Argentina será sede de mega data center da OpenAI

Enquanto o Brasil ainda discute reformas tributárias e gargalos energéticos, a OpenAI decidiu fincar bandeira tecnológica na Argentina. O país será sede de um dos maiores data centers do planeta, um investimento bilionário que promete transformar a região em um novo polo da inteligência artificial mundial.

Mas por que Buenos Aires e não São Paulo? A resposta envolve uma combinação de pragmatismo fiscal, energia barata e timing político, três fatores que o Brasil, por ora, não conseguiu alinhar.

O jogo da previsibilidade

A OpenAI, empresa que lidera a revolução da IA generativa, não escolhe endereços por acaso. Cada decisão é guiada por cálculos de risco, custo e estabilidade. A Argentina, sob o novo regime de investimentos (RIGI), ofereceu isenção fiscal agressiva, regras simples e horizonte previsível, algo raro em um continente conhecido por instabilidade regulatória.


Javier Milei com investidores da Open AI (Foto: reprodução/x/@techrepublic)

O Brasil, por outro lado, ainda é visto como um território de labirintos burocráticos. Licenças ambientais lentas, múltiplos tributos e tarifas imprevisíveis elevam o custo de qualquer projeto de infraestrutura digital.
Em um setor onde tempo é sinônimo de vantagem tecnológica, o atraso burocrático tem peso de derrota.

Energia limpa, mas não barata

Um data center da magnitude planejada pela OpenAI consome energia suficiente para abastecer uma cidade de médio porte. E não qualquer energia: é preciso que seja estável, limpa e barata.
A Argentina possui vasta capacidade eólica e solar na Patagônia, além de incentivos diretos à produção renovável. Isso reduz custos operacionais e torna o projeto mais “verde”, uma exigência estratégica num momento em que as big techs precisam exibir responsabilidade climática.

O Brasil até possui matriz energética exemplar, mas enfrenta gargalos de transmissão, tarifas elevadas e um emaranhado de regulações estaduais. Para um empreendimento global, cada centavo economizado em eletricidade representa milhões no balanço anual.

Conectividade e soberania digital

Outro ponto silencioso, mas crucial, é o posicionamento estratégico. A Argentina vem se posicionando como hub de dados entre o Atlântico e o Cone Sul, conectando novas rotas de cabos submarinos que ligam a América Latina à África e à Europa. Ter um data center ali não é apenas uma escolha econômica, é um movimento geopolítico.

O Brasil, apesar de ser líder regional em tecnologia, ainda depende de rotas de dados concentradas no Sudeste e de uma malha de infraestrutura desigual. No tabuleiro digital, isso o torna um gigante com pés de barro.

O fator político também conta. Javier Milei entendeu rapidamente o peso simbólico de atrair uma empresa como a OpenAI: é mais que um investimento, é uma declaração de soberania tecnológica. Ao se posicionar como “terra amiga da inovação”, o governo argentino transformou a política econômica em marketing global.

Enquanto isso, o Brasil segue dividido entre discursos sobre IA e falta de execução prática. A diferença é simples: a Argentina ofereceu um contrato; o Brasil, uma promessa.

A lição que o Brasil pode (e precisa) aprender

A decisão da OpenAI não deve ser lida como uma derrota isolada, mas como um alerta. O país que quer disputar a liderança em tecnologia precisa oferecer ambiente competitivo, fiscalmente claro, energeticamente eficiente e digitalmente conectado.
Não basta ter engenheiros brilhantes e universidades fortes; é preciso ter solo fértil para que a inovação floresça. Se a Argentina conseguiu se tornar o epicentro da IA no continente, é porque entendeu algo que o Brasil parece ter esquecido: o futuro não espera pela burocracia

Apagão nacional: ONS terá 30 dias para concluir relatório sobre causas

O Brasil viveu um apagão de grandes proporções na madrugada desta terça-feira (14), afetando 24 estados e o Distrito Federal, e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que irá concluir em até 30 dias o relatório técnico que investigará as causas do blecaute. Em reunião com o ministro Alexandre Silveira, da Ministério de Minas e Energia (MME), foi definido que o documento — denominado Relatório de Análise de Perturbação (RAP) — vai apontar os fatores que levaram ao apagão, o impacto sobre o sistema e as correções necessárias para evitar repetição.

Impacto imediato e região mais afetada

O incidente foi desencadeado por um incêndio em um reator da subestação de Bateias, no Paraná, que apagou parte da linha de transmissão de 500 kV e desconectou a região Sul do restante do país. O desligamento controlado de cerca de 10 GW de carga foi necessário para evitar que o efeito se propagasse, segundo o ONS. São Paulo foi o estado mais atingido em termos de volume, com interrupção de aproximadamente 2,6 GW, seguido por Minas Gerais (1,2 GW) e Rio de Janeiro (900 MW). Apesar da complexidade, o sistema conseguiu restabelecer a maior parte da energia em menos de uma hora nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste; a recuperação total demorou até cerca de duas horas.


Fiação elétrica (Foto: reprodução/Europa Press News/Getty Images Embed)

Investigação em curso e consequências para o setor elétrico

O RAP exigido pelo ONS e pelo MME servirá não apenas para identificar o que ocasionou o apagão, mas também para recomendar ações estruturais que fortaleçam o sistema elétrico nacional. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi acionada para fiscalizar o caso, e equipes técnicas foram enviadas à subestação de Bateias para realizar inspeções detalhadas. O episódio evidencia que, embora o sistema elétrico brasileiro tenha demonstrado agilidade na recuperação, ele ainda apresenta vulnerabilidades que precisam ser enfrentadas.

Especialistas destacam que a falta de investimentos em manutenção, a sobrecarga das linhas de transmissão e o envelhecimento da infraestrutura tornam o sistema mais suscetível a falhas em larga escala. Além disso, o relatório poderá indicar se há necessidade de atualização tecnológica e protocolos mais rígidos de segurança, especialmente diante do aumento no consumo de energia e da dependência crescente de fontes interligadas. O governo pretende usar as conclusões para revisar políticas energéticas e garantir maior estabilidade ao abastecimento nacional.

Brasil enfrenta apagão noturno em 25 estados e no Distrito Federal

Na madrugada desta terça-feira (14), um blecaute afetou o Distrito Federal e ao menos 24 estados, deixando várias regiões do país sem energia por um período. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a causa foi um incêndio em uma subestação no Paraná. O fornecimento já foi totalmente restabelecido.

Apagão se espalha pelo país

Usuários relataram nas redes sociais falta de energia no Distrito Federal e em pelo menos dez estados, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Ceará, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Santa Catarina.

A queda de energia teria sido provocada por um incêndio em um reator da Subestação de Bateias, no Paraná, por volta de 0h30, que levou ao desligamento completo da estrutura de 500 kV e à interrupção da conexão entre duas regiões. As causas do incidente seguem sob investigação e ainda não foram oficialmente confirmadas.


Linhas de transmissão de energia em Brasília (Foto: reprodução/infomoney/Ueslei Marcelino)

O incêndio desligou a subestação de 500 kW e interrompeu o fluxo de energia entre as regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste, gerando uma contingência grave. Para evitar danos maiores, foi preciso cortar 10 MW de carga de forma controlada, segundo o Ministério de Minas e Energia.

Sistema elétrico volta ao normal

O apagão causou queda de carga em várias regiões: 1.600 MW no Sul, 1.900 MW no Nordeste, 1.600 MW no Norte e 4.800 MW no Sudeste. O ONS acionou medidas emergenciais e restabeleceu a energia em até 1h30 no Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste. No Sul, a normalização total foi por volta das 2h30. Segundo o ministro Alexandre Silveira, a falha foi pontual e ligada à transmissão, sem relação com falta de energia.

Uma reunião sobre o apagão será realizada hoje, e o ONS já iniciou a análise técnica do caso, com previsão de relatório até sexta-feira (17). A Aneel vai enviar equipes à subestação afetada para investigar a causa da falha. Segundo o Ministério de Minas e Energia, toda a carga elétrica já foi restabelecida. Os efeitos variaram: em alguns locais, a queda durou segundos; em outros, mais de uma hora.

Tratamento moderno para câncer de mama chega ao SUS

Chegou ao Brasil nesta segunda-feira (13), o primeiro lote do medicamento Trastuzumabe Entansina, indicado para tratar câncer de mama HER2-positivo e será incorporado ao SUS. A entrega ocorreu no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), em meio à campanha Outubro Rosa, que reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença.

Medicamento inovador no SUS

O Brasil recebeu cerca de 12 mil unidades do medicamento, em dosagens de 100 mg e 160 mg. Esse é o primeiro de quatro lotes que serão entregues ao longo dos próximos meses, com novas remessas previstas para dezembro de 2025, março e junho de 2026. A previsão é atender 100% da demanda atual, beneficiando 1.144 pacientes ainda este ano.

O Trastuzumabe Entansina é uma terapia direcionada que age nas células tumorais com proteína HER2, oferecendo tratamento mais eficaz e menos agressivo. É indicado para mulheres com câncer de mama HER2-positivo em estágio III que ainda apresentam sinais da doença após a quimioterapia inicial.


Primeiro lote de Trastuzumabe Entansina chega ao Brasil (Foto: reprodução/site/Agência Brasil/Rovena Rosa)

De acordo com o Ministério da Saúde, o medicamento foi adquirido com desconto de 50% em relação ao valor de mercado, totalizando um investimento de R$ 159 milhões. Será encaminhado às secretarias estaduais de saúde, responsáveis pela aplicação conforme os protocolos clínicos estabelecidos.

Avanço no tratamento do câncer de mama

Além do Trastuzumabe, o governo vai ampliar o acesso a outros tratamentos contra o câncer de mama. Ainda em outubro, o Ministério da Saúde autoriza a compra descentralizada de inibidores de ciclinas, usados em casos avançados com receptor hormonal positivo e HER2-negativo. A aquisição será feita por estados e municípios, com apoio financeiro federal.

Para fortalecer ainda mais a política de saúde da mulher, o SUS passou a oferecer mamografias a partir dos 40 anos, mesmo para quem não tem sintomas ou histórico familiar. A ampliação da faixa etária representa um passo importante na promoção do diagnóstico precoce e na prevenção do câncer de mama.

Arsenal repensa Gabriel Jesus: entre dúvidas e recomeços

O Arsenal vive um momento de reavaliação profunda, e o nome de Gabriel Jesus está no centro desse debate. Contratado para ser a referência ofensiva de Mikel Arteta, o brasileiro agora encara uma temporada marcada por lesões, concorrência pesada e questionamentos sobre seu papel em Londres.

De protagonista a incógnita

Quando chegou ao Arsenal, Gabriel Jesus carregava a missão de ser mais do que um goleador: um símbolo da reconstrução dos Gunners. O início foi promissor, gols, liderança e identificação imediata com a torcida.
Mas as seguidas lesões e a ascensão de novas peças do elenco transformaram o cenário. Hoje, o atacante luta não apenas por espaço, mas por relevância em um projeto que evolui sem depender tanto dele.


Gabriel Jesus em jogo pelo Arsenal (Foto:reprodução/x/@futebol_info)

Fontes próximas ao clube indicam que a diretoria e Arteta avaliam a possibilidade de negociá-lo na próxima janela de transferências, caso surjam propostas consideradas vantajosas. O plano seria oxigenar o elenco e abrir espaço para novos perfis de ataque.

Um talento em busca de sequência

A irregularidade física tem sido o principal adversário do camisa 9. Desde o início de 2024, Gabriel Jesus perdeu meses importantes por conta de uma lesão ligamentar no joelho. Recuperado, tenta retomar ritmo num Arsenal que disputa títulos e exige intensidade máxima.

Mesmo assim, o brasileiro ainda é visto com respeito dentro do vestiário. Arteta elogia sua entrega, e a torcida reconhece seu papel em momentos decisivos.

Olhares estrangeiros e o sonho europeu

Gabriel Jesus segue firme em seu desejo de permanecer na Europa. O retorno ao Brasil, especulado por torcidas de Palmeiras e Flamengo, não é prioridade no curto prazo. Clubes italianos e espanhóis monitoram a situação à distância, enxergando oportunidade caso o Arsenal confirme a intenção de negociar.

Entre a reinvenção e o adeus

Com contrato até 2026, Gabriel Jesus vive uma encruzilhada. Para alguns, está diante da chance de se reinventar como peça tática versátil; para outros, seu ciclo no Arsenal caminha para o fim.
O que parece certo é que o brasileiro ainda tem história para contar, seja no Emirates Stadium ou em outro palco europeu.

Ancelotti sinaliza mudanças na escalação para amistoso contra Japão

Depois da goleada aplicada sobre a Coreia do Sul, o técnico Carlo Ancelotti prepara mudanças na escalação da Seleção Brasileira para o amistoso contra o Japão. Durante o único treino em Tóquio, Ancelotti confirmou Hugo Souza no gol, mas deixou claro que em outros setores poderá promover ajustes buscando equilíbrio e para observar novos nomes em campo.

Mudanças já confirmadas e possibilidades para o setor defensivo

A principal alteração é no gol: Hugo Souza ocupará a vaga de Bento, numa decisão que pretende observar seu desempenho sob pressão. Na defesa, Ancelotti admitiu estudar rearranjos, especialmente diante de partidas internacionais em sequência. O treinador afirmou que aproveitará o confronto para testar diferentes esquemas táticos e jogadores pouco utilizados, sem descartar mexidas na linha defensiva.

Estêvão fora?

Além disso, o atacante Estêvão está sendo reavaliado após diagnóstico de gripe e pode ceder lugar caso não esteja em plenas condições. As opções ofensivas também permitem variações, com Lucas Paquetá e outros atacantes como alternativas que podem compor um ataque mais leve ou agressivo, conforme o andamento da partida.


Seleção Brasileira (Foto: reprodução/ Instagram/ rafaelribeirorio)

O amistoso com o Japão representa o 14º confronto entre as seleções principais até hoje, o Brasil nunca perdeu para os japoneses em partidas oficiais ou amistosas. São 13 jogos, com 11 vitórias brasileiras e dois empates. Ancelotti quer manter essa invencibilidade e aproveita o jogo para dar ritmo a atletas que ainda precisam mostrar serviço no palco da Seleção.

Além da importância simbólica de manter o retrospecto positivo, o duelo também serve como um novo teste para consolidar o estilo de jogo que o treinador vem implementando desde que assumiu o comando da equipe. A partida será uma oportunidade para observar a consistência tática, o entrosamento entre os jovens convocados e a capacidade de adaptação em diferentes contextos.

Com uma sequência intensa de compromissos à frente, Ancelotti busca transformar esses amistosos em base sólida para as futuras competições, reforçando a ideia de uma Seleção mais versátil, competitiva e focada em recuperar o protagonismo no cenário mundial.

Bortoleto escolhe Senna como favorito da Fórmula 1

Gabriel Bortoleto, piloto brasileiro da Fórmula 1 (F1), escolheu o seu piloto favorito da categoria. Em entrevista à Gazzetta dello Sport, o piloto da Sauber escolheu Ayrton Senna no ”esse ou aquele” e não votou em outros brasileiros da lista, como Rubens Barrichello e Felipe Massa.

As escolhas de Bortoleto

Confira as escolhas de Gabriel Bortoleto na escolha de seu piloto predileto da Fórmula 1:

  • Kimi Haikksonen ou Rubens Barrichello;
  • Kimi Haikksonen ou Jenson Button;
  • Kimi Haikksonen ou Michael Schumacher;
  • Michael Schumacher ou Felipe Massa;
  • Michael Schumacher ou Lewis Hamilton;
  • Michael Schumacher ou Fangio;
  • Michael Schumacher  ou Ayrton Senna;
  • Ayrton Senna ou Niki Lauda;
  • Ayrton Senna ouAlain Prost;
  • Ayrton Senna ou Fernando Alonso.

Gabriel Bortoleto para Gazzetta dello Sport (Vídeo: reprodução/Instagram/@gazettadellosport))

Estreante na categoria

Em 2026, a equipe Sauber se transformará em Audi e o projeto conta com Gabriel Bortoleto. O objetivo é fazer com que a equipe deixe de ser de fim de grid e dispute títulos da F1. Para isso, a montadora alemã aposta na experiência de Nico Hulkenberg com a ascensão de Gabriel Bortoleto.

2027 em vista

Segundo o jornalista suíço Roger Benoit, do jornal Blick, Gabriel Bortoleto pode estar na mira da Ferrari para a temporada de 2027. De acordo com a publicação, a equipe de Maranello busca uma reformulação profunda em sua dupla de pilotos. Com este objetivo, a Ferrari acompanha de perto o desempenho do jovem piloto.

A informação aparece em um momento conturbado da equipe italiana que, após mais uma semana sem resultados expressivos na temporada de 2025, observa o clima interno se tornar cada vez mais tenso.

Confirmado ou não, Bortoleto vem crescendo dentro do campeonato e fazendo uma boa campanha na F1, pontuando em quatro corridas da temporada, disputada com uma equipe pouco estável. Ele é 18º no campeonato de pilotos.

Número de brasileiros que enfrentam a fome cai para 6,4 milhões, o menor desde 2004

A pesquisa divulgada nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a fome atingiu 6,4 milhões de brasileiros em 2024, o menor número registrado desde 2004. O levantamento faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) e revela que 3,2% dos lares do país enfrentam insegurança alimentar grave — queda significativa em relação a 2023, quando 8,6 milhões de pessoas viviam nessa condição, o equivalente a 4,1% dos domicílios. Em um ano, 2,2 milhões de brasileiros deixaram de passar fome.

Renda e emprego impulsionam melhora

Os dados apontam que a recuperação econômica foi decisiva. O aumento da renda, a ampliação do Bolsa Família e a estabilidade do mercado de trabalho contribuíram diretamente para a redução da fome. Entre as famílias em insegurança alimentar grave, 71,9% vivem com até um salário mínimo, e 66,1% dos lares com algum grau de privação alimentar têm renda per capita de até um salário mínimo.


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A estabilidade no emprego foi crucial para a redução da fome entre os mais pobres. (Reprodução/Imagem ilustrativa/Getty images Embed/Andreswd)

A gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, destacou que o recuo da taxa de desocupação e os programas sociais garantiram um cenário mais favorável de acesso à alimentação.

Desigualdade ainda no prato brasileiro

Mesmo com avanços, a fome segue mais presente em lares chefiados por mulheres (59,9%) e pessoas negras (70,4%) — sendo 54,7% pardas e 15,7% pretas. As regiões Norte (37,7%) e Nordeste (34,8%) concentram os piores índices, com destaque para as áreas rurais (31,3%).
Embora 24,2% dos lares brasileiros ainda convivam com algum grau de insegurança alimentar, o número é inferior ao de 2023 (27,6%) e sinaliza avanço em relação aos últimos anos, o que impulsiona uma continuidade na diminuição da fome no Brasil, país que carrega em sua história a desigualdade social.

Brasil goleia Coreia do Sul por 5×0 com brilho de Estevão e Rodrygo

Na manhã desta sexta-feira(10), o Brasil venceu a Coreia do Sul em Seul por 5×0, abrindo a série de amistosos preparatórios para a Copa do Mundo de 2026 que será disputada no México, Canadá e Estados Unidos.

A partida ficou marcada por uma atuação de gala dos atacantes que marcaram todos os gols e principalmente de Estevão que marcou duas vezes e deu uma assistência.

Ancelotti mudou o esquema da equipe para o jogo

Para a partida de hoje contra a Coreia do Sul, o técnico Carlo Ancelotti propôs várias mudanças na equipe com relação aos seus primeiros jogos no comando da Seleção Brasileira.

A primeira mudança foi no gol. Com Alisson e Ederson lesionados, foi a vez de Bento mais uma vez mostrar seu valor no gol do Brasil. O arqueiro não defendia a seleção como titular desde a goleada sofrida contra a Argentina por 4×1 em março.

Ainda na defesa, o técnico propôs a volta de Eder Militão a zaga titular, fazendo companhia a Gabriel Magalhães, que cada dia tem se firmado mais entre os titulares.


Escalações de Coreia do Sul e Brasil para o amistoso (Foto: Reprodução/X/@DiarioGols)

A maior mudança, no entanto, foi no esquema. A equipe passou a jogar em um 4-2-4 sem um meia articulador e com flutuação entre os atacantes, algo que Tite já tinha testado no ciclo para a Copa de 2022, mas que não levou para frente.

Para essa partida, Matheus Cunha e Estevão, que estavam na última convocação para as Eliminatórias e Rodrygo e Vini Jr, que voltaram após ficarem de fora dos jogos contra Chile e Bolívia, formaram o ataque para este jogo.

Alterações surtiram efeito

As mudanças no time parece que fizeram bem para o Brasil, que desde os primeiros minutos se lançou ao ataque e foi em busca de resolver o jogo com Rodrygo e Vini Jr arriscando chutes de fora da área.

O primeiro gol saiu aos 12 minutos após passe quebra-linha de Bruno Guimarães que encontrou Estevão cara a cara com o goleiro para abrir o placar para a seleção canarinho.

Minutos depois, em cruzamento para dentro da área feito por Rodrygo, Casemiro marcou de cabeça, mas o volante estava impedido e o gol foi anulado.

Apesar disso, a Coreia do Sul seguia fazendo pressão na saída de bola brasileira, mas sem muito resultado prático e dando espaços para os atacantes saírem em velocidade na direção do gol sulcoreano.


Vitória brasileira foi construída pelos atacantes (Vídeo: Reprodução/YouTube/ ge tv)

Nos minutos finais da etapa inicial, o Brasil ampliou em jogada coletiva que começou com Bento e terminou com Rodrygo driblando e finalizando em um chute colocado para ampliar a vantagem brasileira.

O segundo tempo pouco mudou com relação ao primeiro e já começou com Estevão marcando o seu segundo gol após a pressão na saída de bola sul-coreana funcionar e deixar o atacante de cara para o gol para apenas tirar do goleiro.

A mesma coisa aconteceu três minutos depois, em nova pressão na saída de bola ter funcionado com Casemiro passando para Vini Jr que encontrou Rodrygo livre para transformar o amistoso em goleada.

Na reta final da partida, o Brasil puxou contra-ataque fulminante após cobrança de escanteio e Vini Jr arrancou com a bola e bailou com a defesa para de biquinho dar números finais a mais uma goleada brasileira contra a Coreia do Sul, coroando a exibição inspirada dos atacantes.

Série de amistosos continua

Este foi o primeiro amistoso da série de amistosos que o Brasil irá fazer até a Copa do Mundo de 2026, que será disputada no México, Canadá e Estados Unidos.

A equipe brasileira ainda segue na Ásia, onde enfrenta o Japão na terça-feira(14) às 7h30 pelo horário de Brasília no Estádio Nacional de Tóquio, palco da abertura e encerramento das Olimpíadas de 2020.

Na data FIFA de novembro, a CBF ainda prevê amistosos contra equipes africanas para encerrar a temporada da Seleção Brasileira. Até o fechamento desta matéria, a federação ainda não confirmou os adversários.

Para 2026, a expectativa é de amistosos contra equipes europeias. A França é a mais cotada e segundo fontes ligadas a Seleção, a partida já estaria marcada para ser realizada nos Estados Unidos, mas nem a CBF, nem a Federação Francesa confirmam a informação.

 

Brasil recebe 1º lote de antídoto contra intoxicação por metanol

O governo federal brasileiro age rapidamente para tentar conter o número de mortos por intoxicação de metanol por bebidas adulteradas e trabalha com uma forte fiscalização em diversos estados para diminuir o número de casos de pessoas. Chega ao Brasil 2,5 mil doses do antídoto que é usado no tratamento de pessoas intoxicadas por metanol.

O Ministério da Saúde recebeu nesta quinta-feira (09) o primeiro lote do antídoto formepizol.

Número de casos aumentam

De acordo com dados e boletins divulgados pelo Ministério da Saúde, 259 casos foram notificados, 24 foram confirmados. São 5 mortes confirmadas até o momento.

Em São Paulo 20 foram confirmados e 181 estão em investigação. Cinco mortes foram confirmadas em São Paulo e 11 seguem suspeitas, sendo 1 em Mato Grosso do Sul, 3 em Pernambuco, 6 em São Paulo e 1 na Paraíba.



Brasil prepara estoque

São Paulo foi o primeiro estado a receber as doses nesta quinta-feira (09), os demais estados receberão as doses nesta sexta-feira (10).

De acordo com o Ministério da Saúde o estado de São Paulo recebeu 288 doses, pois é o estado que concentra o maior número de casos, em seguida foram 120 para o Rio de Janeiro, 104 para Bahia, 84 para o Paraná, 80 para o Rio Grande do Sul e 68 doses em Pernambuco.

Os demais estados também receberam doses de acordo com a necessidade de urgência de número de casos notificados, mil ampolas ficarão de reserva pelo Ministério da Saúde se for o caso de algum estado precisar reabastecer seu estoque.

O Ministério da Saúde recebeu uma doação de 12 mil ampolas do antídoto formebizol da empresa brasileira Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos.

O número de ampolas se junta a 4,3 mil ampolas adquiridas pelo SUS para ajudar no tratamento emergencial de pessoas intoxicadas por bebidas adulteradas por metanol.

O formepizol é o principal princípio ativo recomendado por especialistas que trabalha contra a intoxicação por metanol, mas quando não há  disponibilidade dele, também pode ser aplicado o etanol, em uma dose correta e menor, por intravenosa, podendo salvar a vida do paciente.