Acordo Bilionário com a Eli Lilly Impulsiona ABL Bio e Leva Fundador ao Clube dos Bilionários

A indústria global de biotecnologia ganhou um novo protagonista nesta semana. A sul-coreana ABL Bio firmou um acordo de até US$ 2,6 bilhões com a farmacêutica americana Eli Lilly, impulsionando as ações da empresa e elevando o fundador, Lee Sang-hoon, ao seleto grupo dos bilionários.

O movimento marca um dos maiores contratos já assinados por uma empresa coreana na área de neurociência e reforça a corrida internacional por plataformas capazes de superar a barreira hematoencefálica, obstáculo central no desenvolvimento de tratamentos para doenças como Parkinson e Alzheimer.

Tecnologia que desperta apetite global

O negócio gira em torno do Grabody-B, tecnologia desenvolvida pela ABL Bio que permite que anticorpos atravessem a proteção natural do cérebro e cheguem aos neurônios. A Eli Lilly pagará US$ 40 milhões de imediato e pode desembolsar bilhões adicionais conforme metas de pesquisa e avanço clínico forem cumpridas.


Imagem da pessoa por trás do sucesso da empresa (foto:reprodução/x/@angelosgeo)


O acordo provocou uma disparada nas ações da empresa na bolsa Kosdaq, refletindo a confiança do mercado no potencial da plataforma. A valorização elevou o patrimônio de Lee, que detém cerca de 23% do grupo, para acima de US$ 1,5 bilhão.

Crescimento sustentado e estratégia agressiva

Embora o contrato com a Lilly tenha sido o mais expressivo, a ABL Bio já vinha atraindo atenção de grandes multinacionais. A empresa fechou recentemente parcerias com a britânica GSK e, antes disso, com a Sanofi, todas voltadas para terapias que exploram mecanismos de entrega ao sistema nervoso central.

Internamente, os números também acompanham o ritmo. No último semestre, a ABL Bio multiplicou sua receita em relação ao ano anterior e reverteu prejuízo em lucro, um feito pouco comum para empresas em estágio avançado de pesquisa científica.

O cientista que virou CEO bilionário

A ascensão de Lee Sang-hoon carrega traços de uma trajetória típica do setor. Pesquisador formado nos Estados Unidos e com passagem por centros de referência como Harvard e UCSF, ele atuou em empresas de biotecnologia do Vale do Silício antes de retornar à Coreia do Sul para fundar a ABL Bio, em 2016.

Desde então, Lee conduz a empresa com foco em plataformas proprietárias e estratégia de licenciamento, modelo que permite financiar pesquisas de longo prazo sem depender da aprovação final dos medicamentos.

O que vem pela frente

Para a ABL Bio, o acordo fortalece sua posição e garante fôlego financeiro para avançar em novos projetos. Para a Eli Lilly, representa uma aposta ousada em uma tecnologia que pode desbloquear uma nova geração de tratamentos neurológicos.

Mas o caminho ainda é longo. Terapias que dependem da travessia da barreira hematoencefálica enfrentam desafios técnicos, risco clínico elevado e regulações rigorosas. Mesmo assim, o acordo sinaliza que o setor está disposto a investir alto no que pode ser o próximo grande salto da neurociência.

Com a assinatura bilionária, a Coreia do Sul consolida mais um nome entre as potências da inovação biomédica, e Lee Sang-hoon, agora bilionário, torna-se o rosto mais recente dessa virada.

Renata Vichi: “Trabalhar com verdade, intensidade e consistência é o que transforma uma carreira em legado.”

De estagiária a presidente de um império do chocolate, Renata Vichi construiu uma trajetória que combina visão estratégica, sensibilidade de marca e coragem para inovar.

Aos 16 anos, iniciou sua jornada na Kopenhagen, empresa adquirida por seu pai, Celso Moraes, ocupando um cargo de estagiária em marketing. O que poderia ser apenas um primeiro passo virou uma escalada consistente dentro da companhia — passando por cargos de liderança em marketing e comercial até chegar à vice-presidência.

Hoje, à frente do grupo CRM, que reúne as marcas Kopenhagen, Brasil Cacau e Kop Koffee, Renata se consolidou como uma das principais executivas do país.

Mesmo após a aquisição do grupo pela Nestlé, em 2023, ela manteve o comando da operação, comprovando que sua forma de liderar — moderna, plural e apaixonada pelo que faz — é um dos principais ingredientes do sucesso da empresa.

E engana-se quem acha que Renata vive apenas no mundo corporativo ou respondendo e-mails. Mesmo com uma agenda corrida e reuniões, ela consegue achar espaço para participar de eventos, talk shows e debates, seja como moderadora ou palestrante. A empresária aborda temas como Estratégia e Execução, Branding, Liderança e Empreendedorismo.

Em entrevista exclusiva à Lorena Magazine, Renata Vichi compartilha sua trajetória inspiradora e reflete sobre como uma liderança humanizada pode ser o caminho para resultados sólidos e duradouros.



Você começou como estagiária na Kopenhagen aos 16 anos e hoje é CEO do Grupo CRM. Quais foram os principais aprendizados dessa caminhada?

“Minha trajetória foi construída com muito trabalho, escuta ativa, visão sistêmica e disciplina. Comecei aos 16 anos, disposta a aprender, compreender o negócio e as pessoas que faziam a Kopenhagen acontecer. Essa vivência me permitiu entender a importância dos processos, da cultura e do coletivo. A partir daí, aprofundei meus estudos sobre o mercado e fui clareando as possibilidades que a marca oferecia em termos de expansão e branding. Sempre fui curiosa e ousada. Aprendi que liderar é um exercício diário de coerência: estar perto, inspirar, reconhecer e ter coragem para tomar decisões difíceis. Com o tempo, percebi que sucesso não é destino, é um caminho de construção contínua. E que consistência é o que sustenta qualquer trajetória sólida”.

Em algum momento da sua trajetória, pensou em seguir outro caminho fora do grupo familiar ou sempre teve clareza de que queria construir sua carreira dentro dele?

“Eu sempre tive curiosidade sobre o mundo dos negócios, mas a Kopenhagen foi meu grande laboratório de vida e de gestão. O fato de ser uma empresa familiar nunca foi um limitador; pelo contrário, foi uma oportunidade de provar que é possível honrar um legado e, ao mesmo tempo, imprimir uma nova visão de futuro. Houve momentos de reflexão, sim, especialmente quando percebi que estar na companhia significava muito mais do que fazer parte da família: significava me provar como profissional, conquistar respeito e entregar resultados concretos. Decidi fazer isso do meu jeito, com autenticidade e um olhar de longo prazo”.



O que foi mais desafiador: conquistar credibilidade sendo da família fundadora ou se manter como executiva de alto nível em um mercado tão competitivo?

“Conquistar credibilidade foi um dos maiores desafios e, ao mesmo tempo, uma grande fonte de força. Ser da família fundadora te coloca sob uma lupa, e é preciso provar todos os dias que você está ali por competência. Sempre busquei resultado, mas sem abrir mão da escuta e da empatia. Depois que a credibilidade vem, o desafio passa a ser outro: manter-se relevante em um mercado que muda o tempo todo. Isso exige inquietude, atualização constante e coragem para inovar. A estabilidade nunca me atraiu; acredito que é no movimento que as marcas e as pessoas evoluem”.

Seu estilo de liderança é descrito como próximo e focado em pessoas. Como equilibrar disciplina e sensibilidade para manter equipes motivadas?

“Acredito que liderança é sobre cuidar de pessoas e desenvolver sucessores. Sempre digo que não lidero números, lidero pessoas que entregam resultados porque se superam todos os dias. É preciso entender o momento de cada um, respeitar os ciclos e apoiar o amadurecimento individual. O equilíbrio entre disciplina e sensibilidade é essencial: ser firme nas metas e gentil no caminho. Sou uma líder que cobra, mas também escuta. Que desafia, mas apoia. Esse equilíbrio cria um ambiente de alta performance com propósito, onde o reconhecimento e a clareza de direção são combustíveis diários”.



Como você enxerga o papel da diversidade e inclusão dentro da cultura do Grupo CRM?

“Diversidade é um valor inegociável. Liderar o Grupo CRM me fez enxergar que quanto mais plural é o time, mais criativa e empática é a empresa. Trabalhamos para construir um ambiente onde as diferenças são vistas como potência, porque é nelas que moram as novas ideias. A Kopenhagen sempre foi uma marca que conversa com o emocional das pessoas — e isso só é possível quando o olhar é diverso, inclusivo e humano. Tenho orgulho de ver a companhia crescendo com mais mulheres em cargos de liderança e com times que representam o Brasil real: múltiplo, vibrante e cheio de histórias”.

Sob sua gestão, houve aceleração de franquias, lojas próprias e canais digitais. Quais foram os maiores desafios da omnicanalidade no varejo de chocolates?

“O maior desafio foi transformar o digital e o físico em aliados complementares. Fomos precursores e corajosos ao construir um ecossistema que beneficia integralmente os franqueados. Hoje, mais de 95% das vendas digitais acontecem via ShipFromStore, com o last mile operado pelo próprio franqueado. Nossa estratégia omnichannel coloca o consumidor no centro e fortalece a rede como um todo. No varejo de indulgência, experiência é o que diferencia — o cliente quer conveniência, mas também quer emoção.”

A Kop Koffee nasceu como um braço inovador do grupo. Como surgiu a ideia de investir em cafés e experiências?

“A Kop Koffee nasceu de uma inquietação: como prolongar a relação do consumidor com a Kopenhagen além da compra do chocolate? O café veio como uma extensão natural do nosso propósito de proporcionar momentos de cumplicidade entre café e chocolate. Queríamos criar um espaço que unisse sabor, aroma e tempo — um convite para viver experiências genuínas. A Kop Koffee se consolidou como uma nova frente estratégica do grupo, ampliando pontos de contato e reforçando a conexão emocional com nossos consumidores. É um projeto que traduz nossa crença de que marcas fortes não vendem apenas produtos, mas criam experiências que permanecem.”



Como equilibrar tradição — marcas icônicas como a Kopenhagen — com a necessidade constante de inovação para dialogar com novos públicos?

“Tradição é nosso alicerce, inovação é nosso combustível. Sempre digo que a Kopenhagen tem quase 100 anos, mas pensa como uma startup. O segredo está em respeitar a essência e, ao mesmo tempo, se reinventar sem medo. Criamos linhas como Soul Good, que anteciparam o movimento de wellness e mostraram o quanto é possível inovar sem perder identidade.”

O segmento de chocolates premium tem crescido muito no Brasil. O que ainda pode ser explorado para expandir esse mercado?

“O consumidor brasileiro está cada vez mais sofisticado e aberto a experiências. Acredito que o futuro do chocolate premium está na personalização e na conexão emocional. As pessoas não compram apenas um produto; compram uma sensação, e isso só acontece quando há cuidado, consistência e coerência em cada detalhe. Nosso desafio é continuar elevando o padrão, entregando sabor, experiência e encantamento em cada interação”.

Qual foi a decisão mais difícil que você já tomou como CEO?

“As decisões mais difíceis sempre envolvem pessoas. Em momentos de reestruturação, precisei tomar decisões necessárias para o negócio, mas que exigiram sensibilidade e empatia. A liderança te coloca diante de dilemas em que não há caminhos fáceis. Nessas horas, é essencial estar ancorada em valores e clareza de propósito. O mais importante é nunca perder a humanidade, mesmo nas decisões mais racionais”.

Você acredita que sua história de superação pessoal contribuiu para moldar sua forma de liderar?

“Sem dúvida. A vida me ensinou a ser resiliente, e essa resiliência se reflete na minha forma de liderar. Já enfrentei momentos desafiadores, pessoais e profissionais, e aprendi que vulnerabilidade não é fraqueza é força. Quando compartilho minhas experiências, mostro que por trás da executiva existe uma mulher real, que sente, erra e recomeça. Acredito que autenticidade é o maior ativo de uma liderança inspiradora”.

Olhando para os próximos anos, quais são os maiores sonhos e metas que você ainda deseja alcançar à frente do Grupo CRM?

“Acredito que, em termos de conquistas com a Kopenhagen e a Brasil Cacau, alcancei tudo o que havia me proposto. Agora me preparo para uma nova fase. Fico como CEO até dezembro e, a partir de 2026, quero seguir explorando minha veia empreendedora, construindo novos projetos de impacto e significado. Vejo esse novo ciclo como uma oportunidade de continuar aprendendo, empreendendo e contribuindo para o ecossistema de negócios brasileiro.”

Se pudesse definir sua trajetória profissional em uma frase, qual seria?

“Trabalhar com verdade, intensidade e consistência é o que transforma uma carreira em legado”.

Você pode conferir toda a trajetória da Renata Vichi através do seu livro ‘Chocolate nas Veias’, lançado pela Buzz Editora em 2022.


OpenAI enfrenta processo por possível impacto do ChatGPT na saúde mental de usuário

OpenAi responde processo de seis famílias nos Estados Unidos, alegando que o ChatGPT contribuiu para o desenvolvimento de momentos de delírios, dependência emocional e autodestruição.  As acusações incluem auxilio ao suicídio, homicídio por negligência e falhas graves de segurança; durante entrevista de investimentos, surpreendem o CEO com o assunto delicado.

Momento delicado para OpenAI

Ações protocoladas contra OpenAI acontecem nos tribunais estaduais da California. Entre as alegações, uma informa a contribuição do chatbot para a autodestruição e instrução de como retirar a própria vida a Jovem de 17 anos, meio a conversa. Outro caso, homem desenvolve delírios depois de dois anos interagindo, perdendo estabilidade emocional, prejudicando aos poucos o meios sociais e financeiros. Houveram diversos alertas sobre as versões mais poderosas do chatGPT ao estado psicológico dos usuários antes de disponibilizar ao público, informa Social Media Victims Law Center e  Tech Justice Law Project.


ChatGPT (Foto: Reprodução/Cheng Xin/Getty Images Embed)


OpenAi, em comunicado, declara serem “profundamente tristes” os relatos, afirmou responder formalmente após analisar os detalhes das ações judiciais. A companhia reforça investimento em sistemas de segurança e meios de evitar danos, porém não expos planos de possíveis mudanças nas novas versões. O tema da disputa judicial amplia e chama atenção para debates sobre limites e responsabilidades da inteligência artificial no cotidiano da sociedade.

O perigo das “IAS terapeutas”

No brasil, segundo a estimativa do UOL com dados da agencia de comportamento Talk, certa de 12 milhões de brasileiros utilizam da ferramenta de inteligência artificial como terapeuta, nos EUA o cenário é mais alarmante, cerca de 49,2 milhões de adultos, 19% dos americanos. A ferramenta possui disfuncionalidade, diagnosticando e aconselhando de maneira perigosa. Segundo Exame “IA falha em reconhecer intenções suicidas ou sintomas psicóticos e oferece respostas prejudiciais. Em um dos testes, pesquisadores receberam estatísticas sobre a altura de pontes ao invés de uma intervenção de crise” regredindo estados, contrário ao objetivo dos usuários.

A utilização de IA para apoio de profissionais de saúde, ajuda em diagnósticos, porém policiando sobre os riscos, existindo respostas incorretas, disseminação de desinformação e violações de privacidade, segundo Organização Mundial da Saúde (OMS). A utilização para autocuidado, pode fornecer conselhos médicos incorretos, recomendar a mistura de medicamentos contraindicados, validar crenças delirantes agravando delírios em usuários vulneráveis. E sua dependência, pode levar o adiamento de cuidados urgentes de profissionais necessários.



Durante entrevista com a revista Veja, CEO Altman foi surpreendido enquanto explicava os planos de investimento. Existindo planos de data centers em estados brasileiros como São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Questionado sobre o tema sensível, respondeu, mas cauteloso, afirmando que, a IA é uma das opções acessíveis, embora profissionais humanos sejam a melhor opção, mas, trata de uma alternativa para aqueles que não podem pagar pelo serviço. A fala do CEO, acontece enquanto a empresa responde processos jurídicos. Especialistas argumentam, a medida que a IA degenerativa ganhe capacidade de atuar, simulando empatia e uma conversa natural, aumenta o risco de dependência emocional e psicológica dos usuários.

OpenAi está passando por mais um episódio delicado de seus diversos temas que abordam Inteligência Artificial e seus impactos positivos e negativos à sociedade e meio ambiente. A humanização de seus sistemas, a cada versão, cresce o risco de aumento de problemas psicológicos na sociedade por contribuição do chatbot, precisando atentar-se no desenvolvimento e cuidados, responsabilizando por seus impactos diretos e indiretos. Atualmente, existem planos de data centers no Brasil, o projeto do Rio de Janeiro deve se tornar um dos maiores do tipo na América Latina e sem nenhum investimento por parte da OpenAI.

Investidores da Tesla se posicionam contra remuneração recorde para Elon Musk

O plano do conselho da Tesla que visa conceder um pacote de remuneração avaliado em US$ 1 trilhão ao CEO Elon Musk gerou forte reação entre acionistas e autoridades. Uma coalizão formada por investidores institucionais e representantes de estados norte-americanos pede que o acordo seja rejeitado na próxima assembleia da companhia, marcada para novembro.

Os argumentos do grupo

Entre os críticos está o SOC Investment Group, seguido dos tesoureiros dos estados de Nevada, Novo México e Connecticut. Em carta enviada aos acionistas, o grupo argumenta que o conselho da Tesla estaria se empenhando excessivamente para assegurar a permanência de Musk, mesmo diante de resultados que indicam queda no desempenho financeiro e operacional.

O documento também solicita a rejeição da reeleição de três diretores: Ira Ehrenpreis, Joe Gebbia e Kathleen Wilson-Thompson. Também há argumentos sustentando que, ao privilegiar a permanência do executivo, o conselho estaria adiando o cumprimento de metas estratégicas aprovadas na última reunião anual. Além disso, ressalta a falta de supervisão adequada da gestão, fator que, segundo os signatários, compromete a transparência e a confiança na condução da empresa.


Logo da Tesla (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Entrega positiva e resposta da Tesla

Embora a Tesla tenha anunciado recentemente um recorde de entregas trimestrais, investidores seguem apreensivos com o futuro. Uma das preocupações mais citadas é o impacto da possível expiração de incentivos fiscais para veículos elétricos nos Estados Unidos, medida que poderia reduzir a competitividade da montadora.

Apresentado no mês anterior, o pacote de remuneração proposto é considerado o maior já oferecido a um executivo em toda a história corporativa. Ele prevê metas ambiciosas de desempenho, associadas a ganhos de controle e valorização de mercado.

Em resposta às críticas, a Tesla afirmou em publicação na rede X que o plano visa alinhar os interesses de Musk aos dos acionistas, medida que pode gerar trilhões de dólares em valor agregado. A empresa enfatizou que, em caso de descumprimento das metas, o CEO não receberá qualquer pagamento.

Francesca Bellettini assume comando da Gucci e promete reverter crise da maison

A Gucci inicia um novo capítulo em sua história com Francesca Bellettini no comando. A CEO, conhecida por transformar a Saint Laurent, agora encara um novo desafio em sua careira reacendendo o prestígio da principal marca do grupo Kering.

A Kering anunciou oficialmente nesta quarta-feira (17), após o fechamento da bolsa de Paris, que Francesca Bellettini é a nova presidente e CEO da Gucci. Os rumores sobre a escolha de Francesca circulavam desde o final de seman e a presença de Bellettini representa uma grande mudança estratégica para a maison italiana, que enfrenta um período de desempenho negativo no mercado de luxo da moda.

Francesca Bellettini traz experiência e prestígio do comando da Saint Laurent

Com uma trajetória de sucesso à frente da Saint Laurent, Bellettini conquistou reconhecimento no setor por sua gestão estratégica e crescimento expressivo da marca. Sua experiência dentro do próprio grupo Kering garante familiaridade com as engrenagens da holding e fortalece a confiança em sua capacidade de liderar a Gucci.

A nomeação também simboliza um dos primeiros grandes movimentos de Luca de Meo, novo CEO da Kering. Ele assumiu oficialmente nesta semana e já começou a reformular a estrutura corporativa, eliminando o sistema de dupla vice-presidência e sinalizando uma nova era de decisões mais centralizadas e assertivas.

Gucci busca retomada com urgência e aposta na dupla Bellettini e Demna

A situação da Gucci exige resultados rápidos e consistentes, e a chegada de Bellettini vem acompanhada de um senso de urgência. Segundo Luca de Meo, “Gucci, como carro-chefe do grupo, merece foco absoluto”, destacando que a nova CEO traz “liderança e execução impecável” para restaurar a marca ao seu devido lugar.



Além disso, Demna, que inicialmente só assumiria as coleções da Gucci em 2026, fará sua estreia já no próximo dia 23, durante a semana de moda de Milão. A antecipação de sua apresentação reforça a estratégia da maison de acelerar mudanças e recuperar relevância no cenário do luxo global.

Com a liderança de Francesca Bellettini e a criatividade de Demna, a Gucci inicia uma fase decisiva para retomar seu prestígio e reverter os resultados negativos. A aposta da Kering mostra que o grupo está disposto a agir com rapidez e ousadia para manter sua joia da coroa brilhando no competitivo mercado de luxo.

Tesla propõe pacote trilionário a Musk em projeto para expansão de IA e robótica

A Tesla apresentou, por meio de seu conselho de administração, uma proposta que pode redefinir como a indústria de tecnologia e mobilidade vê os planos de remuneração executiva. A empresa sugeriu um pacote ousado de compensação no valor de US$ 1 trilhão para Elon Musk, condicionado ao cumprimento de metas ambiciosas, como transformar a companhia em referência global em inteligência artificial, robótica e veículos autônomos.

Valor oito vezes maior

Segundo o plano, caso o valor de mercado da Tesla alcance US$ 8,6 trilhões — quase oito vezes a capitalização atual da empresa —, Elon Musk poderá receber até 12% de suas ações. A proposta não inclui salário fixo nem bônus em dinheiro, mas prevê premiações em cotas vinculadas a metas específicas, como à venda em larga escala de veículos elétricos, a implementação de robotáxis e a entrega de robôs humanoides com tecnologia avançada de inteligência artificial.

O movimento ocorre em um momento de transição estratégica para a Tesla, que busca expandir sua atuação além do setor automotivo, reforçando o investimento em inteligência artificial e disputando espaço com outras potências globais na corrida por soluções de automação e robótica.


Robô humanoide da Tesla (Vídeo: reprodução/Instagram/@teslamotors)

Outros planos de compensação

Apesar do impacto do valor oferecido, não é a primeira vez que a Tesla vincula a permanência de Elon Musk a uma compensação extraordinária. Em 2018, o plano concedido a ele foi estimado em US$ 56 bilhões, mas acabou sendo questionado judicialmente e ainda está em disputa nos tribunais de Delaware. Em 2024, após nova contestação, a companhia transferiu sua sede para o Texas, buscando maior flexibilidade regulatória.

Para os acionistas, o desafio vai além das cifras, já que a permanência de Musk é considerada estratégica, mantendo a capacidade de inovação da Tesla e garantindo vantagem competitiva em setores emergentes. CEO desde 2008, Musk é valorizado não apenas por sua visão tecnológica, mas também pela habilidade de atrair talentos no disputado mercado de tecnologia. Assim, o pacote trilionário reforça não só a confiança no potencial de Musk, mas também a aposta da Tesla em um futuro dominado por inteligência artificial, robótica e novas soluções de mobilidade.

 

Riccardo Bellini é o novo CEO da Maison Valentino

Na última quarta-feira (20), a marca italiana Valentino nomeou o atual diretor-geral da Mayhoola, empresa controladora da famosa marca italiana, assumirá o cargo de diretor-executivo da Valentino. Após comandar marcas de alto luxo como Maison Margiela e Chloé, ele tomará posse na função na marca Valentino no dia 1º de setembro.

Após quatro anos comandando a Maison, ele assumirá o lugar de Jacopo Venturini, que deixou a posição em agosto por motivos pessoais. O presidente da Valentino, Rachid Mohamed Rachid, elogiou Belline e ressaltou “acelera o percurso” da grife.

O novo diretor-executivo

O novo CEO declarou estar “honrado” por ingressar em uma “casa de moda icônica que combina uma tradição extraordinária com uma abordagem criativa única”. Em entrevista disse: “Não vejo a hora de trabalhar com Alessandro Michele e a excepcional equipe da Valentino para celebrar os valores da Maison e escrever seu próximo capítulo”, afirmou Bellini, que traz consigo 30 anos de experiência em administração nos segmentos de moda e luxo.


Novo diretor-executivo da Maison Valentino (Foto: reprodução/redação/Ansia Brasil)

Belline dividirá seu tempo entre as sedes da Valentino em Milão, Paris e Roma. Já nessa primeira missão será visitar as equipes globais da marca para incentivá-las e despertar o entusiasmo entre os funcionários. Bellini é conhecido por seu estilo de liderança que é inclusivo, envolvente e compreensivo.

Novas ideias

A entrada de Riccardo Bellini na Valentino vai além de uma mera troca de liderança: é uma estratégia em um momento em que a marca tenta retomar sua posição em um mercado que se torna cada vez mais competitivo. A ideia é de reestabelecer a identidade criativa da Maison enquanto se ajusta às novas demandas comerciais e digitais do setor, comprometendo a conciliar a visão artística com objetivos de crescimento sustentável, digitalização e expansão internacional.


Valentino anuncia novo CEO (Foto: reprodução/Instagram/@revistazelo)

Nos últimos 18 meses, mais de seis marcas trocaram seus diretores criativos como parte da estratégia dos grupos de luxo para impulsionar as vendas e reconquistar clientes descontentes. Valentino, um queridinho das celebridades de Hollywood conhecido por seus vestidos vermelhos ousados, teve um faturamento de € 1,3 bilhão no ano passado, registrou uma queda de 2% em comparação a 2023, ano que também registrou uma diminuição nas receitas em relação ao período anterior.