenção internacional não apenas pelas acusações formais, mas também pela complexidade jurídica envolvida e pelo debate público sobre sua conduta. A decisão final do júri poderá influenciar futuras interpretações judiciais envolvendo distribuição de substâncias controladas e crimes sexuais associados.

Sean “Diddy” Combs opta por não testemunhar em reta final de seu julgamento

O aguardado julgamento criminal de Sean “Diddy” Combs entrou em sua fase decisiva nesta terça (24). Tanto a acusação quanto a defesa encerraram seus argumentos, e um dos momentos mais marcantes foi a confirmação de que o rapper não subiria ao banco das testemunhas para depor em sua própria defesa.

A decisão foi comunicada por Diddy ao juiz federal dos EUA, Arun Subramanian, que questionou o réu diretamente para garantir que a escolha de não testemunhar era “totalmente sua”, após uma discussão “minuciosa” com seus advogados. Esta é uma prática padrão em julgamentos criminais federais, para confirmar a autonomia do acusado.

A decisão pode parecer contra-intuitiva, mas é uma estratégia que evita que o réu seja submetido a um intenso interrogatório que poderia prejudicar seu caso. No entanto, o lado ruim é que os jurados não terão a chance de ouvir a versão de Diddy diretamente de sua boca.


Diddy no lançamento do seu novo álbum, em Londres, em 9 de novembro de 2023 (Foto/reprodução: Dave Benett/Getty Images Embed)

A linha de defesa tem sido que as acusações são fabricadas

A promotoria apresentou seu caso por mais de seis semanas, convocando 34 testemunhas, incluindo ex-namoradas como Cassandra “Cassie” Ventura. Os depoimentos detalharam como Diddy supostamente coagia as mulheres a participar de “maratonas sexuais” e como seu império de negócios era utilizado para facilitar e encobrir essas atividades ilícitas.

A defesa focou em desacreditar as acusações, estratégia que consiste em questionar a credibilidade das testemunhas e apresentar provas que sugerem que tudo era consensual, inclusive exibindo trechos de vídeos para sustentar que as interações sexuais eram parte de um estilo de vida “swingers”.

Futuro de Diddy em jogo

Com o encerramento das apresentações de ambos os lados, os argumentos finais estão provisoriamente agendados para a próxima quinta (26). Sean “Diddy” Combs permanece detido sem direito a fiança desde setembro de 2024, após juízes determinarem que ele representava um perigo para a comunidade. Ele se declarou inocente de todas as acusações, e, se condenado por todas, pode enfrentar a prisão perpétua.