Estudo confirma que remédios usados para diabetes e emagrecimento reduzem a vontade de ingerir álcool

Pesquisadores da Virginia Tech publicaram na revista “Scientific Reports” que os populares remédios à base de semaglutida e liraglutida, conhecidos comercialmente como Ozempic e Wegovy, podem ajudar a diminuir o consumo de álcool.

A pesquisa conduzida por cientistas do Instituto de Pesquisa Biomédica Fralin, constatou que em pessoas com uso dessas substâncias apresentam efeitos do álcool mais lento no organismo e menos sensação de embriaguez.

A origem do estudo

A ideia surgiu quando pesquisadores observaram relatos espontâneos nas redes sociais de pessoas que diziam ter perdido a vontade de beber após começaram a usar medicamentos para diabetes e obesidade.

O Projeto foi liderado por pelo especialista em comportamento e dependência química Warren Bickel, morto em 2024. Fátima Quddos, primeira autora do artigo, dedicou o estudo à memória do orientador.


Canetas de ozempic e wegovy (Foto: Reprodução / Steve Christo - Corbis / Getty Images Embed)

Como funciona a pesquisa

O estudo foi feito com 20 participantes com obesidade, sendo metade deles em uso contínuo com medicamentos de GLP-1,usados para o controle da diabetes tipo 2 e tratamento da obesidade, e a outra metade sem o uso dessa medicação.

Todos receberam uma dose padronizada de álcool para atingir cerca de 0,08% de concentração no ar expirado, que equivale a um copo de vinho ou uma dose de uísque. Mas antes dessa dose de álcool, os participantes fizeram um jejum controlado e receberam uma barra de cereal para padronizar a digestão.

Após a ingestão do álcool, eles foram monitorados durante 4 horas conferindo pressão arterial, glicemia, pulso e teor alcoólico. Também tinham que responder perguntas sobre paladar, desejo por bebida,efeitos percebidos, sensações de embriaguez e a pergunta que deu nome ao estudo: “Quão bêbado você se sente agora?”

Apesar de todos terem consumido a mesma quantidade de álcool, no grupo em uso de GLP-1, o aumento dele no sangue foi mais lento naqueles que tomavam a medicação,  eles também relataram que sentiam-se menos bêbados.

Os medicamentos com GLP-1 retardam o esvaziamento gástrico, fazendo com que  a absorção do álcool no sangue seja mais gradual e mudando o “pico” de embriaguez, podendo alterar em como o cérebro responde à bebida.

Alex DiFeliceantonio, professora da Virginia Tech e uma das autoras do estudo, pontuou que a possível ação dos GLP-1s pode ser um novo caminho terapêutico para ajudar a quem quer diminuir o consumo de álcool e no tratamento do alcoolismo. “Nossos dados preliminares sugerem que os GLP-1 suprimem a ingestão de álcool por um mecanismo diferente”.

Segundo dados do Datafolha de maio de 2025, no Brasil, ao menos 20% dos adultos bebem uma ou duas vezes na semana. Já nos Estado Unidos, segundo dados da saúde pública, mais da metade da população adulta consome álcool, sendo que 1 em cada 10 pessoas sofre com transtornos causados pelo uso do álcool.

59 casos de intoxicação por metanol mobilizam Ministério da Saúde

O Brasil já soma 59 notificações de intoxicação por metanol, segundo dados oficiais, e o Ministério da Saúde iniciou medidas emergenciais para lidar com o surto. A ação inclui fortalecimento do estoque de etanol farmacêutico, ativação de sala de situação nacional e esforços inéditos para garantir antídotos como o fomepizol. A meta é acelerar o combate ao envenenamento decorrente do consumo de bebidas adulteradas.

Surto e distribuição de casos

Das 59 notificações, 53 foram registradas em São Paulo — 11 casos confirmados e 42 em investigação — além de cinco casos suspeitos em Pernambuco e um no Distrito Federal. Há ao menos um óbito confirmado e sete mortes ainda sob análise, segundo o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS).

Como resposta, o Ministério estruturou um estoque emergencial de 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico em hospitais universitários e unidades do SUS. Também foi solicitada ao Sistema Pan-Americano de Saúde uma doação de 100 tratamentos com fomepizol, medicamento ainda não produzido no Brasil. A agência reguladora já abriu chamada internacional para identificar fornecedores do antídoto.


Metanol (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed) 

Medidas estratégicas e alertas à população

Foi instalada uma Sala de Situação para monitorar casos e coordenar ações entre órgãos federais, estaduais e municipais. Só nesta sala atuam representantes da Saúde, Anvisa, vigilâncias estaduais e Secretarias de Saúde.

Como medida preventiva, o Ministério recomenda cautela ao consumir bebidas alcoólicas de procedência duvidosa, evitar destilados desconhecidos e observar lacres, rótulos e origem. A pasta também reforça que bares, distribuidores e fabricantes devem estar atentos às fiscalizações e colaborar no rastreamento de produtos suspeitos. Além disso, orienta que profissionais de saúde façam notificações imediatas de casos suspeitos, mesmo antes da confirmação laboratorial, já que o diagnóstico rápido é fundamental para salvar vidas. A população deve procurar atendimento médico imediato em casos de sintomas como dor de cabeça intensa, visão turva, náusea ou dificuldade respiratória, sinais típicos de intoxicação por metanol.

João Gomes abandona o álcool e revela motivo relacionado à saúde

João Gomes, cantor e compositor de 22 anos, contou em detalhes sobre um problema de saúde no fígado que descobriu recentemente e que o fez abandonar o consumo de álcool. A revelação foi feita durante uma entrevista no último final de semana com Emersonyslley, blogueiro especializado em música nordestina.

Nos bastidores de um de seus shows, ele concedeu uma breve entrevista ao influenciador, conhecido por cobrir ritmos como o piseiro e o arrocha — estilos pelos qual João Gomes é bastante famoso. O cantor de “Vira Lata” tomou essa decisão em um momento que coincide com a espera de seu segundo filho, fruto do relacionamento com Ary Mirelle, embora essa não tenha sido a motivação.

João Gomes descobre gordura no fígado

Parei por conta de mim mesmo. Estava começando a ter gordura no fígado, aí falei: ‘poxa, não quero mais”, contou ele, de forma simples e leve, no vídeo. Ele também contou sobre a dificuldade que enfrentou no início do processo de parar de beber, marcado por muito estresse e até episódios de alucinação. Entretanto, o artista, que costumava consumir pelo menos duas doses de cachaça antes de seus shows, hoje está mais tranquilo e até permite a presença de bebidas alcoólicas em seu camarim para a equipe de produção.


João Gomes concede entrevista, onde fala sobre problema de saúde (Vídeo: reprodução/Instagram/@emersonyslley)

O cantor mantém uma rotina intensa, chegando a realizar aproximadamente 35 shows por mês, especialmente durante o período das festas juninas e eventos relacionados.

Entenda o que é a gordura no fígado

Embora tenha deixado de lado a cachaça antes dos shows, João Gomes brinca que um dia voltará a beber: “Quando eu tiver melhor da saúde”, disse, reforçando que agora é o momento de se cuidar.

A gordura no fígado, ou esteatose hepática, é o acúmulo excessivo de gordura nas células hepáticas. A condição se torna preocupante quando atinge 5% ou mais do órgão. Os principais fatores de risco incluem obesidade, consumo de álcool, diabete e síndrome metabólica.

Miley Cyrus não quer fazer turnês por dificuldades para se manter sóbria

Em entrevista ao programa americano Good Morning America, a cantora Miley Cyrus contou que, se depender dela, não fará turnês por um bom tempo. A cantora de 32 anos explica que fazer shows com o intuito de promover o álbum “Something Beautiful” não é uma opção, e desabafa sobre a dificuldade de se manter sóbria na estrada.

Intensidade é um gatilho

Na participação ao programa ela diz que tem a capacidade física e oportunidades de fazer turnês, mas expõe que não tem vontade. Miley explica que acredita que há uma falta de infraestrutura que de fato apoiem os artistas. A cantora citou o cantor já falecido Prince, como um exemplo de estilo vida tão intenso nas estradas, e a dificuldade para manter a sobriedade.  Miley se referia sobre problemas que enfrentou, e que já falou abertamente, com drogas e álcool.


Foto de divulgação do álbum “Something Beautiful” (foto: reprodução/Instagram/@mileycyrus)

Problemas emocionais e desafios com drogas

A eterna Hannah Montana disse que manter a sobriedade é um pilar muito importante de estabilidade em sua vida. Após passar por desafios para manter sobriedade e expor problemas emocionais que enfrentou durante dez anos com o divórcio e relacionamento tóxico dos pais, Miley busca uma reconstrução emocional.

Na entrevista, a cantora afirma que um tour pode atrapalhar nessa reconstrução a sua saúde emocional. Ela relata que durante turnê é muito difícil manter um bem-estar mental ao ter milhares de pessoas gritando com ela, e que no final do show, tomada por dopamina (hormônio do prazer), todo aquele amor das pessoas não é suficiente, ela sempre quer mais.

De volta as estradas

A cantora, porém, não descartou a possibilidade de voltar às estradas com shows. Cyrus citou às vezes em que pulou de avião e que se apresentou para 150 mil pessoas como exemplo de coisas de que gosta de fazer, e enfatizando a possibilidade de retornar aos shows.

Nando Reis revela detalhes em luta contra o alcoolismo: ‘A melhor coisa é enfrentar’

Nando Reis compareceu esta sexta-feira (20) à TV Brasil, em um programa especial dedicado à sua carreira esplêndida como compositor e cantor brasileiro. A entrevista abordou aspectos culturais, musicais e bastidores das composições, mas também o lado pessoal do artista, que falou bastante sobre sua batalha pessoal contra o alcoolismo.

Nando relata sua experiência

Em edição especial do ‘Sem Censura’, o cantor contou que está há quase 9 anos sóbrio, e das lutas travadas com o que ele mesmo caracterizou como uma doença, e indo além, fez uma reflexão que ainda mais do que apenas conscientizar, coloca em evidência a importância de se tratar casos de alcoolismo com seriedade.


Capturas em entrevista do 'Sem Censura' com Nando Reis (Fotos: reprodução/Instagram/@tvbrasil)

“O alcoolismo, a doença que eu sofro, é estigmatizada, que tem preconceito, falta de informação, e eu com quase 9 anos de sobriedade me sinto seguro para falar disso. Sou uma figura pública e já me apresentei em inúmeras ocasiões em estado lastimável, ou seja, fui identificado com isso, fiquei estigmatizado também”, disse Nando na entrevista dirigida à apresentadora Cissa Guimarães.

Ele revelou abertamente que faz parte do Alcoólicos Anônimos e afirmou que o negacionismo foi um forte empecilho para que se afastasse das bebidas. “As pessoas fingem que não existe problema. É um horror isso que a gente tá vivendo, de negação. Negacionismo é um negócio péssimo. A melhor coisa é enfrentar, falar. Porque quando eu mesmo neguei a mim que eu sofria de um problema, eu não consegui sair. E não quer dizer que só ter consciência vá te garantir. É um negócio difícil pra caramba. Sofri muito, fiz sofrer, e não quero para ninguém isso”, afirmou o cantor.

Compromisso artístico

Nando também trouxe para o assunto os impactos da bebida em seus projetos, relatando que houve benefícios para compor algumas de suas criações e que, por ser muito autocritico, a bebida ajudava a “diluir isso”, mas que durante os seus 40 anos de trabalho dentro do estúdio, sabia quais músicas escolher e sempre se manteve lúcido. E, por fim, afirmou que, para algo de qualidade vir à tona, é necessário dedicação e comprometimento.

Ex-assistente de Diddy descreve festas e revela hábitos peculiares do rapper

O julgamento por tráfico sexual envolvendo Sean Diddy Combs já segue na quinta semana de depoimentos. Nesta etapa, quem prestou esclarecimentos foi Jonathan Perez, ex-funcionário do cantor desde dezembro de 2021 até o momento da prisão do cantor.

Ao ser interrogado, Perez fez revelações impactantes dos bastidores das festas organizadas por Diddy, que por ele eram chamadas de “freak offs”, essas que envolviam álcool, drogas e práticas sexuais.

Segundo Jonathan, uma de suas principais funções como assistente era preparar quartos de hotel para as chamadas “noites de rei”, termo associado às “freak offs”. Ele explicou que os funcionários deveriam garantir que o local estivesse completo com tudo o que o rapper pudesse precisar durante um período que variava entre 12 e 24 horas em que permanecia no local, de forma que ele não precisasse solicitar nada a ninguém. 

Perez revelou os itens que eram indispensáveis para o cantor, entre eles: bebidas alcoólicas, comidas, músicas, luzes vermelhas, preservativos e outros “itens pessoais” — como óleo de bebê e lubrificantes.


Cantor Sean Diddy foi preso em setembro de 2024 (Foto: reprodução/Samir Hussein/Getty Imagens Embed)

Revelação Inusitada

O que mais chamou atenção durante o depoimento foi a preferência de Diddy em um chamado “lanche” especial em que a equipe do cantor recebeu instruções claras para fornecimento do chamado “Vital Honey” em quantidade abundante.

No Brasil, chamamos esse lanche de “Melzinho do amor”, um estimulante sexual vendido com a promessa de aumentar a libido masculina. Inicialmente conhecido por ser um produto natural, o produto ganhou visibilidade pela semelhança ao Viagra. No ano de 2021 a venda foi proibida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária no Brasil) e em 2022 a FDA (Agência reguladora dos EUA) alertou a população sobre o “Vital Honey”, por conter tadalafila em quantidades escondidas, a substância é usada para disfunção erétil.


P. Diddy em festa (Foto: reprodução/Patrick McMullan/Getty Imagens Embed)

Como era o pós-festa

Perez conta que após o fim da “festa”, os funcionários responsáveis pela limpeza tinham a missão de garantir com uma limpeza rigorosa que nenhuma evidência fosse esquecida, pois haviam “muitos lençóis, toalhas e óleos” espalhados e o quarto geralmente se encontrava “um pouco bagunçado e desorganizado” 

Por fim, Jonathan relatou que a equipe também era encarregada de oferecer cuidados às mulheres após os encontros. Segundo ele, era comum providenciar “uma boa refeição” e sessões de massagem, já que muitas delas deixavam os eventos extremamente cansadas. Em determinadas situações, chegava-se até a aplicar hidratação intravenosa para que pudessem descansar após o que descreveu como uma “verdadeira maratona sexual”.